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Symphony Towers: one-man-band brasileira lança videoclipe para o single “Brainrot”

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Crédito: Foto por Janilson Quadros | Edição por Johnny Z.

Após o lançamento de “The Unpromised Land”, sétimo álbum de estúdio da one-man-band Symphony Towers, era notório que um novo single fosse lançado. Portanto, a premissa se concretizou e a música em questão atende por “Brainrot”. Além disso, o single conta com um videoclipe muito bem produzido.

Symphony Towers é um projeto contínuo do multi-instrumentista Janilson Quadros, natural de Torres, Rio Grande do Sul. O músico brasileiro segue morando na exótica Bangkok, Tailândia, e mantém fixo e produtivo o seu trabalho.

De acordo com a assessoria JZ Press:

“O novo videoclipe “Brainrot” traz uma crítica sombria — porém necessária — à erosão da sanidade na era digital. Com imagens criadas por inteligência artificial, o videoclipe mergulha na angústia de uma mente em colapso, refletindo tanto crises pessoais quanto o chamado “Brainrot digital”: a saturação mental causada pelo excesso de estímulos vazios. Apesar do tom denso, a música guarda uma centelha de resistência, um lembrete de que a lucidez ainda pode ser reconquistada, mesmo em tempos tão confusos.”

Janilson falou a respeito:

“Procurei confrontar as sombras da humanidade e buscar significado em meio ao caos, questionando se há redenção para um mundo tão cheio de falhas. O som fluiu de forma instintiva, diretamente da minha alma — e espero que seja absorvido pela alma de quem ouve.”

Agora sim, então, confira o video de “Brainrot”:

Mas, ainda não acabou e você pode conferir o video anterior de “Timeline” e o álbum “The Unpromised Land” na íntegra logo abaixo:

Assessoria: JZ Press

Hyena: álbum “About Rock And Roll” vale cada segundo investido e é um ode ao Heavy Metal oitentista

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Reprodução/Facebook

Formada em 2018 na cidade de Cajamarca no Peru, o Hyena chegou finalmente ao seu primeiro disco completo no último dia 25 de abril. Batizado de “About Rock And Roll”, o debut do quinteto aposta naquele Heavy Metal tradicional clássico que reverencia a época mágica para o gênero – a década de 80.

Disponível nas principais plataformas de streaming através do selo Trueno Records, o trabalho surpreende pela musicalidade forte, além de composições inspiradas e muita energia. Indicado para fãs de bandas como Judas Priest (daquela fase “Defenders Of The Faith”/”Screaming for Vengeance”), Tokyo Blade (“Night Of The Blade”) e também para admiradores de novos nomes como Ambush e RAM.

Os vocais de El Sucio são muito versáteis, com bom alcance de notas altas e não soam enjoativos ou irritantes. As guitarras são comandadas pelo membro fundador Alfonso Espinoza, juntamente de Sergio Silva – este último, saiu da banda recentemente, dando lugar a Tony Hamilton. De qualquer forma, a dupla é responsável pela execução de riffs de primeiríssima linha e solos realmente empolgantes. Alexander Rojas (baixo) e Leonardo Zelada (bateria) formam uma cozinha sólida e bastante coesa, fazendo deste lineup uma grata surpresa aos ouvintes.

Um velho novo álbum

As músicas contidas em “About Rock And Roll” não são exatamente novas, principalmente, para o público local do Hyena. Elas já fizeram parte de EP’s, splits, demos e compilações desde o surgimento da banda em 2018, mas todas as canções foram submetidas a um trabalho extremamente cuidadoso para que pudessem fazer parte deste álbum.

Na prática, o que o Hyena fez foi organizar o seu catálogo. O grupo reuniu suas principais canções e gravou da melhor forma possível para lançá-las como um álbum oficial de fato. E precisamos destacar que faixas como “The Eternal Zero”, “Epitome Of Evil”, “Ready To Explode” e “Keep It True”. Todas estas são hinos vibrantes que certamente teriam se tornado clássicos caso tivessem sido lançadas nos anos 80.

A produção é bastante acertada, com aquela cara de gravação analógica e pitadas generosas e bem vindas daquela sujeirinha tão necessária neste tipo de sonoridade – se é que me entendem. “About Rock And Roll” é um disco fortíssimo e com todos os elementos necessários para se destacar na atual cena Metal sulamericana.

Não se surpreenda se ele aparecer em listas de melhores do ano, pois certamente irá brigar por uma vaga. Banda extremamente promissora.

Judas Priest: “Eles queriam alguém que tivesse opiniões e ideias. Sou grato a eles por me incluírem, e sou grato aos fãs”, diz Richie Faulkner

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Judas Priest: "Eles queriam alguém que tivesse opiniões e ideias. Sou grato a eles por me incluírem, e sou grato aos fãs", diz Richie Faulkner
Joel Barrios - Photography That Rocks

Já fazem quase 15 anos desde que o guitarrista Richie Faulkner se juntou ao Judas Priest no lugar do guitarrista original e cofundador KK Downing. Embora seja um grande guitarrista, sua chegada gerou desconfiança por parte de alguns, afinal, substituir um membro original tão importante em uma banda nunca foi uma tarefa muito tranquila.

Quando Faulkner entrou no Judas Priest, muitos se perguntavam: “Ele irá contribuir na parte criativa igualmente como Rob Halford e Glenn Tipton?”

Logo no primeiro álbum com a banda, o “Redeemer of Souls”, de 2014, ficou claro que sim. E se seguiram mais dois álbuns desde então, “Firepower”, de 2018, e “Invincible Shield”, de 2024, com todas as músicas sendo creditadas a Halford, Tipton e Faulkner.

Faulkner concedeu uma nova entrevista ao Power of Metal CL e, explicou que a banda queria alguém com “ideias e opiniões”. Além disso, ele falou sobre as suas principais influências musicais e como isso teve um papel importante no funcionamento das coisas entre eles:

“Eles queriam alguém que tivesse opiniões e ideias. Eles não queriam um mercenário. Eles queriam alguém na banda. Então isso mostra como eles são como uma banda. E eu acho que você apenas faz o que vem do coração.

Fui criado com músicas diferentes, nos anos 80. Eu cresci nos anos 80. Então, eu cresci com a música pop: Michael Jackson, Bryan Adams. Mas também Priest, Iron Maiden, Thin Lizzy, UFO, todas essas coisas do meu pai, na verdade.

Então essa é a música com a qual eu cresci, e essa é a música que sai de mim. Então eu não tenho que fingir, eu não tenho que escrever de forma diferente. Essa é a música que está saindo, essa é a música que me inspirou, e isso sai da guitarra.”

Ele concluiu dizendo:

“Então eu acho que você tem que ser fiel a quem você é, e acho que talvez essa seja uma das razões pelas quais funcionou tão bem. Então, sou grato a eles por me incluírem, e sou grato aos fãs: eles colocaram esses álbuns no topo das paradas, e só podemos ser gratos por isso.”

O Judas Priest foi uma das atrações do Monsters of Rock Brasil 2025 no dia 19 de abril. Leia a nossa matéria completa com tudo o que rolou no festival:

Sammy Hagar revela qual clássico irá cantar no show de despedida de Ozzy Osbourne

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Reprodução/Youtube

O show de despedida de Ozzy Osbourne e também do Black Sabbath está se avizinhando. No próximo dia 5 de julho, no Villa Park, em Birmingham, acontecerá o aguardado “Back To The Beginning”, um evento programado para o dia inteiro com um número exorbitante de artistas renomados do Rock e Metal.

Um dos artistas convocados para este dia histórico é o vocalista Sammy Hagar (Van Halen, Monstrose e Chickenfoot). O cantor concedeu uma nova entrevista a Chuck Armstrong, do Loudwire Nights, e comentou justamente sobre este dia promissor. Sendo assim, Sammy mencionou que se sente honrado por ter sido um dos primeiros a ser lembrado para o show. Além de revelar qual música irá cantar, o músico também deu outros detalhes sobre o evento. Questionado sobre sua participação, Hagar disse:

“Bem, o fato de eu ter sido convidado para participar quase no primeiro dia… Quando a notícia começou a vazar — as notícias internas — o diretor musical do evento Tom Morello me ligou e disse: ‘Ei, cara, você estaria interessado?’. Eu disse: ‘Sim’. Ele nem precisou dizer o quê. ‘Você estaria interessado?’, e foi, ‘Sim, Tom. Estou dentro — totalmente dentro’.

Fiquei muito lisonjeado por ter sido um dos primeiros a entrar. Mas eu tinha acabado de entrar para o Hall da Fama do Rock and Roll por ter introduzido o Foreigner, e cantei algumas músicas do Foreigner, e a introdução do Ozzy veio depois da minha apresentação com o Foreigner. E eles ficaram sentados lá me observando fazer o meu trabalho, e acho que eu estava fresco na mente deles. Porque, tirando isso, eu não canto como o Ozzy — sou um tipo diferente de cantor. Então, tenho estudado. Todo mundo pergunta: ‘O que você tem ouvido?’, e eu respondo: ‘Vou ouvir o Ozzy até o dia 5 de julho’. Preciso aprender o fraseado dele. E suas estruturas melódicas são tão únicas; ele é um cantor tão único.

Estou muito honrado. E eu escolhi tocar ‘No More Tears’. E o Tom disse: ‘Ah, isso seria ótimo. Seria realmente ótimo’. E então tocarei outra. Mas então ele voltou e disse: ‘Adivinhe? O Ozzy vai tentar cantar cinco músicas, e ele quer cantar ‘No More Tears’. Eu disse: ‘Ok. toco ‘Flying High Again’. Ele disse: ‘Pode deixar’. Então, agora estou cantando ‘Flying High Again’. Se o Ozzy mudar de ideia, eu canto ‘Flying High Again’ e ‘No More Tears’. E me ofereci para cantar uma das minhas músicas, e pensei em cantar ‘Rock Candy’ do Montrose porque é da mesma época do Black Sabbath — Montrose e Sabbath eram do mesmo tipo de época. Então, estou animado.”

Back to the beginning: o show final de Ozzy e do Black Sabbath

O que sabemos até o momento é que teremos jams no decorrer de todo o dia. Haverá também uma infinidade de artistas renomados, mas ainda não é conhecido o teor de suas performances. Entre os confirmados até o momento estão Billy Corgan (The Smashing Pumpkins), David Draiman (Disturbed), Duff McKagan & Slash (Guns ‘n Roses), Frank Bello (Anthrax), Fred Durst (Limp Bizkit), Jake E Lee (Ozzy Osbourne, Badlands), Jonathan Davis (Korn), KK Downing (Judas Priest, KK’s Priest), Lzzy Hale (Halestorm), Mike Bordin (Faith No More), Rudy Sarzo (Ozzy Osbourne, Quiet Riot), Sammy Hagar (Van Halen, Monstrose), Scott Ian (Anthrax), Sleep Token II (Sleep Token), Papa V Perpetua (Ghost), Tom Morello (Rage Against The Machine), Andrew WattChad Smith (Red Hot Chilli Peppers), David Ellefson (ex-Megadeth), Vernon Reid (Living Colour), Whitfield Crane (Ugly Kid Joe) assim como Wolfgang Van Halen e Zakk Wylde.

Haverá também shows completos de bandas como Metallica, Guns N’ Roses, Tool, Slayer, Pantera, Gojira, Alice In Chains, assim como Anthrax e outros. Isto, certamente, sem mencionar as performances finais de Ozzy e Black Sabbath.

Megadeth: “Eu literalmente não preciso trabalhar mais um dia na minha vida. Faço isso puramente por diversão e por alegria”, diz David Ellefson

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Megadeth: "Eu literalmente não preciso trabalhar mais um dia na minha vida. Faço isso puramente por diversão e por alegria", diz David Ellefson
Christophe Gateau/picture-alliance/dpa/AP

O ex-baixista do Megadeth, David Ellefson, refletiu sobre estabilidade financeira e várias outras atividades paralelas que possui fora da música, como por exemplo, uma linha de misturas de café, produzir filmes de terror, documentários e escrever livros; atividades essas que ele exerce “puramente por diversão e alegria”, já que ele “literalmente não precisa trabalhar mais um dia sequer”. Durante uma nova entrevista com a Meltdown da estação de rádio WRIF, ele declarou:

“Eu literalmente não preciso trabalhar mais um dia na minha vida. Estou bem. Financeiramente, estou bem. Então eu faço isso puramente por diversão e por alegria. E é ótimo que meu telefone toque e as pessoas ainda queiram sair comigo [risos] e nós ainda queiram me convidar para suas festas.

Al Pitrelli [ex-guitarrista do Megadeth] me disse anos atrás, quando o Megadeth se separou em 2002, ele disse: ‘Escute, irmão. Diga ‘sim’ para tudo. É melhor ter uma agenda lotada do que uma de menos.’ E como já mencionei em outras entrevistas, eu disse ‘não’ para algumas coisas. E cara, o telefone para de tocar rápido. E me disseram que era tipo, ‘David, eles estão te ligando porque querem te ouvir dizer ‘sim’.’ É como quando você me liga para esta entrevista. Você não diz: ‘Ei, deixa eu ligar para o Ellefson. Espero que ele diga ‘não’.’ É tipo, ‘Não. Espero que ele diga ‘sim’.’ O filme “Sim Senhor”, de Jim Carrey, sobre o qual já falei várias vezes, é tão comovente porque abre todas as portas. Um sim leva a mais cinco “sim”, que levam a mais 10.

Todas essas coisas são divertidas para mim. São projetos pelos quais tenho paixão. Alguns deles me rendem um dinheirinho aqui e ali. Geralmente, acabo investindo meu próprio dinheiro nessas coisas. Mas dinheiro é apenas uma ferramenta, e usado com sabedoria pode ajudar muitas outras pessoas e fazer outras coisas incríveis.

Lembro-me de ler aquele livro do Dave Ramsey anos atrás, ou parte dele, pelo menos, ou alguns dos seus podcasts — ele é um cara de Nashville, o cara cristão que fala sobre se livrar das dívidas — e ele disse que o verdadeiro motivo para se livrar das dívidas não é simplesmente comprar mais coisas para você. É ser caridoso com os outros. Então, levei isso em consideração, porque eu provavelmente estava bastante endividado naquela época. Chega um momento na sua vida — você está criando uma família, construindo o Megadeth ao longo dos anos… Todo grupo de rock tem suas despesas e, enquanto leio o livro do Geddy Lee [Rush], como li o livro do Alex Van Halen [Van Halen], estamos todos na mesma banda. Investimos no grupo para mantê-lo funcionando e crescendo, e eu faço isso agora com a minha própria vida. Eu invisto em mim mesmo e invisto na minha vida para poder estar onde posso, prestando o melhor serviço aos outros.”

Veja a entrevista na íntegra abaixo:

Exodus: “há alguns elementos que são puro Hard Rock”, diz Tom Hunting sobre novo material, “vamos fazer o que quisermos!”

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Photo: Lisa Holt Photography

O Exodus passou por uma nova troca de vocalistas no início deste ano. Steve “Zetro” Souza acabou demitido após dois excelentes álbuns – “Blood In Blood Out” e “Persona Non Grata” – e Rob Dukes retornou ao posto após cerca de 11 anos desde sua saída.

Em uma recente entrevista, Gary Holt mencionou que o lançamento do novo álbum sofreu alguns atrasos por conta de toda esta movimentação da banda. Surpreendentemente, o guitarrista afirmou que ele e seus companheiros estão trabalhando em, provavelmente, dois novos discos de estúdio ao mesmo tempo.

Em uma nova entrevista concedida a estação de rádio WRIF de Detroit, no programa Meltdown, o baterista Tom Hunting falou sobre o andamento das gravações do novo disco. Dessa forma, ele corroborou a fala de Gary Holt mencionando uma quantidade elevada de músicas que estão sendo gravadas, veja o que ele disse:

“Estamos seguindo em frente. A bateria está praticamente pronta. Estamos fazendo músicas adicionais. E imaginamos que poderíamos maximizar o tempo agora, já que estamos todos na casa dos sessenta. Então, por que não maximizar agora, se pudermos? Então, acho que gravei umas 17 ou 18 músicas na bateria. Rob Dukes está trabalhando nos vocais. Gary Holt terminou todos as suas linhas e solos. É como um esquema do tipo ‘que venha o próximo da fila’. Um de nós se cansa aí o próximo entra e grava algumas músicas.

Eu realmente não sei o quanto terminamos, ou se já terminamos de verdade. Eu acho que você nunca termina de verdade; você simplesmente se afasta das músicas e pensa: ‘Ok, é isso que elas são’.”

Questionado sobre os motivos da demora em lançar o sucessor de “Persona Non Grata”, Hunting ponderou:

“Levamos isso a sério. Começamos a improvisar algumas dessas músicas em maio passado. Estávamos programados para gravar várias vezes e, então, uma turnê surgia. Então, pensávamos: ‘Bem, precisamos trabalhar e ganhar dinheiro’. Então, fazíamos as turnês. E finalmente entramos em cena no dia 1º de março deste ano. E temos trabalhado bastante desde então. Acho que o Gary foi para casa ontem de manhã, depois de repassar praticamente todo o processo lá.”

Rob Dukes retornou a banda no começo deste ano, mas é sabido que algumas músicas vinham sendo trabalhadas há mais tempo. Será que Dukes chegou a se envolver no processo de criação? Enfim, Tom Hunting disse que sim:

“Ah, muita coisa. Estamos muito felizes por tê-lo de volta. Ele é um cara muito bom de se trabalhar e está assumindo esse papel. Nunca o ouvi cantar de algumas das maneiras que ele está cantando neste disco. Vai impressionar as pessoas. Então, estou animado, estou animado por ele. Feliz por tê-lo de volta. E simplesmente incrível.”

Quando questionado sobre o direcionamento musical do novo material, Tom disse:

“É pesado, mas não vou mentir — há alguns elementos que são puro Hard Rock neste disco, o que é legal para nós, porque essas também são as nossas raízes. Hard Rock, Punk Rock, New Wave Of British Heavy Metal, tudo junto. Foi assim que nosso estilo nasceu, basicamente. E acho que, neste momento, se quisermos fazer algo estranho em uma música, vamos fazer algo estranho e fazer algo que as pessoas não esperam. É o álbum número 12, então poderíamos simplesmente seguir com a fórmula… Mas não estamos fechando o livro sobre nada, e, caramba — é como se tivéssemos sobrevivido para fazer 12 discos, então vamos fazer o que quisermos nesse.”

Não devemos nos esquecer que o Exodus lançou uma música nova há poucos dias. A canção tem participação especial do vocalista Mark Osegueda (Death Angel e Kerry King) e trata-se de um improvável cover do Scorpions para “He’s A Woman, She’s A Man”. Ouça:

Manowar: “Acho horrível, totalmente desnecessário e uma perda de tempo. Esses discos não devem ser mexidos”, diz Ross Friedman sobre regravações de álbuns clássicos

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Manowar: "Acho horrível, totalmente desnecessário e uma perda de tempo. Esses discos não devem ser mexidos", diz Ross Friedman sobre regravações de álbuns clássicos
(Image credit: Lorne Thomson/Redferns)

Ross “The Boss” Friedman, ex-guitarrista do Manowar, não curte a ideia de regravar álbuns clássicos da banda. De acordo com o guitarrista, não se deve mexer nas gravações originais e, tal decisão é “totalmente desnecessária”.

Ross gravou os álbuns “Battle Hymns”, de 1982, “Into Glory Ride”, de 1983, “Hail To England”, de 1984, “Sign of the Hammer”, de 1984, “Fighting the World”, de 1987, e “Kings of Metal”, de 1988, seu último disco com a banda antes de sua saída.

Durante uma entrevista recente ao podcast Hear 2 Zen, Ross Friedman foi questionado sobre o que achou das novas versões dos LPS:

“O que eu acho disso? Acho horrível. Sinceramente, acho. Acho totalmente desnecessário e uma perda de tempo, e não sei por quê. Não sei por que fariam isso. Tenho que ser honesto com você. Não sei por quê.

Eu poderia até regravar esses discos com o mesmo pessoal, as mesmas pessoas. Mas não com um grupo diferente e um guitarrista diferente. Eu simplesmente acho que soa horrível. Simplesmente soa horrível.”

Indagado se alguma vez pensou na possibilidade regravar um desses clássicos com sua banda solo, Ross Friedman respondeu:

“Eu fazendo isso com minha banda? Não. Nunca. É perda de tempo. Esses discos são esses discos. Esses discos não devem ser mexidos. E eles têm sido. E é isso que é realmente… É de partir o coração.”

WASP: “A música se tornou descartável” para Blackie Lawless, “é como ir à cozinha e abrir a torneira”

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Photo: Ross Marino/Getty Images

Aconteceram diversas mudanças na indústria da música nos últimos 20 ou 30 anos e podemos cravar que ainda haverá muitas mais no futuro. A forma como se consome música mudou assustadoramente e isso mexeu com o mercado fonográfico de maneira estrutural. Com o advento da internet, a venda de CDs e LPs deixaram de ser o principal meio de subsistência das bandas. Sem ter para onde correr, os artistas precisaram se adaptar ao bravo novo mundo digital se quisessem continuar suas carreiras.

O problema é que este mundo atual é altamente dinâmico e não para de se reinventar. Muitos nomes sequer conseguiram transicionar para o modelo de negócio que temos hoje e novas mudanças ainda mais profundas já se avizinham, principalmente, com a evolução da IA.

Em uma nova entrevista ao Heavy Metal Perú, o líder do WASP, Blackie Lawless, comentou sobre este tema. Questionado sobre como a atual indústria de streaming tem fortalecido um modelo de negócios onde a música está se tornando cada vez mais descartável e os consumidores não valorizam mais a arte, o veterano músico disse o seguinte:

“É um problema real porque a música se tornou descartável. A música não é mais o que costumava ser anos atrás. E anos atrás, se você quisesse um disco, tinha que trabalhar, economizar dinheiro e depois comprar o disco. Hoje, os fãs não fazem isso. A música é… é como ir à cozinha e abrir a torneira. Está lá o tempo todo. E isso é triste, porque não se valoriza a música, porque o artista troca seu trabalho pelo trabalho do fã. Era assim que costumava ser. E isso não existe mais porque, como eu disse, o valor que se dá à música, de onde o público realmente existe, esse respeito pela música, não é mais o que costumava ser. E é muito triste, e mudou tremendamente o mercado musical.

Agora, de uma perspectiva ao vivo dos shows, felizmente isso não mudou, porque se tivesse mudado, não estaríamos falando agora; teria acabado para todos. Mas Felizmente, ainda temos isso com os shows ao vivo. Mas, quanto à música em si, ela não tem mais o valor que já teve, e isso me deixa triste.”

Questionado se ele acha que este quadro ainda vai piorar em um futuro próximo, Lawless disse o seguinte:

“Se você olhar para o show business, a tecnologia muda o show business radicalmente a cada 20 anos, porque a própria tecnologia muda. Se você voltar cem anos atrás e assistir ao cinema mudo, então o cinema falado surgiu e matou o cinema mudo. E com isso, muitas dessas estrelas de cinema da era do cinema mudo não conseguiram fazer a transição para o cinema falado. E então o cinema falado continua por 15, 20 anos. Então surge a televisão. E muitas pessoas no show business não conseguem fazer a transição do cinema para a televisão. E então o Rock nas rádios começa a se tornar realmente grande. Essa transição acontece.

Então surge a MTV nos anos 80. Muitas bandas não conseguem fazer essa transição de apenas fazer música para se tornarem verdadeiras estrelas da televisão. Agora você tem a internet sendo o que é, e agora você tem a IA e coisas assim. Então, a cada 20 anos, a tecnologia muda radicalmente. E para qualquer artista que não consiga fazer a mudança, ele morre. Então, o show business nos mostrou, pelo menos nos últimos cem anos, que vai mudar radicalmente a cada 20 anos. E, se você me perguntar o que eu acho que vai acontecer, não tenho nem como começar a te dizer, porque há tantos fatores envolvidos nessa mudança tecnológica. Então, tudo será baseado em tecnologia daqui para frente.”

Savatage: gravações do novo álbum devem começar em janeiro, “Temos muito material pronto para ser lançado”, diz Jon Oliva

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Savatage: gravações do novo álbum devem começar em janeiro, "Temos muito material pronto para ser lançado", diz Jon Oliva
reprodução

Depois de shows memoráveis no Brasil, um no Monsters of Rock e um show solo no Espaço Unimed, o Savatage deixou os fãs ainda mais ansiosos pela chegada de um novo álbum após o retorno do grupo. Mesmo com a ausência do vocalista, tecladista e fundador Jon Oliva (por motivos da saúde), quem pôde assistir a pelo um dos shows da banda em São Paulo saiu pisando em nuvens com a performance matadora da banda nas duas apresentações.

Mas, e agora? Quando será que teremos um novo álbum do Savatage agora que a banda retornou à ativa? Bem, já sabemos que eles têm material o suficiente para isso, conforme revelado em entrevistas anteriores. Vale lembrar que o Savatage ficou mais de vinte anos ausente dos palcos, mas, nesse tempo, Oliva continuou compondo.

Durante uma recente entrevista com o Rocktambulos da Argentina, Oliva comentou brevemente sobre seu atual estado de saúde que o impede de participar dos shows ao vivo da turnê retorno:

“Sofri um acidente grave e me machuquei bastante. E é um processo longo, um longo processo de recuperação, e com as lesões que tenho, não consigo cantar direito, porque dói muito. E é difícil até ficar em pé por mais de alguns minutos. Então, infelizmente, você pode me ver como um jogador de futebol que se machucou. E estou na reserva de lesionados.”

Indagado se ele teve alguma melhora desde que se acidentou há cerca de dois anos, Oliva respondeu:

“Bem, sim. É difícil explicar. É muito difícil quando você fratura a coluna, especialmente porque não tenho mais 18 anos. Então, o processo de recuperação é muito lento.

Eles queriam colocar metal — queriam substituir as coisas por metal — e me aconselharam a não fazer isso. E isso torna a cicatrização mais demorada, porque você não está substituindo por aço. Além disso, eu tenho medo de facas de qualquer maneira. Eu fico tipo: ‘Você não vai me abrir à toa, filho da puta. De jeito nenhum.’ Então, sim, eles disseram que poderia levar um ano ou mais para cicatrizar direito. Do jeito que está agora, eu não consigo cantar. Se eu canto alguma coisa, parece que alguém está me esfaqueando com uma chave de fenda… Ah, é ruim. Ah, acredite em mim, cara. Eu não aconselho isso a ninguém.”

Jon Oliva não pode estar nos palcos com a banda até que se recupere totalmente ou quase totalmente, mas, de qualquer forma, ele está diretamente envolvido nos shows de retorno. Ele tem atuado como um diretor musical para a banda:

“Sou mais envolvido nisso do que você imagina. Então, basicamente, por causa da lesão, tive que assumir o papel de diretor musical, e eu montei o show — trabalhando nele, em como ele vai acontecer e quais músicas eles vão tocar.

Vou te dizer uma coisa sobre os caras: eles estão tão prontos para isso. Eles são como uma banda jovem, de 18 anos. É a fome deles por isso.”

Enfim, sobre o tão esperado e sonhado novo álbum, Oliva disse:

“Trabalhei em muito material com Al Pitrelli e Chris Caffery, e temos muito material pronto, pronto para ser lançado. E aí aconteceu esse acidente e estragou tudo. Então eu tive que tomar uma decisão. Então decidi mandar os caras para a festa, para alegrar os fãs, antes de tudo, porque eu não queria cancelar os shows. Eu pensei: ‘Não, não, não. Não posso cancelar.’ Vou reorganizá-los para que os caras possam ir lá e tocar. E então, espero que, quando eles voltarem e terminarmos o material da TSO [para a turnê de outono/inverno de 2025 da Trans-Siberian Orchestra] em novembro, dezembro, eu esteja bem para começarmos a gravar [o novo álbum do Savatage] em janeiro. Esse é o meu objetivo, começar a gravar material novo. As músicas estão basicamente todas escritas. Elas só… preciso estar saudável para conseguir fazer isso. Não consigo cantar como canto sem sentir como se alguém estivesse me esfaqueando com uma chave de fenda.”

Slayer: “Acho que a morte do Jeff pesou mais para o Tom do que para mim. Acho que foi isso que o levou a querer se aposentar antes de mim”, diz Kerry King

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Slayer: "Acho que a morte do Jeff pesou mais para o Tom do que para mim. Acho que foi isso que o levou a querer se aposentar antes de mim", diz Kerry King
reprodução

O guitarrista do Slayer, Kerry King, refletiu sobre como a morte do guitarrista Jeff Hanneman, afetou seu relacionamento com o baixista/vocalista Tom Araya. Segundo Kerry King, Tom Araya teve mais dificuldade de aceitar a perda de Hanneman do que ele, a morte do lendário guitarrista teve um peso muito maior para Araya. Em uma nova entrevista com Luis César Pimentel do Cucamonga, Kerry disse:

“Acho que a morte do Jeff pesou mais para o Tom do que para mim. E não digo isso de nenhuma perspectiva de amizade. É que a minha aceitação não foi tão ruim quanto a do Tom. Claro que foi horrível, e ninguém queria que isso acontecesse, mas realmente pesou para o Tom. Acho que foi isso que o levou a querer se aposentar antes de mim, porque acho que ele sentia que a banda era diferente. Mas então, do nada, o Tom decidiu que queria tocar em alguns shows [do Slayer] ano passado, e eu disse: ‘Bem, eu nunca quis parar de fazer shows. Então, sim, vamos tentar.’

Assim como nos primeiros anos do Slayer, [Tom e eu] não nos falamos por telefone. Raramente trocamos mensagens de texto. E isso acontece porque, quando vocês estão juntos por 40 anos, ele se torna uma pessoa muito diferente. Ele não é o cara com quem comecei a banda. Não pessoalmente, apenas ele; ele é uma pessoa diferente. Basicamente, continuei muito parecido com quem eu era nos meus vinte e poucos anos. E eu gosto do Tom. Nós somos legais. Nos reunimos [ano passado para ensaiar para os shows de reunião do Slayer]. Não foi estranho. Fizemos esses dois shows [no Riot Fest em Chicago e no festival Aftershock em Sacramento]. Ele ficou superfeliz. Nos reunimos depois do segundo show, tomamos uma dose depois do show. Ele bebe tequila e eu adoro tequila, então foi isso que tivemos. E acho que a primeira ideia de tocar [com o Slayer novamente] este ano foi no show do festival Louder Than Life que perdemos no ano passado por causa de O furacão. Então, remarcamos o show e eu disse: ‘Se nunca mais fizermos um show, quero acertar isso com o promotor’, porque não foi culpa nossa. Mas ele queria que tocássemos. Então, vamos tocar lá este ano. E este ano vamos tocar naquele show do Black Sabbath [no início de julho em Birmingham, Reino Unido]. Mal posso esperar.”

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