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Clássicos: Girlschool – “Hit & Run” (1981)

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“Hit & Run” é o segundo álbum completo da banda britânica de Hard Rock/Heavy Metal, Girlschool, o qual foi lançado no dia 20 de abril de 1981 pelo mítico selo Bronze Records (Uriah Heep, Motörhead).

GIRLSCHOOL / Reprodução / Facebook

Nada melhor do que a Semana Especial das Mulheres para falarmos um pouco da participação delas no NWOBHM (New Wave Of British Heavy Metal).

Embora a banda tenha nascido em 1975 com o nome de Painted Lady, e mudado para Girlschool em 1978, foi junto com a ascensão da nova onda britânica do Heavy Metal que a “Escola das Garotas” apareceu e mostrou o seu valor musical.

Por sua sonoridade ser crua, simples e direta, foram apelidadas na época de o “Motörhead” de saias.

Sim, o Motörhead as ajudou em seu início de carreira e, posteriormente, o Slade também o fez, mas a Girlschool só conseguiu destaque graças ao talento e a competência de suas musicistas.

Essas meninas, que hoje são senhoras ainda com espírito de meninas, estão entre as pioneiras, que mostraram ao mundo todo que Heavy Metal também é coisa de garotas.

Elas se encheram de couro, de atitude e jamais se intimidaram.

Bom, falando do álbum, ele abre com uma das canções clássicas da banda.

Alguém que consiga permanecer indiferente ao escutar “C’mon Let’s Go”, deve checar os sinais vitais, imediatamente.

“C’mon Let’s Go”

“ Vamos lá! Acelerando na estrada (da vida) / Deixe a vida lenta passar por nós / (Caminhe) outra milha (no) outro dia / Tenhamos um pouco de ação em nossas vidas / Estamos no caminho / Vivendo para o presente / Vamos, vamos (vamos lá!)”.

Essa é só uma das faixas desse disco que está entre as minhas preferidas do NWOBHM.

Kim McAuliffe era vocalista e segurava as bases de guitarra; A saudosa Kelly Johnson também cantava e detonava nos solos a sua maneira; a cozinha da baixista Enid Williams e da baterista Denise Dufort funcionava de forma precisa.

Kelly Johnson (R.I.P)

“The Hunter” é um legítimo Heavy Metal tradicional que dá sequência ao álbum.

A faixa é bem mais cadenciada que a anterior, porém tem muita intensidade na execução dos seus riffs. “(I’m Your) Victim” mescla Heavy com uma pegada Punk Rock e essa mistura funciona muito bem nesse caso.

Kelly Johnson demonstra muito feeling em seus solos o que torna cada um deles muito agradável.

Outra clássica do full lenght vem logo em seguida. “Kick It Down” lembra muito Motörhead na parte instrumental e o conjunto de vocais de Kim, Kelly e Enid era o charme especial da Girlschool.

“Following The Crowd” é desacelerada em relação a sua antecessora e muito mais melodiosa na maior parte do tempo. O baixo de Enid faz os autofalantes pulsarem. Injustamente, essa não se tornou clássica da banda.

Cover de Tush, do ZZ TOP

O cover de Tush da banda norte-americana de Southern Hard Rock, ZZ Top, é mais um dos melhores momentos do disco.

Além das garotas terem sido avassaladoras tocando suas próprias canções, elas também eram na interpretação de temas de outras bandas.

Tush do ZZ Top foi somente um dos exemplos, elas também gravaram lindas versões de “Bomber” do Motörhead, “Fox On The Run” do Sweet, “Race With The Devil” do Gun, Burning In The Heat Of Love” e “High And Dry” do Slade, entre outras.

“HIT & RUN”

Chegou a hora de falar da faixa título. “Hit And Run” está no meu TOP 10 do NWOBHM.

Em resumo, essa faixa para mim é de algum universo paralelo.

Primordialmente, a voz de Kelly Johnson se encaixa divinamente na canção.

O refrão é fortíssimo, só perdendo para as envolventes estrofes.

“Mas eu sei (que estou) melhor agora / Eu encontrei outro jeito (de ver e realizar as coisas) / O que eu sei com certeza / É que vou viver para o presente / Diga adeus aos tempos ruins / Agora sou livre para seguir o meu caminho”.

Essa música e essa letra são perfeitas.

Sabe aquelas composições que parecem ter sido feitas pra você. “

Hit & Run” me ajudou a encarar o mundo de outra forma em inúmeras oportunidades

Ademais, observei a performance da Kelly várias vezes nesse clipe, como resultado, ela me passa a imagem de uma mulher plena e que está no lugar exato do mundo onde ela queria estar.

Sem nenhum tipo de ideologia e nem militância, só Heavy Metal feminino para fazer marmanjos ( e marmanjas) baterem cabeça, excitadamente.

Girlschool / Reprodução / Hit & Run

“Watch Your Step” começa parecida com “C’mon Let’s Go”.

A bateria de Denise Dufort puxa um ritmo acelerado e os riffs de guitarra dão a sonoridade um sútil toque de Speed Metal, assim como também ocorre em “C’mon Let’s Go”, só que a primeira emplacou e essa não.

Em contrapartida, na sequência, temos a mais cadenciada do disco, “Back To Start”.

Além disso, destaque para o som absurdo do baixo de Enid Williams, esse com certeza foi o melhor momento dela no registro.

Uma canção que equilibra Hard Rock e Heavy Metal em uma frequência única, portanto, isso é algo conhecido como Hard’N’Heavy.

Yeah Right

Agora chegou a vez da quarta e última faixa clássica do disco, “Yeah Right”, a qual também tem vídeo clipe, é a minha segunda favorita do disco, só perdendo para “Hit & Run”.

Os vocais nela ficam por conta de Kim McAuliffe, que também da um show do verdadeiro poder, afinal, sobram talento e competência feminina nelas todas.

“E não se esqueça, não venha tarde demais de novo esta noite / sim, certo / Estou avisando / sim certo / E não beba muito / OKAY, CERTO!“

Não, mulheres são livres, pois não tem que obedecer a ordens.

Em outras palavras, Girlschool foi um exemplo feminino de que mulheres fazem o que quiserem e bem feito, se quiserem.

Enfim, o encerramento se dá com a canção “Future Flash”.

Surpreendentemente, essa canção tem os riffs mais pesados do álbum. Além disso, Kim e Kelly revisam o vocal principal e resultado final fica bom demais.

Eis que temos aqui uma faixa de alto nível para fechar um disco de alto nível da “Escola das Garotas” que colocava muita banda de marmanjos no chinelo.

Se vocês já conheciam Girlschool, inegavelmente, já têm ciência de tudo o que eu falei.

Mas se ainda não, precisam urgentemente conhecer o poder feminino no Heavy Metal.

Nota: 9,0

Integrantes:

  • Kim McAuliffe (vocal e guitarra)
  • Kelly Johnson (vocal e guitarra)
  • Denise Dufort (bateria)
  • Enid Williams (baixo e vocal)

Faixas:

  • 1.C’mon Let’s Go
  • 2.The Hunter
  • 3.(I’m Your) Victim
  • 4.Kick It Down
  • 5.Following The Crowd
  • 6.Tush (ZZ Top Cover)
  • 7.Hit And Run
  • 8.Watch Your Step
  • 9.Back To Start
  • 10.Yeah Right
  • 11.Future Flash

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

Saxon: lançado lyric video de cover dos Beatles, “Paperback Writer”

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Reprodução/Divulgação

No próximo dia 19, a veterana banda de Heavy Metal britânica, Saxon, lançará o seu álbum de covers, “Inspirations”, o qual contém 11 faixas, pelo selo Silver Lining Music. Eles disponibilizaram o Lyric vídeo do single “Paperback Writer”, que é cover dos Beatles e pode ser conferido abaixo.

“Paperback Writer”

  • Faixas:
  • 1.Paint It Black (The Rolling Stones cover)
  • 2.Immigrant Song (Led Zeppelin cover)
  • 3.Paperback Writer (The Beatles cover)
  • 4.Evil Woman (Crow cover)
  • 5.Stone Free (The Jimi Hendrix Experience cover)
  • 6.Bomber (Motörhead cover)
  • 7.Speed King (Deep Purple cover)
  • 8.The Rocker (Thin Lizzy cover)
  • 9.Hold the Line (Toto cover)
  • 10.Problem Child (AC/DC cover)
  • 11.See My Friends (The Kinks cover)

Álbuns Injustiçados: Acid – “Maniac” (1983)

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Durante a onda que crescia e atingia o seu auge nos primeiros anos da saudosa e gloriosa década de 80, da qual a conhecemos pela famosíssima sigla N.W.O.B.H.M. (New Wave Of British Heavy Metal em seu original), bandas de outros países europeus buscavam o seu espaço inspiradas em seus ídolos britânicos, e tentando arrumar alguma fatia do mercado para si. Sim! As bandas podiam não pensar tanto assim no começo, porém, todo mundo queria e quer ganhar dinheiro tocando. Só esse pessoal que banca o velho “truezão” da espaçonave, que acha que bandas não funcionam como empresas. Se elas prestam serviço, é um meio de trabalho, e logo são um tipo de negócio. Partindo desse ponto em busca de visibilidade e espaço no certame musical, os belgas do Acid já haviam lançado o seu auto-intitulado debut, que a meu ver é realmente um álbum excelente com todo aquele poderio reunido em prol do Rock veloz e capitaneado pela talentosíssima Katrien de Lombaert, mais conhecida do Kate. Sua voz aguerrida e cortante, que combinada às linhas de guitarra construídas por “Donald “Demon” Devers e Dirk “Dizzy Lizzy” Simoens, contribuiu muito para o surgimento e moldagem do que entendemos por Speed Metal. Os dois primeiros álbuns da banda foram lançados no ano de 1983, sendo o já citado em janeiro e o “Maniac”, que é o álbum que abordaremos juntos, em novembro.

O Acid surgiu praticamente junto com o mais famoso movimento da época, tendo sua fundação datada em 1980. Localizada em Bruges, West Flanders (sim, eu também me lembrei do personagem Ned Flanders), os belgas sabiam que o seu país não fazia parte do mapa musical e ao lado dos compatriotas do Crossfire foram à luta em busca de reconhecimento por seu trabalho. Para quem não conhecia a banda até então, sua sonoridade remete às bandas da época com um toque de velocidade e “sujeira” a mais, que viria a ser característica do estilo. O termo sujeira é quando a distorção da guitarra fica mais ríspida meio que lembrando uma serra elétrica de verdade, e saindo dos moldes mais limpos do Metal mais tradicional. Junto a isso, inclua o talento dos músicos e a voz potente da Kate. Pronto! Temos o Acid completo e em plena forma!

“Maniac” foi lançado pelo selo “Giant Records”, gravado e mixado no ICP Recording Studios. O álbum foi produzido pela dupla Filip ‘Max’ van Loo e Luc V. d. Bossche. A arte emblemática possui a assinatura de H. Geldhof, enquanto os engenheiros de produção foram Djoum Ramon e Michel Dierickx. Junto aos integrantes já destacados, temos a afiada cozinha formada pelo baixista Peter “T-Bone” Decock e pelo baterista Geert “Anvill” Ricquier, que inclusive tocou em uma banda chamada Hiroshima. Em meio a toda aquela leva de bandas lançando discos que viriam a ser cultuados anos mais tarde, o Acid, que já tinha em seu currículo dois excelentes álbuns, acabava aparecendo nas mais diversas coleções de discos de fãs não somente dos seus arredores como também do ponto inicial da N.W.O.B.H.M. Com um segundo disco ainda mais equilibrado e com uma proposta mais aparente e concreta, a banda conseguiu participar de mais festivais e tirar certo proveito disso. Obviamente que não podemos comparar com a explosão de sucesso que outras bandas tiveram, mas dentro do underground a banda apareceu da forma que conseguia. Fãs declarados de Motörhead, os belgas buscavam a inspiração necessária no que Lemmy e seus compatriotas ofereciam através de suas canções mais rápidas e agudas.

O logotipo indicava que o conteúdo era veloz como um raio e cortante como uma navalha, e desde então passamos a entender os estilos através do formato de seus nomes. Não que isso pudesse evidenciar a sonoridade real com 100% de certeza, mas isso ficou cada vez mais alinhado com o estilo da banda. E nos anos 90 houve um choque grande com diversas bandas mudando o logotipo por conta das mudanças sonoras, ao mesmo tempo em que bandas mudaram não somente o logo como também o design de capa, mesmo que o som não estivesse tão alterado. Bastava isso para o público mais tradicional torcer o nariz para determinado disco. Infelizmente o Acid não participou dessa época, pois veio ao fim em meados de 1985, após o lançamento de seu terceiro e último álbum de estúdio, o ótimo “Engine Beast”. Antes disso, haviam lançado o EP “Black Car” em 1984.

Não é toda banda que sobreviveu firmemente aos anos 80, e nem a década foi um primor por completo. Tudo estava acontecendo de forma rápida e um atraso sequer no lançamento de um álbum poderia custar muito caro mesmo. Como tudo ainda era novidade, não se sabia ao certo qual seria a bola da vez em se tratando de sucesso. O Iron Maiden já vivia a sua terceira fase com outro vocalista e se consolidava cada vez mais no cenário internacional. O Judas Priest, que contribuiu e muito à época mesmo sendo uma banda bem mais antiga, seguiu rumo ao estrelato. E o Acid estava ali indo de encontro ao seu espaço, mas permanecendo como uma banda intermediária, assim como aconteceu com as bandas Iron Angel, Angel Witch, Crossfire, Maniac, e diversas outras de porte e qualidade idênticos aos do Acid. “Maniac” possui oito músicas em seu formato original, com quatro músicas no lado A e as outras quatro no lado B da bolacha. A abertura conta com “Max Overload”. Na sequência temos a faixa-título, e em seguida aparece “Black Car” que dá nome ao único EP da banda, e fecha a primeira metade com “America”. Já o outro lado da moeda traz as canções “Lucifera”, “No Time”, “Prince Of Hell And Fire”, e fecha com “Bottoms Up”. O que dizer destas “múzgas”? Todas possuem seu brilho e sua relevância, sendo de total acerto colocá-las em um set junto com as faixas do disco anterior. Claro que não daria para executar o disco todo, caso o espaço adquirido para tocar não fosse mais longo. Porém, cada faixa possui energia suficiente para agitar o público em um evento. E nada como mergulhar nessa obra para destrinchar os detalhes desse segundo plano infalível do magnífico Acid!

Os primeiros tilintares das taças referentes às notas de baixo aplicadas pelo excepcional T-Bone quebram os ossos dos ouvintes mais fracos que perdem o controle ao ouvirem o início sagrado de “Max Overload”, faixa perfeitamente escolhida para abrir a contagem do velocímetro. Com um som atômico que faz seu estômago roncar, embora soe muito alto, de propósito a estourar seus tímpanos. Guitarras incandescentes entram em cena para botar fogo no asfalto e seguir em frente. Demon despeja solos arrasadores de quarteirões enquanto seu compatriota Dizzy Lizzy mantém a base firme e veloz. Um verdadeiro clássico do estilo mais ríspido do Metal. “Maniac” não apenas é uma grande faixa como um dos grandes hinos do Speed Metal e apresenta uma sonoridade rápida, livre e com sede de sangue. O maníaco pode ser sujo, sanguinário e implacável, mas será pego até a última nota dessa grande faixa. Riffs que entram na mente e te fazem “bangear” mesmo que você não queira. A explosão de baixo acompanhada pela bateria precisa elevam o patamar da canção para um lugar cada vez mais alto. Sem contar os solos que mais uma vez destroçam a carcaça pútrida da vizinhança bastarda e mentecapta que com certeza você tem aí na sua vila. A terceira escritura deste papiro musical atende por “Black Car”, e por ter esse nome lembra uma cerveja da qual eu gosto bastante, que é a Black Cab da linha Fuller’s versão stout. E nada como uma boa cerveja para apreciar essa grande prosa rítmica. O estripador de metal de mil nomes acelera em busca de sua vítima e não há quem busque justiça diante dessa ameaça que simplesmente mata quem o vê com a velocidade da luz na estrada. O andamento é completamente um veículo em movimento sem ligar pra sinalização e semáforo algum. As linhas de bateria de Anvill reforçam os fraseados das cordas e enfeitam o vocal supremo de Kate, que assim como nas canções anteriores, exerce um papel primordial para o conjunto da obra. Aqui os solos ficam mais despojados e longos, fazendo alusão às bandas setentistas que ousavam bastante nesse quesito. “America” fecha a primeira leva de músicas com uma viagem alucinante para o gigante americano, repleta de diversão e muitos desafios para sobreviver e guardar em mente o tremendo sucesso que se pode fazer tocando Heavy Metal. Suaves dedilhados dão um clima mais sereno após uma avalanche sonora, mas é apenas uma intro diferente dentro da proposta e que cai como uma luva para o tanque de guerra sonoro que surge na próxima parte da canção. Fãs de Iron Angel e Living Death observam isso com os ouvidos atentos e os olhos bem arregalados. É uma verdadeira escola para o estilo que demorei um pouco a entender e que depois disso passei a admirá-lo cada vez mais.

O lado B apresenta “Lucifera” como sendo a própria filha do diabo. Ela faz de tudo para ter o controle de cada ser. Usando sua malícia e sua sensualidade ela engana os pobres coitados que perdem a alma e a dignidade. Você pode até não lembrar o nome do pai dela ao ouvir as batidas de tons, bumbo, pratos e caixa, sem mencionar a outra parte do exército macabro, mas sabe que roubar almas é o jogo dele. Ela come miolos e chupa sangue, e não tem vergonha de odiar a Deus. Essa parte revela bem os planos de “Lucifera”, a filha de Satanás: “I am wild, I am hot / Give me sperm from your Rod / Let me think what I need / Could it be Satan’s seed.” Após muitos sacrifícios envoltos de pura luxúria e roubos de almas, é a vez de “No Time”, faixa esta que começa a todo vapor sem deixar nenhum rastro de vagareza no caminho. A trilha alterna entre um piloto de corrida e alguém que está preste do fim guiando o seu super carro até a linha de chegada. Ou seria um desfiladeiro? Viajando nessa estrada, temos a companhia de raios e trovões quase que nos protegendo de outros males. A rodovia está vazia, então o certo é pisar fundo, acompanhado de mais um solo de qualidade. De forma mais contida, os primeiros acordes de “Prince Of Hell And Fire” que remetem ao que os canadenses do Exciter apresentam em suas canções menos explosivas. A canção atinge o subsolo, onde os cheiros da cidade exalam e propagam o odor de uma jornada com fim declarado. Podemos não ver a criatura chegar e nem ao menos partir, mas você é um homem morto e não sabe. O príncipe do inferno e do fogo é o filho de Satanás e está com sede de sangue. O encerramento deste registro magistral se dá com “Bottoms Up”, que não dá chances de sequer respirar na pista. Os giros no ponteiro só aumentam, fazendo com que você nem veja o tempo passar direito. “Minha vida é uma grande festa / Onde eu sou o convidado especial / Para comemorar você precisa de dinheiro / Sem tempo para deitar, sem lugar para descansar” – a vida é uma festa para quem tem motivos para comemorar e com dinheiro no bolso tudo fica mais fácil. Porém, os exageros tomam conta da sua mente que começa a ver animais pequenos indo em sua direção, sem que você saiba qual o caminho certo a seguir. Whiskey, vodka e gin foram as poucas bebidas que você tomou e fará tudo isso novamente no dia seguinte, regado a este turbilhão de guitarras ásperas e baixo com efeito de chumbo caindo na sua cabeça, tudo isso somado a altíssimas doses de bateria. A obra está finalizada e condecorada. Você e eu passamos no teste deste grande desafio, e tenho a plena certeza de que deu vontade de percorrer tudo isso outra vez. Esse álbum é para glorificar de pé, senhoras e senhores!

Sobre o que acontece com o Acid nos dias de hoje, o status da banda é disputado no momento. Eles fizeram uma declaração em sua página do Facebook que a cantora Kate de Lombaert havia deixado a banda e que eles continuariam com o baterista Anvill como o único membro original. Isso foi contestado por uma postagem do festival Keep It True, que afirmava que Kate tocaria na edição de 2021 do festival com sua própria versão do Acid. Não me surpreenderei se em pouco tempo surgirem dessa disputa duas bandas. Um Acid mesmo e um Acid “A.D.” ou “Inc.”, tomando como exemplo Entombed A.D. e Venom Inc. No mais, o que importa é o resgate dessa grande obra que é simplesmente um exemplo a ser seguido quando o assunto é tocar Speed Metal. Ouça e brinde ao som do gigante belga Acid! Kate de Lombaert reina absoluta!

“Lord and master
Shepherd of sounds
Max overload, overpowering the slaves
Max overload, overpowering the stage”

Integrantes:

  • Kate de Lombaert (vocal)
  • Demon (guitarra)
  • Dizzy Lizzy (guitarra)
  • T-Bone (baixo)
  • Anvill (bateria)

Faixas:

  1. Max Overload
  2. Maniac
  3. Black Car
  4. America
  5. Lucifera
  6. No Time
  7. Prince of Hell and Fire
  8. Bottoms Up

Redigido por: Stephan Giuliano

Alice Cooper: “Rock’N’Roll é divertido demais para deixarem morrer”

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Reprodução/Divulgação

O cantor norte-americano, Alice Cooper, mais uma vez rejeitou a afirmação de que o Rock estaria morto, dizendo que “Rock’N’Roll é divertido demais para deixarem morrer.” Embora o Rock’N’Roll tenha sido o rei do mundo da música por décadas, nos últimos anos, ele foi derrubado pela crescente popularidade do hip-hop. Isso fez com que muitos especialistas proclamassem o gênero “morto” de uma perspectiva da indústria, observando que ele foi ofuscado pelo pop e hip-hop.
O baixista/vocalista do Kiss, Gene Simmons, vive afirmando isso. “O Rock não morreu de velhice, mas foi assassinado. Algum talento, em algum lugar, seria notado e agora não, porque é muito mais difícil de ganhar a vida tocando e escrevendo canções. Ninguém vai pagar para ouvir Rock.”

Reprodução/Divulgação

Já Alice Cooper disse em entrevista a estação de rádio 95 KGGO: “Acho que o que vai acontecer é um ressurgimento total do Hard Rock. Haverá um grupo muito jovem de garotos(as) por aí que vai aparecer, e eles (as) serão arrogantes, exatamente como o Rock deve ser. Como quando vimos Rolling Stones pela primeira vez ou qualquer uma dessas bandas, as quais amamos. Cada geração se rebela contra a última geração, e a última geração era de alta tecnologia – techno isso e techno aquilo. Por que os adolescentes estão comprando discos? Eles estão comprando vinil e toca-discos. Acho que isso é uma indicação de que há crianças agora em garagens em todo o mundo aprendendo Aerosmith, Ozzy e Alice, estão aprendendo essas músicas. Porque Rock’N’Roll é divertido demais para deixarem morrer. Acho que o que Gene estava falando era sobre finanças, Rock não é mais o que costumava ser. Bem, sim, eu concordo com isso. Mas talvez Rock agora esteja onde deveria estar – foras-da-lei olhando para dentro, em vez de ser o ápice da pirâmide. Agora somos meio que proscritos, e acho que o Rock vive disso. Há bandas por aí agora que estão apenas se acostumando com a ideia de guitarras. ‘Cara, aumente o volume. Vamos ser barulhentos. Vamos tocar música que vai irritar as pessoas’. [Risos]”

Alice Cooper na rádio 95 KGGO:

Whipstriker: split com a one-man-band canadense, Ice War, será lançado em abril

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A banda carioca de Speed Metal, Whipstriker, lançará um split com a one-man-band canadense de Heavy Metal, Ice War, projeto do músico Jo Capitalicide. O registro contém três faixas de cada artista e será lançado no dia 20 de abril pelo selo Helldprod Records.

Faixas Whipstriker

1.Restless Dogs

2.Rot In Trench

3.Morphine Soldiers

Faixas Ice War

1.Warfare Cry 2.

Grip Of Death3.

In Your Heart

Lançamento: Crystal Viper – The Cult (2021)

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Crystal Viper - The Cult
Crystal Viper - The Cult (Gravadora: Listenable Records)

Metal extremo geralmente é relacionado com os países nórdicos, Noruega, Suécia, Finlândia, Polônia. Comumente, ouvimos falar das ondas do Black Metal e sabemos muito bem das origens gélidas desse estilo e o tamanho do potencial desses países em fazer um Metal de qualidade. Mas não é só de Metal extremo que essas terras fervilham, lá também é berço de diversas bandas de outros estilos, que realmente surpreendem a nós com sua qualidade e com seu poder de se reinventar e conseguir alcançar a glória com discos relevantes. Um dos exemplos que podemos dar é o ótimo Crystal Viper, banda oriunda de Katowice na Polônia e liderada pela excelente vocalista e lindíssima Marta Gabriel. Desde o lançamento do primeiro disco, a banda chamou a atenção por seu estilo Heavy/Power bem característico devido os vocais bem únicos de Marta, uma voz encorpada e com timbres bem definidos, trabalhados juntamente a uma guitarra bem clássica e uma bateria tradicional, que traziam a nós sentimentos de saudosismo e identificação com esse som maravilhoso, “The Curse of Crystal Viper”, de 2007, é um daqueles discos de estreia que te chocam de uma maneira positiva e te fazem aguardar os próximos compactos lançados pela banda. Os próximos três lançamentos da banda, “Metal Nation” (2009), “Legends” (2010) e “Crimen Excepta” (2012) são discos que mantiveram a qualidade e apresentaram a versatilidade sonora dos poloneses. Mas como nem tudo são flores, “Possession” (2013), “Queen of the Witches” (2017) e “Tales of Fire and Ice” (2019) foram lançamentos que não agradaram totalmente e deixaram um questionamento sobre se a banda ainda tinha aquela chama de seus primeiros 4 discos. E a resposta foi dada ao cair de janeiro deste ano, com o lançamento do compacto “The Cult”, de 11 faixas da mais pura essência metálica e resgatando a boa forma de seus primeiros discos. Com a adição de um pequeno “midas” ao line-up, ninguém menos que Cederick Forsberg (Rocka Rollas, Blazon Stone, Mortyr, Cloven Altar, Breitenhold, Runelord e mais um milhão de aparições em discos que amamos) a banda se viu renovada e pronta para preparar as composições deste novo full lenght.

Resgatando a sua origem, o novo disco em um todo apresenta um Heavy Metal com ótimas influencias de Power, mas sem se tornar maçante e repetitivo, nos apresentando uma banda inspirada e que faz o seu som porque ama e não apenas para preencher lacunas. O disco abre com a tenebrosa intro “Providence”, que faz seus cabelos arrepiarem e você esperar a destruição de cócoras, afinal ela é inevitável. Em “The Cult”, ouvimos guitarras rifadas e trabalhadas e uma bateria um pouco cavalgada, sublime e clássica, dando um charme tradicional a esta composição. Os vocais de Marta preenchem a audição com seu timbre único, poderoso e ecoando letras lovecraftianas sobre a destruição da raça humana e nossos novos ‘senhores’ cósmicos, além disso, os refrãos contagiantes da faixa e o solo assombrosamente bem construído são outros pontos para os poloneses neste lançamento. As faixas “Whispers from Beyond” e “Sleeping Giants” apresentam uma atmosfera mais cadenciada e suave, com toques clássicos e que mostram que nem sempre a velocidade é a resposta para tudo. Porém, os riffs cortantes e duetos de guitarras de “Down in the Crypt” rompem o silencio e voltam a mostrar a boa forma das cordas de Marta e de Andy Wave, combinados a cozinha rápida de Ced e Błażej. Novamente os solos e refrãos são assustadoramente belos e mostram que a banda tem muita lenha para queimar. “Forgotten Land” traz arrepios ao longo da espinha de todos os amantes dum bom e velho Heavy Metal tradicional, repleto de classe e estilo único. As bases potentes e os duos de guitarra trabalhados em meio a clássica cozinha ‘prato-pedal-caixa’ desembocam em um refrão grudento e que tem muito da mão de Ced. Uma canção espetacular, tradicional e clássica.

Na segunda parte do disco, ouvimos a excelente “Asenath Waite”, que se inicia suave e migra para a excepcional base pesada e os tons graves de uma cozinha esplêndida, combinados ao peso da voz da bela Marta Gabriel, que esbraveja o refrão “Take her off my mind! / Then it’s over… / Get my body back! / Let me out! ”. Resgatando a veia cadenciada da banda, “The Calling” nos brinda com o saudosismo dos antigos lançamentos, que apresentavam uma atmosfera de batalha e cativante. “Flaring Madness” e “Lost in the Dark” nos presenteiam com a velocidade que tanto encanta, sendo que a segunda possui bases mais pesadas e um andamento cativante. Ambas possuem um solo de dar inveja a qualquer guitarrista veterano. Músicas cativantes e com força para bater de frente com qualquer lançamento do estilo. Para fechar o disco, ouvimos o excepcional cover de King Diamond com Andy LaRocque! Falo de “Welcome Home”, um clássico na voz de KD que não ficou estranho no vocal de Marta, pelo contrário, a polonesa mandou bem nos agudos dificílimos e não fez feio em sua voz mais tenebrosa. Sem mencionar a participação assombrosa de Andy, o que deixou ainda mais pesada esse clássico absoluto.

Além do Metal extremo, nossos amigos gélidos do Norte sabem fazer muito mais e com excelência, isso só prova que quem ama de verdade algo, consegue fazer com qualidade!

Nota: 8,5

Integrantes:

  • Marta Gabriel (vocais, guitarra)
  • Andy Wave (guitarra)
  • Błażej Grygiel (baixo)
  • Eric Juris (guitarra)
  • Ced (bateria)

Faixas:

  1. Providence
  2. The Cult
  3. Whispers from Beyond
  4. Down in the Crypt
  5. Sleeping Giants
  6. Forgotten Land
  7. Asenath Waite
  8. The Calling
  9. Flaring Madness
  10. Lost in the Dark
  11. Welcome Home (King Diamond cover)

Herman Frank: lançado lyric vídeo da canção “Eye Of The Storm”

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O ex-guitarrista do Accept, Herman Frank, lançou um lyric vídeo oficial da música “Eye Of The Storm”. O clipe, que foi criado pela Hard Media, pode ser visto, clicando no link abaixo.
“Eye Of The Storm” é tirada do quinto álbum solo de Frank, “Two For A Lie”, que foi lançado no dia 21 de maio pelo selo AFM Records. O disco foi mais uma vez mixado por Arne Neurand no Horus Sound Studio em Hannover, Alemanha, enquanto as tarefas de masterização foram feitas por Robin Schmidt em 24-96 Mastering em Karlsruhe, Alemanha.

“Eye Of The Storm”:

Integrantes:

Rick Altzi (vocal)

Herman Frank (guitarra)

Mike Pesin (guitarra)

Michael Müller (baixo)

Kevin Kott (bateria)


Faixas:

01.Teutonic Order

02.Venom

03.Hate

04.Eye Of The Storm

05.Liar

06.Hail The New Kings

]07.Just A Second To Lose

08.Danger

09.Stand Up And Fight

10.Open Your Mind

Testament: “Titans Of Creation” pode ser relançado com inédita faixa-título

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Reprodução/Facebook

Em entrevista ao canal Rocking With Jam Man, o vocalista do Testament, Chuck Billy, foi questionado se ele e seus companheiros de banda têm trabalhado em alguma música nova durante a pandemia do coronavírus. Ele disse: “Não, nós não, mas o Eric está escrevendo algumas músicas por conta própria. Não ouvi nada ainda. Tudo começa com Eric, então, sempre o espero. Ele deve estar de bom humor. E provavelmente, estando preso em casa com a pandemia, acho que ele está tocando e escrevendo algumas coisas. Então, acho que provavelmente teremos pelo menos algumas novas músicas. Porque faz sentido, se escrevermos algumas músicas novas, talvez possamos fazer uma reformulação do ‘Titans Of Creation’. Estamos falando sobre a possibilidade de escrever uma música chamada ‘Titans Of Creation ‘, pois não há faixa-título. Então, poderíamos fazê-la e talvez lançá-la novamente com o álbum. Isso seria mais por marketing. Eu acho que é isso pode rolar.”

Reprodução/Divulgação

Chuck disse que, provavelmente, não se sentiria confortável o suficiente para fazer shows no Texas e no Mississippi, os dois estados que suspenderam a obrigatoriedade do uso de máscara e aumentaram a capacidade de todos os negócios e instalações para 100%. “Eu me sentiria um pouco mais seguro quando recebesse a vacina, eu acho. Talvez quando um pouco mais de pessoas receba a vacina. Mas eu não quero me precipitar e não sei nada concreto, ainda. Só acho que até que tudo esteja, realmente, sob controle pela vacinação, não é suficientemente seguro. Então, não estamos seguros de tudo, eu esperaria até que a vacina fosse aplicada na maioria das pessoas. Eu acho que provavelmente a maioria dos membros da banda pensa o mesmo.”

Interview:

Herman Frank: lançado lyric vídeo da canção “Eye Of The Storm”

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Reprodução/Facebook

O ex-guitarrista do Accept, Herman Frank, lançou um lyric vídeo oficial da música “Eye Of The Storm”. O clipe, que foi criado pela Hard Media, pode ser visto, clicando no link abaixo.

“Eye Of The Storm” é tirado do quinto álbum solo de Frank, “Two For A Lie”, que será lançado no dia 21 de maio pelo selo AFM Records. O disco foi mais uma vez mixado por Arne Neurand no Horus Sound Studio em Hannover, Alemanha, enquanto as tarefas de masterização foram feitas por Robin Schmidt em 24-96 Mastering em Karlsruhe, Alemanha.


“Eye Of The Storm”:


  • Integrantes:
  • Rick Altzi (vocal)
  • Herman Frank (guitarra)
  • Mike Pesin (guitarra)
  • Michael Müller (baixo)
  • Kevin Kott (bateria)
  • Faixas:
  • 01.Teutonic Order
  • 02.Venom
  • 03.Hate
  • 04.Eye Of The Storm
  • 05.Liar
  • 06.Hail The New Kings
  • 07.Just A Second To Lose
  • 08.Danger
  • 09.Stand Up And Fight
  • 10.Open Your Mind

Slayer: a banda poderia voltar para fazer algum show ou tour? Gary Holt responde!

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Reprodução/Divulgação

O guitarrista e líder do Exodus, Gary Holt, atualmente, está envolvido até o pescoço com a gravação do novo álbum da banda, porém, seu passado recente tocando com o Slayer ainda gera algumas especulações. Em uma nova entrevista ao Rocking With Jam Man, na última Headbangers Con, o músico foi questionado se o Slayer ainda poderia se reunir para algum show especial ou tour. Gary respondeu o seguinte: “Essa é uma pergunta que eu não poderia responder a você, se o Slayer voltaria ou não algum dia, essas são perguntas que estão acima da minha escala de pagamento, eu acho que você deveria dizer isso. Olha, se os poderes envolvidos (Tom e Kerry) tipo, em um ano ou algo assim, disserem, ‘Ei, você sabe de uma coisa? Nós temos vontade de fazer alguns shows’, eu vou estar lá para fazer isso com eles. Mas essas não são decisões que eu vou tomar, não tenho nem mesmo como especular isso. Pelo que sei, a banda acabou e o show final foi em 30 de novembro de 2019. Eu estou a todo vapor com o Exodus agora.”

Ficou decepcionado? Acredita que o Slayer ainda retornará ou acha que eles terminaram no momento correto?

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