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Rush: “‘Moving Pictures’ foi o disco mais divertido que já fizemos. Era uma energia e uma vibe incríveis. Sabíamos o que estávamos fazendo”, diz Alex Lifeson

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Rush: "'Moving Pictures' foi o disco mais divertido que já fizemos. Era uma energia e uma vibe incríveis. Sabíamos o que estávamos fazendo", diz Alex Lifeson
Rush (Image credit: Fin Costello/Redferns/Getty Images)

“Moving Pictures”, o icônico álbum do Rush lançado em 12 de fevereiro de 1981, é um dos maiores clássicos do rock de todos os tempos, sem dúvida. O disco apresentou algumas das melhores canções mais célebres da banda, como “Tom Sawyer”, “YYZ”, “Limelight”, “The Camera Eye”, e etc. Durante uma nova entrevista para a Fox San Antonio, o guitarrista Alex Lifeson, relembrou como foi a produção de “Moving Pictures”, gravado em outubro e novembro de 1980 no Le Studio em Morin-Heights, Quebec, Canadá:

“Fizemos muitos discos no Le Studio. ‘Moving Pictures’ foi o disco mais divertido que já fizemos. Era uma energia e uma vibe incríveis. Era inverno — um inverno muito frio também. Quando digo ‘muito frio’, quero dizer -30, -40. Você teria uma semana com esse tipo de clima. Mas ainda assim era muito divertido trabalhar lá. Íamos de raquetes de neve ou esqui cross-country até o estúdio. Eu geralmente dirigia até lá [risos], mas fazia parte de toda aquela experiência canadense, o Grande Norte.

Quando começamos a trabalhar em ‘Moving Pictures’, tudo aconteceu sem esforço algum. Estávamos bem preparados, tínhamos escrito todo o material, sabíamos o que estávamos fazendo. Entramos em cena, conseguimos os sons. Fizemos as coisas de uma forma um pouco diferente. Na verdade, mixamos tudo em digital, que foi um dos primeiros equipamentos digitais da Sony. Comparado ao digital moderno, aquele aparelho era um ‘Modelo T’. Mas o disco soa ótimo. Então, contanto que você consiga os resultados.

Sim, foi muito, muito divertido fazer isso. Fizemos alguns vídeos lá que foram divertidos. Lembro-me de quando fizemos ‘Witch Hunt’, estávamos no estacionamento. Eles instalaram microfones e nós éramos a multidão ao fundo em ‘Witch Hunt’ na abertura. E se você ouvir com atenção, pode nos ouvir rindo porque tínhamos tomado alguns drinques e estávamos gritando e berrando sobre as coisas mais ridículas como uma multidão. Mas algumas das coisas que dizíamos não tinham nenhuma relação com nada. Mas foi tão bom fazer ‘Moving Pictures’.”

Grandes vozes: episódio 15 – Matt Barlow

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Reprodução/Facebook

Nome: Matthew Barlow
Codinome: Matt Barlow
Data de Nascimento: 10 de Março de 1971
Local: Biloxi, Mississippi
Ocupação: vocalista
Banda Principal: Iced Earth
Outras Funções: compositor
Outras bandas: Cauldron, Pyramaze, Ashes Of Ares, We Are Sentinels, Schaffer/Barlow Project e The First State Force Band.
Estilo: Power/Thrash, Heavy Metal
Anos de Atividade: ativo

Discografia com Iced Earth: “Burnt Offerings” (1995), “The Dark Saga” (1996), “Days Of Purgatory” (1997), “Something Wicked This Way Comes” (1998), “Horror Show” (2001), “The Crucible Of Man -Something Wicked Part 2” (2008).

Discografia com o Ashes Of Ares: “Ashes Of Ares” (2013), “Well Of Souls” (2018) e “Emperors And Fools” (2022)

Reprodução/Facebook

Breve Histórico

Nascido em 10 de março de 1971 em Biloxi, Mississipi (EUA), Matthew Barlow é um cantor americano que ficou conhecido mundialmente por seus trabalhos à frente do Iced Earth, grupo de Power/Thrash Metal, onde permaneceu por sete anos, gravando cinco álbuns oficiais de estúdio, assim como a famosa compilação de regravações “Days Of Purgatory”.

Sua entrada na banda aconteceu em 1993 após o vocalista John Greely deixar o posto depois do lançamento do álbum “Night Of The Stormrider”, segundo trabalho de estúdio do quinteto americano.

O início

Os primeiros passos como vocalista foram dados no finalzinho dos anos 80 e início dos anos 90, quando Barlow integrou o Cauldron (não confundir com os canadenses), quinteto americano de Thrash/Heavy Metal.

Em seu curto período de atividades, o grupo que também contava com o guitarrista Jim Barlow (irmão de Matt) e lançou duas demos, “Cauldron” assim como “Driven By Hate”, ambas em 1993, sendo estes os únicos registros da banda.

Após a saída do vocalista John Greely, John Schaffer, guitarrista e líder do Iced Earth, viu em Matt Barlow o substituto perfeito. E convenhamos, Greely fez um excelente trabalho no citado “Night Of The Stormrider”, mas a banda subiu degraus consideráveis com a então nova aquisição.

Voltando a Barlow, sua estreia aconteceu no disco “Burnt Offerings”, terceiro registro do quinteto, lançado em 01 de março de 1996, considerado por fãs e críticos como o disco mais pesado/sombrio do Iced Earth. Desse modo, o álbum também é notável por apresentar a canção “Dante’s Inferno”, uma das mais longas da banda (mais de dezesseis minutos de duração) baseada na obra do poeta e escritor italiano, Dante Alighieri, A Divina Comédia.

A consolidação como vocalista do Iced Earth

Em maio de 1996, a banda lança “The Dark Saga”, quarto álbum da carreira e o segundo a contar com os vocais de Matt Barlow, agora, estabelecido em definitivo como a nova voz do Iced Earth.

Conceitual e apresentando uma produção mais polida, o disco é baseado na história de Spawn, personagem dos quadrinhos criado por Todd McFarlane. O disco apresenta uma leve mudança de sonoridade que difere de seus antecessores, ao mesmo tempo em que as linhas vocálicas soam mais agressivas e mais evidentes, provando que a banda acertou em cheio ao recrutar Barlow para os vocais.

Apesar da resposta positiva perante boa parcela de fãs e críticos, o disco foi visto por alguns como um trabalho decepcionante.

Em entrevistas, Jon Schaffer afirmou que “Burnt Offerings” não era sua direção musical pretendida e por isso o novo trabalho da banda era muito mais focado em melodias e vocais.

Contudo, no ano seguinte a banda decide lançar a famosa compilação “Days Of Purgatory”. Já que Barlow não estava presente nos dois primeiros discos, o Iced Earth então regravou boa parte das músicas contidas em ambos os registros, mas agora em versões definitivas, com melhor produção e, é claro, com os vocais marcantes de Barlow.

Em junho de 1998, o mundo conheceu “Something Wicked This Way Comes”, quinto álbum da carreira do Iced Earth. Composto através de um conto fictício de John Schaffer, o novo trabalho foi considerado “mais pesado” que seu antecessor. Nem é preciso dizer que ele elevou o nome da banda a patamares ainda maiores.

O período de maior sucesso

“Something Wicked” recebeu inúmeras críticas positivas assim como lapidou definitivamente os vocais excepcionais de Matt Barlow. Além de potentes e agressivos, agora o vocalista também chegava com facilidade a tons mais altos (e agudos).

O sucesso comercial do novo trabalho elevou mais uma vez o nome da banda, que inegavelmente alcançou posições de destaque em países como Alemanha (19ª posição) e Áustria (50ª posição).

A turnê de divulgação de “Something Wicked This Way Comes” resultou no primeiro registro ao vivo da banda intitulado “Alive In Athens” (1999). Gravado nos dias 23 e 24 de janeiro de 1999 em Atenas, na Grécia, a banda tocou para um público de aproximadamente 2 mil pessoas. O disco chegou às lojas em julho daquele mesmo ano surpreendentemente numa versão em CD triplo. Mais tarde, em 2006, saiu também em versão DVD.

Em uma apresentação para uma legião de fãs sedentos, a banda destilou um setlist composto por 31 músicas. Elas foram divididas em cerca de 3h10min de duração, destacando em especial a potência e a agressividade dos vocais perfeitos de Matt Barlow.

PS: De acordo com uma publicação do guitarrista Jon Schaffer em 2003, o álbum foi contemplado com disco de platina na Grécia.

De frontman à homem da lei

Três anos separam “Somenthing Wicked This Way Comes” de “Horror Show”, sexto álbum de inéditas do quinteto lançado em 2001. Conceitual, o disco é baseado em monstros clássicos dos contos de terror. Dentre eles, Frankenstein, O Fantasma da Opera, Lobisomen, O Médico e o Monstro, Múmia, assim como Drácula e outros.

Considerado pelos fãs como o disco mais Heavy/Power Metal da carreira do quinteto, o fato é que ele deu maior ênfase ao lado Power. “Horror Show” deixa um pouco de lado alguns dos riffs cortantes e aquela pegada mais Thrash Metal presente nos registros anteriores.

O álbum também mostra mudanças na forma de cantar de Barlow, que em determinados momentos nos remete aos vocais de Hansi Kursch, do Blind Guardian. Estas mudanças em torno dos vocais não o desabonam e/ou tampouco descaracterizam a essência sonora de tudo que foi feito nos trabalhos anteriores. Ao contrário, Barlow mostra que além de versátil, possui certamente uma das vozes mais marcantes e poderosas do Heavy Metal.

Depois da turnê de “Horror Show”, Barlow decide deixar a banda e tornar-se membro da policia americana. A decisão do músico ocorreu após os atentados terroristas acontecidos em 11 de setembro de 2001. Segundo o guitarrista Jon Schaffer, o vocalista declarou o seguinte:

“Eu seria mais feliz fazendo algo de bom no mundo real do que vivendo a ilusão de algo tão superficial quanto ser um astro do Rock.”

Um tributo aos deuses

Enquanto buscavam um novo vocalista, a banda lançou “Tribute To The Gods” em outubro de 2002. E como bem entrega o título, trata-se de um tributo às bandas que serviram como influências e inspirações para o grupo. É claro que Barlow sobe o tom em canções como “Creatures Of The Night” (Kiss), “The Number Of The Beast” (Iron Maiden), “Highway To Hell” (AC/DC), “Burnin’ For You” (Blue Öyster Cult), “Screaming For Vengeance” (Judas Priest), “Dead Babies” (Alice Cooper), assim como “Black Sabbath” (Black Sabbath) e etc, mostrando toda sua versatilidade também como intérprete.

O lançamento de “Tribute To The Gods” aparece não apenas como um trabalho brilhante na carreira do Iced Earth, bem como um disco que mostra a qualidade, técnica e o poder incrível da voz de Barlow. Desse modo, também é necessário dizer que as canções caíram feito uma luva para sua voz.

Quatro anos depois e com a banda tendo lançado dois discos com os vocais de Tim “Ripper” Owens, Barlow retorna ao Iced Earth em 2007. Com ele, lançam “The Crucible Of Man – Something Wicked Part 2”, nono álbum da carreira do quinteto lançado em setembro de 2008. Ele permaneceu até agosto de 2011, quando mais uma vez deixou a banda, desta vez, alegando “compromissos familiares”.

O show de despedida aconteceu em 06 de agosto de 2011 no festival Wacken Open Air.

Ashes Of Ares e outras participações

Em 2012, através de sua página no Facebook, o vocalista anunciou a formação de uma nova banda batizada de Ashes Of Ares.

Ao lado de Barlow, o também ex-Iced Earth, Freddie Vidales (guitarras, baixo), assim como o baterista Van Williams (Nevermore). Como resultado de um contrato assinado com a Nuclear Blast, a banda estreou em setembro de 2013 com o álbum homônimo.

Cinco anos depois, em novembro de 2018, o grupo lançou “Well Of Souls”, segundo registro de estúdio, seguido de “Emperors And Fools”, editado em janeiro de 2022.

Em 2017, juntamente com o tecladista Jonah Weingarten (Pyramaze), formaram o projeto batizado de We Are Sentinels. Dessa forma, o disco autointitulado foi lançado no ano seguinte, em 2018.

Vale lembrar que a dupla já havia trabalhado junta em “Immortal”, terceiro álbum de estúdio do Pyramaze, lançado em 2008 sob os vocais de Matt Barlow.

Em 2020, o reencontro entre Schaffer e Barlow deu origem ao projeto chamado Schaffer/Barlow Project, dessa forma, resultando em um EP com músicas de natal intitulado “Winter Nights”.

Além dos grupos citados, Barlow também empregou seus vocais nos trabalhos do Artizan. E não podemos esquecer da The First State Force Band, formada apenas por policiais da cidade de Georgetown, Delaware, nos Estados Unidos.

O que o futuro nos trará?

Em sua longa trajetória musical e nos grupos no qual participa e/ou participou, Matt Barlow tornou-se referência assim como influência. Certamente, uma nova geração de vocalistas enxerga Barlow como uma das vozes determinantes dentro do Heavy Metal.

Apesar de “esquecido” quando o assunto é vocalistas importantes dentro da música pesada, Barlow segue firme e forte escrevendo sua história. Através de trabalhos relevantes, sejam eles com o Ashes Of Ares, ou algum novo projeto, o músico sempre entrega qualidade acima da média. Apesar de ter olhado para frente e nunca ter focado no passado, parte dos fãs mantêm a esperança de vê-lo novamente com o Iced Earth.

Embora os novos trabalhos tragam sua voz marcante como fator predominante, é fato que Matt Barlow carrega consigo o estigma de ser o ex-vocalista do Iced Earth.

Enquanto um novo álbum do Ashes Of Ares não chega, a banda anunciou uma turnê europeia onde “The Dark Saga” será tocado na íntegra. Ainda segundo a banda, algumas faixas do vindouro trabalho de inéditas também serão tocadas durante os shows.

Nota do redator: enquanto o futuro do Iced Earth continua sendo um ponto de interrogação, ao mesmo tempo em que o projeto Schaffer/Barlow Project tomou forma em 2020, é provável que um novo capítulo na história entre o vocalista e o guitarrista tenha um novo início. Atualmente, o Iced Earth resume-se ao seu líder e guitarrista, Jon Schaffer, mas devemos nos lembrar que Matt Barlow é cunhado de Schaffer.

*Artigo dedicado especialmente aos amigos, Luiz Fernando Castro e Daniel Dante, dois grandes fãs de Iced Earth e Matt Barlow.

Ouça nossa playlist com algumas das melhores músicas de toda a carreira do Iced Earth:

10 curiosidades sobre os shows do Savatage no Brasil

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Crédito da foto: Ricardo Matsukawa - Mercury Concerts

O Savatage anunciou seu retorno no final do ano passado e, desde então, os fãs só falaram sobre isso nas redes sociais. As expectativas eram altíssimas e todos tentavam imaginar como a banda se portaria no palco tanto tempo depois. Felizmente, o grupo foi muito bem e saiu do Brasil com um saldo extremamente positivo de dois shows impecáveis, um no Monsters Of Rock e outro no Espaço Unimed, ambos em São Paulo e ambos com produção da Mercury Concerts.

O Mundo Metal esteve presente nas duas ocasiões. Para ler a resenha completa do Monsters Of Rock clique AQUI. Para ler a resenha completa do Espaço Unimed clique AQUI.

Vamos agora destacar 10 curiosidades sobre estas duas apresentações:

1 – Primeiro show em festivais depois de 10 anos

A última vez que o grupo esteve no palco foi em uma aparição especial no festival Wacken Open Air em 2015 onde o Savatage dividiu sua performance com o Trans-Siberian Orchestra – outro projeto ao qual os integrantes da banda fazem parte. O TSO fez muito sucesso nos Estados Unidos e foi o grande responsável por estabilizar a situação financeira dos músicos, já que o Savatage, segundo declarações do próprio Jon Oliva, dava prejuízo.

Coletiva de imprensa para o Wacken Open Air de 2015. Crédito: Frank Schwichtenberg

Em 2015, a banda recebeu uma proposta irrecusável para uma apresentação única como headliner do Wacken e, na ocasião, fez um show repleto de pompas, mas mesclando faixas clássicas do Savatage com temas instrumentais da TSO. Foi uma tremenda comoção e, desde então, vinha-se falando em um retorno da banda. De fato, a reunião demorou mais do que o programado por conta de diversos fatores, como a morte do compositor e produtor Paul O’Neil, a pandemia e, mais recentemente, os problemas de saúde de Jon Oliva.

2 – Primeiro show solo após mais de 20 anos

A última aparição do Savatage em um evento solo foi em um pequeno pub na Florida, em 17 de outubro de 2003. Sendo assim, o evento em memória ao 10º aniversário da morte precoce do guitarrista Criss Oliva, contou com o Circle II Circle e Jon Oliva’s Pain como bandas de abertura.

A formação que atuou neste dia foi diferente daquela que havia realizado a turnê do álbum “Poets And Madmen” (2001), portanto, um lineup modificado em comparação ao que fez o último show oficial da excursão na Servia, no dia 6 de agosto daquele ano.

Para este evento, se apresentaram Jon Oliva (vocal e teclado), Johnny Lee Middleton (baixo), Steve “Doc” Wacholz (bateria), Chris Caffery (guitarra), assim como o convidado John Zahner (teclado). O set foi constituído apenas com músicas que Criss Oliva gravou, isto é, até o álbum “Edge Of Thorns” (1993).

Criss Oliva on stage. Reprodução

Confira o setlist:

  1. Twisted Little Sister
  2. Sirens
  3. Jesus Saves
  4. New York City Don’t Mean Nothing
  5. Can You Hear Me Now?
  6. Lights Out
  7. Miles Away
  8. Follow Me
  9. Edge of Thorns
  10. Temptation Revelation
  11. Gutter Ballet
  12. Tonight He Grins Again
  13. If I Go Away
  14. Somewhere in Time
  15. Believe
  16. Power of the Night
  17. Hall of the Mountain King

3 – O quase acidente!

Momentos antes de cada apresentação no festival Monsters Of Rock, duas figuras conhecidas do público roqueiro do Brasil apareciam no palco para “agitar” a galera e anunciar a próxima atração: o radialista e humorista Tatola Godas e Walcir Chalas, dono da Woodstock Discos, figura lendária do underground paulistano.

Antes do show do Savatage, ambos adentraram o palco e, dessa forma, fizeram algumas brincadeiras até que Walcir empunhou uma bandeira do álbum “Edge Of Thorns” (1993). No final, eles anunciaram: “com vocês, Savatage!”. E graças aos deuses do Metal, a banda não entrou imediatamente, pois neste momento um rolo de cabos que estava enrolado e preso no teto se soltou e caiu bem no centro do palco. O barulho foi altíssimo, evidenciando o peso do rolo. Para nossa sorte, a banda ainda não estava em ação.

Monsters Of Rock 2025. Crédito da foto: Ricardo Matsukawa – Mercury Concerts

Se esse rolo tivesse despencado alguns segundos mais tarde, certamente, não teríamos assistido ao show de retorno do Savatage no Monsters Of Rock. Principalmente, se algum dos integrantes tivesse sido atingido. Ainda bem que foi apenas um susto.

4 – Auxílio do sobrenatural

Desde que chegamos aos arredores do Allianz Parque para acompanhar o festival Monsters Of Rock, ao conversar com fãs do Savatage pudemos notar uma preocupação generalizada. Havia uma previsão de tempestade naquela região de São Paulo para acontecer por volta das 15h, que era justamente o horário em que o show da banda estava marcado.

Conforme foi se aproximando o momento da apresentação, o céu foi realmente escurecendo e nuvens carregadas foram surgindo e cobrindo todo o estádio. Parecia que realmente a tal tempestade iria acontecer. O Savatage entrou no palco e tocou as primeiras músicas do set, mas no encerramento de “Dead Winter Dead”, a chuva começou a cair.

O vocalista Zak Stevens foi até o microfone e brincou que a chuva começou em uma hora propícia. Neste momento, os telões exibiram a capa do álbum “Handful Of Rain” (1994) e, debaixo de chuva, a música foi tocada com um tom claramente poético. E tudo ficou ainda mais inexplicável – para não dizer sobrenatural – quando, logo após o término da canção, a chuva parou e a tempestade se dissipou quase por completo.

A coincidência – se é que podemos chamar assim – foi responsável por um efeito especial natural dos mais bonitos e soou quase como uma aprovação dos deuses do Heavy Metal para a volta do Savatage. Inesquecível!

5 – Invasão de palco

Durante a execução de “Edge Of Thorns”, um mulher invadiu o palco, passou correndo por Johnny Lee Middleton e Chris Caffery e ensaiou algumas vezes pular do palco para a plateia. Mas parece que a moça não calculou muito bem a distância e quando viu que talvez ela não conseguiria chegar nos braços do público a salvo, desistiu do Stage Dive. No final, acabou sendo tirada do palco pelos seguranças e arrancou boas risadas de Middleton e Caffery, que não conseguiram conter as risadas.

6 – Futebol & Savatage

Em um daqueles momentos galhofa e vergonha alheia, alguém teve a brilhante ideia – só que não – de colocar diversas bolas de futebol no canto do palco para que o vocalista Zak Stevens as chutasse para a plateia. Isto aconteceu durante “Edge Of Thorns”.

O músico não fez feio e mostrou que sabe bater na bola. Ele cobrou diversos tiros de meta, mandando as bolas para bem longe e, dessa forma, estabelecendo um clima de brincadeira e descontração com o público.

Neste mesmo vídeo você pode acompanhar a invasão ao palco e também Zak chutando as bolas para a plateia.

Tinha alguma coisa a ver com o show? Não! Mas foi no mínimo divertido. O detalhe é que as pessoas que pegaram as bolas tiveram que devolver as mesmas aos funcionários do estádio. Tá de brincadeira, né administração do Allianz!?

7 – Zak Stevens confuso

No show do dia 21, no Espaço Unimed, o Savatage tocou um setlist mais longo e, obviamente, mudou algumas músicas que tinham sido executadas no Monsters Of Rock de lugar. Isso causou uma pequena e divertida confusão no vocalista Zak Stevens.

No Monsters Of Rock, após “Jesus Saves” foi tocada “The Wake Of Magellan”. No Espaço Unimed, ao final de “Jesus Saves”, Zak anunciou com empolgação a mesma música, mas a banda tinha alterado o setlist e o músico precisou retornar ao microfone e dizer em um tom um pouco constrangido: “Na verdade, achamos melhor tocar ‘Sirens’ agora”.

Acontece, Zak

8 – Jon Oliva é o Savatage?

Após a confirmação que Jon Oliva não estaria presente nesta primeira temporada de shows do Savatage, muitos fãs reclamaram. Alguns mais radicais descredibilizaram, enquanto a maioria apenas lamentou profundamente e entenderam os motivos.

Jon não estará presente por conta de uma lesão nas costas ocasionada por um tombo sofrido em casa. Ele apresenta fratura em três regiões da vértebra T7 e também foi diagnosticado com esclerose múltipla e doença de meniére.

Contudo, o Mountain King esteve e está o tempo todo por trás da banda nos bastidores. Jon funciona como um diretor geral que define os rumos de tudo o que é feito. Em uma recente entrevista, ele revelou que, inclusive, escolheu os setlists e esteve em cada ensaio antes do retorno aos palcos.

Mas para não deixar dúvidas, Zak Stevens resolveu externar para os fãs o quanto Jon ainda é importante para o Savatage. No Espaço Unimed, antes de mostrar Oliva no telão para a execução de “Believe”, Zak disse que iria apresentar a banda, mas muito diferente do que todos pensavam, ao invés de nomear cada integrante no palco, Zak apresentou apenas um nome e apontou para o telão: JON OLIVA.

Sim, Jon é de fato a encarnação do Savatage, mesmo que não possa estar no palco no momento, ele continua sendo o Savatage. E sempre será!

9 – Os primeiros shows sem nenhum Oliva no palco

No passado, já tivemos shows do Savatage sem a presença de Jon Oliva. Na época do álbum “Edge Of Thorns” (1993), Jon não é creditado no disco e não estava presente na turnê, mas o guitarrista Criss Oliva estava no palco representando a dupla de membros fundadores. Após a morte do guitarrista em 1993, tivemos o Savatage sempre com Jon Oliva.

Estes shows de reunião marcaram a primeira vez na história da banda que nenhum dos irmãos esteve fisicamente no palco representando a família Oliva. Mas como bem destacado no tópico anterior, ambos foram amplamente lembrados. Jon participou em “Believe”, cantando e tocando através do telão, e Criss também foi homenageado na mesma canção.

Seja de maneira física ou espiritual, Jon e Criss sempre estarão presentes quando o grupo estiver tocando sob o nome Savatage.

10 – Relação abalada com os EUA?

Em forums do Savatage, muitos fãs norte americanos não se conformaram com o retorno do grupo ter acontecido fora dos Estados Unidos. Mas a grande verdade é que o grupo jamais teve um respaldo realmente compatível com sua história em seu país de origem. Há muitos anos, a base de fãs da banda cresce inegavelmente – mesmo em um período de inatividade – em diversas regiões do mundo.

Fã do Savatage no Espaço Unimed. Crédito: Reinaldo Canto/ Ricardo Matsukawa/ Mercury Concerts

A América Latina e a Europa sempre acolheu muito bem o Savatage. E não podemos esquecer que em 2003, ano da última turnê, a banda estava tocando em pequenos pubs nos Estados Unidos. Há relatos de fãs que assistiram a shows em bares para 100 pessoas. No Brasil, Argentina, Chile ou países situados na Europa, com toda a certeza isto jamais aconteceria.

Sendo assim, não cremos que a relação do Savatage com os Estados Unidos esteja abalada, mas certamente a banda não vai se submeter mais a um tratamento menor do que aquele que merece. Escolher tocar primeiro nos locais onde se é mais querido foi uma decisão acertada. E também passa um recado, mesmo que de forma indireta, ao público norte americano. É algo velado, mas soa como: “estamos tocando em diversos países, com muitos fãs nos prestigiando e pagando para nos ver, se vocês quiserem nos assistir, ótimo, mas não aceitaremos menos do que o que tem sido oferecido nos outros lugares!”

E está certíssimo!

The Storyteller: novo álbum “The Final Stand” é uma aula de Power Metal

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Photo: Calle Eklund/V-wolf

O projeto The Storyteller, do cantor L.G. Persson, lançou hoje, 25 de abril, seu mais novo álbum de estúdio batizado “The Final Stand”. O disco é o sétimo da discografia e chega às lojas e plataformas de streaming através do selo The Circle Music.

Apesar de ter cada vez menos cara de banda, apresentando apenas Persson como membro remanescente, é importante ressaltar que o vocalista se cercou de músicos extremamente competentes para a gravação do registro. O renomado multi-instrumentista Cederick Forsberg (Blazon Stone, Bronze, Cloven Altar, Rocka Rollas, ex-Crystal Viper) gravou todas as guitarras e também o baixo, Henrik Ohlsson foi o responsável pelas partes de bateria.

“The Final Stand” possui 13 novas composições divididas em cerca de 57 minutos de duração. A sonoridade apresenta aquele Power Metal clássico que pisa com força no acelerador, mas também sabe ser cadenciado e melodioso nos momentos propícios. Há algumas referências ao som praticado pelo Blind Guardian principalmente no que diz respeito às guitarras, mas o trabalho não se resume a isto.

Segundo a banda:

“The Final Stand” é o resultado de uma poderosa colaboração entre o cantor LG Persson e Cedrick Forsberg (Blazon Stone). Forsberg entrou em contato com Persson, dando início a uma parceria criativa que reacendeu a chama de The Storyteller. A letra conecta o tema da narrativa. ‘Pela primeira vez, sinto que tudo está no lugar’, diz Persson.”

O novo álbum do The Storyteller é indicado para apreciadores do Power Metal europeu. Não há momentos desnecessários durante toda a audição e o ouvinte se sentirá representado pelas canções. Espere por refrãos grudentos e épicos, solos dobrados e muitas partes de bumbo duplo.

Wreck-Defy: novo álbum “Hybridized” apresenta o guitarrista original do Megadeth, Chris Poland

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Reprodução/Facebook

O Wreck-Defy surgiu em 2016 na cidade de Ontario, Canadá, com a proposta de executar um Thrash técnico e em alguns momentos moderno, porém sem se desvencilhar com suas raízes old school.

Com “Hybridized” (2025), o grupo chega ao seu sexto trabalho de estúdio. O registro aportou nas lojas e plataformas de streaming no último dia 14 de abril e traz como surpresa a participação especial do guitarrista original do Megadeth, Chris Poland.

O veterano guitarrista toca em todas as faixas do álbum e, sem dúvida, eleva a musicalidade do Wreck-Defy a outros níveis.

O quarteto é atualmente formado pelo membro fundador Matt Hanchuck (guitarra), Mark Miller (bateria), Greg Wagner (vocal) e Evie Austin (baixo). Por sua vez, Chris Poland declarou em diversas entrevistas que não tem interesse em fazer parte de bandas que farão turnês e coisas do tipo. Dessa forma, ele pode se tornar algum tipo de integrante de estúdio para compor e gravar novas músicas.

No passado, o Wreck-Defy já teve em sua formação o antigo vocalista do Annihilator, Aaron Randall. O cantor gravou dois discos com a banda, “Remnants Of Pain” (2019) e “Powers That Be” (2020).

Van Halen: nova música de Sammy Hagar foi concebida através de comunicação vinda do além com Eddie Van Halen

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Image: MediaPunch Inc / Alamy

O veterano vocalista Sammy Hagar acaba de lançar a faixa “Encore, Thank You, Goodnight”, através do selo Big Machine Rock. Além de Sammy, a canção foi gravada por Joe Satriani (guitarra), Michael Anthony (baixo) e Kenny Aronoff (bateria).

Sammy mencionou que a composição é um tributo ao icônico guitarrista Eddie Van Halen e ao tempo em que passou com o Van Halen:

“Esta música é minha última reverência a essa parte da minha vida. Não pretendo que seja nada mais do que um ‘obrigado’ — com amor, com respeito e com um solo de guitarra incrível. Joe Satriani foi o parceiro perfeito para me ajudar a moldar o som — ele trouxe aquela energia grande, emocional, guiada pela guitarra, que parece o espírito de Eddie, mas é inteiramente criação de Joe. Com o baixo estrondoso de Michael Anthony , os backing vocals estelares ao estilo Van Halen e os ritmos implacavelmente poderosos de Kenny Aronoff, a música realmente se encaixou em todos os níveis.”

“Encore, Thank You, Goodnight” nasceu de um sonho vívido que Sammy Hagar teve com o falecido guitarrista Eddie Van Halen, cerca de um ano depois de seu falecimento. Hagar revela que acordou com a melodia na cabeça e começou a compor, como se realmente tivesse estado com Eddie em algum lugar do além:

“Ele estava com um violão pendurado e estávamos nos divertindo muito, já que não nos víamos há muito tempo. E ele simplesmente começou a tocar um riff e eu comecei a cantar. Quando acordei no dia seguinte, peguei meu violão e comecei a decifrar os acordes. Peguei um bloco e um lápis. Peguei meu iPhone. Minha esposa gritou: ‘O que você está fazendo?’. Eu disse: ‘Compondo uma música!’. E a música continuou vindo e vindo.

Esta foi cem por cento uma comunicação do além. Não há dúvidas sobre isso.”

Ouça “Encore, Thank You, Goodnight”:

Diamond Head: novo álbum ao vivo “Live And Electric” será lançado em julho. Assista ao clipe de “Helpless”

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Diamond Head: novo álbum ao vivo "Live And Electric" será lançado em julho. Assista ao clipe de "Helpless"
reprodução

A lendária banda britânica Diamond Head anunciou um novo álbum ao vivo intitulado “Live And Electric”, que será lançado em 11 de julho via Silver Lining Music.

Um clipe oficial do single “Helpless”, criado por Jay Shredder, está disponível. Veja a seguir:

Gravado em 2022 na turnê do Diamond Head com o Saxon, “Live And Electric” inclui performances de Aberdeen, Blackburn, York, Cambridge, Cardiff e Bexhill.

O guitarrista/fundador do Diamond Head, Brian Tatler, comentou sobre “Helpless”:

“Em setembro de 1979, a música ‘Helpless’ começou como um riff que eu estava tocando, de uma banda punk desconhecida. Eu estava tocando na quinta casa e o vocalista Sean Harris disse: ‘Toque na segunda casa, mas mais rápido’, e a música tomou forma. Sempre foi um sucesso ao vivo e uma das músicas que nunca saiu do repertório. O Metallica fez um cover de ‘Helpless’ em seu ‘EP de US$ 5,98 – Garage Days Re-Revisited’ em 1987, que a apresentou a um novo grupo de fãs de metal.”

Erik Grönwall lança versão de “Forever Young”, clássico do Alphaville

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O ex-vocalista do Skid Row e H.E.A.T, o sueco Erik Grönwall, gravou um novo cover com videoclipe para a faixa “Forever Young”, clássico da banda alemã de synth-pop Alphaville.

A faixa integra o álbum de estreia do Alphaville “Forever Young” lançado em 1984.

“Forever Young” teve sua temporada original na Hot 100 por um período de três semanas na primavera de 1985, durante o qual atingiu o pico de número 93. Retornou ao ranking em 1988-89 após um relançamento, subindo até o número 65 em dezembro de 1988.

O Alphaville vendeu mais de 1.150.613 álbuns, sendo o seu álbum mais vendido justamente “Forever Young”, com mais de 924.005 cópias.

Ouça a versão de Erik Grönwall e se inscreva no canal do cantor no Youtube:

Rush: Alex Lifeson sobre a possibilidade de uma nova apresentação com Geddy Lee, “Essa é a nossa história”

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Rush: Alex Lifeson sobre a possibilidade de uma nova apresentação com Geddy Lee, "Essa é a nossa história"
Photo: Larry Busacca, Getty Images

Durante uma nova entrevista concedida ao “The Prog Report”, o guitarrista do Rush, Alex Lifeson, foi questionado sobre a possibilidade de uma nova apresentação com o vocalista do Rush, Geddy Lee, como aconteceu no tributo ao falecido baterista do Foo Fighters, Taylor Hawkins, em 2022. Desde então muitos fãs esperam por uma reunião da dupla do Rush:

“Bem, isso [ser abordado por promotores de shows] acontece o tempo todo, e tem sido consistente há 10 anos. E eu diria que está acontecendo ainda mais ultimamente, e acho que é porque, depois da COVID, todo mundo está na estrada e há entusiasmo por shows ao vivo, as pessoas saindo. Então, todos aqueles promotores antigos estão bastante animados para receber algo de nós.”

Alex contou que tanto ele quanto quando Geddy estão bem com o que estão fazendo atualmente:

“Mas o Geddy anda escrevendo bastante ultimamente. Ele já escreveu quatro livros. Ele tem estado superocupado com tudo isso. Estou trabalhando em Envy of None, dois álbuns, algumas trilhas sonoras e produzindo alguns outros artistas menores. Então, tenho estado super, super, superocupado.

O Ged e eu nos encontramos. Somos melhores amigos, então nos encontramos o tempo todo. Conversamos quase todos os dias. Moramos a 10 minutos um do outro, como há 35 anos, então estamos conectados. Eu vou lá. Às vezes, ficamos sentados tomando café, rindo e conversando. Às vezes, descemos para o quartinho dele e tocamos qualquer coisa — talvez um blues ou, como eu disse, estamos tocando algumas músicas do Rush só por diversão… Mas isso é divertido, porque faz muito tempo que não tocamos essas coisas. E essa é a nossa história.”

O chamado de Lovecraft: 6 bandas que se inspiraram nas obras do autor

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Reprodução - "Lovecraft Illustration Portrait" por Ricardo Romero

Em 20 de agosto de 1890, nascia em Providence, Rhode Island, o escritor norte-americano Howard Phillips Lovecraft. Ele é conhecido por seus trabalhos atemporais, bem como por suas entidades indescritíveis e universos que carregam grandes segredos repletos de um terror inimaginável.

Lovecraft morreu em 1937, na pobreza e praticamente desconhecido. Mesmo após mais de 80 anos de sua morte, o autor continua sendo celebrado por meio de suas criaturas, atmosferas sombrias e forças cósmicas.

A importância da obra de Lovecraft na cultura pop

Hoje, o escritor é considerado uma das figuras mais importantes da literatura, por desenvolver amplamente em suas obras, os gêneros de fantasia, terror e suspense.

Lovecraft influenciou diretamente diversos escritores de sucesso, como Stephen King, Clive Barker, Ramsey Campbell e muitos outros que bebem da fonte do horror cósmico — inclusive a mim. E não para por aí: além da influência na literatura moderna, muitos de seus contos também estão presentes em filmes, séries, jogos, quadrinhos e música.

Neste artigo, abordaremos seis bandas que se debruçam sobre o universo de Lovecraft! Então, prepare seu chapéu e sobretudo, pois vamos mergulhar no terror cósmico e nos mistérios insondáveis do “Cthulhu Mythos”.

Black Sabbath

Em Birmingham, na Inglaterra, surgia uma banda que, para muitos, viria a se tornar a precursora do Rock pesado como o conhecemos hoje. Em 1968, portanto, os jovens ingleses liderados por Ozzy Osbourne (vocal) tinham como objetivo comum se distanciar da música hippie produzida em massa.

Na década de 1970, a banda lançou seu álbum homônimo, que inclui a canção “Behind The Wall Of Sleep”, cujo nome foi certamente inspirado em um conto de Lovecraft, publicado em 1919. A história combina horror psicológico, máquinas telepáticas e dimensões além da realidade humana.

Metallica

Todo fã de Metallica, em algum momento, já deve ter ouvido falar na famigerada faixa “The Call Of Ktulu” — mas hoje vamos nos aprofundar em outra música do grupo.

Lançada no álbum “Master of Puppets” (1986), “The Thing That Should Not Be” carrega em sua atmosfera sombria todo o horror cósmico que H. P. Lovecraft é capaz de proporcionar.

A canção emula com perfeição o sentimento de impotência humana diante de algo terrivelmente monstruoso assim como incompreensível — seria essa uma clara referência ao próprio Cthulhu?

Septicflesh

Na música de abertura do álbum “Communion”, encontramos horror cósmico, medo ilógico e primordial: o tormento que Lovecraft impõe a seus personagens. Dessa forma, a composição busca reproduzir com precisão as ideias centrais do autor, especialmente a insignificância do homem diante de forças incompreensíveis.

Outro ponto em destaque são os trechos em que a letra, escrita por Seth Siro Anton (vocal/baixo), faz referência à entidade cósmica Azathoth, à fantasiosa cidade de Dagon e aos versos sinistros do Necronomicon.

Worgohm

Reprodução/Instagram

O nome Worgohm não possui um significado específico, é talvez uma onomatopeia. Inspirado pelo horror cósmico de Lovecraft, o brasileiro Michel Oliveira (vocal/guitarra) utiliza do projeto para explorar, através de suas letras, a realidade diante da vastidão de um universo desconhecido e amedrontador.

Na música “Fungi From Yuggoth” a banda aprofunda os conceitos do escritor através de uma guitarra cadenciada, das linhas de baixo marcantes e de um gutural insano, que versa sobre uma espécie alienígena chamada “Yuggoth” que habita nos confins de um planeta desconhecido pela raça humana.

Sulphur Aeon

A banda de Blackened Death Metal, Sulphur Aeon, formada na Alemanha, tem quase toda sua obra estruturada e habitada no universo de Lovecraft.

O grupo é descrito como “cosmicamente pesado” e “apocalíptico”, com temas recorrentes envolvendo o cosmos, a morte, o ocultismo e a destruição cósmica. A faixa “Incantation” faz referência direta a algumas das entidades mais notáveis da mitologia lovecraftiana, como Yog-Sothoth, Nyarlathotep e Cthulhu.

Cradle Of Filth

E aqui finalizamos com mais uma obra que bebe diretamente das fontes do terror cósmico de Lovecraft.

“Cthulhu Dawn”, presente no álbum “Midian” (2000), é uma sombria ode aos escritos lovecraftianos. Mergulhe de cabeça no caos e na destruição apocalíptica do universo de Cthulhu, e se entregue a uma sonoridade vívida, repleta de elementos grotescos que descrevem o renascimento e a ascensão de seres abissais. Aqui, o Cradle Of Filth evidencia o início de uma nova era de reinado de entidades imemoriais — e deixa claro o fim inevitável da existência humana.

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