Pois é meus amigos, poderia ser apenas um desdobramento de alguma novela mexicana do SBT, mas voltamos aqui para dar prosseguimento a saga que envolve o lançamento do mais novo trabalho de estúdio do mestre King Diamond. O último álbum de estúdio de King foi lançado em 2007 e, desde então, o vocalista dinamarquês passou por poucas e boas. Após um infarto, o músico precisou passar por uma cirurgia cardíaca (onde colocou 3 pontes de safena), ficou um bom tempo em recuperação e voltou aos palcos somente em 2012. Desde então, houveram diversas turnês bem sucedidas e uma promessa constante de um novo álbum, mas até agora nada!
reprodução: divulgação
No final de 2019, deu até para se empolgar. Finalmente foi lançada uma nova música, a ótima “Masquerade Of Madness”, que foi anunciada como primeiro single do vindouro álbum “The Institute”. Na época, o próprio King Diamond cedeu entrevistas dizendo que o álbum estava praticamente pronto e se tratava de mais um disco conceitual e, provavelmente, seria duplo.
Estava tudo desenhado e, finalmente, em poucos meses poderíamos escutar a nova obra do mestre do Horror Metal, correto? Errado! Pois o single foi lançado no dia 8 de novembro de 2019 e no início de 2020 veio o Covid-19… Ficou claro que King não iria lançar seu novo trabalho sem poder excursionar para promovê-lo. Pelo menos foi isso que todos nós pensamos, mas agora, o guitarrista Andy LaRocque, em nova entrevista ao programa de rádio The Five Count, deu alguns detalhes e passou algumas informações sobre o novo álbum que, simplesmente, não conferem muito com tudo o que já havia sido dito. Vejam a seguir o que disse o guitarrista:
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“Bem, eu não sei muito sobre a história ainda, porque a maioria das coisas está na mente de King Diamond, me refiro as suas idéias com as letras e outras coisas. Mas estamos planejando isso há muito tempo e ainda estamos compondo e escrevendo músicas para tentar tirar o melhor proveito delas. Agora temos um pouco de tempo e, com o Covid, as coisas que surgiram no meio disso meio que nos obrigou a parar tudo, até mesmo a composição das músicas por um tempo. Você ouviu uma música que lançamos a cerca de um ano e meio, ‘Masquerade Of Madness’, e com sorte o disco seguirá no mesmo tipo de direção. Bem, não totalmente, mas estamos ouvindo e voltando aos primeiros álbuns, na verdade, voltando às raízes, e é isso que tentamos fazer com este novo álbum. Então, em termos de som, vai ser mais orgânico e não tão rígido, se é que você me entende. Vai ser mais orgânico e, bem, não da velha escola, mas estamos olhando um pouco para trás, para o estilo original que tínhamos. E, claro, os músicos que temos são incríveis, caras incríveis e musicistas incríveis, então tenho certeza que vai ser muito bom. Já temos algumas músicas nas quais estamos trabalhando, principalmente eu e King, claro. E assim que concordarmos com todos os ingredientes nas músicas, vamos começar a enviar isso para os outros membros para que eles também possam ouvir e começar a adicionar suas coisas. E exatamente quando isso vai acontecer, é muito difícil dizer, mas estamos trabalhando nisso, acredite, estamos trabalhando nisso.”
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Após estas declarações, podemos projetar o lançamento de “The Institute” (se é que este será o título mesmo) somente para 2022. E fica muito difícil saber o que realmente é verdade e o que não é. Há cerca de uma ano, tudo estava basicamente pronto, mas agora parece que voltaram a fase de composição de faixas. Realmente, não dá para entender e não somos nós que vamos explicar. Se tivéssemos que apostar as nossas fichas, a aposta seria a seguinte: o álbum está pronto e a banda está segurando para lançar somente depois do final da pandemia.
Fundada em 2020, na cidade de Curitiba/PR, banda de Thrash/Death Metal, Cülpado, a qual é projeto do músico Jeff Verdani (Axecuter, Jailor, Sad Theory, Murdeath), está lançando o single “Canibais de Garanhus”, que é parte do debut “Romper da Realidade”, que ainda não tem definição da data de seu lançamento. Com letras em português, inicialmente sobre assassinos em série, assassinatos e contos relacionados, ocorridos no Brasil. O som parte das influências do Death, Thrash e Black Metal, sobretudo dos anos 80/90, sem influências modernas, mas valorizando uma produção de qualidade, e sonoridade própria, sem copiar a fórmula de alguma banda específica.
“Canibais de Garanhuns”
A parte lírica escolhida para este trabalho, “Romper da Realidade”, é praticamente conceitual. Todo individuo psicótico rompe com a realidade e isto está presente em algum momento nos contos escolhidos para as letras, unidos ainda a esquizofrenia, loucuras propriamente ditas, ou diversas outras psicopatias onde um assassino ao mesmo que tempo que nega a culpa, às vezes apresenta orgulho das mortes causadas.
“Necroceros” é o décimo álbum completo da veterana banda de Death Metal holandesa, Asphyx, o qual foi lançado no dia 22 de janeiro pelo selo Century Media Records.
Eis que surge uma dúvida, estaria o inferno localizado abaixo do nível do mar? A reposta nós iremos descobrir, em seguida, através da análise da obra em questão.
O início de tudo
Enquanto “The Sole Cure Is Death” escreve as primeiras letras dessa história, despejando uma avalanche de peso e velocidade sobre nossas cabeças, o vocalista Martin van Drunen usa seu gutural incomum, eu pelo menos jamais ouvi algo parecido. Por outro lado, o peso dos riffs do guitarrista Paul Baayens fica ainda mais evidenciado pela impecável produção de estúdio.
Alwin Zuur e Stefan Hüskens
Executados ao mesmo tempo, o baixo de Alwin Zuur e a bateria de Stefan Hüskens fabricam um alicerce seguro para toda essa estrutura de Metal da Morte. Alem disso, há ainda uma pitada de Doom Metal na sonoridade. Talvez provavelmente, essa característica esteja mais presente nas raízes do Asphyx. Mas isso é tema para pesquisas posteriores. O exemplo claro de tudo que mencionamos está na canção “Botox Explosion”.
Asphyx / Reprodução / Facebook
Logo depois, “Molten Black Earth” dá sequência ao décimo full lenght do Asphys, introduzindo com um riff que possui uma atmosfera nefasta, a qual intercala momentos mais lentos em uma música veloz.
Com um riff “sabbathico”, “Mount Skull” brota das profundezas mais quentes do núcleo terrestre. Essa canção é a mais cadenciada do álbum até este momento, com uma veia Black/Doom mais nítida, porém é igualmente a mais pesada.
Paul Baayens
O guitarrista Paul Baayens arrisca seu primeiro solo no disco, o qual me fez lembrar Slayer. Assim que o riff de “Knights Templar Stand” se inicia, o nível da audição cresce, vertiginosamente, me deixando um tanto quanto abobado.
Eu me deparo com um “Black Sabbath” que toca Death Metal e não há uma possibilidade única de algo assim não fazer com que eu foque totalmente a minha atenção.
Baayens é um tipo de riffeiro que me agrada demais. Nessa faixa em especial, “Threee Years Of Famine“, ele arrisca solos mais melódicos, que funcionam, indiscutivelmente. Dessa forma, essa canção é o auge do trabalho e também por isso, ela é a minha favorita do álbum.
Já “Botox Implosion”, a qual mencionamos anteriormente, soa mais Thrash Metal, além de ser uma bem feita crítica social.
“Adolescentes inseguros / Almas mentalmente instáveis / Celebridades desbotadas / Recusando-se a envelhecer / Mídia onipresente / Tv e internet / Definindo atratividade / Padrões idiotas definidos”.
A letra detona com aqueles que fazem de tudo para apagar os sinais do tempo em sua apresentação visual, além de criticar os padrões impostos pela maioria. Logo depois, “In Blazing Oceans” fala sobre navegação perigosa nos oceanos.
“Um cargueiro solitário / Ousando o bloqueio naval / A caminho da Grã-Bretanha / Conseguir ajuda inestimável / Prestes a contornar o Cabo da Boa Esperança / Hulk de cruzeiro estável / Desembarque de carga instável / Massa líquida perigosa / Afastou-se de seu comboio / Não mais seguro / O capitão está tomando precauções / Marinheiros em alerta máximo”.
Os temas líricos escolhidos pelo Asphyx são bastante variados, guerra, tortura, maldição, morte, entre outros.
“The Nameless Elite”
“The Nameless Elite” introduz com aquele tipo de riff “sabbáthico”, que é forte característica da sonoridade do Asphyx, porém a faixa descamba para velocidade, se assemelhando a pegada de “Botox Implosion”.
“Yeld Or Die”
já a faixa “Yeld Or Die” beira o Heavy tradicional na maioria dos momentos de sua parte instrumental, em alguns outros, Heavy/Thrash, sendo aos guturais sua única característica mais voltada ao Death Metal.
Faixa título
Faixas título, comumente, recebem uma atenção mais especial dos ouvintes. No caso desse disco, Asphyx a reservou para o seu encerramento. “Necroceros” tem seu tema lírico na mesma linha de “In Blazing Oceans”. Ou seja, viagens pelo oceano, desastre ecológico com petróleo e marinheiros em perigo extremo. No entanto, tudo isso combina com o clima sombrio proporcionado pela audição da recém-lançada obra de Metal extremo. Afirmo, portanto, que encerrar com essa canção foi uma decisão mais que acertada.
Agora que, finalmente, me sinto melhor preparado, eu posso responder:
Sim, o inferno também se localiza abaixo do nível do mar, nos Países Baixos, terra que nos presenteou com o Asphyx.
“Necroceros” é o primeiro disco de Death Metal que resenho em 2021. Desse modo, posso reclamar da sorte. O álbum me impressionou e mais uma banda, que eu não conhecia, ganhou o meu respeito. Aprovado e indicado a adoradores de Death Metal e Doom Metal isentos de exigências tolas.
O universo da música é algo fascinante e de fato um labirinto infinito de informações. Com o advento da internet, ficou muito mais fácil explorar, conhecer um pouco da música regional de um país ou continente e isso acontece em poucos minutos de pesquisas.
Se no passado lidamos com a ausência dessas informações rápidas, hoje, em um piscar de olhos é possível saber se em Marte, Netuno ou Saturno, existe bandas de Heavy Metal, que tipo de músicas fazem, em qual idioma cantam e numa pesquisa mais detalhada, somos capazes de saber “O Que Elas Fizeram No Verão Passado”.
Senhoras e senhores, sejam muito bem vindos ao….Metal Sem Fronteiras.
Nossa viagem prossegue e chega até Israel. Mais precisamente em Tel-Aviv, cidade situada nos arredores da antiga cidade de Jaffa, banhada pelo Mar Mediettâneo e conhecida mundialmente como “A Metrópole do Mediterrâneo Que Nunca Dorme”. Aqui, nasceu em 2012 o Obsidian Tide. banda de Progressive Metal que lançou em 2019 seu álbum oficial de estréia.
Trazendo em sua formação Oz Avneya (guitarras, vocais “limpos”), Shachar Bieber (baixo, vocais “guturais”) e Erez Nadler (bateria), o grupo deu os primeiros passos em 2015 quando lançaram de forma independente “Debri”, EP de estréia contendo 05 faixas de um Progressive Metal muito bem executado.
Após a boa aceitação e repercussão positiva do EP, principalmente fora de Israel, a banda lançou em 2019 o ótimo “Pilars Of Creation”, álbum conceitual trazendo 07 faixas inéditas, divididas em 55 minutos de duração.
Aclamado pela crítica mundial, o disco atingiu um número expressivos de vendas dentro e fora de seu país, traçando um novo patamar na carreira do trio, dando-lhes a oportunidade de se apresentarem por toda a Israel, conseguindo assim uma legião de fãs aficionados e apaixonados por sua música.
Por ter sido gravado em vários locais diferentes, o disco conta com algumas participações especiais, dentre elas o baixista Mike LePond (Symphony X, Mike LePond’s Silent Assassins). Em suas apresentações ao vivo, a banda inclui backtracks de instrumentos adicionais usados nas gravações de “Pilars Of Creation” e segundo os músicos: “Isso garante que o som único do Obsidian Tide seja preservado onde quer que toque e atenda aos altos padrões da banda em seus shows”.
Em sua musicalidade o trio transita entre o Prog Metal Tradicional com suas variações e virtuoses, flertando com a agressividade do Death e Doom Metal, através dos vocais guturais do baixista Shachar Bieber.
Vale à pena conhecer o trabalho desses israelenses, cuja música atravessou o mediterrâneo, quebrou barreiras e chamou a atenção de “novos” súditos. Se continuarem com a mesma qualidade musical apresentada em seu álbum de estreia, é fato que trilharão a estrada do sucesso tal qual fizeram seus compatriotas do Desert, Melechesh e Orphaned Land.
A banda de Thrash/Death Metal de Fernandópolis/SP, Terrorcult, lançou um single em formato de lyric vídeo. A canção, que se chama “Invisible Threat”, pode ser conferida abaixo. O debut da banda, “Back from the Ashes”, foi lançado em 2017. Esperamos que o segundo álbum não tarde.
A clássica banda de Power Metal alemã, Helloween, em sua versão anabolizada com sete integrantes, lançará seu aguardado novo álbum de estúdio no verão (hemisfério norte) de 2021. O primeiro single do disco se chama “Skyfall” e será lançado no próximo dia 2 de abril. A faixa que será disponibilizada tem cerca de 12 minutos de duração e, segundo os integrantes, tem correlação com o clássico “Keeper Of The Seven Keys” e foi totalmente composta por Kai Hansen. A novidade exposta em um vídeo oficial da banda onde Kai, Michael Kiske e Andy Deris conversam à respeito da música, é que a mesma não estará em sua versão completa neste single.
Reprodução/Divulgação
A “Skyfall” que ouviremos no início do próximo mês é uma versão com cortes, isto é, a composição que estará no álbum será ainda mais longa. O single será lançado fisicamente e terá duas versões distintas, na primeira teremos “Skyfall” (edit single) + “Skyfall” (exclusive alternative vocals mix) e na segunda, que será um material extremamente limitado, teremos “Skyfall” (edit single) + “Indestructible” (uma faixa inédita do novo álbum). Produzido por Charlie Bauerfeind e Dennis Ward, o novo álbum foi parcialmente gravado no H.O.M.E. Studios em Hamburgo (onde tudo começou em 1984). O mesmo console de gravação usado para álbuns do Hellowen como “Master Of The Rings”, “Time Of The Oath” e “Better Than Raw” foi usado para gravar o novo material da banda. O disco foi mixado no Valhalla Studios de Ronald Prent. Abaixo, o vídeo oficial onde a banda comenta sobre o novo single:
Quando o dinamarquês Ronnie Atkins apareceu em 1981 com seu Pretty Maids e com apenas 17 anos de idade, certamente não imaginava que ali, naquele momento, estava plantando uma semente que renderia bons frutos e ele (Atkins) se tornaria referência no mundo do Hard/Heavy, figurando na lista de grandes vozes do estilo, num futuro não tão distante.
Com o Pretty Maids, lançou dezesseis discos oficiais e após quarenta anos de dedicação ao Hard/Heavy, é evidente que tenha conquistado uma legião de fãs e admiradores dentro e fora da música. Dentre os músicos que o admira, está o o jovem Erik Martensson, guitarrista, produtor e vocalista do Eclipse, banda sueca de Hard Rock/Melodic Hard Rock, formada em 1999 que integra a seleta lista de “novas bandas” compostas por uma nova geração de músicos, também conhecidos como a “nova geração” do Hard Rock e do Melodic Hard Rock.
A união do jovem Martensson, com o veterano Atkins, deu origem ao projeto Nordic Union, banda de Melodic Hard Rock formada em 2015 que lançou em 2016 seu álbum auto intitulado de estreia.
Para completar o time a dupla convidou alguns amigos para dar uma forcinha e no final, a line up fechou da seguinte forma: Ronnie Atkins (vocais), Erik Martensson (guitarras, baixo, teclados, backing vocals), Magnus Ulfstedt (bateria), Thomas Larson (guitarras), Fredrik Folkare (guitarras) e Magnus Henriksson (guitarras).
Formação completa, chegou a hora de colocar o trem nos trilhos e oferecer ao ouvinte quarenta e cinco minutos (aproximadamente) com o melhor do Hard / Melodic Hard Sueco/Dinamarquês.
Nordic Union (o disco) contém 11 faixas calcadas no Hard Rock, Melodic Hard e Hard “N Heavy, praticados por nomes como Talisman, Wig Wam, HEAT, Crazy Lixx, WET, , Treat, Kee Of Hearts e evidentemente Pretty Maids e Eclipse. Então temos aqui um grupo fazendo o que centenas de outros fazem? Sim! Temos uma banda que faz exatamente o que os outros fazem, porém o diferencial no Nordic Union é que a banda conta com duas mentes brilhantes da nova e velha guarda do Hard Rock. Ou seja; não estamos falando de principiantes.
Chegou a hora de apertar os cintos e embarcar nessa viagem fascinante, repleta de riffs, solos, melodias e claro, na companhia de Ronnie Atkins e Erik Martensson. Por favor, apertem os cintos.
O disco abre com a belíssima “The War Has Begun” e seus dedilhados de violões no início, descambando pro Hard grudento, pegajoso, refrão pronto pra cantar junto e os vocais de Atkins, casando perfeitamente com as melodias cativantes. Pouco antes do seu lançamento os fãs puderam ouvir “Hypocrisy”, single que ganhou videoclipe e antecipou o disco. A escolha para que este fosse o primeiro registro foi algo muito bem pensado, visto que estamos diante uma faixa com refrão marcante e aquele convite para cantar junto. E por favor, pede pro cachorrinho sair da sala pois a desafinação poderá assustá-lo. Que música excepcional.
“Wide Awake” é aquela música que poderia estar facilmente em qualquer disco do WET ou Eclipse, banda e projeto capitaneado por Martensson. As melodias nela contidas, nos remete aos trabalhos dos grupos supracitados, em especial ao excelente “Bleed and Screaming” do Eclipse.
Hora de baixar a luz, acender o isqueiro, erguer as mãos, fechar os olhos e cantar o refrão de “Every Heartbeat”, baladinha com algumas gotas de mel e pedrinhas de açúcar, numa bela interpretação de Mr. Ronnie Atkins. Aqui, o Nordic Union traz a sonoridade do gigante Pretty Maids. Destaques para os backing vocals, lembrando em alguns momentos os ingleses do Def Leppard.
Abram alas para a espetacular “When Death Is Calling”. Sabe aquela faixa que você passa a gostar nos primeiros dois segundos de audição? Grudenta, pegajosa e com aquela pegada característica do Hard Rock, temos aqui uma música grandiosa e ao seu final a tecla “Repeat”, deverá ser acionada. Este é aquele hardão pra rolar no almoço de domingo com a família.
Se “When Death Is Calling” fez você arranhar azulejos, então prepare-se para “21 Guns” e mais uma faixa com uma pegada a lá Eclipse. A propósito, os backing vocals de Erik Martensson são geniais. Não bastasse isso, seus solos são sempre impressionantes e repletos de belas melodias. Nada de solos complexos e/ou longos. Aliás, desnecessários quando o assunto é Hard Rock.
Numa pegada mais comercial é hora de “Falling” pedir passagem. E meu amigo, que música maravilhosa e que refrão grudento é esse? Temos aqui uma música que poderia facilmente tocar nas FM ‘s, caso estas tivessem interesse em tocar algo “diferente” e de qualidade, ao invés das chatices de sempre e das malditas repetições em bandas e músicas. Falling, é excepcional e além de melodia pegajosa, faz bonito também nos backing vocals.
As guitarras iniciais de “The Other Side” nos dá uma certeza: Ouviremos a seguir uma das melhores e mais empolgantes faixas do disco com seu refrão que entra ouvido a dentro, fazendo moradia em seu cérebro e quando menos você espera, está cantarolando seu refrão (…On the other side, I’ll embrace the bitter cold, On the other side, It’s a long and winding road,Open fire (open fire), fire away (fire away), It’s the price I got to pay..Run and hide on the other side..). Aqui, somos obrigados a usar nossas guitarras imaginárias e fazer nosso melhor solo. Que maravilha de música.
Aviso: É aconselhável usar a tecla “Repeat” sem moderação. A próxima preciosidade musical é praticamente uma ponte que liga “Falling” e “The Other Side”. Os riffs iniciais de “Point Of No Return” já aguçam a curiosidade e aquela aumentada no volume é meio que obrigatória. Com exceção dos teclados que nos remete às bandas de Power Metal, estamos diante uma faixa que poderia fazer parte de qualquer disco do Pretty Maids. Apesar de calcada no Melodic Hard, há flertes com o Heavy e o Power Metal, mas estas nuances são rápidas e passageiras. Em resumo: Uma das melhores faixas do disco em mais um Momento Super Feliz do álbum.
Em sua reta final, “True Loves Awaits You” vem para dar uma acalmada e ao mesmo tempo abrandar nossos ouvidos. E como é bom ouvir o timbre meio rouco de Ronnie Atkins, em uma música que poderia fazer parte de qualquer trabalho do Bad English, Journey ou House Of Lords. É bem verdade que a sutileza de suas melodias, aliadas aos vocais excepcionais e backing vocals idem, faz deste um dos momentos mais belos do disco.
Chegamos ao final de nossa viagem e a trilha sonora é “Go”, faixa que fecha o disco e uma das músicas mais excepcionais da banda. Em pouco mais de três minutos de duração, mergulhamos de cabeça em riffs melódicos, backing vocals perfeitos, pegada hard empolgante e vocais repletos de melodias, encerrando de forma grandiosa um dos discos mais fabulosos, lançados em 2016.
É fato que Nordic Union (o disco) não vai mudar o mundo da música, tampouco trata-se de um disco que difere de tantos outros. Se você espera encontrar uma banda diferente, então esqueça e passe batido pois o que temos aqui é justamente a mesma sonoridade dos grupos capitaneados por Martensson e Atkins. Ou seja, Pretty Maids, Eclipse e WET.
Mas porquê devo ouvir a banda se ele é igual a tantas outras? Simples! São poucas as bandas/projetos que conseguem lançar um disco tão espetacular e tão agradável como esse.
“Nordic Union” (o disco), não é cansativo e ao contrário, é aquele álbum que ao término da última faixa, você se pergunta? Ué, acabou?
A fórmula musical pode ser a mesma de zilhões de outros grupos (fato) e pode até soar batida, porém, temos aqui o encontro de duas mentes brilhantes do Heavy/Hard, representando o passado e o presente de um estilo que permanece em alta e vai muito bem obrigado, graças a inúmeros representantes e o Nordic Union é um desses.
Um disco excepcional , grandioso da primeira à última faixa e que valeria à pena pelo simples fato de trazer nos vocais, o gigante e imbatível Ronnie Atkins, uma das “Grandes Vozes” de todos os tempos.
Altamente recomendado.
*Na edição japonesa , o disco conta com a faixa “When Death Is Calling” em versão acústica como faixa bônus.
Integrantes:
Ronnie Atkins (vocais)
Erik Martensson (guitarras, baixo, teclados, backing vocals)
Magnus Ulfstedt (bateria)
Convidados Especiais:
Thomas Larsson (guitarras)
Fredrik Folkare (guitarras)
Magnus Henriksson (guitarras)
Faixas:
The War Has Begun
Hypocrisy
Wide Awake
Every Heartbeart
When Death Is Calling
21 Guns
Falling
The Other Side
Point Of No Return
True Love Awaits You
Go
When Death Is Calling (Acoustic Version) (Japan Bonus Track)
Para a felicidade dos fãs de uma das duplas mais famosas do Rock, Coverdale & Page, há possibilidade de que o vocalista David Coverdale (Whitesnake, ex-Deep Purple) e o guitarrista Jimmy Page (Led Zeppelin) voltem a atuar juntos. Coverdale conversou com o canal Talkin’ Rock With Meltdown sobre atuação do dois nos anos 90. David disse que esse projeto foi um dos grandes momentos de sua carreira e que mantém contato com Page, além de estar criando novas músicas para mostrar ao mítico guitarrista.
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Coverdale disse: “Atualmente, eu estou compondo novas músicas para mostrá-las a Jimmy Page. Talvez sejam faixas bônus para a nova versão de ‘Coverdale/Page’, tudo aqui em Hook City, no Whitesnake Studios”. A dupla lançou somente o homônimo em 1993 e terminou depois de alguns poucos shows. “duas estradas se unindo em uma única, expressando união”, explicou Coverdale o significado da placa de trânsito na capa do homônimo da década de 90.
Poucas bandas tiveram um início tão avassalador quanto o Slayer. Se pensarmos de maneira mais ampla, poucas bandas conseguiram lançar trabalhos tão diferenciados entre si. O detalhe é que os norte americanos conseguiram influenciar diversas escolas do Metal, incluindo a maturação e desenvolvimento de pelo menos dois grandes subgêneros: o Thrash e o Death Metal. Formada em 1981 pelos guitarristas Jeff Hanneman e Kerry King, logo recrutaram o baterista Dave Lombardo e o baixista/vocalista Tom Araya, o qual já havia tocado com King em uma outra banda. Devido ao fato de Kerry King ser um fã ardoroso da NWOBHM, o quarteto originário de Huntington Park, Califórnia, se apresentava tocando covers do Iron Maiden, Judas Priest e demais bandas britânicas. Foi quando em um show, Brian Slagel, fundador da Metal Blade Records, os viu em ação tocando “Phantom Of The Opera” (Iron Maiden) e resolveu apostar na banda. Nesta época, os norte americanos apostavam em um visual satânico com spikes, crucifixos invertidos, um pouco de corpse paint e muita pose de mal.
O contrato oferecido pela Metal Blade era daqueles “mui amigos” e a banda precisou financiar as gravações de “Show No Mercy” com seu próprio dinheiro. Para isso, usaram todas as reservas financeiras de Tom Araya e ainda pediram uma grana emprestada ao pai de Kerry King. Felizmente para todos nós, o álbum acabou vendendo cerca de 20 mil cópias somente nos Estados Unidos, a turnê foi um sucesso e o Slayer recebeu cartão verde para seguir adiante. De lá para cá, revolucionaram o Metal de diversas formas diferentes, tiveram uma extensa e produtiva carreira, lançaram uma coleção invejável de clássicos e, com todo o merecimento, são considerados uma das maiores bandas de Thrash Metal do mundo (senão a maior). Toda esta trajetória de sucesso será abordada em um outro artigo e vocês vão poder ter uma noção exata da grandiosidade e importância da banda para a cena. Aqui, a idéia é apresentar uma playlist que contenha músicas importantes de todas as fases da carreira dos norte americanos e sirva ou como fonte de pesquisa aos jovens ouvintes ou um momento de nostalgia aos fãs mais antigos. Com vocês, Slayer! Aperta o play e aumenta o volume.
A banda sueca de Melodic Death/Thrash Metal, The Crown, lançará seu décima primeiro álbum, “Royal Destroyer”, no dia 12 de março pelo selo Metal Blade Records. Eles já disponibilizam o single, “We Drift On”, que pode ser visto abaixo:
“We Drift On”:
O guitarrista Marko Tervonen disse: “Acho que depois de 30 anos, as pessoas estão cientes de que podemos tocar música muito brutal. Mas às vezes também gostamos de diminuir um pouco e explorar outras áreas. Acho que em 2021, é ‘muito difícil’ surpreender as pessoas com uma música brutal, mas então esperamos surpreendê-las com essa melodia mais suave. Atrevo-me a usar a palavra ‘balada’. OK! Encoste-se, relaxe e aproveite.”