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Exodus: “Acho que provavelmente foi a coisa certa para mim, especialmente, e espero que seja a coisa certa para eles também”, diz Zetro

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Exodus: "Acho que provavelmente foi a coisa certa para mim, especialmente, e espero que seja a coisa certa para eles também", diz Zetro
Zetro Souza Zetro Souza (Image credit: Getty)

Durante um novo episódio de sua série Zetro’s Toxic Vault no YouTube, o ex-vocalista do Exodus, Steve “Zetro” Souza, abordou alguns pontos que envolveram sua saída recente do Exodus, marcando o retorno do vocalista Rob Dukes.

“Estou nisso desde 1986 — em junho de 1986, entrei para o Exodus pela primeira vez. Eu tinha 22 anos. Agora tenho 61. Então, ter uma espécie de montanha-russa na música tem sido realmente emocionante. Isso manteve minha vida em movimento. Certas coisas acontecem e certas coisas continuam, e você meio que tem que lidar com elas conforme acontecem, como qualquer outra coisa.”

Zetro continuou:

“Não leio muito o que circula na internet. Sem desrespeitar ninguém, não dou a mínima para o que pensam de mim ou para o que vocês dizem… Mas meu filho me contou algo que Gary me respondeu dizendo que eu não saí; fui demitido. E tenho que concordar com a analogia dele. Estar em uma banda é como um casamento — realmente é — e o casamento acabou. E acabou. Agora, eu nunca iria desistir, o que significa que talvez eu nunca deixaria o casamento, por qualquer motivo. Mas eu realmente acho que provavelmente foi a coisa certa para mim, especialmente, e espero que seja a coisa certa para eles também.”

Zetro afirmou se sentiu ótimo após a sua saída, mas seus familiares e amigos expressaram preocupação:

“As pessoas me ligavam — meus amigos e minha família — perguntando se eu estava bem. E eu estava ótimo. Eu estava tipo, ‘Estou ótimo’. Estou muito, muito feliz e mais contente. E, novamente, estamos em abril agora, e isso aconteceu em janeiro. E, na verdade, eu soube em dezembro — eu soube antes que qualquer um soubesse, antes de ser anunciado. E eu estava tranquilo com isso.”

Ele disse que sentirá falta dos fãs do Exodus, mas revelou que já estava cansado da rotina de turnês:

“Vou sentir saudades de vocês. De verdade. Mas, para mim, minha vida mudou muito. O que eu gostava quando era mais jovem, na casa dos vinte e trinta, não é mais necessariamente o que eu gosto. Amo minha família. Quer dizer, voltei para casa e me casei com a Vickie, com quem estou há 17 anos, e ela é o amor da minha vida. E vocês sabem como é difícil me afastar do amor da minha vida neste momento, aos 61 anos, por cinco, seis semanas seguidas? Não foi fácil para mim, mesmo que não tenha transparecido no palco, e definitivamente não transpareceu quando eu estava com vocês, com vocês, fãs, e qualquer pessoa que se aproximasse de mim, porque eu nunca gostaria que ninguém tivesse uma experiência ruim comigo. Mas acho que estava na hora, honestamente.

Eu disse ao Gary, e a eles, que gostaria de fazer isso até os 70 anos e provavelmente não muito mais que isso, mas acho que, no fundo, eu já estava meio que cansado da vida rigorosa de turnê, porque é muito exigente. E a indústria não se importa com o que está acontecendo. Vou dar um exemplo — em 2016, minha mãe faleceu e eu estava em El Salvador em turnê. Eu deveria ter estado ao lado dela, mas não estava, porque eu tinha que fazer isso. Meus cachorros já faleceram. Perdi formaturas dos meus filhos. Qualquer músico que já esteve na minha situação pode se identificar com isso, porque faz parte. E muitas vezes as pessoas não necessariamente pensam nisso. E depois tem os caras, tem os músicos que realmente gostam de fazer isso, e eles vão lá e se dedicam. Eles vão de uma coisa para outra.”

Zetro continuou explicando sua decisão de mudar a rotina e passar mais tempo com a família:

“Mudei nos últimos anos, mesmo nos últimos 10 anos desde que voltei. E acho que estou mais interessado no que acontece na minha casa e no que estou fazendo aqui. Gosto de ver meus cachorros todos os dias. Tenho três pugs que adoro. Agora tenho um neto. Nunca consigo vê-los. Quero ver minha esposa todos os dias. Quero dormir na minha cama todos os dias. É algo que mudou mentalmente. Mas, novamente, eu nunca teria desistido, porque não sou um desistente nesse sentido. Todo mundo diz: ‘Ah, bom, você desistiu em 2004’.” Não, eu tive que deixar a banda porque eu tinha um emprego sindicalizado, três filhos pequenos e uma esposa, e eu estava tentando equilibrar o trabalho de capataz, o emprego sindicalizado, ser pai, treinar beisebol e futebol, ser marido e jogar no Exodus, e eu não conseguia equilibrar os três. O que eu mais amava era jogar no Exodus, mas, infelizmente, não dava para cuidar da minha esposa, dos meus filhos e das inscrições de bailarinas, das inscrições de beisebol. O negócio não estava pagando muito na época, então eu precisava ir e cuidar da minha família… Então, voltando para a banda em 2014, as crianças cresceram, eu estava estabelecido no meu trabalho. Eu estava muito, muito animado. E, novamente, eu me diverti muito nos últimos 10 anos tocando na banda. E foi uma daquelas coisas que eu tenho que dizer, estou meio feliz por ter chegado onde estou agora, eu não gosto mais de aeroportos. Eu não gosto mais de dormir no ônibus da turnê… Então Não estou dizendo que essa foi uma decisão que eu tomaria, mas estou dizendo por mim mesmo e por ter alguns meses para analisar, que definitivamente foi a decisão certa.”

Ashes of Ares anuncia turnê europeia tocando o álbum “The Dark Saga” na íntegra

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Ashes of Ares anuncia turnê europeia tocando o álbum "The Dark Saga" na íntegra
reprodução

O Ashes of Ares (projeto encabeçado pelos ex-membros do Iced Earth, Matt Barlow e Freddie Vidales), acaba de anunciar uma turnê europeia tocando o épico álbum “The Dark Saga”, de 1996, do Iced Earth na íntegra.

Veja o anúncio oficial publicado através das redes sociais:

“Feliz quarta-feira! – Aqui está um anúncio teaser de que um anúncio está chegando:

Um sonho de muitos fãs agora está se tornando realidade, pois o público europeu terá a oportunidade de ouvir e testemunhar todo o épico álbum “The Dark Saga” no palco.

O monumental álbum de 1996 que trouxe tantas memórias e alegria aos fãs de metal será tocado do começo ao fim, sim, todas as 10 músicas, junto com músicas do nosso próximo álbum.

Não deixe de conferir aqui amanhã, quando anunciaremos nossa primeira data em outubro. Adivinhe onde será.”

O Ashes of Ares lançou seu último álbum “Emperors and Fools”, em janeiro de 2022, via Roar / Rock of Angels.

Ambush: novo single “Evil In All Dimensions” está disponível

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Ambush: novo single "Evil In All Dimensions" está disponível
reprodução / Facebook / Ambush

A banda sueca de Heavy Metal, Ambush, compartilhou um novo single de seu próximo álbum “Evil In All Dimensions” que será lançado no dia 5 de setembro pela Napalm Records.

Confira a faixa-título do novo disco abaixo:

A banda comentou sobre a nova música:

“Você já acordou assustado porque fez algo terrível no seu sonho? Algo tão maligno que, mesmo que fosse apenas um sonho, você não conseguiria se perdoar por ter criado aquele horror na sua mente? E se de repente você perceber que seu sonho é realidade?”

Sobre o novo álbum, eles dizem:

“Estamos muito felizes em lançar ‘Evil In All Dimensions’ – nosso tão aguardado quarto álbum. Para nós, o álbum parece um novo amanhecer onde tudo é possível e o aço reina no mundo. Consideramos este o momento de maior orgulho em nossa busca infernal pela maestria do heavy metal, e esperamos que vocês apreciem!”

Lineup:

Olof Engqvist (guitarra, vocal de apoio)
Karl Dotzek (guitarra, vocal de apoio)
Oskar Andersson (baixo, vocal e vocal de apoio)
Linus Fritzson (bateria e vocal de apoio)
Oskar Jakobsson (vocal)

Faixas:

1. Evil In All Dimensions
2. Maskirovka
3. Iron Sign
4. The Night I Took Your Life
5. I Fear The Blood
6. Come Angel Of Night
7. The Reaper
8. Bending The Steel
9. Heavy Metal Brethren

Confira o nosso quadro “Trinca de Ases” com os três primeiros álbuns do Ambush.

Primal Fear revela arte de capa do novo álbum “Domination”. Single “Far Away” será lançado amanhã (24)

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Primal Fear revela arte de capa do novo álbum "Domination". Single "Far Away" será lançado amanhã (24)
Pic by Heiko Roith

A banda alemã de Heavy Metal, Primal Fear, divulgou a arte de capa de seu próximo álbum intitulado “Domination”, que chegará às lojas e às plataformas de streaming em 5 de setembro de 2025 pela Reigning Phoenix Music.

O primeiro single “Far Away” estará disponível amanhã (24 de abril). O tracklist ainda não foi divulgado.

Recentemente, o vocalista Ralf Scheepers declarou: “Há muito tempo não me sentia tão bem cantando algumas das novas músicas!”

O novo álbum marca a estreia da nova formação do Primal Fear com Ralf Scheepers (vocal), Mat Sinner (baixo), Magnus Karlsson (guitarra), Thalìa Bellazecca (guitarra) e André Hilgers (bateria).

Confira a arte de capa:

Iron Maiden: Bruce Dickinson ficou “positivamente chocado” com o novo baterista Simon Dawson

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Iron Maiden: Bruce Dickinson ficou "positivamente chocado" com o novo baterista Simon Dawson
Bruce Dickinson © Getty

O Iron Maiden está prestes à iniciar sua nova turnê mundial “Run For Your Lives” em 27 de maio em Budapeste, na Hungria. Será a estreia do baterista Simon Dawson (British Lion) no lugar de Nicko McBrain, que se aposentou dos shows ao vivo em dezembro passado.

Recentemente, enquanto participava de um bate-papo com o apresentador Ryan J. Downey em Hollywood, Califórnia, o vocalista do Maiden, Bruce Dickinson, falou sobre os ensaios com o novo baterista e disse ter ficado “chocado”:

“Bem, nós já tivemos um ensaio com Simon na última turnê. Simon estava acompanhando o British Lion, já que Steve estava fazendo shows [com ambas as bandas]. Mas foi uma espécie de seguro para nós porque não tínhamos certeza… Estávamos esperando que Nick fosse participar da turnê, mas houve alguns momentos durante o show em que, não tanto sua bateria, mas seu corpo físico estava realmente… Estávamos preocupados. Nós pensamos, tipo, ‘Não queremos acabar com Nick no hospital, e precisamos ter um reserva.’ E Simon foi sugerido por Steve, e todos nós dissemos, ‘Sim, mas como sabemos que vai funcionar?’ Então dissemos ao Nick: “Olha, no meio da turnê, temos alguns dias em Portland, Oregon. Vamos alugar um local para ensaiar e vamos dar uma chance ao Simon só para ver se funciona, só por precaução”. E assim fizemos. E alguns de nós pensamos: “Não sei como vai ser, mas ei…” E, honestamente, fiquei positivamente chocado. Fiquei tipo: “Uau”. Passamos o show inteiro sem parar. E esse cara não tinha ensaiado com ninguém. Ele simplesmente apareceu com o Maiden. Passamos o show inteiro da turnê em que estávamos na época, e estava tudo lá. Pensei: “Meu Deus, poderíamos fazer um show hoje à noite se precisássemos. Isso é surreal.”

Bruce explicou o porquê Simon Dawson era a escolha certa para o Iron Maiden, e não qualquer outro baterista que as pessoas acreditavam que estavam no páreo:

“O incrível foi com Simon, que, obviamente, quando foi sugerido, depois que Nicko decidiu se aposentar, ou se aposentar das apresentações ao vivo, que Simon assumisse, e havia outros bateristas que as pessoas achavam que estavam no páreo. E uma das razões pelas quais não escolhemos esse outro tipo de baterista foi porque, embora fossem bateristas muito bons — nada de errado com a bateria deles — todos queriam soar como Nick. E você não pode substituir Nicko. Você nem deveria tentar substituí-lo. Você não quer um clone de Nicko. Você quer um baterista que toque o material, mas toque seu próprio estilo. E, para ser honesto, se eu fechasse os olhos em alguns momentos durante aquele ensaio com Simon, era como ter Clive Burr de volta à banda, porque ele tem aquela pegada. É aquela pegada de big band. Ele tem todas as mesmas influências e tudo. E eu fiquei tipo, ‘Meu Deus. Uau!’. Então, estou realmente muito animado. Começamos [os ensaios para a turnê] na próxima semana — não na semana que vem. Calma. Na verdade, eu volto para a Europa amanhã. E aí temos, tipo, 10 dias e aí começamos. Então, vamos passar por isso. No momento, estou com meu pequeno alto-falante instalado no meu pequeno Airbnb. Tenho o setlist completo lá.”

Segundo Dickinson, a Run For Your Lives dará início a um novo capítulo na história do Maiden com Simon Dawson:

“Um novo capítulo com Simon, e estou ansioso por isso. Não há vergonha nisso. Estamos fazendo o melhor que podemos pela música.

O Maiden sempre foi maior do que a soma de qualquer parte individual, que é mais ou menos como deveria ser, na verdade, quando se tem algo assim. E também estamos na posição semi-única de nunca termos realmente precisado — bem, nunca fomos realmente os queridinhos da grande mídia. [Nós] chegamos onde estamos agora, ficando cada vez maiores e maiores sem, basicamente, ninguém prestar atenção em nós.”

O cantor também abordou o repertório e a produção da aguardada turnê:

“O show que criamos é diferente de qualquer outro show do Maiden que já fizemos. Não preciso dizer mais nada, porque assim que chegarmos aos dois primeiros shows em Budapeste, todo mundo vai estar nas redes sociais dizendo o que pensa e por aí vai. Mas estou muito animado. É como um capítulo totalmente novo para nós, este novo show. E nunca fizemos uma turnê de grandes sucessos. E se houvesse uma, certamente seria esta. Quer dizer, os primeiros 25, 30 minutos, juro, vão deixar as pessoas de queixo caído. Elas vão dizer: ‘Não acredito que eles estão tocando isso, aquilo, aquilo’.

Vendemos um milhão de ingressos na Europa neste verão, por basicamente dois meses e meio neste verão, e vamos levá-lo para os EUA em 26.”

Savatage (Live Review): show épico com viagem nostálgica pela discografia emociona fãs em São Paulo

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Crédito das fotos: Reinaldo Canto/ Ricardo Matsukawa/ Mercury Concerts

E lá fomos nós de novo, quem diria, em mais um show do Savatage! Depois de ver o retorno aos palcos na edição comemorativa de 30 anos do festival Monsters Of Rock, ocorrido no último dia 19 de abril no Allianz Parque, produzido pela Mercury Concerts, estivemos também no Espaço Unimed para acompanhar o show solo do quinteto norte americano. E preciso dizer, presenciamos mais um show de altíssimo nível, desta vez, com setlist completo e várias surpresas.

Vem com a gente porque chegou a hora de você ficar sabendo tudo o que aconteceu na primeira apresentação solo do Savatage desde 2003.

Nota do redator: para saber como foi a performance no Monsters Of Rock, clique AQUI e veja nossa cobertura completa do evento.

Em meio a muita expectativa, com um público altamente fiel presente e, inclusive, com pessoas vindas de outros países exclusivamente para ver a banda ao vivo, o Savatage tinha uma tremenda responsabilidade sobre si. Eles precisavam justificar tal engajamento ao seu entorno e brindar os presentes no Espaço Unimed com um show de gala. Parece que os músicos entenderam isso e quem esteve no local não se decepcionou.

Crédito das fotos: Reinaldo Canto/ Ricardo Matsukawa/ Mercury Concerts

O retorno triunfal

Por volta das 21:30, as luzes se apagaram e o telão começou a exibir a famosa imagem da guitarra branca de Criss Oliva encostada em um muro de tijolos. Logo, as primeiras notas de piano anunciaram a introdução “The Ocean” e a banda entrou no palco debaixo de gritos e aplausos de felicidade. Assim como no Monsters Of Rock, eles brincaram com o público e ao invés de iniciar logo “Welcome”, tocaram o começo de “City Beneath The Surface”, do lendário EP “The Dungeons Are Calling” (1984). Depois dessa pegadinha, veio finalmente “Welcome” e todos os presentes cantaram a letra inteira junto com o vocalista Zak Stevens.

Sem tempo a perder, o icônico riff de “Jesus Saves”, do álbum “Streets: A Rock Opera” (1991), deu início ao primeiro grande momento de euforia da noite. Esta música realmente funciona muito bem ao vivo e, mais uma vez, todos os presentes cantaram junto – é necessário dizer que este foi um acontecimento corriqueiro durante toda a apresentação, quase todos no Espaço Unimed conheciam cada uma das letras e, sendo assim, Zak não cantou sozinho durante uma música sequer. Ao final de “Jesus Saves”, o vocalista fez sua primeira interação com os fãs e cometeu uma tremenda gafe ao anunciar que tocariam “The Wake Of Magellan”, quando na verdade, a próxima era nada menos que o hino “Sirens”. A fim de sanar o erro, ele retornou ao microfone depois de ter se confundido e disse:

“Na verdade, achamos melhor tocar ‘Sirens’ agora”

Uma noite de surpresas

Obviamente, ninguém reclamou e a faixa título do disco de estreia foi ovacionada, como já era previsto. Deste ponto em diante, começaram as surpresas e a primeira delas foi “Another Way”, presente em “The Wake Of Magellan” (1997) e originalmente cantada por Jon Oliva. Zak Stevens está cantando muito bem e, mesmo esta sendo uma faixa não tão divulgada, ficou comprovado que para os fãs do Savatage não existe lados B. Ou seja, qualquer canção escolhida para esta noite seria imediatamente reconhecida e comemorada.

Agora sim, havia chegado a hora de realmente ouvirmos “The Wake Of Magellan” e é impressionante como esta canção funciona bem ao vivo. O refrão foi entoado por todos como um mantra e a parte no final com as sobreposições de vozes foi certamente um verdadeiro espetáculo. Com a temperatura lá no alto, Chris Caffery achou propício aumentar um pouquinho mais a pressão e, pegando todos de calças curtas, iniciou o riff de “Strange Wings”, clássico da era Jon Oliva nos vocais e presente no masterpiece “Hall Of The Mountain King” (1987). A troca de energia entre banda e público foi notória e a empolgação dos presentes transformou o Espaço Unimed num caldeirão borbulhante.

Energia indescritível

E ele estava prestes a transbordar, porque “Tauting Cobras” chegou na sequência e fez a pista pegar fogo de vez. É indescritível a energia que esta música transmite. Talvez por seu ritmo acelerado, mas também por conta da maneira que a banda a tocou, os fãs simplesmente não pararam de bangear durante sua execução. Em uma noite de muitas surpresas e como se já não fosse o bastante, mais uma veio depois, e atendeu pelo nome de “Turns To Me”. Com diversos andamentos e alternando partes lentas e outras mais viscerais, esta é uma das grandes músicas da fase Zak Stevens. Não à toa, foi muito bem recebida, assim como “Dead Winter Dead”, canção título do disco lançado em 1995.

A próxima foi a instrumental “The Storm”, onde o guitarrista Al Pitrelli compartilhou com a plateia brasileira um pouco de sua técnica refinada. A canção serviu como uma espécie de momento de descanso para os músicos e também para os fãs, até porque ainda havia muitos clássicos pela frente e, um deles, veio à seguir, “Handful Of Rain”. Impressionante como esta música, mesmo sendo intimista, com trechos acústicos e até uma veia Souther/Blues no meio, conseguiu cair nas graças dos admiradores da banda.

Crédito das fotos: Reinaldo Canto/ Ricardo Matsukawa/ Mercury Concerts

This is the time!

Todos concordamos que não poderia haver um show do Savatage sem “Chance”, e eles tocaram esta que é uma de suas canções mais emblemáticas de maneira esplendorosa. Inclusive, com todo trecho final, com os coros e tudo que se tem direito. Um momento realmente ímpar e impagável. E o que mais poderia ser propício para celebrar o grande retorno de uma das bandas mais queridas do Metal mundial? Se você pensou em “This Is The Time (1990)”, acertou em cheio! O refrão já diz tudo e explica o porque de tantos prantos terem ocorrido neste momento:

“But this is the time and this is the place
And these are the signs that we must embrace
The moment is now, in all history
The time has arrived and this is the one place to be”

Parafraseando a música, foi a hora, o lugar e, é claro, era onde os fãs do Savatage certamente queriam estar. Simplesmente sensacional! Assim como também foi sensacional ver a execução de “Gutter Ballet”, com todos cantando o início tocado no piano com o tradicional “ô ô ô” tão famoso dos brasileiros. Esta canção é de fato um hino, não somente do Savatage, mas de todo o estilo. Dessa forma, foi de arrepiar ver todos no Espaço Unimed bradando aos céus cada trecho da letra em tamanha unidade com os músicos. Um daqueles momentos que vão ficar guardados na memória para sempre. E ainda tinha espaço para mais clássicos, pois “Edge Of Thorns” veio logo em seguida e, neste momento, confesso, se tivessem encerrado por aqui, todos já teriam ido para casa extremamente satisfeitos.

O solo desta faixa – originalmente gravado por Criss Oliva no registro homônimo de 1993 – é uma obra de arte à parte inserida na música, e ele foi executado com maestria por Chris Caffery. Diga-se de passagem, todos os solos de Oliva ganharam execuções dignas. O baixo de Johnny Lee Middleton também é altamente marcante e merece destaque, aliás, todos os integrantes merecem, estão todos muito bem.

Jon Oliva é o Savatage!

Mesmo com tantas composições emblemáticas sendo tocadas, era impossível saber o que ainda estava por vir. E desse modo o quinteto resolveu tocar a belíssima “The Hourglass”, um épico com mais de 8 minutos de duração e outra com mais um daqueles momentos com sobreposições de vozes – uma marca registrada da banda.

Crédito das fotos: Reinaldo Canto/ Ricardo Matsukawa/ Mercury Concerts

Para encerrar o show, o ápice da emoção e o momento de chorar copiosamente. Zak disse que iria apresentar a banda, mas ao invés de mencionar o nome de todos os músicos presentes no palco, ele pronuncia apenas um nome: Jon Oliva. Nesta hora, já sobre aplausos, o telão exibiu as imagens de Jon sentado ao piano e ele em seguida começou a tocar “Believe”. Pessoas com problemas cardíacos provavelmente devem ter pensado que o infarto estava à caminho.

Depois do primeiro refrão, e com todos cantando cada frase da letra, a banda entrou em cena e prosseguiu com a música. Na hora do solo, ou seja, antes de sequer termos nos recuperado deste turbilhão, o telão começou a exibir imagens e vídeos do falecido guitarrista Criss Oliva e, neste momento, era possível nadar nas lágrimas dos amigos presentes no local (e minhas também, confesso!). Se houve um momento de clímax, certamente, foi esse.

Fomos privilegiados

A banda saiu do palco depois de “Believe”, mas todos sabiam que este ainda não era o fim. A pergunta que não queria calar era: se já tocaram “Sirens” no começo do show, qual seria a outra composição da era Oliva que seria resgatada? A resposta foi: “Power Of The Night”. Dessa forma, nem preciso dizer que a casa veio abaixo nesta hora e o Espaço Unimed pulsou e fervilhou novamente. A injeção de adrenalina levantou até mesmo os defuntos que tinham “falecido” momentos atrás pelo alto grau de emoção e sentimentalismo. Não houve quem não pulou e o headbanging foi institucionalizado à partir de então.

Depois de “Power Of The Night” ainda aconteceu o golpe de misericórdia que atende pelo nome de “Hall Of The Mountain King”. Para não deixar passar, Zak apareceu no bis com a camisa da seleção brasileira de futebol e foi aplaudido. Todos utilizaram seus últimos resquícios de energia e pularam pela última vez ao som deste, que é o maior hino do Savatage, sem dúvida.

Na saída do evento, expressões de felicidade foram exibidas por cada pessoa que cruzamos. Ficou nítido que o propósito da noite foi atingido com sucesso. Podemos dizer para a mundo todo que fomos agraciados com este privilégio de poder assistir de perto o retorno triunfal desta banda tão injustiçada. Que venham mais shows do Savatage, que venha o disco novo, que eles consigam finalmente gozar do prestígio que merecem. Noite mágica e, absolutamente, histórica.

“Welcome to the show!”

Crédito das fotos: Reinaldo Canto/ Ricardo Matsukawa/ Mercury Concerts

Setlist:

  1. The Ocean
  2. Welcome
  3. Jesus Saves
  4. Sirens
  5. Another Way
  6. The Wake of Magellan
  7. Strange Wings
  8. Taunting Cobras
  9. Turns to Me
  10. Dead Winter Dead
  11. The Storm
  12. Handful of Rain
  13. Chance
  14. This Is the Time (1990)
  15. Gutter Ballet
  16. Edge of Thorns
  17. The Hourglass
  18. Believe

Encore:

  1. Power of the Night
  2. Hall of the Mountain King

Ouça a nossa playlist no Spotify com faixas de todas as fases da carreira da banda:

Assista nossa live à respeito do Monsters Of Rock:

Ozzy Osbourne conta como está se preparando para a despedida final para a despedida final do Black Sabbath

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Ozzy Osbourne conta como está se preparando para a despedida final para a despedida final do Black Sabbath
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O Príncipe das Trevas, nosso querido Ozzy Osbourne, está pegando firme na preparação para a despedida do Black Sabbath, que reunirá os quatro membros originais (Ozzy, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward) para um último show no dia 5 de julho no Villa Park, estádio do Aston Villa, em Birmingham.

Em um episódio recente do programa Ozzy Speaks, o cantor falou sobre como está preparando para este capítulo histórico da história do Heavy Metal:

“Estou treinando pesado para este [ show de ‘Back To The Beginning’ em Birmingham, Reino Unido] que está chegando [no início de julho]. Não faço nada há… já faz sete anos [que não faço um show completo], então passei por todas essas cirurgias. É realmente como começar do zero.”

Ozzy contou como são esses treinamentos:

“Bem, é treinamento de resistência. A primeira coisa que se perde quando você está de cama é a sua resistência, então, acredite ou não, estou fazendo duas séries de caminhadas de três minutos por dia e musculação. Preciso ir, sabe?

Estou acordando no meu corpo. Quero dizer, três minutos para você, por exemplo, não é nada, mas eu estive deitado de costas me recuperando de inúmeras cirurgias.”

Confira as atrações confirmadas até o momento:

Segundo o diretor musical do evento, Tom Morello, outras atrações serão confirmadas em breve:

“A estrela-guia da primeira conversa era fazer deste o maior dia da história do Heavy Metal. O Black Sabbath inventou o gênero. É uma homenagem ao Black Sabbath. Diferente de outras homenagens, o Black Sabbath tocará no final da noite.

Isso dá aos artistas de todas as idades e ramos da árvore do Heavy Metal uma chance de prestar homenagens tocando nossa própria música que tem uma dívida com o Black Sabbath que tem uma dívida com o Black Sabbath. Também apresentaremos de 14 a 16 das maiores bandas cover do Black Sabbath que já pisaram no palco.

Alguns dos maiores artistas que se apresentarão ainda não foram anunciados. Haverá algumas surpresas durante o dia. Chegue cedo.”

Ghost lança o novo single “Peacefield” (confira!)

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Ghost lança o novo single "Peacefield" (confira!)
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O Ghost revelou o novo single de seu próximo álbum “Skeletá”, que será lançado no dia 25 de abril pela Loma Vista Recordings. A nova faixa “Peacefield” vem na sequência dos singles “Satanized” e “Lachryma”.

O vocalista e líder do Ghost, Tobias Forge, comentou sobre a nova canção em entrevista à Metal Hammer:

“Como o disco vai se aprofundar em temas mais sombrios, eu queria dar um tom de esperança logo no início. Queria dar uma ajudinha ao ouvinte: ‘Vai ficar tudo bem, mas vamos dar uma voltinha agora e fazer uma pequena viagem.'”

Ouça a nova música:

Sobre o novo álbum, ele declarou a Brent Porche, da rádio 93.3 WMMR:

“É um disco introspectivo em um grau ainda maior, eu acho, do que especialmente o disco anterior [‘Impera’, de 2022]. Só para deixar claro, acredito que a maioria dos artistas geralmente cria um novo disco com base em onde estavam no anterior — não como uma contrarreação, mas geralmente há algo que você deseja alcançar e que talvez não tenha alcançado no anterior, ou você quer mudar algo ou apenas preencher seu… No final das contas, o que você está fazendo é basicamente preencher seu repertório com músicas que, esperançosamente, você não tinha antes. Mas, tematicamente, geralmente tenho algum tipo de diretriz temática quando escrevo, antes de tudo para mim mesmo, a fim de dar sentido ao que o novo disco é, para que não seja muito caprichoso sobre tudo ao mesmo tempo. Mas onde ‘Impera’ era muito não apenas extrovertido, mas refletindo externamente sobre a sociedade em geral, questões sociais e também, como o título indica, a estrutura imperial e seu fim definitivo, não me pareceu muito produtivo continuar por aí e fazer um “Impera 2″ , falando sobre o fim contínuo de… Eu estava mais atraído pela ideia deste disco que fosse mais iluminar o interior e fazer um disco sobre aspectos curativos de ser essencialmente um ser humano em qualquer design estrutural, porque, no fim das contas, a maioria dos humanos é surpreendentemente parecida e demonstra as mesmas habilidades para expressar sentimentos. E esses sentimentos geralmente são bem básicos. E essa ideia me atraiu — fazer um disco que tivesse uma música sobre esperança, uma música sobre ódio, uma música sobre amor, aceitação e todas essas coisas.”

Faixas:

1. Peacefield
2. Lachryma
3. Satanized
4. Guiding Lights
5. De Profundis Borealis
6. Cenotaph
7. Missilla Amori
8. Marks of the Evil One
9. Umbrea
10. Excelsis

Candlemass: segundo Leif Edling, reunião com Messiah Marcolin é para “apenas um show, sem gravações e sem turnês”

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Candlemass: segundo Leif Edling, reunião com Messiah Marcolin é para "apenas um show, sem gravações e sem turnês"
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O baixista e líder do Candlemass, Leif Edling, compartilhou um vídeo falando sobre o show de reunião com Messiah Marcolin, que acontecerá na próxima edição do Rock Hard Festival Greece de 12 a 13 de setembro de 2025 em Atenas, Grécia. Segundo Edling, a reunião com Messiah acontecerá apenas uma vez, será um show único, “sem gravações, sem turnês, nada mais, apenas um show.”

Será a primeira apresentação de Messiah Marcolin com o Candlemass em vinte anos.

“Olá a todos. Aqui é Leif Edling do Candlemass. Estamos comemorando 40 anos como banda este ano, e haverá muitos eventos. E um deles será um show ao vivo com Messiah Marcolin em Atenas no Rock Hard Festival em 13 de setembro. Então, será demais, com certeza. Haverá um show e apenas um show. Sem gravações, sem turnês, nada mais, apenas um show. E tenho certeza de que será um evento fantástico. E não se esqueçam do nosso novo EP, o EP ‘Black Star’. Então, confiram. Muito bom. E se cuidem. E nos vemos em breve na estrada em algum lugar.”

O atual vocalista do Candlemass, Johan Langquist, disse ao Chaoszine que não participará da reunião com Messiah:

“Não, não participarei dessa apresentação, porque os gregos amaram o Candlemass desde o início, e somos muito populares na Grécia. E acho que o motivo é porque [o Messiah] faz parte da história deles, dos ouvintes de música na Grécia. Então, eu respeito o fato de eles quererem que fizéssemos um show com o Messiah.

O que posso dizer? Desejo tudo de bom para ele. E ele era uma figura na banda, e nos encontramos duas noites juntos, festejando juntos. E desejo tudo de bom para ele. Espero que eles façam um ótimo show lá. É isso aí.”

Exodus lança cover de “He’s A Woman – She’s A Man” do Scorpions com vocais de Mark Osegueda

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Exodus lança cover de "He's A Woman - She's A Man" do Scorpions com vocais de Mark Osegueda
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As lendas do Thrash Metal do Exodus lançaram um cover de “He’s A Woman – She’s A Man”, faixa do clássico álbum “Taken By Force” do Scorpions, de 1977. O cover contou com a participação do vocalista Mark Osegueda (Death Angel, Kerry King).

Veja o comentário do guitarrista Gary Holt:

“Decidimos fazer um cover de uma das nossas bandas favoritas de todos os tempos há algum tempo e estávamos guardando-o até agora. E, melhor ainda, o inigualável Mark Osegueda, do Death Angel/Kerry King, colaborou conosco para cantá-lo, e ele arrasa! Ele é o único cara que conhecíamos que faria justiça ao Klaus. Espero que vocês curtam!”.

Recentemente, o vocalista do Exodus, Rob Dukes, falou sobre o andamento das sessões de composição e gravação do próximo álbum:

“Estamos gravando os vocais agora. Bem, eles estão praticamente fazendo tudo, então eles fizeram a bateria e algumas guitarras e estão fazendo os ritmos e tudo mais. E então eu e Jack, ele fazendo o baixo, nós meio que alternamos dias e dias, porque eu só consigo ficar por duas ou três horas e então estou meio exausto pelo dia até o dia seguinte.”

De acordo com Dukes, o novo disco apresentará 11 faixas e será “muito pesado”:

“São 11. E é pesado pra caramba, cara. Quer dizer, é pesado pra caramba, sombrio e maneiro. Mas o que me surpreendeu foi que tinha um pouco de rock estilo Motörhead. Eu pensei: ‘Ah, maneiro, cara. Isso é um pouco diferente do normal.’ Foi muito maneiro. E então eu pude sair um pouco da caixa, o que é legal. É bem maneiro. Um bom desafio.”

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