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“Me digam uma banda que soe como o Savatage. É impossível”, diz Jeff Plate sobre sonoridade única da banda

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Reprodução/Youtube

Para quem não esteve no planeta Terra nos últimos dias, o Savatage retornou de um longo hiato e fez as suas duas primeiras apresentações na cidade de São Paulo neste mês de abril. Uma no festival Monsters Of Rock e outra solo no Espaço Unimed. Foram as duas primeiras performances do grupo desde o show acontecido no Wacken Open Air de 2015.

Se pensarmos que o show do Wacken foi junto com a TSO, podemos cravar que as datas em São Paulo foram as primeiras desde 2003.

Mundo Metal esteve presente nas duas ocasiões. Para ler a resenha completa sobre o festival Monsters Of Rock clique AQUI. Para ler a resenha completa sobre o show no Espaço Unimed clique AQUI.

Em uma nova entrevista a Clay Marshall, do Blabbermouth, o baterista Jeff Plate falou sobre este novo momento da banda.

Questionado sobre a experiência de revisitar o catálogo após todos estes anos, se ele experimentou algum tipo de nova apreciação ou viu algumas daquelas músicas sob uma nova ótica, Plate ponderou:

“Claro. Antes de entrar para a banda em 1994, acho que vi o vídeo de ‘Hall Of The Mountain King’ e talvez ‘Jesus Saves’ no Headbangers Ball. Mas eu não sabia muito sobre o Savatage. Ironicamente, já se passaram quase 31 anos desde que estou aqui na Flórida, e agora ensaiando para esta nova aventura em que estamos, mas lembro de vir e conhecer Jon e Paul, e depois Johnny e Alex Skolnick (o guitarrista na época), e obviamente reconectar-me com Zak (ambos tocaram juntos no Wicked Witch).

Naquela época, Paul me disse: ‘Não temos ideia de como será o setlist. Apenas vá para casa e aprenda tudo. Familiarize-se com o Savatage’. E fiquei surpreso com a diversidade musical, porque tudo o que eu realmente conhecia na época era a parte mais radical da banda. Mas ouvindo “Gutter Ballet” e “Streets”, pensei: ‘Nossa, tem músicas muito, muito boas aqui’. E agora, voltando a essa empreitada e fazendo as coisas do jeito que estamos fazendo, tem muita música fantástica aqui que, às vezes, acho que com o passar dos anos você meio que dá valor. Agora que estamos revisitando tudo isso com uma mentalidade diferente, ficou claro o quão boa é grande parte dessa música.

Essa música é realmente diferente. Há algo único na maneira como os irmãos Oliva compunham, na maneira como Paul produzia, nas letras que Paul escrevia, e realmente não há nada que se pareça com isso. Conversei com alguns outros jornalistas durante essas entrevistas e perguntei a eles: ‘Me digam uma banda que soe como o Savatage’. É impossível. Houve tantas versões diferentes do grupo e tantos cenários diferentes em que o grupo se encontrava quando estava gravando, mas a questão fundamental é Oliva/O’Neill — seja Jon e seu irmão, quando Criss ainda estava aqui, ou seja apenas Jon e Paul.

Claro, ‘The Wake Of Magellan’ soa muito diferente de ‘Hall Of The Mountain King’, mas você certamente consegue perceber as semelhanças quando começa a analisar essa música e a estudá-la um pouco mais. Eu não estaria aqui, não estaríamos tendo essa conversa, se a música não fosse tão boa. As pessoas ainda querem ouvi-la.”

Reprodução/Divulgação

Questionado sobre o que os difere das outras bandas e o que faz do Savatage ser algo tão diferente e não convencional, Jeff disse:

“Acho que há uma sinceridade real na música. De ‘The Dungeons Are Calling’ a ‘Poets And Madmen’, é simplesmente ótima música. Pode não agradar a todos, e tudo bem, mas quando você se senta e ouve esses álbuns — na verdade, qualquer um deles — todos são únicos e originais, e não soam artificiais. Até mesmo a formação de quatro integrantes — havia muitas bandas de Rock de quatro integrantes por aí, mas nenhuma delas soava como o Savatage.

E vou te dizer uma coisa: por que essa banda se conectou — Criss Oliva, um dos guitarristas de Rock/Metal mais singulares de todos os tempos. Havia algo muito real em seu jeito de tocar. Então, Jon Oliva, sua composição musical — pode-se dizer que é simples, mas há uma emoção muito complexa nisso, e isso realmente se reflete em seus vocais. Não há cantor que soe mais sincero, e há uma sensação de desespero e emoção na voz do Jon, algo que você não pode negar quando ouve. ‘When The Crowds Are Gone’, ‘Believe’ — quer dizer, meu Deus, quando você ouve ‘Believe’ e ouve o Jon cantar, como não se deixar levar por isso? É um cara cantando de coração. O coração dele está sangrando e soa assim no vocal. Não soa falso, e acho que é por isso que essa música perdurou, e por isso que as pessoas simplesmente não desistem dela.”

Warlord: ainda se recuperando da morte de William J. Tsamis, banda lançará o álbum “The Lost Archangel”

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Reprodução/Facebook

O Warlord, banda cult de Heavy Metal dos anos 80, segue se recuperando da morte prematura de seu líder e fundador William J. Tsamis ocorrida em maio de 2021.

O grupo decidiu se manter em atividade como uma forma de tributo a William e no ano passado apresentou o bom “Free Spirit Soar”. O disco é uma espécie de homenagem ao membro falecido e possui algumas faixas bastante emblemáticas.

Para 2025, o Warlord se mantém em plena atividade e já compartilhou um novo single chamado “Stygian Passage”. Mesmo com um álbum recém apresentado, a banda pretende fazer mais um lançamento no próximo dia 27 de junho.

O nome do registro será “The Lost Archangel” e chegará às lojas e plataformas de streaming através do selo High Roller Records.

Segundo o vocalista Giles Lavery:

“Queríamos fazer algo especial e algo que eu acho que ninguém mais já fez antes: lançar e “distribuir” uma música exclusiva para download gratuito para marcar cada parada da turnê em festivais… quatro delas em um mês. A reação nesses shows superou as nossas expectativas, com as pessoas cantando cada palavra conosco, e a energia e a resposta do público dos festivaois foram incríveis.”

As quatro novas músicas são “Golgotha ​​(Place Of The Skull)”, “The Rainbow”, “Lost Archangel” e “Stygian Passage”. E Giles explicou sobre cada uma delas e no que consiste o novo álbum “The Lost Archangel”:

“São gravações inéditas: mas ‘The Rainbow’ é uma demo antiga do Warlord do início dos anos 80, que foi gravada naquela época, então a regravamos em 2024. As outras três músicas eram composições que Bill lançou em seus álbuns do Lordian Guard nos anos 90, que nós ‘Warlordizamos’ também em 2024… Essas foram as últimas três músicas do Lordian Guard que sentimos que poderíamos trazer para o Warlord, então pensamos por que não lançá-las dessa forma como “downloads gratuitos”. Quase imediatamente após o lançamento gratuito, nos perguntaram se iríamos lançá-las em formato físico.”

“The Lost Archangel” ainda trará faixas ao vivo antigas e recentes, além de diversas regravações/releituras de composições clássicas da banda. Ouça o novo single “Stygian Passage”:

Paradise Lost: novo álbum está gravado e já tem previsão de lançamento

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Reprodução/Facebook

O Paradise Lost, banda britânica pioneira no Gothic Metal, está com seu novo álbum em fase final de produção. O sucessor de “Obsidian” (2020), deve chegar às lojas e plataformas de streaming ainda este ano.

Por enquanto, os integrantes do grupo tem mantido o suspense sobre a sonoridade do novo material. Apesar de aceitarem falar sobre o status da produção, quando questionados sobre a musicalidade, quase sempre, a resposta é evasiva.

Em uma nova entrevista concedida a Alejandrosis, o guitarrista Aaron Aedy fez justamente isso. Questionado sobre o status do novo registro ele respondeu:

“Ainda não está totalmente mixado, mas está gravado.”

Quando a pergunta foi se ele poderia dar alguns detalhes aos fãs sobre o direcionamento, Aaron disse se negou:

“Não. É como abrir seus presentes antes do Natal. Não, não quero falar muito sobre o novo álbum ainda, porque vou esperar para ver como ficará quando estiver mixado. Está quase pronto, mas ainda não é o momento”

No mês passado, em uma entrevista ao site chileno PowerOfMetal.cl, o guitarrista Greg Mackintosh disse que o lançamento será provavelmente em setembro ou outubro. Veja:

“Foi o maior intervalo que já tivemos entre álbuns. Mas isso também aconteceu meio que por causa da pandemia… Então, merdas acontecem. E, sim, espero que seja lançado em setembro ou outubro deste ano.”

Resenha: Arch Enemy – “Blood Dynasty” (2025)

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É impressionante como determinadas bandas conseguem nos conquistar e outras não. O Arch Enemy chegou ao seu décimo terceiro álbum de estúdio com “Blood Dynasty” e jamais fez parte da lista de bandas as quais admiro, acompanho ou aguardo ansiosamente por um novo registro. E isso não tem a ver com a qualidade técnica ou musical do grupo, já que estas são questões inegáveis sobre o trabalho de Michael Amott e seus comparsas.

O lance é que os discos, por mais competentes que fossem, nunca conseguiram me prender por completo, bem, pelo menos até a chegada de “Deceivers”, disco entregue em 2022. Este foi o álbum que realmente me conquistou e me surpreendeu. Sendo assim, quando “Blood Dynasty” foi anunciado, percebi que tinha uma certa expectativa em cima do disco. Será que o raio cairia duas vezes no mesmo lugar? Vamos descobrir isso agora!

Reprodução/Divulgação

Amadurecimento aliado à evolução musical

Existem coisas que somente a maturidade é capaz de trazer em nossas vidas. Por exemplo, hoje em dia consigo ouvir álbuns de bandas que eu não sou fã, mas analisando a obra em si, despido de julgamentos e preconceitos. Dessa forma, preciso ser justo ao analisar este novo álbum do Arch Enemy. E sim, estamos diante de um excelente disco.

Parece que o amadurecimento da banda chegou ao ponto do grupo não se prender a fórmulas preconcebidas. Eles estão conseguindo criar músicas que, apesar de possuírem direcionamentos distintos, convergem para a construção de uma obra realmente diferenciada. Durante muito tempo, convivi com a sensação de que a banda gravava discos formulaicos e no piloto automático, mas nestes dois últimos é nítida a evolução musical tanto dos integrantes em suas performances individuais como também na parte criativa.

Photo: @jensthepanda

“Blood Dynasty” chegou às lojas e plataformas de streaming no último dia 28 de março através do selo Century Media Records. E a banda hoje é muito mais do que uma mera representante do Melodic Death Metal. O Arch Enemy atualmente trilha o seu próprio caminho, compondo músicas cheias de identidade e se distanciando inegavelmente daquele esquema de faixas feitas para agradar a gravadora e soarem comerciais em demasia. É claro, ainda temos canções extremamente comerciais no disco, mas felizmente elas não soam mais robóticas e sem alma.

Do Death ao Heavy…

O álbum abre com “Dream Stealer”, um dos singles disponibilizados previamente e uma verdadeira pedrada. Aliás, estas músicas viscerais e velozes fizeram muita falta em alguns discos mais antigos do catálogo. “Illuminate The Path” é a próxima e aqui somos obrigados a enaltecer o trabalho de vozes feito por Alissa White-Gluz. A moça tem conseguido alternar vocais limpos com o tradicional gutural de uma forma jamais vista e, inegavelmente, o resultado tem sido bastante satisfatório.

Photo: @jensthepanda

“March Of The Miscreants” inicia com um ritmo quebrado, mas através de seu peso e um refrão muito bom, permite que a audição continue agradável. A faixa depois acelera, ganha novas paisagens musicais e culmina num solo realmente ótimo. “A Million Suns” é uma daquelas que se parecem com a fase formulaica, mas acaba agradando principalmente por conta do refrão marcante. A primeira parte do álbum termina com “Don’t Look Down”, uma das minhas favoritas. Com ótimas linhas de guitarra e um trabalho espetacular da sessão rítmica formada por Daniel Erlandsson (bateria) e Sharlee D’Angelo (baixo).

…e com uma balada no meio

A segunda metade do trabalho inicia com introdução “Pressage”, seguida da faixa título “Blood Dynasty”. E que baita música! Melódica, cadenciada, com um riff que gruda e um refrão contagiante, posso dizer que esta é uma das minhas canções favoritas do ano. “Paper Tiger” chega em seguida com uma veia Heavy Metal aflorada e, justo nas partes do disco em que tinhamos tudo para que as primeiras críticas surgissem, é onde o trabalho mais cresce em termos de criatividade.

Isto se estende a “Vivre Livre”, cover do Blasphème e cantada em francês com uma interpretação brilhante de Alissa. Confesso que quando ouvi esta música pela primeira vez, decretei que era o trecho descartável do álbum, mas depois de diversas audições não sou mais capaz de afirmar tal bobagem. Para encerrar, “The Pendulum” traz ritmos cavalgados e não decepciona, mas a derradeira é “Liars & Thieves”, outra porradaria das boas. Propícia para fechar um álbum que cumpre todas as expectativas.

Photo: @jensthepanda

Que continuem nessa mesma linha

O trabalho de produção de Jens Bogren é reconhecidamente digno de elogios e aqui não foi exceção. O tracklist é muito bem montado e não possui aqueles trechos com músicas dispensáveis colocadas ali somente para embarrigar o disco. O novo guitarrista Joey Concepción tem uma atuação discreta, porém assertiva, traduzindo, não nos fez morrer de saudades de Jeff Loomis.

“Blood Dynasty” mantém o Arch Enemy em uma estrada de evolução que tem agradado bastante. Pode-se dizer que é praticamente uma sequência do que ouvimos em “Deceivers”. Boa pedida inclusive para quem não é fã da banda, assim como eu. Se bem que… se continuarem apresentando registros desta grandeza, tudo pode mudar.

Nota: 8,7

Integrantes:

  • Michael Amott (guitarra)
  • Daniel Erlandsson (bateria)
  • Sharlee D’Angelo (baixo)
  • Alissa White-Gluz (vocal)
  • Joey Concepción (guitarra)

Faixas:

  1. Dream Stealer
  2. Illuminate The Path
  3. March Of The Miscreants
  4. A Million Suns
  5. Don’t Look Down
  6. Presage (instrumental)
  7. Blood Dynasty
  8. Paper Tiger
  9. Vivre libre (Blasphème cover)
  10. The Pendulum
  11. Liars & Thieves

“Sou a única mulher convidada para estar lá e isso é uma honra”, diz Lzzy Hale sobre participação no show final de Ozzy

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Photo: Scott Legato/Getty Images

Aos poucos, vamos descobrindo todos os bastidores referentes ao show de despedida de Ozzy Osbourne e Black Sabbath. O evento irá acontecer no próximo dia 5 de julho, no Villa Park, em Birmingham, e promete ser um dos maiores shows de Rock/Metal da história.

Em uma nova entrevista concedida à Audacy Music, Lzzy Hale, vocalista do Halestorm, uma das atrações confirmadas no evento, falou sobre sua participação no evento. Questionada se iria cantar a música “Close My Eyes Forever”, gravada originalmente por Ozzy e Lita Ford, ao qual Lzzy fez um cover dividindo os vocais com David Draiman, do Disturbed, Hale disse:

“Então, de acordo com Tom Morello, que é o diretor musical do show, isso está em andamento, mas ele disse: ‘Vocês terão que ser pacientes com a confirmação disso’. Por causa da saúde do Ozzy e tudo mais, teremos que ver no dia o quanto o Ozzy vai cantar e se estará disposto a fazer o show. Mas o Halestorm vai fazer um show. Também vamos fazer um cover do Black Sabbath. E me pediram para cantar no supergrupo com o Tom Morello e todos lá.”

Sobre como recebiber o convite, Lzzy disse:

“Cara, recebemos um e-mail da Sharon Osbourne. E eu não respondi por dois dias, porque fiquei tipo, ‘Isso é real?’ É incrível.”

Ela ainda falou o seguinte:

“Sou fã do Black Sabbath desde os 11 anos. O primeiro riff que aprendi na guitarra foi ‘Heaven And Hell’, do Black Sabbath. E aí eu abri para o Heaven & Hell em 2009, com Ronnie James Dio, e esse foi o último show do Ronnie James Dio antes de falecer. Então, é um círculo completo incrível, um sonho insondável. Se você tivesse me dito isso quando eu tinha 13 anos, eu diria: ‘Você é um mentiroso. Isso nunca vai acontecer comigo’.”

A vocalista do Halestorm ainda destacou o fato de ser a única mulher convidada para este evento tão grandioso:

“Sou a única mulher convidada para estar lá e isso é uma honra. Eu estava conversando com minhas amigas, Taylor Momsen, Amy Lee e Maria Brink e todas as minhas irmãs do gênero, e elas estão todas muito orgulhosas de mim. E eu disse: ‘Ei, meninas, estou carregando vocês comigo. Vocês vão estar lá em espírito. Vou deixar vocês muito orgulhosas’. E então é este lindo evento que todos podem esperar ansiosamente. Estou muito feliz que elas estejam participando comigo.”

Back to the beginning: o show final de Ozzy e do Black Sabbath

O que sabemos até o momento é que teremos jams no decorrer de todo o dia. Haverá também uma infinidade de artistas renomados, mas ainda não é conhecido o teor de suas performances. Entre os confirmados até o momento estão Billy Corgan (The Smashing Pumpkins), David Draiman (Disturbed), Duff McKagan & Slash (Guns ‘n Roses), Frank Bello (Anthrax), Fred Durst (Limp Bizkit), Jake E Lee (Ozzy Osbourne, Badlands), Jonathan Davis (Korn), KK Downing (Judas Priest, KK’s Priest), Lzzy Hale (Halestorm), Mike Bordin (Faith No More), Rudy Sarzo (Ozzy Osbourne, Quiet Riot), Sammy Hagar (Van Halen, Monstrose), Scott Ian (Anthrax), Sleep Token II (Sleep Token), Papa V Perpetua (Ghost), Tom Morello (Rage Against The Machine), Andrew WattChad Smith (Red Hot Chilli Peppers), David Ellefson (ex-Megadeth), Vernon Reid (Living Colour), Whitfield Crane (Ugly Kid Joe) assim como Wolfgang Van Halen e Zakk Wylde.

Haverá também shows completos de bandas como Metallica, Guns N’ Roses, Tool, Slayer, Pantera, Gojira, Alice In Chains, assim como Anthrax e outros. Isto, certamente, sem mencionar as performances finais de Ozzy e Black Sabbath.

Nightwish: Anette Olzon fará turnê no Brasil tocando os álbuns “Dark Passion Play” e “Imaginaerum”

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Reprodução/Divulgação

A vocalista Anette Olzon ficou conhecida mundialmente após sua passagem pelo gigante finlandês, Nightwish. A cantora gravou os álbuns “Dark Passion Play” (2007) e “Imaginaerum” (2011), mas acabou sendo demitida em 2013.

Desde então, a cantora participou de alguns projetos ligados ao Metal, incluindo o The Dark Element, com Jani Liimatainen, ex-guitarrista do Sonata Artica. Além disso, lançou dois álbum com o vocalista Russel Allen, do Symphony X, respectivamente, “Worlds Apart” e “Army Of Dreamers”.

Recentemente, Olzon apresentou seu terceiro disco solo chamado “Rapture” e, inesperadamente, anunciou uma turnê no Brasil tocando justamente os registros que gravou com o Nightwish.

Em suas redes sociais, ela disse o seguinte:

“Olá, Brasil!! Finalmente decidi fazer uma turnê pelo Brasil com músicas do Nightwish, então espero ver vocês lá em setembro”.

Veja as datas:

Ao relembrar os seus tempos de Nightwish, Anette Olson disse o seguinte em uma entrevista de 2021 ao Chaozine:

“Bem, são emoções misturadas. Foi uma jornada e tanto. Você sabe como era com a mídia na Finlândia. E, para mim, eu não entendia o que estava acontecendo porque não sabia o tamanho da banda, já que não moro na Finlândia. Então, os primeiros anos foram muito divertidos, com tudo, e também uma loucura. Eu não ficava muito em casa. Eles fizeram a turnê mais intensa quando eu entrei. De repente, eles queriam passar muitas semanas na estrada. Eu me lembro apenas de ter um filho de cinco anos e só poder voltar para casa depois de cinco semanas. Fiquei em casa uma semana. Quase não tive tempo de desfazer as malas antes de viajar novamente por quatro semanas. Então, para ser sincera, não me lembro de tudo. Há tantas coisas das quais não me lembro e também, claro, dos últimos anos, em que não havia um clima tão agradável entre nós. E eu tive meu terceiro filho e coisas aconteceram.

Então, eu me lembro disso com sentimentos muito, muito felizes, mas também com sentimentos muito, muito negativos e tristes. Mas, claro, foi uma experiência incrível, e foi o meu sonho se tornar realidade: ser cantora em tempo integral em uma big band incrível. E eles são uma banda superboa. Então, eu abençoo os álbuns que fizemos e sempre guardarei com carinho esse tempo, é claro.”

Em 2014, Anette contou o motivo principal de sua demissão. Extremamente sincera, ela explicou que estava grávida e não poderia fazer alguns shows agendados na Austrália, mas aceitou que a banda fosse fazer as apresentações com uma cantora substituta. O problema foi quando descobriu que esta cantora seria Floor Jansen. Veja o relato:

“Eu estaria grávida demais para ir para a Austrália, então quis adiar as datas, mas Tuomas não quis. Discussões sobre uma substituta surgiram e, no começo, eu pensei: ‘É, tudo bem, tudo bem’. Mas quando mencionaram Floor foi um ‘não’ automático da minha parte. Não achei que fosse uma boa ideia, porque eu sabia o que aconteceria — eu sabia que os fãs adorariam Floor porque ela é uma cantora de Metal e eu sou uma cantora Pop, e eu queria manter meu emprego.”

KISS: sobre fãs pagarem 12 mil dólares para serem roadies de Gene, ele se defende, “os custos do seguro para isso são astronômicos”

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Photo: Disney/Eric McCandless

Recentemente, o baixista e vocalista do Kiss, Gene Simons, evidenciou sua faceta capitalista amplamente conhecida na cena Rock. O músico lançou um plano onde os fãs poderiam ser “roadies” de sua banda solo durante um dia inteiro, desembolsando a bagatela de 12 mil dólares.

Para entender melhor a iniciativa, clique AQUI e leia a matéria do Mundo Metal sobre o tema.

Enfim, parece que o músico andou recebendo duras críticas sobre os valores cobrados e precisou se explicar. Durante uma entrevista concedida a Carl Craft, da estação de rádio 95.9 The Rat, Gene foi indagado sobre este tema.

Questionado sobre como o veterano músico chegou ao valor de US$ 12.495 pela experiência, ele argumentou o seguinte:

“A questão é a seguinte: quando eu era criança e ia ver Jimi Hendrix ou alguém assim, é claro que eu gostava do show e realmente curtia — conversávamos sobre ele para sempre e tudo mais — mas eu não sabia como era o resto. Como é o começo do dia? Como é sentar e tomar café da manhã ou almoçar com meus astros do Rock favoritos e depois entrar na limusine, ir ao show, montar a bateria, fazer o teste de som e então estar no palco fazendo seu próprio vídeo, porque hoje em dia tudo é gravado em vídeo. Você não pode cagar sem uma câmera entrando na cabine. E então você é puxado para o palco para cantar junto com os fãs.

Agora, dito isso, nós só temos um roadie por dia por show. E eu vou te dizer por quê — porque hoje em dia tudo é tão litigioso. Essa é um uma palavra grande, como ginásio. Isso significa que todo mundo processa todo mundo sem motivo. Então, se você se corta com papel, alguém é processado. E é assim que a vida é aqui nos Estados Unidos — muito mais na Califórnia, aliás. É uma loucura aqui. Então, eu não posso, nem se quisesse, trazer meu roadie por um dia com 10, 20, 30 pessoas, quantas gostaríamos. Então, fazemos com um fã de cada vez, porque os custos do seguro para isso são astronômicos. E isso não é barato. Não é para todos. E para essa pessoa, ela precisa pagar valores premium. É a vida.”

Gene ainda adicionou a sua justificativa o fato que o preço de US$ 12.495 não inclui “apenas” a experiência, mas também a exposição, a exposição financeira e jurídica. Ele disse:

“Alguém tem uma experiência ruim e processa você, e isso lhe custa centenas de milhares de dólares. Você precisa de seguro para tudo. Você tem um carro? Você tem seguro. Aparentemente, tudo na vida… Na verdade, você compra qualquer coisa — uma ferramenta — eles te dão seguro. Você prefere o de um ou três anos? Tudo está segurado.”

WASP: “Honestamente, acho que a censura está pior agora do que nos anos 80”

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Reprodução/Napalm Records

O Rock já sofreu diversas tentativas de censura no decorrer das décadas, desde sua criação. Dessa forma, o caso mais emblemático e conhecido no ocidente talvez tenha sido o do PMRC, ocorrido nos Estados Unidos na década de 80, onde Dee Snider e Frank Zappa precisaram comparecer ao senado norte americano para prestar esclarecimentos sobre o conteúdo lírico de suas músicas.

Para saber mais sobre o PMRC, o site Mundo Metal possui uma matéria completa que você pode acessar clicando AQUI.

Nos tempos atuais, podemos afirmar que o tema liberdade de expressão nunca foi tão discutido. A polarização política ajudou para que o assunto ficasse em exposição e muitos se questionam sobre os limites da liberdade. Onde exatamente uma pessoa deixa de exercer sua liberdade e passa a cometer um crime?

Obviamente, artistas e bandas, principalmente, de Rock e Heavy Metal, observam de perto tais discussões. É claro que vez ou outra algum músico decide opinar sobre o assunto, mas o grande problema é a polarização. Se nos anos 80, todos se uniram em defesa de um único ideal e decidiram afrontar um sistema que tentava tirar do Rock a sua maior arma (a expressão), hoje inegavelmente temos avaliações enviesadas que colocam outros interesses em primeiro plano.

A opinião de um quase censurado

Em nova entrevista a Mane Campos, da Heavyfonía, o frontman do WASP, Blackie Lawless, falou sobre o single “Animal (F**k Like a Beast)”. Na época do PMRC, a canção entrou na famigerada lista “The Filthy Fifteen”como uma das canções que decerto mereciam a censura.

Photo: Steven Edward Duren

40 anos após a polêmica, Lawless disse o seguinte:

“Honestamente, acho que a censura está pior agora do que nos anos 80, porque, com a internet, as pessoas simplesmente têm medo de falar.

A censura é uma coisa feia porque — a ideia de liberdade de expressão não é para proteger a expressão popular; ela foi criada para proteger a expressão impopular. E não me importa o que alguém tenha a dizer — eles podem inventar as ideias mais malucas que quiserem. Tenho fé suficiente nos meus semelhantes para que eles determinem o que é besteira e o que não é. E você dá às pessoas a capacidade de decidir, na maioria das vezes, que elas vão inventar as ideias certas. Então, como eu disse, não acho que tentar limitar a expressão de qualquer forma tenha sido uma boa ideia.”

Hoje em dia, as redes sociais determinam tendências e constituem correntes de pensamento. Questionado se as mídias sociais funcionam como uma forma democrática das pessoas se expressarem ou são apenas plataformas destinadas a “cultura do cancelamento” e visões polarizadas, Blackie disse o seguinte:

“Bem, são as duas coisas. Mas pelo que vejo… não passo muito tempo lá, então realmente não sei muito sobre isso, mas pelo que ouço, o conceito de poder cancelar pessoas é assustador.

Se você tem alguém como eu, não me importo com o que você diz sobre mim; eu simplesmente não me importo. Mas a maioria das pessoas no mundo não são assim; eles são muito sensíveis ao que os outros pensam. E então alguém assim seria fácil de cancelar. Alguém como eu, você não pode nos cancelar porque não nos importamos. Você só pode cancelar alguém se essa pessoa se importa. Se eu acredito em algo que estou fazendo, não me importo se alguém acredita ou não. O importante é o que eu penso. E eu passei minha carreira dizendo aos nossos fãs: a única coisa que realmente importa é pensar por si mesmo. Crie suas próprias ideias. Crie suas próprias opiniões. Não dê ouvidos ao que alguém ao seu lado está dizendo.

Sim, você pode ouvir, mas no final das contas, você tem que decidir o que é certo para você, e isso é muito, muito importante. Como eu disse, passei minha carreira inteira falando sobre essa ideia. Então, o conceito de censura definitivamente se encaixa nisso.”

Questionado se está “decepcionado” com a política atual, Lawless foi sincero:

“Sim, porque você conhece a velha expressão: ‘poder absoluto corrompe absolutamente’. E há muita verdade nisso. É tudo uma questão de dinheiro e poder — é isso que a política é — e eu sou o tipo de pessoa que não se dá bem em ambientes onde as pessoas não têm permissão para falar a verdade. Simplesmente não me dou bem nessas ocasiões. Então, estou muito melhor fazendo o que faço agora, porque posso dizer o que quero dizer sem restrições. Porque dizem que a política é a arte do compromisso, e eu não me dou bem quando se trata de compromisso.”

Sobre a capacidade do Rock And Roll de mudar o mundo, a qual Blackie Lawless defendeu por inúmeras vezes, ele foi questionado se ainda acredita nisso:

“Não, de jeito nenhum, porque se você olhar para os anos 60 e 70, o Rock And Roll ajudou a vencer a guerra. Sempre que você consegue fazer as pessoas ouvirem ideias, isso é algo poderoso. E essa é uma das razões pelas quais o Rock And Roll sempre assustou as pessoas, porque é perigoso. Porque é perigoso por causa das ideias que aborda. E é isso que o tornou tão revolucionário. E eu acho que falta isso ao Rock And Roll hoje. Eu gostaria que houvesse mais disso, porque quando era verdadeiramente revolucionário, era algo a se temer se você não concordasse com o que era dito. E eu sinto falta disso hoje.”

Death Angel: enquanto novo material não chega, banda anuncia show especial tocando na íntegra o álbum “Act III”

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Reprodução/Divulgação

Enquanto o novo álbum do Death Angel não chega às lojas e plataformas, o grupo segue fazendo alguns shows ao vivo e aproveitando as brechas na agenda do ocupado vocalista Mark Osegueda.

Desde o início de 2024, Osegueda deu prioridade total para sua carreira como frontman da banda solo do guitarrista do Slayer, Kerry King. A situação não agradou seus colegas de Death Angel, inclusive, gerando alguns transtornos e o cancelamento de uma turnê em conjunto com o WASP. Para entender melhor esta situação, clique AQUI.

Apesar dos pesares, o grupo tenta se arranjar como pode e tocar sempre que possível. As sessões de composição e as gravações do novo álbum devem acontecer ainda em 2025, com lançamento ainda sem previsão.

Mas ao menos uma notícia boa aos fãs nós podemos trazer, o já tradicional show de natal que a banda faz chega em 2025 a sua décima edição e está confirmado. No próximo dia 18 de dezembro, os thrashers da Bay Area irão celebrar o 35º aniversário do álbum “Act III”. A apresentação única trará o Death Angel tocando o álbum na íntegra e, segundo aviso deixado na página oficial:

“Será Apenas uma noite e sem transmissão ao vivo este ano — compre seus ingressos com antecedência!”

Para ingressos e maiores informações sobre o show, clique AQUI.

Sobre “Act III”

“Act III” foi lançado no dia 10 de abril de 1990, é o terceiro álbum da discografia do Death Angel e o primeiro em uma grande gravadora, a Geffen.

O trabalho gerou um período de muita exposição para a banda, inclusive, com os videoclipes de “Seemingly Endless Time” e “A Room With A View” sendo exibidos regularmente pela MTV, principalmente, no programa Headbangers Ball.

Alguns problemas ocorreram com o grupo durante a excursão para divulgação do registro. O baterista Andy Galeon se feriu gravemente em um acidente com o ônibus de turnê e, depois de alguns meses, o vocalista Mark Osegueda resolveu deixar a banda.

Contudo, “Act III” é o primeiro álbum do Death Angel que recebeu uma produção realmente condizente a qualidade musical do quinteto. Percebe-se claramente que este é um trabalho melhor pensado, com composições mais intricadas e uma produção bastante polida. Relembre este grande trabalho:

Resenha: Venator – “Psychodrome” (2025)

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Quando começou a surgir a primeira leva de bandas da NWOTHM (New Wave Of Traditional Heavy Metal) no início dos anos 2000, me lembro de ter pensado, “vamos ver até onde isso vai dar”. Isto foi em meados de 2004 ou 2005. A ideia era e ainda é ótima, afinal, novos nomes aparecendo para resgatar a sonoridade clássica do Heavy Metal significa renovação e continuidade para o gênero.

No entanto, 20 anos depois, em 2025, creio que nem o mais otimista acreditaria que o movimento estaria firme e forte. E ele está, para o bem de todos nós, amantes da boa música. As primeiras bandas que lançaram seus discos lá em meados de 2000, estão quase todas consolidadas.

É incrível perceber que Enforcer e RAM este ano deverão apresentar o sétimo trabalho de suas discografias. O Crystal Viper já tem nove discos e o Skull Fist, mesmo com uma pausa nas atividades no meio do caminho, chegará ao seu quinto álbum. E isso sem mencionar algumas bandas um pouco mais jovens como Ambush, por exemplo, que este ano conceberá seu quarto full lenght.

Reprodução/Divulgação

Mais uma ótima revelação da NWOTHM

Daqui a pouco, nem poderemos mais chamar estas bandas de “nova geração”. Até porque já temos outras surgindo e, o melhor de tudo, trazendo ótimos discos. Este é o caso do Venator, banda austríaca formada em 2016.

O quinteto lançou um EP chamado “Paradiser” em 2016, mas foi com o disco de estreia, “Echoes From The Gutter” (2022), que apareceram realmente e nos surpreenderam. O trabalho já era bem consistente e apresentou um grupo que, apesar de jovem, sabia exatamente o que estava fazendo.

A sonoridade é aquela que adoramos: Heavy Metal oitentista, com diversas referências às bandas da NWOBHM, US Metal assim como elementos da escola alemã. Em 2025, eles retornaram com “Psychodrome”, e este podemos dizer que é uma verdadeira pérola do Metal contemporâneo.

O álbum foi lançado no último dia 25 de abril através do selo Dying Victims Productions. Possui 10 novas composições e pouco mais de 43 minutos de duração, trazendo diversos destaques e faixas realmente acima da média.

Reprodução/Divulgação

Um tracklist que beira a perfeição

A introdução “Into The Dome” é uma espécie de preparação para a vigorosa “Steal The Night”, música direta e com um refrão daqueles que grudam na cabeça, propício para iniciar uma audição. “Children Of The Beast” segue na mesma linha, mas com maior velocidade e um ótimo riff de guitarra. Início promissor que passa um recado claro ao ouvinte: este é um disco para se escutar bangeando.

“Ravening Angel” traz um pouco mais de cadência, mas não abaixa a temperatura. Os solos da dupla Anton Holzner e Leon Ehrengruber são o destaque desta faixa, mas também é necessário mencionar o trabalho do vocalista Hans Huemer. O cara possui um timbre muito agradável e acerta tremendamente em não ficar tentando alcançar notas altíssimas. Dessa forma, ao escolher de maneira sábia não se complicar, automaticamente, ele eleva a musicalidade da banda, que se encaixa muito bem com suas características.

“The Final Call” é uma canção anárquica no bom sentido, com diversas quebras, muitos solos e mudanças de andamento. “Radar” retorna ao ritmo inicial e traz mais um hino Heavy da mais alta estirpe. “Race To Glory” aumenta a pressão, pisa ainda mais fundo no acelerador e, “Dynamite”, como o próprio nome já entrega, detona nossos sentidos com um Hard N’ Heavy explosivo. “Fear The Light” mergulha de cabeça no Hard Rock e o faz com muita competência. No final, ainda há espaço para outra porrada certeira que atende pelo nome de “Astral Seduction”. Um final demolidor para um álbum sem pontos fracos.

Destaque iminente do ano

A audição passa tão rápido que o repeat é quase inevitável. Registro enxuto, direto ao ponto e com variações interessantíssimas no tracklist. Para quem um dia teve dúvidas se um novo movimento com foco no resgate do Heavy Metal tradicional teria condições de se sustentar durante muito tempo, álbuns como “Psychodrome” certamente acabam com qualquer tipo de questionamento.

Banda talentosa e disco promissor, uma combinação infalível que faz por merecer a seguinte afirmação: audição obrigatória para fãs do gênero.

Nota: 9

Integrantes:

  • Jakob Steidl (bateria)
  • Anton Holzner (guitarra)
  • Leon Ehrengruber (guitarra)
  • Hans Huemer (vocal)
  • Stefan Glasner (baixo)

Faixas:

  1. Into The Drome (instrumental)
  2. Steal The Night
  3. Children Of The Beast
  4. Ravening Angel
  5. The Final Call
  6. Radar
  7. Race To Glory
  8. Dynamite
  9. Fear The Light
  10. Astral Seduction
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