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O chamado de Lovecraft: 6 bandas que se inspiraram nas obras do autor

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Reprodução - "Lovecraft Illustration Portrait" por Ricardo Romero

Em 20 de agosto de 1890, nascia em Providence, Rhode Island, o escritor norte-americano Howard Phillips Lovecraft. Ele é conhecido por seus trabalhos atemporais, bem como por suas entidades indescritíveis e universos que carregam grandes segredos repletos de um terror inimaginável.

Lovecraft morreu em 1937, na pobreza e praticamente desconhecido. Mesmo após mais de 80 anos de sua morte, o autor continua sendo celebrado por meio de suas criaturas, atmosferas sombrias e forças cósmicas.

A importância da obra de Lovecraft na cultura pop

Hoje, o escritor é considerado uma das figuras mais importantes da literatura, por desenvolver amplamente em suas obras, os gêneros de fantasia, terror e suspense.

Lovecraft influenciou diretamente diversos escritores de sucesso, como Stephen King, Clive Barker, Ramsey Campbell e muitos outros que bebem da fonte do horror cósmico — inclusive a mim. E não para por aí: além da influência na literatura moderna, muitos de seus contos também estão presentes em filmes, séries, jogos, quadrinhos e música.

Neste artigo, abordaremos seis bandas que se debruçam sobre o universo de Lovecraft! Então, prepare seu chapéu e sobretudo, pois vamos mergulhar no terror cósmico e nos mistérios insondáveis do “Cthulhu Mythos”.

Black Sabbath

Em Birmingham, na Inglaterra, surgia uma banda que, para muitos, viria a se tornar a precursora do Rock pesado como o conhecemos hoje. Em 1968, portanto, os jovens ingleses liderados por Ozzy Osbourne (vocal) tinham como objetivo comum se distanciar da música hippie produzida em massa.

Na década de 1970, a banda lançou seu álbum homônimo, que inclui a canção “Behind The Wall Of Sleep”, cujo nome foi certamente inspirado em um conto de Lovecraft, publicado em 1919. A história combina horror psicológico, máquinas telepáticas e dimensões além da realidade humana.

Metallica

Todo fã de Metallica, em algum momento, já deve ter ouvido falar na famigerada faixa “The Call Of Ktulu” — mas hoje vamos nos aprofundar em outra música do grupo.

Lançada no álbum “Master of Puppets” (1986), “The Thing That Should Not Be” carrega em sua atmosfera sombria todo o horror cósmico que H. P. Lovecraft é capaz de proporcionar.

A canção emula com perfeição o sentimento de impotência humana diante de algo terrivelmente monstruoso assim como incompreensível — seria essa uma clara referência ao próprio Cthulhu?

Septicflesh

Na música de abertura do álbum “Communion”, encontramos horror cósmico, medo ilógico e primordial: o tormento que Lovecraft impõe a seus personagens. Dessa forma, a composição busca reproduzir com precisão as ideias centrais do autor, especialmente a insignificância do homem diante de forças incompreensíveis.

Outro ponto em destaque são os trechos em que a letra, escrita por Seth Siro Anton (vocal/baixo), faz referência à entidade cósmica Azathoth, à fantasiosa cidade de Dagon e aos versos sinistros do Necronomicon.

Worgohm

Reprodução/Instagram

O nome Worgohm não possui um significado específico, é talvez uma onomatopeia. Inspirado pelo horror cósmico de Lovecraft, o brasileiro Michel Oliveira (vocal/guitarra) utiliza do projeto para explorar, através de suas letras, a realidade diante da vastidão de um universo desconhecido e amedrontador.

Na música “Fungi From Yuggoth” a banda aprofunda os conceitos do escritor através de uma guitarra cadenciada, das linhas de baixo marcantes e de um gutural insano, que versa sobre uma espécie alienígena chamada “Yuggoth” que habita nos confins de um planeta desconhecido pela raça humana.

Sulphur Aeon

A banda de Blackened Death Metal, Sulphur Aeon, formada na Alemanha, tem quase toda sua obra estruturada e habitada no universo de Lovecraft.

O grupo é descrito como “cosmicamente pesado” e “apocalíptico”, com temas recorrentes envolvendo o cosmos, a morte, o ocultismo e a destruição cósmica. A faixa “Incantation” faz referência direta a algumas das entidades mais notáveis da mitologia lovecraftiana, como Yog-Sothoth, Nyarlathotep e Cthulhu.

Cradle Of Filth

E aqui finalizamos com mais uma obra que bebe diretamente das fontes do terror cósmico de Lovecraft.

“Cthulhu Dawn”, presente no álbum “Midian” (2000), é uma sombria ode aos escritos lovecraftianos. Mergulhe de cabeça no caos e na destruição apocalíptica do universo de Cthulhu, e se entregue a uma sonoridade vívida, repleta de elementos grotescos que descrevem o renascimento e a ascensão de seres abissais. Aqui, o Cradle Of Filth evidencia o início de uma nova era de reinado de entidades imemoriais — e deixa claro o fim inevitável da existência humana.

Savatage: Chris Caffery lança “Last Time”, faixa do seu próximo álbum solo “20 Years Of The Music Man”

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Savatage: Chris Caffery lança "Last Time", faixa do seu próximo álbum solo "20 Years Of The Music Man"
reprodução

O guitarrista do Savatage, Chris Caffery, lançou nessa sexta-feira (25), a faixa “Last Time’, de seu próximo álbum “20 Years Of The Music Man”.

“Last Time” é uma das últimas faixas inéditas da enorme quantidade de músicas que Chris Caffery gravou durante as sessões de “Faces”.

“A peça é sobre não se deixar explorar pelos outros e tomar seu destino em suas próprias mãos. Chega um momento na vida em que você ou pega o touro pelos chifres e entra na arena, ou continua sendo apenas o palhaço.”

A nova coletânea “20 Years Of The Music Man”, será lançada no dia 13 de junho pela Metalville Records, e conta com 21 faixas, sendo algumas delas pertencentes aos seus primeiros discos solo. Mas o disco também apresenta algumas canções inéditas, conforme contou Chris Caffery:

“Em 2004, lancei meu primeiro álbum solo. Não sabia bem o que esperar; só sabia que queria fazer música sozinho. Foi uma época em que eu tinha muitas dúvidas, não só sobre mim mesmo, mas também sobre o rumo que certas áreas da minha vida estavam tomando. O “Homem da Música” em mim decidiu usar minha energia de forma positiva. Passei 20 anos compondo, gravando e me expressando para vocês. Este novo lançamento inclui algumas das suas músicas favoritas, além das minhas. Há também algumas músicas inéditas. Gostaria de agradecer a todos os fantásticos músicos, engenheiros de som e produtores que trabalharam comigo nessas gravações.

Dedico este álbum a todos vocês, meus amigos, ao meu mentor no céu que acreditou em mim desde os primeiros dias da minha carreira, ao Sr. Paul O’Neill, e especialmente à minha mãe, que tem sido minha melhor amiga e apoiadora em todas as minhas idas e vindas nas últimas décadas. Obrigado a todos por fazerem parte da minha jornada e estou ansioso pelos próximos 20 anos e mais!”

Ouça “Last Time” abaixo:

Faixas:

CD 1
The Jester’s Court
May Day
Music Man
Pisses Me Off (edição de rádio)
Do You See What I See Now (nova música, inédita)
Edge Of Darkness
Fright Knights
S.O.T.S. (Sick Of This Shit) (lançado apenas como single)
Forever We’ll Be
What Child Is This
Glitter (lançado apenas como single)

CD 2
Seasons Change
My Light (lançado apenas como single)
I Miss You
Sometimes (inédito)
Last Time (inédito)
Your Heaven Is Real
Why
Y.G.B.F.K.M.
Preludio
Abandoned
Then Shes Gone (inédito)

Resenha: NxWx77 – “Touching The Terror” (EP) (2025)

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Brasília, a capital do poder nem sempre vista com bons olhos graças a nossa classe política que ali habita, sempre teve um legado de bons nomes no Hardcore/Crossover: Os Cabeloduro, D.F.C., Terror Revolucionário, Besthöven e some aí também o NxWx77 (ou Nuclear Weapon 77).

Contando com veteranos músicos da cena underground candonga, o grupo formado por Marcel Ianuck (baixo e vocal, ex-Deceivers, ex-Macakongs 2099 e apresentador do podcast Decifrando Discos), Márcio Reis (guitarra, ex-Deceivers), PC Montalvão (guitarra, Sapatos Bicolores) assim como Rodrigo Pinto (bateria, ex-Peter Perfeito), lançou seu mais novo trabalho, o EP “Touching The Terror” (2025).

Lançado inicialmente de forma virtual, agora o disquinho saiu também em CD, de tal forma que além das quatro faixas inéditas, traz mais duas bônus tracks com Paulo Vinicius na bateria (ex-Macakongs 2099 e Narcoze). Para a banda:

‘Touch The Terror‘ não é apenas sobre caos ou destruição, mas sobre se manter firme, desafiar imposições e encontrar aqueles que compartilham nossos valores. Somos filhos do underground, criados para enfrentar a adversidade de cabeça erguida, sem arrependimentos”

Uma boa prévia do que está por vir

Mesmo para um EP, a banda junto com os selos Helena Discos e Two Beers Or Not Two Beers Records capricharam no material: são dois painéis com uma capa bacana criada por Túlio Dourado (D.F.C.) e encarte contendo as letras. Já disse isso antes, mas sempre bom reforçar: não importa o estilo ou tipo do lançamento, é importante que as bandas tenham um material. Ainda que simples, mas que seja atraente e que valorize seu trabalho.

Reprodução/Facebook

No quesito som, “Touch The Terror” é a minha faixa favorita, dessas para abrir a roda nos shows e agitar muito; “Lake Paranoia”, que ganhou vídeo em animação, tem refrão para cantar junto e “Dis Is Fear”, lançada originalmente no split “Peste Nuclear” (2018), certamente, mantém o pique elevado.

Mixado e masterizado por Zé Misanthrope (A Peste, Vela Negra, Omfalos), “Touching The Terror” (2025), uma boa prévia do que pode vir a ser o vindouro segundo disco do grupo, podendo ser adquirido nos sites da Helena Discos, da Two Beers Or Not Two Beers Records ou diretamente com a banda.

Nota: 7

Integrantes:

  • Marcel Ianuck (vocal e baixo)
  • Márcio Reis (guitarra e vocal)
  • PC Montalvão (guitarra)
  • Rodrigo Pinto (bateria, faixas 1 a 4)
  • Paulo Vinicius (bateria, bonus tracks)

Faixas:

  • 01 Touch The Terror
  • 02 Dogday Everyday
  • 03 We Told You So
  • 04 Lake Paranoia
  • 05 Dis Is Fear (bônus track)
  • 06 Bacchanalia Open Air (bônus track)

Sabaton lança o novo single “Templars” com clipe cinematográfico (confira!)

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Sabaton lança o novo single "Templars" com clipe cinematográfico (confira!)
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A potência sueca do Power Metal, Sabaton, lançou seu novo single “Templars” acompanhado de um incrível vídeo cinematográfico filmado em duas enormes fortalezas históricas na Sérvia.

A faixa pertence ao novo álbum que deve ser anunciado em breve e, com previsão de lançamento para o final do ano. O disco será lançado pela nova gravadora do Sabaton, a Better Noise Music.

Veja o que disse o baixista e empresário do Sabaton, Pär Sundström, sobre a nova música:

“‘Templars’ é a primeira música que escrevemos para o nosso próximo álbum e ela realmente traz à tona o lado teatral do Sabaton. Desde o momento em que começamos a trabalhar nela, estávamos transbordando de ideias sobre como dar vida a ela no palco. Não queríamos apenas tocá-la — queríamos mostrá-la!”

A banda é composta por Joakim Brodén (vocal), Pär Sundström (baixo), Chris Rörland (guitarra), Thobbe Englund (guitarra), Hannes Van Dahl (bateria).

Resenha: Neckbreakker – “Within The Viscera” (2024)

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A Dinamarca não costuma estar entre as primeiras opções quando pensamos em Metal europeu. Apesar de ter revelado King Diamond, Artillery e Royal Hunt, bons nomes e referências em seus respectivos estilos, sua cena costuma passar desapercebida para boa parte do público, mesmo o local.

Mas o underground é teimoso, continua lançando bandas e renovando a cena local, como Volbeat e arrisco dizer o mais jovem de todos, o Neckbreakker. Surgido em 2020 como Nakkeknaekker – sabiamente por questões de pronúncia mudaram para o similar em inglês – o quinteto estreou ano passado logo de cara na gigante Nuclear Blast Records com “Within The Viscera”, pedrada lançada no Brasil pela Shinigami Records.

De imediato, o que chamou minha atenção foi a foto de divulgação da banda. Mais do que um grupo jovem, um grupo de jovens que oscila dos 18 aos 22 anos! Apesar da pouca idade, todos demostram serem músicos com bom domínio sobre seus instrumentos em todas as faixas do disco.

O estilo do Neckbreakker é o Death Metal, mas encontramos ali umas passagens de Thrash e até um pouco de Groove, alternando trechos bem rápidos com outros mais cadenciadas, mas sempre com muito peso.

Os garotos são promissores

Contando com um bom trabalho de Andreas Linnemann, produtor que tem trabalhado com a banda desde seus primórdios, temos momentos muito bons, como a abertura “Horizon Of Spikes”; “Purgatory Rites” e “Face-Splitting Madness”, faixas bem estruturadas e que, se não irão quebrar seu pescoço, certamente o farão balançar com força. Talvez uma redução no tempo de algumas músicas deixasse o disco mais intenso ainda, mas uma ou outra faixa ter se alongado um pouco mais que a média de tempo não atrapalhou em nada.

Aos poucos, o Neckbreakker vai marcando território na concorrida cena death metal europeia, repleta de boas bandas que surgem semanalmente. Além de uma turnê própria que começou em março e vai até maio, os garotos já abriram shows para Kerry King, Slayer, Gojira, Crypta e participaram de importantes festivais europeus, como o Download Festival XXII.

Considerando que esse é o primeiro disco da banda e com uma formação tão nova, “Within The Viscera” (2024) tem um resultado muito bom e crava um nome para ficar de olho, os garotos prometem!

Nota: 7

Integrantes:

  • Sebastian Rohden Knoblauch (baixo)
  • Joakim Høholt Kaspersen (guitarra)
  • Johan Lundvig (guitarra)
  • Christoffer Bach Kofoed (vocal)
  • Anton “Hajn” Bregendorf (bateria)

Faixas:

  • 01 Horizon Of Spikes
  • 02 Putrefied Body Fluid
  • 03 Shackled To A Corpse
  • 04 Nephilim
  • 05 Purgatory Rites
  • 06 Unholy Inquisition
  • 07 Absorption
  • 08 SILO
  • 09 Face-Splitting Madness

Primal Fear: novo single “Far Away” está disponível (assista ao clipe)

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Primal Fear: novo single "Far Away" está disponível (assista ao clipe)
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O Primal Fear lançou o primeiro single de seu novo álbum “Domination” que será lançado em 5 de setembro pela Reigning Phoenix Music. A faixa “Far Away” foi disponibilizada juntamente com seu videoclipe. Veja abaixo:

Sobre a nova música, o vocalista Ralf Scheepers declarou:

“É uma expressão de fé e confiança, não importa onde ou o que seja. Todos nós conhecemos essa sensação de sentir muita falta de alguém, de não poder vê-lo ou ouvi-lo todos os dias — especialmente como músicos em turnê.”

“Domination” foi gravado no outono de 2024, produzido por Mat Sinner e coproduzido por Ralf Scheepers e Magnus Karlsson. Jacob Hansen mixou e masterizou o disco em seu estúdio na Dinamarca.

A arte de capa foi criada por Death.Milk.Designs.

O novo álbum marca a estreia da nova formação do Primal Fear com Ralf Scheepers (vocal), Mat Sinner (baixo), Magnus Karlsson (guitarra), Thalìa Bellazecca (guitarra) e André Hilgers (bateria).

Faixas:

1. The Hunter
2. Destroyer
3. Far Away
4. I Am The Primal Fear
5. Tears Of Fire
6. Heroes And Gods
7. Hallucinations
8. Eden (feat. Melissa Bonny of AD INFINITUM)
9. Scream
10. The Dead Don’t Die
11. Crossfire
12. March Boy March
13. A Tune I Won’t Forget

Saxon: “Estamos compondo no momento. Provavelmente começaremos a gravar em novembro”, diz Biff Byford sobre o próximo álbum

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(Image credit: Francesco Prandoni - Getty)

Depois do elogiado “Hell, Fire and Damnation” lançado pelo Saxon em janeiro 2024, a banda já está se movimentando para dar forma ao próximo disco. Segundo o vocalista Biff Byford, eles já estão trabalhando em novas composições há aproximadamente seis ou sete semanas, e as gravações começarão em novembro. Em uma nova entrevista ao The Dark Melody, do Uruguai, Biff disse:

“Sim, estamos compondo no momento. Estamos compondo há cerca de seis ou sete semanas, intermitentemente. Então, sim, estamos chegando com algumas ideias, e eu tenho algumas ideias para músicas, para títulos. E, sim, está tudo indo bem.

Acho que vai sair ano que vem. Provavelmente começaremos a gravar em novembro, quando terminarmos a turnê. Provavelmente gravaremos a bateria, o baixo, as guitarras básicas e alguns vocais de apoio. Então, sim, estamos praticamente prontos. Estamos trabalhando no novo álbum. Está indo bem.”

“Hell, Fire and Damnation” marcou o primeiro álbum do Saxon com o lendário guitarrista do Diamond Head, Brian Tatler. Em uma entrevista concedida ao FaceCulture, Biff Byford comentou a respeito:

“Acho que tem sido uma progressão natural com nossos seguidores e os fãs com a nossa música. A chegada de Brian à banda adicionou uma dinâmica um pouco diferente à composição musical. Então, acho que foi por um bom motivo. Acho que o novo álbum, ‘Hellfire’, foi eleito ‘Álbum do Ano’ em vários sites e coisas do tipo, então, obviamente, conseguimos um pouco de bom cenário com o álbum, um bom fluxo. Então, espero que o próximo seja tão bom quanto, se não melhor… Bem, nem sempre pode ser melhor, mas vamos torcer. Quer dizer, ‘Hellfire’ vai ser difícil de superar. É um álbum bem perfeito, eu acho.”

Van Halen: “Na minha idade, você se senta e se pergunta: se Eddie estivesse vivo, eu conseguiria alcançar isso de novo? Agora esse sonho se foi”, diz Sammy Hagar

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Van Halen: "Na minha idade, você se senta e se pergunta: se Eddie estivesse vivo, eu conseguiria alcançar isso de novo? Agora esse sonho se foi", diz Sammy Hagar
Van Halen’s Sammy Hagar and Eddie Van Halen playing guitar onstage in 1986 (Image credit: Ross Marino/Getty Images)

Durante uma nova entrevista ao Los Angeles Times, o ex-vocalista do Van Halen, Sammy Hagar, relembrou seu relacionamento com o icônico e saudoso guitarrista Eddie Van Halen. Sammy contou como foi sua reconciliação com Eddie, antes de sua morte em outubro de 2020:

“Sinto muita falta dele. Graças a Deus que nos conectamos perto do fim, senão eu ficaria de coração partido. Estou de qualquer jeito. Mas foi tão importante para mim que nos conectamos naquele último ano. O Eddie me disse: ‘Não conte a ninguém sobre a gente conversando, porque eu não quero ficar respondendo perguntas sobre rumores de uma reunião’. Mas ele disse: ‘Ano que vem, vamos nos reunir — vamos fazer barulho. Deixa eu acabar com essa merda e vamos nessa’. Ele respondeu: ‘Por favor, não fale com ninguém — nem mesmo com o Al [o baterista Alex Van Halen’. Eu nunca disse isso a ninguém, e aposto que o Al vai ter um ataque. Mas o Eddie disse: ‘Nem fale com o Al sobre isso’. Eu disse: ‘Ed , eu não falo com o Al’.”

Sammy refletiu sobre um comentário recente que fez dizendo que as coisas não eram mais as mesmas desde a morte de Eddie:

“As coisas não são as mesmas sem essa esperança. Depois da turnê de 2004, com Eddie naquela condição, fiquei muito bravo com ele. Mas, no meu coração, eu esperava que ele se recuperasse e se tornasse o Eddie que eu amava e conhecia desde quando estava na banda — dos bons tempos. Eu esperava que isso acontecesse e que nos reuníssemos para tocar um dia. E não apenas pela fama e fortuna, que, claro, nunca mais voltei a esse nível. Esse foi o auge da minha carreira. Mas, mais do que isso, foi a criatividade e a energia que tivemos juntos compondo músicas como ‘Right Now’, ‘When It’s Love’, ‘Love Walks In’ e ‘Top Of The World’. Ele trouxe algo de mim que simplesmente não é o mesmo sem ele. Na minha idade, você se senta e se pergunta: se Eddie estivesse vivo, eu conseguiria alcançar isso de novo? Agora esse sonho se foi.”

Ghost: “É irritante. E talvez eu seja da velha guarda, talvez eu seja antiquado”, diz Tobias sobre sua decisão de proibir celulares nos shows da nova turnê

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Ghost: "É irritante. E talvez eu seja da velha guarda, talvez eu seja antiquado", diz Tobias sobre sua decisão de proibir celulares nos shows da nova turnê
reprodução

Quem for assistir ao Ghost em sua nova turnê mundial em 2025, já sabe que os shows da banda serão “uma experiência sem telefone”, mas seus aparelhos ficarão guardados e protegidos em bolsas Yondr. Em uma nova entrevista com “Metal XS” do Riff X, Tobias Forge, o líder do Ghost e, novamente lhe perguntaram sobre essa questão e se a sua decisão se deu por conta do filme “Rite Here Rite Now”, ter sido exibido em duas noites “sem dispositivos” em setembro de 2023 no Kia Forum em Los Angeles. Ele respondeu:

“Sim. Simplificando, nos últimos — não sei — cinco anos, tanto faz, a cada ano tem se tornado cada vez maior e cada vez maior a distância que eu sentia entre o público e a banda, ou a banda e eu. Vou falar sobre mim. Eu senti que tenho um problema em assistir [alguém na plateia segurando um telefone na frente do rosto]. É irritante. E talvez eu seja da velha guarda, talvez eu seja antiquado. Eu simplesmente sinto que estamos tendo um momento íntimo, e me perturba que você esteja filmando enquanto fazemos isso juntos. Estou fazendo algo para você me responder.

E quando fizemos os shows em Los Angeles, eu, junto com todos no palco, fiquei surpreso com o quão bom foi e como gostaríamos que fosse assim todas as noites, porque nos fazia sentir melhor. Parecia que eles estavam se divertindo mais. E eu simplesmente senti que era difícil não ter passado por isso. Não posso ignorar que acabei de ter uma experiência dizendo que isso é muito melhor. E então fizemos uma pequena rodada obrigatória, quando meio que falamos com as pessoas: “Como você se sentiu? Qual foi sua impressão?” E o resultado geral que veio foi que foi uma experiência incrível. Muitas pessoas estavam dizendo o que as pessoas estão falando agora: como será a sensação? Antes, você entra pensando que pode ser desconfortável. “O que vou fazer com as minhas mãos?”

Parei de fumar uma vez. Fumei por 17 anos. Eu não conseguia nem imaginar a ideia de sair bebendo uma cerveja [e não fumar um cigarro]. Obviamente, não estou vendendo a vocês a ideia de fumar ou beber cerveja, mas comecei a beber cerveja e fumar muito cedo. É por isso que não sou muito alto. Então, quando eu tinha vinte e poucos anos, eu nem conseguia imaginar não fumar, porque eu nunca tinha bebido uma cerveja sem fumar, então eu não conseguia imaginar onde colocar minhas mãos se eu fosse beber uma cerveja. Isso funcionou muito bem.

Parei de fumar em 2012. Sem problemas. Uma longa história, uma longa transição para isso é que as pessoas estavam com medo, as pessoas estavam preocupadas com o conceito de não poder filmar ou poder acessar o mundo. Assim que fizeram isso, se sentiram muito melhor, e é isso que eu quero que todos sintam. Por duas horas, você se sente aliviado das correntes que são o éter, seja lá o que for. Então você pode ligar, tirar fotos e fazer todas essas coisas. De qualquer forma, contar a todos como foi horrível. Mas eu senti que queria fazer assim, porque isso me fez, fez a banda e fez todas as pessoas com quem falei, pelo menos dos shows em Los Angeles, se sentirem muito melhor. E essa é a alegria coletiva com a qual eu quero que as pessoas associem o Ghost. Esse é o show agora.”

Segundo Tobias, de qualquer forma, os shows terão registros oficiais, tudo será documentado, inclusive, as coisas ruins:

“Não posso falar muito sobre o show porque não quero revelar nada, mas o motivo de não querermos que as pessoas filmem o show não é por questões de direitos autorais. E só porque temos uma proibição de telefone, porque queremos que as pessoas se envolvam, estejam presentes, se divirtam, se divirtam juntas e conversem umas com as outras, não é para evitar vazamentos. Garantiremos que as pessoas vejam as coisas ruins do show. Essa não é a questão. Garantiremos que haverá documentação e coisas para analisar. Então, o show em si será… Claro, [é] um show do Ghost, então será parecido com o que vocês conhecem, mas como criador, como pessoa criativa, tendo feito o filme, aprendi muito apenas editando tudo e assistindo ao show. Eu nunca tinha passado tanto tempo assistindo ao que estávamos fazendo há muito tempo. E então o diretor controlador em mim definitivamente vai se aparar. de muitas coisas que eu pensei que não fariam parte do filme, basicamente. Tudo o que não está no filme eram coisas que eu não queria que estivessem lá, e isso me ensinou muito sobre a série e como eu quero que ela seja no futuro. E muito da nova série e suas intenções são baseadas no fato de ter feito o filme.”

O novo álbum do Ghost, Skeletá, está chegando! O álbum estreia mundialmente no dia 25 de abril pela Loma Vista Recordings.

Exodus: “Acho que provavelmente foi a coisa certa para mim, especialmente, e espero que seja a coisa certa para eles também”, diz Zetro

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Exodus: "Acho que provavelmente foi a coisa certa para mim, especialmente, e espero que seja a coisa certa para eles também", diz Zetro
Zetro Souza Zetro Souza (Image credit: Getty)

Durante um novo episódio de sua série Zetro’s Toxic Vault no YouTube, o ex-vocalista do Exodus, Steve “Zetro” Souza, abordou alguns pontos que envolveram sua saída recente do Exodus, marcando o retorno do vocalista Rob Dukes.

“Estou nisso desde 1986 — em junho de 1986, entrei para o Exodus pela primeira vez. Eu tinha 22 anos. Agora tenho 61. Então, ter uma espécie de montanha-russa na música tem sido realmente emocionante. Isso manteve minha vida em movimento. Certas coisas acontecem e certas coisas continuam, e você meio que tem que lidar com elas conforme acontecem, como qualquer outra coisa.”

Zetro continuou:

“Não leio muito o que circula na internet. Sem desrespeitar ninguém, não dou a mínima para o que pensam de mim ou para o que vocês dizem… Mas meu filho me contou algo que Gary me respondeu dizendo que eu não saí; fui demitido. E tenho que concordar com a analogia dele. Estar em uma banda é como um casamento — realmente é — e o casamento acabou. E acabou. Agora, eu nunca iria desistir, o que significa que talvez eu nunca deixaria o casamento, por qualquer motivo. Mas eu realmente acho que provavelmente foi a coisa certa para mim, especialmente, e espero que seja a coisa certa para eles também.”

Zetro afirmou se sentiu ótimo após a sua saída, mas seus familiares e amigos expressaram preocupação:

“As pessoas me ligavam — meus amigos e minha família — perguntando se eu estava bem. E eu estava ótimo. Eu estava tipo, ‘Estou ótimo’. Estou muito, muito feliz e mais contente. E, novamente, estamos em abril agora, e isso aconteceu em janeiro. E, na verdade, eu soube em dezembro — eu soube antes que qualquer um soubesse, antes de ser anunciado. E eu estava tranquilo com isso.”

Ele disse que sentirá falta dos fãs do Exodus, mas revelou que já estava cansado da rotina de turnês:

“Vou sentir saudades de vocês. De verdade. Mas, para mim, minha vida mudou muito. O que eu gostava quando era mais jovem, na casa dos vinte e trinta, não é mais necessariamente o que eu gosto. Amo minha família. Quer dizer, voltei para casa e me casei com a Vickie, com quem estou há 17 anos, e ela é o amor da minha vida. E vocês sabem como é difícil me afastar do amor da minha vida neste momento, aos 61 anos, por cinco, seis semanas seguidas? Não foi fácil para mim, mesmo que não tenha transparecido no palco, e definitivamente não transpareceu quando eu estava com vocês, com vocês, fãs, e qualquer pessoa que se aproximasse de mim, porque eu nunca gostaria que ninguém tivesse uma experiência ruim comigo. Mas acho que estava na hora, honestamente.

Eu disse ao Gary, e a eles, que gostaria de fazer isso até os 70 anos e provavelmente não muito mais que isso, mas acho que, no fundo, eu já estava meio que cansado da vida rigorosa de turnê, porque é muito exigente. E a indústria não se importa com o que está acontecendo. Vou dar um exemplo — em 2016, minha mãe faleceu e eu estava em El Salvador em turnê. Eu deveria ter estado ao lado dela, mas não estava, porque eu tinha que fazer isso. Meus cachorros já faleceram. Perdi formaturas dos meus filhos. Qualquer músico que já esteve na minha situação pode se identificar com isso, porque faz parte. E muitas vezes as pessoas não necessariamente pensam nisso. E depois tem os caras, tem os músicos que realmente gostam de fazer isso, e eles vão lá e se dedicam. Eles vão de uma coisa para outra.”

Zetro continuou explicando sua decisão de mudar a rotina e passar mais tempo com a família:

“Mudei nos últimos anos, mesmo nos últimos 10 anos desde que voltei. E acho que estou mais interessado no que acontece na minha casa e no que estou fazendo aqui. Gosto de ver meus cachorros todos os dias. Tenho três pugs que adoro. Agora tenho um neto. Nunca consigo vê-los. Quero ver minha esposa todos os dias. Quero dormir na minha cama todos os dias. É algo que mudou mentalmente. Mas, novamente, eu nunca teria desistido, porque não sou um desistente nesse sentido. Todo mundo diz: ‘Ah, bom, você desistiu em 2004’.” Não, eu tive que deixar a banda porque eu tinha um emprego sindicalizado, três filhos pequenos e uma esposa, e eu estava tentando equilibrar o trabalho de capataz, o emprego sindicalizado, ser pai, treinar beisebol e futebol, ser marido e jogar no Exodus, e eu não conseguia equilibrar os três. O que eu mais amava era jogar no Exodus, mas, infelizmente, não dava para cuidar da minha esposa, dos meus filhos e das inscrições de bailarinas, das inscrições de beisebol. O negócio não estava pagando muito na época, então eu precisava ir e cuidar da minha família… Então, voltando para a banda em 2014, as crianças cresceram, eu estava estabelecido no meu trabalho. Eu estava muito, muito animado. E, novamente, eu me diverti muito nos últimos 10 anos tocando na banda. E foi uma daquelas coisas que eu tenho que dizer, estou meio feliz por ter chegado onde estou agora, eu não gosto mais de aeroportos. Eu não gosto mais de dormir no ônibus da turnê… Então Não estou dizendo que essa foi uma decisão que eu tomaria, mas estou dizendo por mim mesmo e por ter alguns meses para analisar, que definitivamente foi a decisão certa.”

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