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Os Limites da Blasfêmia no Metal

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No Metal, nada é sagrado. Ou será que é? Entre riffs pesados, capas perturbadoras e letras que desafiam tudo aquilo que a sociedade considera intocável, sempre surge a pergunta: existe um ponto em que a blasfêmia deixa de ser arte e passa a ser apenas ofensa?

A blasfêmia, segundo o dicionário, é ofender aquilo que é considerado sagrado. Dentro do Metal, isso pode significar zombar de crenças, inverter símbolos, escrever letras a partir do ponto de vista do diabo ou simplesmente colocar um crucifixo de cabeça para baixo. Para alguns, isso é arte. Para outros, é intolerável. Mas afinal: existe limite entre a arte e a intolerância?

O Metal nasceu para questionar regras, provocar e brincar com dogmas. Bandas brasileiras como Mystifier, Impurity e a consagrada Sarcófago sempre abordaram a religião e o cristianismo de forma crítica. Muitas vezes, suas letras têm o claro intuito de chocar, de “blasfemar”, mas também de fazer pensar sobre os limites impostos pela sociedade. Mesmo para fãs apaixonados, como eu, há letras que provocam desconforto — o caso da polêmica “Little Julie” do Sarcófago é um exemplo.

É mais complexo quando o tema deixa o campo musical e vai para nas páginas policiais

Fora do Brasil, a Noruega certamente se tornou símbolo do Black Metal blasfemo nos anos 90. Bandas como Mayhem, Burzum e Gorgoroth ultrapassaram a música e levaram para a vida real atitudes criminosas: assassinatos, perseguições, bem como queima de igrejas. Nesse ponto, a reflexão é inevitável: até onde vai a liberdade artística? Quando a arte deixa de ser arte e passa a se misturar com a realidade de forma perigosa?

Outras bandas também ficaram marcadas pelo uso da blasfêmia como espetáculo. Glen Benton, do Deicide, queimou uma cruz invertida na própria testa como símbolo de rebeldia eterna contra a religião. Já o Gorgoroth ficou famoso por shows com cabeças de animais empaladas, crucificações encenadas e litros de sangue no palco, o que resultou em processos criminais e censura.

Mas, olhando para os dias de hoje, será que ainda faz sentido levar a blasfêmia tão a sério? Em muitos casos, o que antes parecia rebeldia agora soa apenas como marketing. Para muitas bandas, chocar virou um meio de vender uma imagem e alcançar um público. O polêmico Ghost, por exemplo, divide opiniões: não é uma banda de Metal extremo, mas usa a estética e a simbologia religiosa para criar uma atmosfera de provocação. Para uns, isso é genial; para outros, não passa de teatro.

Liberdade artística ou ofensa?

No fim, talvez o limite da blasfêmia não esteja nem na lei nem na moral de cada pessoa, mas sim no momento em que a provocação deixa de gerar reflexão e vira apenas barulho vazio. A questão é simples: a blasfêmia no Metal é liberdade artística ou mera ofensa? O palco pertence ao artista como território onde tudo é permitido, ou deveria existir um código de ética dentro do gênero?

O Metal sempre foi — e sempre será — um espaço para questionar tabus. A verdadeira provocação talvez não esteja em destruir símbolos, mas em fazer o público pensar.

No vídeo abaixo, tratei exatamente deste assunto. Se não conhece meu canal Além do Metal Clássico, convido a se inscrever e participar dos diversos temas trazidos à luz.

Judas Priest: “Como você processa toda essa tragédia, todo esse amor? Porque eu nunca vi uma demonstração de amor tão grande”, diz Rob Halford sobre a morte de Ozzy

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Judas Priest: "Como você processa toda essa tragédia, todo esse amor? Porque eu nunca vi uma demonstração de amor tão grande", diz Rob Halford sobre a morte de Ozzy
Photo: Ross Halfin

O icônico vocalista do Judas Priest, Rob Halford, contou como se sentiu quando recebeu a notícia de que Ozzy Osbourne havia falecido no último dia 22 de julho, aos 76 anos, devido a um ataque cardíaco. O Black Sabbath é considerado o pai do heavy metal, e o Judas Priest é o responsável por definir os padrões do gênero como o conhecemos o hoje. Ozzy teve a chance de despedir dos fãs e subir ao palco pela última vez com o Black Sabbath, apenas 17 dias antes de sua morte, em 5 de julho, em um evento histórico idealizado por Sharon Osbourne, viúva de Ozzy. Em uma nova entrevista à estação de rádio WRIF de Detroit, Rob halford contou como a morte de Ozzy o impactou:

“Nossa, cara. Recebi uma ligação no dia em que aconteceu. Desliguei o telefone no meu quarto de hotel em… acho que estava em Leeds, na Inglaterra, e me enrolei feito uma bola e chorei copiosamente por horas. Eu simplesmente não conseguia acreditar. Ainda não consigo acreditar. Ainda estou de luto, como tantas pessoas. E então fizemos um show no dia seguinte. Então, Deus, como você processa toda essa tragédia, todo esse amor, porque eu nunca vi uma demonstração de amor tão grande. E fizemos o show e tocamos a música que tocaremos quando formos ver vocês — chama-se ‘Giants In The Sky’, do álbum ‘Invincible Shield’ — e essa música fala sobre pessoas que amamos na música e que se mudaram para este lugar lindo. Fazemos referência a Lemmy, Ronnie, Paul Di’Anno e Jill Janus, Chris Cornell e todos esses grandes, Janis Joplin, Freddie Mercury. E então para aquele show nós adicionamos Ozzy no final. E eu disse a todos, isso é tanta coisa para tentar compreender e tão difícil, mas Ozzy dizia, ‘Vamos festejar. Vamos fazer rock and roll. Vamos viver ao máximo. Vamos aproveitar.’ Isso estava em seu coração, sua alma e seu espírito. Sempre que fazíamos shows juntos, ele sempre me dizia isso depois, ‘Você se divertiu?’ ‘Sim. Sim.’ ‘Você se divertiu? Você realmente se divertiu?’ As coisas que ele entregou de si mesmo para seus fãs, para todos, a generosidade, o carinho, todas as coisas incríveis que ele fez na música, ele era a personificação da gentileza nesse aspecto.

Então é ótimo que estejamos falando sobre ele agora e devemos continuar falando sobre ele para sempre, como eu sempre falo sobre o Ronnie, eu falo sobre o Lemmy. Eles são todos meus amigos. E temos que comemorar — temos que comemorar. Essa é a maneira de ajudar você a superar o luto. Você pensa nas memórias, pensa na alegria, pensa nos bons momentos, e é isso que sempre faremos com o Ozzy.”

Iron Maiden: “Havia muitos bateristas que poderiam copiar o que o Nicko fazia, mas não queríamos um desses. Queríamos alguém com uma pegada diferente”, diz Bruce Dickinson

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Iron Maiden: "Havia muitos bateristas que poderiam copiar o que o Nicko fazia, mas não queríamos um desses. Queríamos alguém com uma pegada diferente", diz Bruce Dickinson
FRANCISCO OROZCO PHOTO

Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden, refletiu sobre a entrada do novo baterista Simon Dawson, que assumiu o posto de Nicko McBrain. Nicko se aposentou dos shows ao vivo em 7 de dezembro do ano passado, quando subiu ao palco pela última vez com Iron Maiden em um show no Allianz Parque, em Sâo Paulo.

Durante uma nova entrevista ao podcast “Rock Of Nations With Dave Kinchen And Shane McEachern”, Bruce Dickinson contou como tem sido tocar com Simon Dawson, que fez a sua estreia ao vivo no dia 27 de maio em Budapeste, Hungria, como parte da etapa europeia da atual turnê mundial “Run For Your Lives”.

Questionado se houve alguma “estranheza” ao tocar com Dawson pela primeira vez, e vale lembrar que Nicko tocou com o Maiden por mais de quatro décadas, Bruce respondeu:

“Não é estranho, do ponto de vista de que o que estou ouvindo atrás de mim não é o Nicko. Então, não espero ver o Nicko porque tudo em Simon é diferente. Sua bateria está afinada de forma diferente, ele toca as músicas com uma pegada diferente da do Nick. Por isso, não me viro e penso: ‘Ah, que surpresa. O Nicko deveria estar lá’, porque é óbvio que ele não está lá. A bateria está afinada bem mais grave, está muito mais encorpada. E o Simon meio que se mantém fiel ao show em termos de andamento da música e tudo mais. Ele é absolutamente escrupuloso em acertar o andamento todas as vezes. Então, nós, como banda, realmente apreciamos isso. Porque todos os guitarristas têm grandes sorrisos, como os gatos de Cheshire, e Steve é o mesmo. Porque nem todo mundo está se sentindo tipo, ‘Ei, ei, calma aí. Devagar aí.’ Então é isso que Simon traz — há estabilidade. E ele não tenta ser o Nicko. Você não pode ser o Nicko. Quer dizer, só existe um Nicko; ele é único. É por isso que não escolhemos um clone. E havia muitos bateristas que poderiam copiar o que o Nicko fazia, mas não queríamos um desses. Queríamos alguém que tivesse uma pegada diferente.”

Livro “Distorções do Submundo: Dissecando álbuns matadores do underground brasileiro Vol. 2” acaba de ser lançado

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O livro “Distorções do Submundo: Dissecando álbuns matadores do underground brasileiro Vol. 2”, escrito por Mário Pescada, colaborador do site Mundo Metal, acaba de ser lançado pela editora Denfire.

O livro contém 140 páginas e aborda em detalhes 10 álbuns do underground nacional através de relatos exclusivos de quem estava lá, compondo, gravando e tocando.

Há também a participação especial de Luiz Calanca, da Baratos Afins, loja/gravadora na ativa até hoje e que lançou uma quantidade generosa de bandas importantes nos anos 80. Tudo regado a muitas fotos coloridas de época em papel de primeira qualidade.

Participantes:

  • Roosevelt “Bala” Cavalcante, baixista/vocalista do STRESS, sobre o disco “Stress” (1982)
  • Tibério “Luthier”, baterista do HARPPIA, sobre o disco “7” (1987)
  • Carlos Lopes, guitarrista/vocalista da DORSAL ATLÂNTICA, “Musical Guide From Stellium” (1992)
  • Allan Paulino, vocalista do LEPROSY, sobre o disco “Reborn In Yourself” (2024)
  • Sandro Moreira, baterista do REBAELLIUN, sobe o disco “The Hell’s Decrees” (2016)
  • Rodrigo “F”., vocalista do HOLOCAUSTO, sobre o disco “Campo De Extermínio” (1987)
  • Renato Gimenez, guitarrista/vocalista do VAZIO, sobre o disco “Eterno Aeon Obscuro” (2020)
  • Marcello “Sanctum”, baixista/vocalista do PENTACROSTIC, sobre o disco “The Pain Tears” (1992)
  • Sandra Coutinho, baixista das MERCENÁRIAS, sobre o disco “Cadê As Armas?” (1986)
  • Fellipe “CDC”, vocalista do TERROR REVOLUCIONÁRIO, sobre o disco “Mr. Crack” (2014)
  • Luiz Calanca, proprietário da loja/gravadora Baratos Afins

O livro custa R$ 89,90 (correio incluso para todo o Brasil) e acompanha 11 adesivos de brinde. A capa é obra de Aldo Costas.

Para comprar, acesse o site da Editora Denfire clicando AQUI.

Todos os membros contribuíram para a composição do novo álbum do Sabaton: “É a primeira vez que estamos todos juntos ao mesmo tempo. Eu não estava tão sozinho dessa vez”

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Todos os membros contribuíram para a composição do novo álbum do Sabaton: "É a primeira vez que estamos todos juntos ao mesmo tempo. Eu não estava tão sozinho dessa vez"
reprodução

O vocalista do Sabaton, Joakim Brodén, concedeu uma nova entrevista a Jai Taht Aussie Metal Guy, para falar sobre o seu novo álbum “Legends”, que estreará no dia 17 de outubro através do selo Better Noise Music. Indagado sobre a inspiração lírica para o novo disco, ele disse:

“Queríamos fazer algo diferente depois de termos participado de guerras da Primeira Guerra Mundial por um bom tempo. Sentimos que, quando a pandemia chegou, simplesmente começamos a turnê com o tema ‘The Great War’ [2019]. E também tínhamos músicas sobrando — como queríamos contar a história de, bem, Christmas Truce, Hellfighters, e não tínhamos a música certa nesse caso para quando estávamos fazendo ‘The Great War’, então fez todo o sentido para nós continuarmos na trilha da Primeira Guerra Mundial. Desta vez, no entanto, sentimos que tínhamos — não estou dizendo nunca mais, mas, pelo menos por enquanto, terminamos com a Primeira Guerra Mundial e queríamos fazer algo diferente. Uma ideia sobre algo assim é algo que tínhamos circulando há algum tempo, porque te leva a lugares diferentes, com certeza. Quer dizer, já fizemos guerra antiga antes, mas a maior parte foi guerra moderna — Primeira Guerra Mundial em diante. Então foi realmente libertador, eu acho, mudar para cá. Quer dizer, vocabulário totalmente novo para trabalhar ao escrever letras, com certeza.”

Para o novo álbum, todos os integrantes do Sabaton contribuíram durante o processo de composição. Questionado se isso implicou em alguma mudança na energia criativa e na dinâmica da banda, ele respondeu:

“Não mudou nada, porque é a primeira vez que todos estão no mesmo álbum. Já compus com Hannes [Van Dahl], o baterista, antes. Já compus com Chris [Rörland] e Thobbe [Englund], os guitarristas, antes, e Pär [Sundström, baixista do SABATON] sempre esteve envolvido na composição das letras. Então, é a primeira vez que estamos todos juntos ao mesmo tempo. E estou feliz com isso porque significa menos tempo para mim sentado sozinho compondo música. Então essa é a maior mudança, eu acho. Eu Não estava tão sozinho dessa vez. Oba!”

Em “Legends”, o Sabaton abordará figuras históricas como Joanna D’Arc, Napoleão Bonaparte, Júlio César, Miyamoto Musashi, entre outras. Confira os singles já lançados abaixo:

Faixas:

1. Templars
2. Hordes of Khan
3. A Tiger Among Dragons
4. Crossing the Rubicon
5. I, Emperor
6. Maid of Steel
7. Impaler
8. Lightning at the Gates
9. The Duelist
10. The Cycle of Songs
11. Till Seger


Overkill: Jeramie Kling revela que já estão trabalhando no novo álbum

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Overkill: Jeramie Kling revela que já estão trabalhando no novo álbum
reprodução

As lendas do Thrash Metal americano do Overkill, revelaram que estão trabalhando no seu próximo álbum, sucessor do elogiado “Scorched” de 2023. Quem compartilhou as boas novas foi baterista Jeramie Kling, através da sua página pessoal. Ele postou uma foto de uma das recentes sessões de composição e demo:

“Escrevendo, escrevendo, escrevendo!

Estou adorando este novo kit eletrônico para ensaios e demonstrações. Facilita muito a vida!

Um agradecimento especial @roland_vdrums por me enviar um kit tão bom tão rápido!”

Jeramie Kling entrou para o Overkill em agosto de 2024 no lugar de Jason Bittner que deixou a banda.

Jeramie fundou o The Absence e participou do segundo álbum do Venom Inc. “There’s Only Black”, além de ter tocando em inúmeras outras bandas. Ele também é vocalista/baterista do Inhuman Condition, formada por ex-membros do Massacre.

Em uma entrevista concedida ao Moshpit Passion em outubro do ano passado, o vocalista do Overkill, Bobby “Blitz” Ellsworth, foi questionado sobre uma previsão de lançamento do próximo álbum:

“Suponho que consideramos a maior parte do primeiro semestre de 2025 como o prazo para a composição. Provavelmente a gravação será no final de 2025 e o lançamento em 2026. Agora, não sei com quem lançaremos — quer dizer, presumo que seja a Nuclear Blast; eles têm mais uma opção. Não há nenhuma direção para a qual estejamos olhando.”

Saxon: Biff Byford esclarece mal-entendido sobre o seu tipo de câncer

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Saxon: Biff Byford esclarece mal-entendido sobre o seu tipo de câncer
Photo: Alamy

O vocalista do Saxon, Biff Byford, compartilhou ume mensagem com os fãs para esclarecer que tipo de câncer ele está enfrentando. Em uma mensagem recente, ele disse que passou por uma cirurgia para “remover um pequeno tumor na próstata”, no último dia 8 de julho. Agora, ele esclareceu que, na verdade, seu diagnóstico apontou câncer no intestino, que pode atingir qualquer parte do intestino grosso, como cólon e reto.

O cantor de 74 anos, passará por uma quimioterapia durante um curto período, o que, provocou o adiamento de alguns shows e o cancelamento de outros.

Em uma nova atualização publicada na manhã dessa terça-feira (19), Biff Byford disse através das redes sociais do Saxon:

“Primeiramente, obrigado a todos pelas maravilhosas mensagens de apoio. Isso realmente significa muito para mim.

Após a publicação de sexta-feira, gostaria de esclarecer algumas coisas que parecem ter sido um pouco mal interpretadas. Primeiramente, gostaria de esclarecer rapidamente que, na verdade, tenho câncer de intestino, não de próstata, embora tenha feito um exame de próstata. Além disso, como noticiado em alguns meios de comunicação, não adiamos todos os nossos próximos shows, apenas os que coincidiram com as minhas sessões de quimioterapia.

Todas as datas especiais da nossa turnê ‘Hell, Fire & Steel’ no Reino Unido e Irlanda em novembro continuam conforme o planejado. Não há muitos ingressos disponíveis para esses shows, então garanta-os rápido para não se decepcionar. Esta será a última vez que tocaremos nosso clássico ‘Wheels Of Steel’ do começo ao fim no Reino Unido. Também continuaremos tocando no Metal Hammer Paradise em Lübeck, Alemanha, em novembro. Todos os shows remarcados também serão anunciados aqui em breve.

Os ingressos para todos os shows estão disponíveis em www.saxon747.com.

Obrigado novamente por todo o seu apoio incrível.”

Em seguida, o Saxon compartilhou uma lista atualizada dos seus próximos shows. Veja abaixo:

Cradle Of Filth e Testament estão em turnê pelo Brasil e protagonizarão fim de semana épico em São Paulo

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Os britânicos do Cradle Of Filth e os norte americanos do Testament, sacudirão o Brasil com uma sequência de shows incríveis nesta semana.

O Testament já iniciou sua passagem pelo Brasil com um show em Limeira (SP) no último dia 16 de agosto, e outro em Curitiba no dia 17, enquanto o Cradle Of Filth começará a sequência de 3 apresentações em solo brasileiro no próximo dia 21, em Limeira.

As duas bandas protagonizarão um final de semana épico na cidade de São Paulo, o Cradle no sábado e o Testament no domingo, ambos no Carioca Club, tradicional casa de shows paulistana.

Saiba mais sobre os eventos.

Cradle Of Filth no Brasil

O Cradle of Filth passará pelo Brasil nesta semana divulgando seu mais novo álbum de inéditas, “The Screaming Of The Valkyries”. Além disso, o setlist será recheado de diversos clássicos do passado, para alegria dos fãs.

O grupo está em atividade desde 1991 e possui registros extremamente emblemáticos como “Dusk And Her Embrace” (1996), “Cruelty And The Beast” (1998), “Midian” (2000), bem como “Nymphetamine” (2004) e tantos outros.

Com sonoridade diferente, assinatura musical única e, inclusive, transitando por diversos estilos dentro do Metal extremo, é difícil classificar a música do Cradle. Talvez pudéssemos dizer que as músicas são algo como Symphonic Black Metal/ Extreme Gothic Metal. Mas independente de rótulos, a banda está em ótima fase, com discos como “Hammer Of The Witches” (2015), “Cryptoriana (The Seductiveness Of Decay)” (2017), “Existence Is Futile” (2021), assim como o mais recente, caindo nas graças dos fãs e, mais do que isso, angariando uma nova legião de amantes deste tipo de musicalidade.

O grupo britânico capitaneado pelo vocalista Dani Filth fará 3 apresentações no Brasil, tocando em Limeira, Curitiba e São Paulo. Como banda convidada, estará os norte americanos do UADA, banda inegavelmente muito boa e que tem surpreendido os fãs com o lançamento de ótimos trabalhos nos últimos anos.

Para o show de São Paulo, ainda teremos os brasileiros do Tellus Terror como banda de abertura.

Veja as datas e locais abaixo:

  • 21/08 em Limeira/SP (Mirage)
  • 22/08 em Curitiba/PR (Tork ‘n Roll)
  • 23/08 em São Paulo/SP (Carioca Club)

Os ingressos podem ser adquiridos clicando AQUI.

Testament no Brasil

Os thrashers norte americanos do Testament farão uma mini turnê com nada menos do que 6 apresentações em nosso país. A realização da turnê ficou por conta da Liberation e os fãs inegavelmente ficaram empolgados com esta série de eventos.

Enquanto o novo álbum de inéditas não chega às lojas e plataformas de streaming, o quinteto capitaneado por Chuck Billy e Eric Peterson tocará seus clássicos essenciais em shows repletos de energia e agressividade.

O Testament nos últimos anos relançou seus três primeiros trabalhos, “The Legacy” (1987), “The New Order” (1988) e no final do ano passado, “Practice What You Preach” (1989). Além de diversos hinos desta trinca inicial, o grupo faz questão de lembrar grandes momentos de obras como “The Gathering” (1999), “Dark Roots Of Earth” (2012), “Brotherhood Of The Snake” (2016), bem como tantos outros.

A fama da banda é sempre entregar shows extremamente agressivos e ao mesmo tempo técnicos. Para muitos fãs de Thrash Metal, e nós do Mundo Metal certamente estamos inclusos nesta parcela do público, o Testament é uma das melhores bandas veteranas em atividade.

As próximas datas e locais são:

  • 19/08 em Belo Horizonte (Mister Rock)
  • 21/08 em Brasília (Toinha)
  • 23/08 em Rio de Janeiro (Circo Voador)
  • 24/08 em São Paulo (Carioca Club)

Para ingressos e maiores informações, acesse o site da Liberation clicando AQUI.

Uli Jon Roth, ex-guitarrista do Scorpions sobre I.A na música: “Não estou com medo disso. Estou lidando com as consequências. Mas muitas pessoas se sentem ameaçadas”

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Uli Jon Roth, ex-guitarrista do Scorpions sobre I.A na música: "Não estou com medo disso. Estou lidando com as consequências. Mas muitas pessoas se sentem ameaçadas"
reprodução / LouderSound

O ex-guitarrista do Scorpions, Uli Jon Roth, refletiu sobre o uso da Inteligência Artificial na música, utilizada cada vez mais tanto na criação de músicas, quanto de videoclipes, capas de álbuns, e etc. O guitarrista de 70 anos comentou sobre o assunto em uma nova entrevista à Metal Roos:

“Não sou de repetir a mesma coisa indefinidamente. Em cada uma das minhas [apresentações ao vivo], há pequenos trechos improvisados aqui e ali. Alguns deles são muito improvisados. E é isso que o mantém atualizado. E é isso que todos nós também fizemos no SCORPIONS. Quando eu estava [no SCORPIONS], nenhum show era igual ao outro. Nós nos arriscamos.”

Ele falou sobre a importância de preservar a “essência” do rock e disse que não busca a perfeição na música:

“O espírito do rock, eu sempre digo, precisa ter um toque de perigo. O que isso significa — não estou realmente interessado em perfeição no rock. Na verdade, é quase um anátema, porque o rock original não era perfeito. Surgiu quase como uma espécie de revolução. Ele explodiu na cena com um som completamente novo, uma nova atitude, uma nova maneira de tocar música. E é isso que eu sempre busco quando toco esse tipo de música. Precisa ter quase esse espírito de fronteira. Se você tirar isso, perde a própria essência, quase. E devo dizer que muitas pessoas fizeram isso, principalmente nos últimos anos, nos anos 80 ou 90 e nos anos 2000. O rock se tornou muito mais polido, tanto que começou a soar muito parecido. Eles removeram todas as arestas e todas as grandes do início, eles tinham essas arestas, eram únicos e não eram nada suaves. Eles eram meio revolucionários à sua maneira. O que Jimi Hendrix fez, o que o CREAM fez, o LED ZEPPELIN, o que você quiser. Os Beatles, claro, de uma forma completamente diferente, mas antes, eles também eram assim. E aí, se você começa a fazer tudo igual e tira aquele elemento de perigo, para mim vira modismo e chato.”

Uli criticou os padrões da música feita por I.A hoje em dia e perda da “essência da expressão humana”:

“Agora existe a tendência de transformar todos os vocais em corretores de afinação, a ponto de se tornar ridículo. Eles estão tirando a essência da expressão humana e transformando as vozes em vozes robóticas para que as pessoas… Porque acho que muitos dos mais jovens estão acostumados com tudo isso, porque muito do que vemos agora nas redes sociais ou em qualquer outro lugar é completamente fabricado e absolutamente irreal. E as fronteiras entre o real e o irreal estão mudando muito, e está chegando a um ponto com a IA em que você realmente não sabe se foi feito por máquina ou computador, digital ou se era de carne e osso na sua frente. E isso é, na verdade, um desenvolvimento muito interessante, eu acho, e não estou com medo disso. Estou lidando com as consequências. Mas muitas pessoas se sentem ameaçadas, e eu entendo isso.”

Firewind já está trabalhando em seu próximo álbum: “Deve ser anunciado em breve. Vai ser um álbum conceitual”, diz Gus G

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Firewind já está trabalhando em seu próximo álbum: "Deve ser anunciado em breve. Vai ser um álbum conceitual", diz Gus G
Gus G (Image credit: Pacific Press/LightRocket via Getty Images)

Gus G., guitarrista da banda grega de Heavy/Power Metal Firewind, compartilhou uma nova atualização sobre o andamento das sessões de composição e gravação do novo álbum. O último disco, “Stand United”, saiu em março do ano passado via AFM Records.

Em entrevista recente com Viky Surmová do Project Backstage, Gus G. comentou:

“Sim, já estou trabalhando no álbum seguinte. Acabamos de assinar um novo contrato com uma gravadora. Deve ser anunciado em breve. E estamos animados com isso. E estamos trabalhando em um álbum muito legal. Vai ser um álbum conceitual. Sim, não posso dizer do que se trata, mas vai ser épico e massivo. E estou animado.

Até gravamos a bateria, então temos 10 músicas novas. Estamos prontos para começar. Estamos trabalhando nos vocais agora, nas letras e coisas assim. E pretendemos lançar no ano que vem. Não sei quando, mas espero que o mais breve possível. [Risos]”

Em junho passado, quando participou de um episódio do podcast Brutally Delicious, Gus G. comentou a respeito de sua inspiração para compor noas músicas:

“Posso dizer que está ficando cada vez mais difícil, mas não sei. Para ser sincero, eu senti — não quero que pareça bobo nem nada — mas a vibração que recebemos dos fãs, a recepção e a energia que sentimos depois que essa turnê acabou, foi tipo, ‘Ok, estou pronto. Vamos voltar e fazer outra.’ Porque queremos voltar e fazer tudo de novo. E eu tinha muitas ideias e tenho escrito bastante. E como decidimos ficar em casa de qualquer maneira, não tínhamos muitas turnês chegando, então me deixei criativo. Então, na verdade, terminei… Não devo falar muito sobre isso, mas terminei nove faixas. E já fizemos a bateria na semana passada. Então, sou meio viciado em trabalho. E estou trabalhando em dois álbuns paralelos. Estou trabalhando em algumas coisas solo também. Mas, sim, minha prioridade era o FIREWIND. Eu queria terminar o álbum número 11 do FIREWIND. E fizemos a bateria para ele. E neste verão, acho que vou gravar o resto, como guitarras e tudo mais, e escrever os vocais com Herbie [Langhans, vocalista].”

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