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Lançamento: Satan’s Empire – “Hail The Empire” (2020)

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Gravadora: Dissonance Productions

Independente de qualquer outra coisa, essa é uma história que merece ser contada…

Provavelmente, poucos serão os headbangers que ouviram falar do Satan’s Empire, e é justamente para esses que este texto é destinado.

No longínquo ano de 1979, em meio à ebulição do movimento inglês denominado New Wave Of British Heavy Metal (para os íntimos, apenas NWOBHM), o Satan’s Empire foi fundado. Os caras debutaram oficialmente para o mundo do Heavy Metal em 1981, com uma aparição marcante na coletânea “Lead Weight”, lançada pela Neat Records. O disco ainda trazia “novidades” como Blitzkrieg, Venom e Raven, mas o que nos interessa aqui é a épica faixa de encerramento da compilação, “Soldiers Of War”. Trata-se de uma canção tão boa, que muitos entusiastas daquela “nova” sonoridade praticada no Reino Unido entre o final da década de 70 e início dos anos 80, passassem a aguardar ansiosamente o disco de estréia do quarteto escocês.

Infelizmente, a espera se mostrou infrutífera e o tal debut não foi gravado. Em 1988, a banda encerrou oficialmente suas atividades e tudo o que tinha sido registrado sobre o Satan’s Empire era aquela música da coletânea. Anos depois, alguns fãs da NWOBHM conseguiram uma gravação de uma demo tape pertencente à própria banda (tal material nunca foi lançado), onde além de “Soldiers Of War”, continha mais 4 composições. Isso aguçou ainda mais a sede desses fãs, já que todas as músicas eram muito boas e mereciam, ao menos, terem sido gravadas de forma decente.

Mas infelizmente, era tarde demais para o Satan’s Empire.

Ou não?


Bem, durante mais de 30 anos, a banda era apenas um dos muitos nomes míticos que jamais conseguiu se projetar no cenário musical, mas alguns senhores teimosos, em meio a um copo e outro de cerveja perambulando por algum pub europeu, se lembravam com carinho de como era promissor o tal Satan’s Empire. O detalhe mais impressionante é que os músicos envolvidos simplesmente escafederam-se, não foram mais mencionados e jamais tocaram em outra banda de Heavy Metal depois do encerramento em 1988. Tentei encontrar algum registro dos caras, mas o máximo que consegui foi achar uma banda chamada VHS, que lançou duas demos entre 1985 e 1987, e contava com o vocalista Derek Lyon. No mais, não havia absolutamente nada. Bom, pelo menos até 2015.

O que houve em 2015 foi um daqueles sonhos meio impossíveis, no qual dois membros originais da banda, o vocalista Derek Lyon e o guitarrista Sandy McRitchie, sabe-se lá o porquê, decidem tentar novamente.

Em 2017 estes senhores lançaram um single batizado apenas com o nome da banda e, em 2018, após 37 anos da aparição na coletânea “Lead Weight”, finalmente debutam com o excelente “Rising”. O trabalho traz as 5 faixas da demo tape disputada a tapas pelos fãs, mas agora devidamente registradas e produzidas de forma digna, além de mais 5 novas composições. Devo dizer que a audição é obrigatória a todos que se autodenominam fãs da NWOBHM, não sendo exagero algum incorporar este álbum, que foi lançado no ano de 2018, como parte do movimento.

Saltando para 2020, o Satan’s Empire parece correr contra o tempo perdido e nos traz mais um trabalho, desta vez, apenas com músicas inéditas. E não é que os caras acertaram de novo? Não sei, talvez eu esteja ficando meio romântico em relação a determinadas histórias e bandas, mas ouvindo “Hail The Empire”, todo aquele clima envolvido nos discos daquela época está presente. A produção ajuda, já que é boa, porém bem old school, e as músicas são um verdadeiro convite a entrar numa máquina do tempo e desembarcar por volta de 1982 ou 1983. Não vou comentar sobre todas as músicas, até por que já me estendi bastante, porém, é preciso dizer que o herege que ousar não apreciar as ótimas “Warriors”, “Secrets”, “Empire Rising”, “Hail The Empire” (que refrão épico!) e “New World”, merece nada menos que a fogueira da inquisição.

O álbum é todo constituído daquela sonoridade oitentista maravilhosa, sem qualquer tipo de experimentação e sem tentativas desnecessárias de reinventar a roda. É Heavy Metal tradicional, clássico, datado e feito a moda antiga, do jeitinho que a gente gosta e aprecia.

Não posso deixar de mencionar que, tanto este, quanto seu antecessor são trabalhos que transpiram honestidade. Nada aqui soa forçado, trata-se apenas de alguns senhores amantes do Heavy Metal se divertindo e fazendo seu sonho se tornar real. Se um dia eu encontrasse qualquer um desses caras, apenas diria o quanto admiro sua perseverança, meu único conselho seria: continuem!

Nota: 8,5

Ouça o álbum completo.

  • Integrantes
  • Wayne Hudson (baixo)
  • Garry Bowler (bateria)
  • Paul Lewis (guitarra)
  • Sandy McRitchie (guitarra)
  • Derek Lyon (vocal)
  • Faixas:
  • 1. Warriors
  • 2. Secrets
  • 3. Rivers Of Gehenna
  • 4. Empire Rising
  • 5. Hail The Empire
  • 6. Storm On The Airwaves
  • 7. Black
  • 8. All Hallows Eve
  • 9. Shadowmaker
  • 10. New World
  • Redigido por Fabio Reis

Lançamento: Slaughter Messiah – “Cursed To The Pyre” (2020)

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“Cursed To The Pyre” é o debut da banda belga, Slaughter Messiah.

Posteriormente a três EPs consecutivos, “Black Speed Terror” de 2013, “Putrid Invokation” de 2014 e “Morbid Re-Incantations” de 2016, a banda belga, Slaughter Messiah, enfim, lançou o seu debut, “Cursed To The Pyre”, no último dia 20 de fevereiro.

Apesar deles se definirem como Black/Death/Thrash Metal e esses elementos todos façam realmente parte da sonoridade do quarteto, o Thrash Metal é o que se sobressai em suas canções, pois esse é o subgênero o qual tem sido o destaque do ano até o momento com diversos lançamentos de qualidade.

Brutal Thrash Metal

Ainda que o termo inexista, defino a sonoridade produzida pelo Slaughter Messiah como Brutal Thrash Metal, pois nela há uma super dosagem de agressividade e peso.

“From The Tomb Into The Void” é a introdução capaz de comprovar o que escrevi nesses dois primeiros parágrafos.

Portanto, uma faixa que tem um início sinistro, guitarras cortantes e velocidade em grande parte de sua duração.

Lord Sabathan vocal do Slaughter Messiah

O vocalista/baixista Lord Sabathan, através de sua voz raivosa, arrisca um grito a la Araya que flameja a ambientação do disco. Com um breve começo mais cadenciado, a bateria de John Berry despeja a sua avalanche rítmica em “Mutilated By Depths”, derrubando tudo o que encontra em sua frente.

“Pouring Chaos”

Um riff ceifador de almas expõe “Pouring Chaos” à luz, ainda que essa faixa seja a tradução do som das trevas.

Os guitarristas Rod “Iron Desecrator” e Thomas “Exhumator” deixam transparecer o seu poderio nas seis cordas de aço inoxidável.

“Hideous Affliction”

“Hideous Affliction” brinda o ouvinte lhe oferecendo a melhor canção do full-lenght. Todos os ingredientes do disco são executados de maneira ainda mais matadora.

“Descending To Blackfire”

Destaco novamente o trabalho conjunto das guitarras, que nessa música se torna ainda mais explícito. “Descending To Blackfire” termina de perfurar os tímpanos já desgastados pelas faixas anteriores. Embora a banda não mencione, há uma considerável pitada de Speed Metal em sua sonoridade.

“Pyre”

“Pyre” abre a trinca final do debut do Slaughter Messiah. Na introdução, pode-se ouvir o som das chamas do inferno queimando as almas traidoras.

A costumeira velocidade retoma as ações poucos segundo após, dando a partida na música mais veloz do disco.

A old school 80’s se mostra presente a cada segundo de cada faixa, mesclando de forma homogênea a escola norte-americana e alemã.

“The Hammer Of Ghouls”

“The Hammer Of Ghouls”, igualmente, é recheada dessas características supracitadas.

Há, ao mesmo tempo, algo de Zetro, Ballof e Cronos na interpretação vocal de Sabathan.

Fog Of The Malevolent Sore”

Fog Of The Malevolent Sore”, canção que encerra o disco, é supersônica, tornando-se, porém, mais cadenciada em alguns alternados momentos, os quais tornam sensacional a sua dinâmica.

Não fosse por “Hideous Affliction”, essa seria a minha predileta.

O Thrash Metal está passando por momentos felizes, porém saliento que o mesmo ocorre com o Metal belga.

Esse ano já saiu o debut do Terrifiant, o disco novo do Bütcher, o álbum de estreia do Devil’s Bargain, e agora, o primeiro full do Slaughter Messiah.

Se você é fã daquele tipo de Thrash Metal 100% agressivo, rápido e pesado, esse álbum não só é indicado, como é obrigatório para sua apreciação.

Nota 8,6


  • Integrantes:
  • Rod “Iron Desecrator (guitarra)
  • Lord Sabathan (vocal e baixo)
  • Thomas Exhumator (guitarra)
  • John Berry (bateria)
  • Faixas:
  • 1. From The Tomb Into The Void
  • 2. Mutilated By Depths
  • 3. Pouring Chaos
  • 4. Hideous Affliction
  • 5. Descending To Blackfire
  • 6. Pyre
  • 7. The Hammer Of Ghouls
  • 8. Fog Of The Malevolent Sore

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

Quem é Mundo Metal?

Mundo Metal nasceu em 2013, através de uma reunião de amigos amantes do Rock e Metal. Com o objetivo de garimpar, informar e compartilhar todos os bons lançamentos, artistas promissores e tudo de melhor que acontece no mundo da música pesada.

Despretenciosamente, veio o grupo e depois a página no Facebook, aos poucos passamos a utilizar outras redes como Instagram e Youtube e, posteriormente, nosso site oficial veio a luz. Apesar de todas as dificuldades da vida cotidiana, nunca desistimos de nossos objetivos e, hoje, nosso site está em franca expansão.

Sejam muito bem-vindos a nossa casa e desejamos de coração que voltem sempre.

Lançamento: Warbringer – “Weapons Of Tomorrow” (2020)

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“Weapons Of Tomorrow” é o sexto full-lenght da banda californiana de Thrash Metal Warbringer, o qual é sucessor do álbum “Woe To The Vanquished” de 2017. A sonoridade do Warbringer segue a flertar com o old school, porém sem rejeitar as modernidades do subgênero.

“Firepower Kills” é a primeira arma a ser exposta no mais recente combate. Já nessa acelerada canção, pode-se notar o quão felizes foram os guitarristas Chase Baker e Adam Carrol na execução de seus riffs, solos e em sua produção sonora.

“Weapons Of Tomorrow”

Nesse disco, os vocais de John Kevill lembram os trabalhos mais atuais de Mark Osegueda, vocalista do Death Angel. O baterista Carlos Cruz assim como o baixista Chase Bryant são os responsáveis pela cozinha que combina com um Thrash Metal bem tocado.

“The Black Hand Reaches Out”, a qual foi single em formato de vídeoclipe, é mais cadenciada, com arranjos e solos das guitarras ainda mais bem trabalhados e complexos que da canção que a antecede, além de um refrão mais grudento.

WARBRINGER / Divulgação / Faceboook

Em seguida, “Crushed Beneath The Tracks” parece uma mescla de fórmulas das duas primeiras músicas. Pois, o pedal duplo de Cruz evidencia a bateria na faixa. A canção “Defiance Of Fate”, com seus 7m8s de duração, introduz bem lenta e sombria, permanecendo assim por cerca de quatro minutos, até que acelera um pouco, porém é a mais cadenciada do full-lenght. Não que ela seja ruim, mas achei desnecessária no contexto, por destoar demais do restante.

“Unraveling”

“Unraveling”, por sua vez, volta a ser mais Speed/Thrash Metal, tendo riffs e bateria capazes de quebrar os pescoços de tanto fazê-los banguear. “Heart Of Darkess” é a música mais trabalhada do “Weapons Of Tomorrow”. Além disso, a linha de baixo de Bryant é sensacional, sendo o destaque da mesma. Ela é a minha favorita!

WARBRINGER / Reprodução / Facebook

O riff introdutório de “Power Unsurpassed” me remete a Exodus na primeira era com Zetro Souza, mas essa semelhança se resume ao riff, pois Warbringer mantém sua personalidade durante todo o trabalho.

A artilharia permanece pesada com “Outer Reaches”. Peso e velocidade em harmonia, dando ainda mais vigor a audição. Em “Notre Dame (King Of Fulls)” temos a manutenção da receita utilizada aqui, o que não significa que a canção seja fraca, pelo contrário. Ela mantém o nível elevado da obra, contando ainda com um lindo solo de guitarra limpa quase em sua finalização.

O disco encerra com o outro single, “Glorious End”, que foi antecipado pela banda em forma de lyric vídeo. Bela canção e um merecido encerramento para um trabalho muito bem feito. A nova geração do Thrash Metal tem nos trazido muitos bons nomes. Warbringer faz parte desse grupo de boas bandas de Thrash da atualidade e apesar do álbum anterior ter sido um tanto quanto inferior a esse atual, eles sempre mantiveram um bom nível em todos os seus lançamentos.

Indico aos fãs de Thrash Metal norte americano, principalmente aqueles de mente aberta e receptiva.

Nota 8,7

Integrantes:

  • Adam Carroll (guitarra)
  • John Kevill (vocal)
  • Chase Bryant (baixo)
  • Carlos Cruz (bateria)
  • Chase Becker (guitarra)

Faixas:

  • 1. Firepower Kills
  • 2. The Black Hand Reaches Out
  • 3. Crushed Beneath The Tracks
  • 4. Defiance Of Fate
  • 5. Unraveling
  • 6. Heart Of Darkness
  • 7. Power Unsurpassed
  • 8. Outer Reaches
  • 9. Notre Dame (King Of Fools)
  • 10. Glorious End

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

Resenha: Canedy – “Warrior” (2020)

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“Warrior” é o recém lançado segundo álbum do projeto do baterista e produtor Carl Canedy (The Rods, ex-Manowar).

Seis anos após o debut, “Headbanger”, e, posteriormente, ao lançamento do excelente álbum “Brotherhood Of Metal” com o The Rods, Carl Canedy escreveu um novo capítulo em sua respeitada carreira.

“Warrior”

A história “Warrior” começou quando o baterista foi convidado pelo baixista Tony Guaruba para tocar em uma aparição na TV.

Nesse instante, nasceu uma química necessária para as pretensões de Canedy para o prosseguimento de seu projeto solo.

Além de Guaruba, o vocalista Mike Santarsiero, assim como o guitarrista Charlie Russello também fazem parte do time que gravou o novo álbum.

A sonoridade é totalmente embasada na década de 80, porém sem abrir mão de flertar com uma pitada de modernidade.

CANEDY / Divulgação / Facebook

“Do It Now”

A faixa “Do It Now” abre o disco, mostrando que se trata de uma banda empenhada na criação de um registro marcante e não de um simples projeto. Carl Canedy destaca a sua bateria com viradas espetaculares dentro de sua elogiável qualidade técnica.

Mike Santarsiero

A bela voz de Mike Santarsiero dá a música o que ela requer na medida certa, mesclando, ao mesmo tempo, Hard Rock e Heavy Metal em uma sonoridade homogênea. Charlie Russello trabalha com riffs simples e que grudam na mente, fazendo solos recheados de feeling, enquanto Tony Guaruba preenche tudo com o seu baixo encorpado e sua musicalidade.

“Not Even Lose”

“Not Even Lose” é mais cadenciada que a faixa anterior, tendo uma pequena pegada AOR, pois, o vocal de Mike se destaca ainda mais dessa vez, dando a música uma melodia envolvente e um refrão contagiante.

“Lies”

O ritmo volta a acelerar na canção “Lies”, já que Canedy é ainda mais destruidor que em “Do It Now”, impressionante o quanto ele evolui a cada novo registro lançado. O violoncelo de Guaruba faz uma pequena introdução pra “Hellride”. Essa faixa traduz o mais puro Hard Rock dos Estados Unidos da América.

A faixa título

A canção que intitula o álbum, “Warrior”, a qual também foi single, é minha favorita desse trabalho, pois, ela tem uma energia e uma vibração especiais.

“3rd Times A Charm”

O prazer da audição aumenta ainda mais com a sua chegada. “3rd Times A Charm” persiste com essa vibe intensa proporcionada pela faixa anterior. Além disso, os músicos transparecem a imensurável vontade com a qual gravaram o disco e o quanto puseram suas almas nele.

“In The Sign”

Não surpreendentemente, seu solo de guitarra é o mais bonito do full-lenght. “In The Sign” tem uma pegada que varia entre os anos setenta e oitenta, entre o peso e a melodia, entre Doom e Heavy Metal.


“Out For Blood”

“Out For Blood” resgata a receita das primeiras canções do álbum, mas um detalhe interessante nesse disco é que embora não existam experimentalismos nele, ele não soa “mais do mesmo” em um único momento sequer. Mike Santarsiero arrisca uns agudos e se sai, perfeitamente, bem.

A veia AOR volta a surgir em “The Prize”. Esse tipo de canção parece ter sido feita para a voz de Santarsiero, que a canta divinamente.

“Attia”

“Attia”, a faixa que encerra o disco, é diferente de todo o restante do trabalho. Ela é Hard Rock, sim, porém ela soa um pouco mais comercial, não comprometendo a excelência do trabalho de forma alguma, porém tal tipo de música em um disco dessa pegada, sempre divide opiniões. Não é ruim, mas está longe do alto nível das demais.

Carl Canedy é pura competência

Carl Canedy merece ainda mais reconhecimento do que conseguiu, tanto que me deixou mal acostumado. Depois do “Brotherhood Of Metal” e agora do “Warrior”, todo ano, eu estarei esperando por um lançamento especial no qual o seu nome esteja envolvido. Brincadeiras a parte, se você gosta dessa sonoridade que mescla elementos de Hard Rock e Heavy Metal, esse disco é, totalmente, indicado para você! Audição obrigatória.

Nota 8,9

Clique no link abaixo, a fim de conferir o single “Not Even Love”:

Integrantes:

  • Carl Canedy (bateria)
  • Mike Santarsiero (vocal)
  • Charlie Russello (guitarra, sintetizador)
  • Tony Garuba (baixo, violoncelo, vocal)

Faixas:

  • 1. Do It Now
  • 2. Not Even Love
  • 3. Lies
  • 4. Hellride
  • 5. Warrior
  • 6. 3rd Times A Charm
  • 7. In The Sign
  • 8. Out For Blood
  • 9. The Prize
  • 10. Attia

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

Resenha: Onslaught – “Generation Antichrist” (2020)

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“Generation Antichrist” é o sétimo full-lenght da tradicional banda britânica de Thrash Metal, Onslaught. O primeiro a contar com a voz de David Garnett, que substituiu Sy Keeler, vocalista de longa data do Onslaught. O álbum é sucessor do “VI”, lançado em 2013. Sete anos de hiato e troca de vocalista causam dúvida, ansiedade e acima de tudo, curiosidade.

O tema introdutório “Rise To Power” é só um pequeno aperitivo de toda avalanche que desaba em seguida. “Strike Fast Strike Hard” tem um riff genocida que me remete ao estilo de “Arise” do Sepultura. Embora a canção tenha trazido lembranças da era old school, ela tem uma interessante pegada moderna que me lembra os gregos do Suicidal Angels. Ademais de todos esses detalhes, “Strike Fast Strike Hard” é uma faixa sensacional, digna da gloriosa história do Onslaught no Thrash Metal.

“Bow Down To The Clowns”

“Bow Down To The Clowns” dá sequência ao desmoronamento de toneladas de aço forjado em Thrash Metal britânico. O chefão Nige Rockett e seu companheiro de instrumento Wayne Dorman não deixam, absolutamente, nada a desejar em seus riffs e solos, aliás, devo salientar que Rockett está solando como nunca.

“Generation Antichrist”

Entretanto, a faixa título não é menos avassaladora que as anteriores. “Generation Antichrist”, destacada por um refrão forte e convidativo, tem a cara da sonoridade praticada pelo Onslaught desde o seu álbum de retorno, “Killing Peace”, em 2007, porém com superação em qualidade.

“All Seeing Eye”

Assim que, o mesmo digo em relação à próxima canção, “All Seeing Eye”. Pois, ambas trazem a continuação de trabalhos mais atuais da banda, mas evoluídos em sua essência musical.

Ao propósito, o baterista James Perry afunda o pé no acelerador sem medo de radares e proporciona um ritmo insano em “Addicted To The Smell Of Death”.

Nige Rockett abusa de ferocidade em seus solos, fomentando um dos melhores momentos do disco.

Rockett

Rockett introduz “Empires Fall” com mais um dos solos que são a sua marca registrada como guitarrista. David Garnett se encaixou com perfeição no Onslaught, sem descaracterizar a banda e sacando um pouco daquela pitada Groove que chegava a incomodar na audição dos discos anteriores.

“Religiousuicide”

A Speed /Thrash Metal “Religiousuicide” é a canção que trás um elemento novo a sonoridade do disco, pois ela não se parece com o que o quinteto britânico tem apresentado em seus últimos lançamentos, tendo agregado diversificação ao mesmo.

A saber, “A Perfec Day To Die”, single lançado em 2019, ganhou uma nova versão, encerrando o sétimo álbum da carreira do Onslaught com destaque para a linda timbragem do baixo de Jeff Williams.

Perfeita faixa para a apoteose do “Generation Antichrist”.

Confesso que não esperava grande coisa desse disco do Onslaught, claro, que eu tampouco esperava algo ruim, mas fico muito surpreso com sua ótima qualidade. Algumas coisas que andavam me incomodando na sonoridade da banda foram eliminadas e isso faz a diferença. Aprovado e indicado para os fãs de Thrash Metal de todas as escolas e gerações.

Nota 8,7

Veja o vídeo oficial de “Religiousuicide”:

  • Integrantes:
  • Wayne Dorman (guitarra)
  • David Garnett (vocal)
  • Jeff Williams (baixo)
  • James Perry (bateria)
  • Nige Rockett (guitarra)

  • Faixas:
  • 1. Rise To Power
  • 2. Strike Fast Strike Hard
  • 3. Bow Down To The Clowns
  • 4. Generation Antichrist
  • 5. All Seeing Eye
  • 6. Addicted To The Smell Of Death
  • 7. Empires Fall
  • 8. Religiousuicide
  • 9. A Perfect Day To Die (2020 Version)

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

Quem é Mundo Metal?

Mundo Metal nasceu em 2013, através de uma reunião de amigos amantes do Rock e Metal. Com o objetivo de garimpar, informar e compartilhar todos os bons lançamentos, artistas promissores e tudo de melhor que acontece no mundo da música pesada.

Despretenciosamente, veio o grupo e depois a página no Facebook, aos poucos passamos a utilizar outras redes como Instagram e Youtube e, posteriormente, nosso site oficial veio a luz. Apesar de todas as dificuldades da vida cotidiana, nunca desistimos de nossos objetivos e, hoje, nosso site está em franca expansão.

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Resenha: Magick Touch – “Heads Have Got To Rock’n’Roll”(2020)

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“Heads Have Got To Rock’n’Roll” é o segundo full lenght da banda de Heavy Rock, Magick Touch.

O Hard Rock que foi a porta de entrada de muitos para os demais subgêneros pertencentes ao Metal, teve duas décadas marcantes: 70’s e 80’s, porém, os noruegueses do Magick Touch surgiram na cidade de Bergen no ano de 2015. Apesar disso, eles têm sua sonoridade totalmente influenciada nessas duas décadas supracitadas.

“(This Isn’t) Your First Rodeo”

“(This Isn’t) Your First Rodeo”, faixa de abertura do disco, evidencia o que afirmo no parágrafo anterior, pois é uma canção Hard’N’Heavy com a cara dos anos oitenta. O riff inicial é esmagador, assim como o solo um dos mais debulhadores do álbum. Dessa forma, o guitarrista HK Rein demonstra competência de sobra em suas bases e solos forjados no feeling e na fúria metálica.

“To The Limit” já nasceu hit

Dando sequência a audição, temos mais uma música que igualmente mescla Heavy e Hard. Em “Watchman’s Requiem”, o vocalista Christer Ottesen, que também é o baixista, remete ao Kiss com os vocais do Gene Simmons, porém sua voz possui muitas variações e influências dentro do Hard Rock.

“To The Limit” foi o primeiro single e vídeo clipe do disco. Uma canção nascida para ser hit, pois o ritmo contagiante e o refrão grudento não saem mais da minha mente:

“Empurrando até o limite/ Nós vamos a noite inteira/ Vamos acertar a pontuação/ Quebrando o passado quando você o bate/ Nós vamos a noite inteira/ Ganhando cada vez mais”.

Que música fantástica. Certamente, meu Hard Rock preferido do ano até o momento.

“Love is a Heart Disease”

Aquela “pegada Kiss” volta a ser constatada em “Love Is A Heart Disease”, contudo dessa vez com uma sonoridade totalmente setentista. Essa faixa é a qual os vocais de Christer mais lembram os de Gene Simmons. Rein sola divinamente mais uma vez.

Afinal de contas, “O Amor É Uma Doença Cardíaca?”. Talvez, o amor ao Rock e ao Metal faz adoecer a alma, caso não seja correspondido. A linda balada Blues “Ready For The Quake” é uma jornada a década de 70, lembrando nomes consagrados como Alice Cooper e Aerosmith.

Quando soam os primeiros acordes de “Bad Decisions”, single lançado em formato de vídeo clipe, mais recentemente, a audição da uma reviravolta. Os vocais de Christer Ottesen se assemelham muito com os do saudoso vocalista Phil Lynott da banda irlandesa Thin Lizzy.

Não há possibilidade alguma de fugir da nostalgia nesse momento, pois é como se o próprio Lynott estivesse interpretando a canção. O solo de Ottesen inicia “Phantom Friend”, a qual também sustenta uma veia de Blues. Há também atmosferas Stoner e Doom na íntegra dessa faixa.

MAGICK TOUCH / Divulgação / Facebook – Lançamento: Magick Touch – “Heads Have Got To Rock’n’Roll”

“Waiting For The Parasites”

“Waiting For The Parasites” segue se alimentando das influências no Hard Rock norte-americano da década de setenta. Kiss, Aerosmith e Grand Funk Railroad podem ser notados, contudo numa sonoridade com a cara própria do Magick Touch.

“Daggers Dance” conduz de volta aos anos 80. O refrão dela é quase tão envolvente quanto o de “To The Limit”. “Doomsday, I’m Love”, como o próprio nome já sugere, é totalmente Doom Metal, assim sendo, é completamente diferente das demais faixas do álbum.

Ouvir essa música e dizer que não lembra Black Sabbath é mentir descaradamente e a surpresa foi justamente essa, pois durante todo o restante da duração da obra tal influência não havia ficado nítida.

Bela canção para encerrar um ótimo álbum.

Magick Touch – “Heads Have Got To Rock’n’Roll” – Divulgação / Facebook

Não seria justo apresentar o Magick Touch no Mundo Metal, sem falar um pouco mais detalhadamente sobre o seu mais recente lançamento. Hard Rock de primeira linha, que apesar de soar datado e não apresentar inovação alguma, produz exatamente o que é necessário para penetrar na mente e na alma.

“Heads Have Got To Rock’n’Roll” é aprovado e indicado a todos os adoradores desse subgênero.

Nota: 8,8

Integrantes:

  • Christer Ottesen (vocal e baixo)
  • Bård Nordvik (bateria e vocal)
  • HK Rein (guitarra e vocal)

Faixas:

  • 1. (This Isn’t) Your First Rodeo
  • 2. Watchman’s Requiem
  • 3. To The Limit
  • 4. Love Is A Heart Disease
  • 5. Ready For The Quake
  • 6. Bad Decisions
  • 7. Phantom Friend
  • 8. Waiting For The Parasites
  • 9. Daggers Dance
  • 10. Doomsday I’m In Love

Redigido por Cristiano “Big HeadRuiz

Lançamento: God Dethroned – “Illuminati” (2020)

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Gravadora: Metal Blade Records

O momento para lançar novos discos está propício e grandes nomes do Metal estão contribuindo, e muito, para que este mesmo perdure até a chegada do ano seguinte. Uma dessas bandas que não hesitaram em lançar é o God Dethroned. Quem é adepto da sonoridade dos holandeses sabe que se trata de uma banda com diversas idas e vindas, e que desde 2017 com o lançamento do ótimo “The World Ablaze”, os fãs mais ávidos vinham mantendo uma alta expectativa quanto ao próximo álbum. Três anos se passaram e, finalmente, temos a honra de apreciar mais uma obra destes seres endiabrados, sedentos pelo aclamado Blackened Death Metal pútrido e voraz. A Holanda é muito forte nesse quesito, apoiada por nomes como Sinister, Pestilence, Asphyx, além do próprio “Dethronão da massa”. Só não cito mais bandas para a resenha não ficar pesada a ponto de rasgar a tela.

“Illuminati” é o décimo primeiro álbum dos representantes dos Países Baixos, e que apesar das várias paradas, possuem dois dígitos de full-lengths. Coisa que muita banda boa e de longa data ainda não conseguiu. “Illuminati” foi lançado no dia 7 de fevereiro via Metal Blade, no qual foram produzidos três videoclipes para as faixas “Illuminati”, “Book Of Lies”, e “Spirit Of Beelzebub”, respectivamente. Depois de terminar a trilogia da Primeira Guerra Mundial, era hora de voltar ao lado sombrio com músicas sobre religião, maçonaria e ocultismo, segundo Henri Sattler. A excelente capa ficou a cargo do artista polonês Michal “Xaay” Loranc (Nile, Evocation). Agora bora conferir a quão qualificada e brilhante é esta nova joia infernal entregue pela horda de Beilen, Drenthe.

Logo de cara os holandeses jogam a bigorna do topo do vulcão abaixo, que nada mais é que a faixa título, ou seja, “Illuminati”. O início cadenciado com todo aquele ar característico e misterioso se propaga logo nos primeiros segundos da canção, me remetendo a bandas como Entombed, Obituary, e também Brujeria. Como sendo uma das três faixas que recebeu um videoclipe, podemos ver nas imagens uma congregação catequizando seus novos fiéis, já ligando isso ao título da música e nome do álbum. Acompanhando o vídeo, logo surgem as evidências sobre a pedofilia dentro da igreja. Retomando mais ao som, as melodias densas trazem algo de Hate para compor essa esfera do caos. Até que os primeiros versos são blasfemados vigorosamente e todo o conjunto mostra do que é capaz. A parte orquestral que contorna a canção a engrandece a ponto de torná-la um dos destaques do disco e do ano. O ritmo mais acelerado traz consigo pequenas frações de Deicide e Dismember, sem cair em contradição. Aqui estão presentes riffs cortantes e valiosos somados aos solos inspirados em Rhandy Roads e Marty Friedman, porém, mais densos. “Proibido pela igreja, controlamos sem dominação / Fidelidade para conspirar, controlar o destino do mundo”.

Na sequência temos as faixas “Broken Halo” e “Book Of Lies”. A primeira remete aos pecados no jardim do Éden e traz mais uma estonteante sequência de riffs e melodias macabras que variam entre o que bandas do porte de Hate, novamente citado, e Behemoth costumam fazer com maestria. “No jardim do prazer divino / Vermes caem da árvore da vida / O clero lascivo sucumbe à tentação / Demônios se alimentam das almas da corrupção”. A segunda recebeu um videoclipe e traz consigo uma similaridade com a faixa “City Of God” do álbum homônimo do Sodom de 2006. “Quem você achou que estava enganando / Um reino baseado em palavras vazias / Seu Santo Graal foi roubado / Seu pastor morto pelo lobo” – letra e video andando juntos contrários aos manuscritos da igreja e trazendo aquele velho clichê da Bíblia pegando fogo. Isso me faz lembrar que eu vi de perto duas Bíblias queimarem. Uma foi queimada pelo meu pai que era bem antiga de capa preta e páginas amarelas, e a outra aquela pequena que só contém o Novo Testamento mais reduzido que folha salarial de cargo comum, queimada por um amigo durante um evento de bandas cristãs.

A quarta execução de seres inadequados para este tipo de som atende pelo nome de “Spirit Of Beelzebub”, a qual também possui um videoclipe. “Oh Belzebu, senhor da fornicação / Você traz a escuridão, sua força é pura / Lança uma sombra sobre este mundo / Prevaleça no caos / Eles pensaram que você estava morto” – talvez a faixa mais demoníaca do disco com coros infernais e melodias insanas, somada ao vídeo que mostra a perseguição e sacrifício de Belzebu, lembrando e muito a série Supernatural (Sobrenatural aqui no Brasil), e seu retorno através de rituais satânicos. Novamente um clipe bacana para uma canção exuberantemente fenomenal. O quinto tiro de misericórdia na luz possui a nomenclatura de “Satan Spawn”. Esta “múzga” apresenta um Death Metal mais direto, descendo masmorra abaixo até o último calabouço no subsolo do outro mundo. Os solos são um massacre agudo aos ouvidos desavisados. “Na grelha do Hades / Ou no nono anel do inferno / Eu peguei sua coroa, eu sou Satanás / Deidade banida dos céus / Sem santidade, eu vou te caçar”.

Mais duas faixas, “Gabriel” e “Eye Of Horus”, para incendiar o seu aparelho de som. “Gabriel” possui uma passagem inicial que coloca um pouco de tempero agridoce sabor meio Sympho, meio Gothic, mas sem exagerar na dose e logo unindo ao melhor do Metal extremo que sabem executar como ninguém. “Lembre-se da primeira guerra, / o jeito que o céu queimava / Rostos de anjos destruídos / e criação do inferno / Eu fiquei com meus irmãos / E assisti Lúcifer cair” – mostrando o ar sarcástico e maquiavélico do anjo Gabriel. “Eyes Of Horus” já entrega pelo nome e parece uma canção dos gregos do Rotting Christ, tanto pela letra, quanto pelo ritmo, lembrando e muito inclusive o penúltimo álbum deles, o “Rituals” de 2016. “Eu sou o deus do sol Ra / Eu sou o deus da lua Thoth / Osíris, deus da vida após a morte / Afogado no rio Nilo / Oh pai, não consigo encontrar seu túmulo / Meu pai, você pode ter morrido em vão / Que os olhos de Horus saiam do deus / E brilhem fora de sua boca” – bem parecida com a faixa “In Nomine Dei Nostri” do disco citado.

Faltando poucos minutos para finalizar a partida no inferno, God Dethroned entrega aos seus adeptos uma faixa instrumental bem curta intitulada “Dominus Muscarum”, que serve de abertura para a última canção, devastadora de lares ortodoxos, batizada de “Blood Moon Eclipse”, faixa esta com andamentos bastante extremos, intercalados com momentos mais densos e muito bem trabalhados como todas as anteriores. O mais novo full-length dos holandeses é encerrado de forma coesa e com amplo brilhantismo, mostrando que a banda está sim e deverá permanecer por muito tempo no topo da cadeia sonora. “Em um baralho de cartas você é o coringa / Seu espírito está solto, sua mente está livre / Você é desejado entre todos os homens / Você é uma criatura da noite”.

Assim como foi citado no início do manuscrito, God Dethroned sempre sofreu com idas e vindas, mas mesmo com esses problemas se mantêm firme em sua proposta musical. Desde que retomaram a dianteira em meados de 2014, Sattler, Van Der Plicht e Pomper buscaram elevar o patamar da banda, conseguindo êxito em 2017, e consolidando esse retorno definitivo com a contribuição de Meester, que integra o time desde 2019, com todos estando mais do que de parabéns por esse feito. E se o caríssimo leitor aprecia o bom e destruidor Death Metal, este é um trabalho repleto de destruição sonora em massa para ser apreciado sem moderação o dia inteiro! God Dethroned reina sob a carcaça imunda dos “metalzinhos” chinfrins de plantão!

Nota: 9,2


  • Formação:
  • Henri Sattler (guitarra, vocal)
  • Michiel Van Der Plicht (bateria)
  • Jeroen Pomper (baixo, vocal)
  • Dave Meester (guitarra)
  • Faixas:
  • 1. Illuminati
  • 2. Broken Halo
  • 3. Book Of Lies
  • 4. Spirit Of Beelzebub
  • 5. Satan Spawn
  • 6. Gabriel
  • 7. Eye Of Horus
  • 8. Dominus Muscarum
  • 9. Blood Moon Eclipse
  • Redigido por: Stephan Giuliano

Lançamento: Annihilator – “Balistic, Sadistic” (2020)

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Gravadora: Silver Lining Music

“Sadistic, Balistic”, o décimo sétimo registro de estúdio do Annihilator, traz uma enorme novidade com relação aos seus antecessores: ele repete uma mesma formação. Em se tratando de Annihilator, isso é algo a se festejar, acredite.

A banda de Thrash Metal canadense surgiu em 1984 e debutou com o clássico “Alice In Hell”, em 1989. Na sequência, lançaram outro grande petardo, o também clássico “Never, Neverland”, em 1990. Depois desse início arrasador, o grupo, liderado com mãos de ferro pelo guitarrista Jeff Waters, apresentou uma série de trabalhos que oscilaram muito e dividiram opiniões. Ao bem da verdade é que mesmo com bons momentos aqui e acolá, os caras jamais voltaram a empolgar como em seus dois primeiros discos. A troca de integrantes se tornou algo corriqueiro e, em grande parte dos lançamentos, prejudicou muito a banda. Em 2015, o próprio Jeff Waters assumiu os vocais do Annihilator e gravou o mediano “Suicide Society”. Dois anos mais tarde, em 2017, após trocar praticamente a banda toda novamente, mais um álbum mediano e sem muito brilho foi apresentado, desta vez, “For The Demented”. A banda parecia estar realmente predestinada a passar o resto de sua existência lançando discos pouco inspirados, que alternavam bons momentos com outros totalmente esquecíveis e decepcionantes.

Em 2020, nosso querido Jefferson Águas (para os íntimos) anunciou mais um álbum de estúdio. Como os anteriores não foram lá grande coisa, a maioria dos headbangers e thrashers de plantão não deram muito bola para o famigerado “Sadistic, Balistic”. Mas não é que o cara parece ter acertado a mão e, após diversas audições, posso afirmar sem medo de errar que este é o melhor disco da banda em muito tempo. Finalmente repetindo uma mesma formação, Waters foi buscar inspiração lá em 1990, no ótimo “Never, Neverland”. Obviamente não podemos comparar um trabalho com o outro, porém, aquele Thrash técnico, descompromissado, riffeiro e cheio de melodias ousadas está de volta.

“Armed To The Teeth” abre a audição e é uma faixa tipicamente Annihilator, cheia de riffs cortantes, com um refrão grudento e ritmo empolgante, deixa uma ótima impressão. “The Attittude” possui uma introdução que engana, pois quando você pensa que a faixa descambará para algo mais arrastado, ela explode num Thrash veloz e cheio de viradas. “Psycho Ward” é, com certeza, uma das melhores do disco, com um andamento que chega lembrar a ótima “Stonewall”, presente no já mencionado “Never, Neverland”, a canção soa como uma espécie de volta às raízes ou até mesmo um revival dos bons momentos da banda. Na sequência, temos um Thrash um pouco mais moderno, porém daqueles rápidos e cheios de linhas de guitarra desconcertantes, algo já bem conhecido por todos aqueles que conhecem as habilidades de Jeff. A audição segue com “Out With The Garbage”, outra música rápida e cortante, mostrando que o novo trabalho chegou para trazer de volta o lado mais Thrash Metal da banda e deixar de lado aquelas experimentações meio nonsense que faziam as audições ficarem tediosas.

A metade final de “Sadistic, Balistic” continua com a temperatura alta, “Dressed Up For Evil” traz momentos que nos remetem diretamente ao debut “Alice In Hell” e empolga. “Riot” é dona de um riff matador e, apesar de soar um pouco mais moderna, não decepciona. “One Wrong Move” não diminui a velocidade e tão pouco a intensidade, enquanto “Lip Service” nos faz voltar novamente aquela sonoridade de “Never, Neverland” e também faz referência aquele lado mais despojado e despretensioso presente em “Set The World Afire”, de 1993. Waters até aqui mostra bastante empenho em fazer aflorar todas as principais características presentes em seus melhores álbuns e, para finalizar, temos “The End Of The Lie”, outra composição absolutamente veloz e que flerta com a musicalidade de “Alice In Hell”.

Sinceramente, este é um lançamento que eu não esperava muita coisa, mas que me surpreendeu em todos os quesitos. Ninguém duvida da capacidade técnica e criativa de Jeff Waters, o cara é um baita guitarrista, o problema é que durante muito tempo ele deixou que um lado, exacerbadamente, experimental aparecesse com muito destaque nos discos do Annihilator. As mudanças de formação, querendo ou não, também sempre atrapalharam demais e, neste álbum em específico, ficou claro o intuito de trazer de volta a musicalidade dos períodos realmente relevantes do passado da banda. O resultado não poderia ser outro: excelente registro!

Nota: 8,9


  • Integrantes:
  • Jeff Waters (vocal e guitarra)
  • Rich Hinks (baixo)
  • Aaron Homma (guitarra)
  • Fabio Alessandrini (bateria)
  • Faixas:
  • 1. Armed To The Teeth
  • 2. The Attitude
  • 3. Psycho Ward
  • 4. I Am Warfare
  • 5. Out With The Garbage
  • 6. Dressed Up For Evil
  • 7. Riot
  • 8. One Wrong Move
  • 9. Lip Service
  • 10. The End Of The Lie
  • Redigido por Fabio Reis

Lançamento: Ozzy Osbourne – “Ordinary Man” (2020)

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Gravadora: Sony Music

Sempre que ícones da grandeza, importância e relevância de um Ozzy Osbourne resolvem apresentar novos trabalhos, o público headbanger acaba se dividindo em grupos seletos. Automaticamente, o disco em questão se torna o assunto do momento e em meio a muita polêmica, há os que amam incondicionalmente o material independente da qualidade sonora, há também os que odeiam sem nem sequer ter ouvido (ou ouvido bem pouco, somente o suficiente para poder criticar) e, em menor escala, há ainda aqueles que ficam totalmente indiferentes. Como um cara que escreve resenhas e análises há anos, aprendi a não integrar nenhum desses grupos e focar somente na qualidade do material. As vezes é difícil, principalmente quando se trata de uma banda de cabeceira, mas acredito que o correto é ouvir o disco sem ficar tentando traçar comparações com o passado glorioso e, tão pouco, torcer o nariz por motivos fúteis e extra-música.

Na opinião sincera deste que vos escreve, a carreira solo do Madman nunca foi um primor ou algo absolutamente inquestionável, porém, é inegável que discos como “Blizzard Of Oz”, “Diary Of A Madman”, “Bark At The Moon”, “No More Tears” e alguns outros, além de haverem sobrevivido ao teste do tempo e alcançado a alcunha de clássicos, trazem em suas tracklists legítimos hinos do Heavy Metal. Ozzy é o tipo de artista que o tamanho de sua obra fala por si, é aquele músico que não precisaria lançar mais nada e, mesmo assim, sempre seria lembrado, ovacionado e aclamado por tudo o que já fez. Dito isto, é preciso revelar que depois de “Ozzmosis”, lançado em 1995, nenhum outro trabalho concebido até aqui me conquistou, talvez “Scream”, de 2010, foi o que chegou mais perto disso, mas após 10 anos de seu lançamento, conto nos dedos as vezes em que senti vontade de ouvi-lo novamente.

Quando “Ordinary Man” foi anunciado, confesso que minha ansiedade e expectativa chegaram perto de zero. Eu simplesmente não acreditava que Ozzy poderia gravar algo realmente relevante de novo e, talvez por isso, pela hype quase inexistente, acabei me surpreendendo positivamente com os singles “Under The Graveyard”, “Straight To Hell” e “Ordinary Man”. Obviamente, assim que o álbum se tornou disponível eu mergulhei em diversas audições minuciosas e procurei não me contaminar, nem com os amantes incondicionais, muito menos com os haters.

Minhas impressões finais a respeito de “Ordinary Man” apontam para um álbum mediano e, ao contrário do que muitos possam supor, isto não se dá não por conta da performance de Ozzy ou pela qualidade das composições, mas pela produção extremamente equivocada e pelos timbres de guitarra bizonhos utilizados em algumas faixas. É de conhecimento geral que a pedidos da filha Kelly, Ozzy aceitou gravar a faixa “Take What You Want”, lançada ainda em 2019, com participação dos rappers Post Malone e Travis Scott. O produtor da famigerada canção foi Andrew Watt, o cara encarregado pela produção dos discos de Post Malone. O que me intriga de verdade não é Ozzy haver aceitado gravar a tal música, mas usar este mesmo produtor, um cara totalmente fora do Rock e Metal para trabalhar no seu álbum e, ainda por cima, dar-lhe o posto de guitarrista. Ao escutar o disco com atenção, fica evidente que Andrew não sabia o que estava fazendo e que suas percepções a respeito do Heavy Metal são limitadíssimas. O resultado dessa brincadeira é que Ozzy possuía um bom material em mãos, talvez o melhor desde a dobradinha “No More Tears” e “Ozzmosis”, mas muitas dessas composições foram desfiguradas impiedosamente pela inabilidade de Andrew. Não sei se ele é pior produzindo ou criando riffs e solos.

O disco inicia muito bem com a energética “Straight To Hell”, que consegue empolgar com sua pegada mais Heavy. A faixa ainda conta com a participação do guitarrista Slash (Guns N’ Roses), que se destaca, apresentando um ótimo solo e acrescentando uma boa dose de peso nas bases. A partir da segunda canção, a igualmente boa “All My Life”, é que começamos a sentir a falta de Zakk Wilde, já que Andrew Watt é dono de uma das mais fracas performances de um guitarrista em um trabalho do Madman. Certamente, Rhandy Roads está se contorcendo em seu túmulo. “Goodbye” inicia com uma levada agradável a la “Ozzmosis”, mas á partir da sua metade quando tenta acelerar e injetar uma dose de peso, os timbres horrorosos usados por Andrew somados a solos sem a menor inspiração, quase colocam tudo a perder e, por muito pouco, uma boa canção não é totalmente arruinada. “Ordinary Man”, a faixa que dá nome ao registro, tem a participação de Sir Elton John tocando piano e fazendo um dueto bastante interessante com Ozzy. Ao contrário do que andei lendo por aí, esta é uma balada inspirada e com excelente melodia. A próxima é a já mencionada “Under The Graveyard”, outra balada de muito bom gosto e dona de um refrão altamente cativante.

Os maiores problemas do disco estão, sem a menor dúvida, em sua segunda metade. “Eat Me” tem um ritmo festeiro associado ao Hard Rock e, apesar de não ser ótima, dentro do contexto geral, até que não compromete. “Today Is The End” é mais uma balada, e sim, aqui o excesso delas já começa a pesar. Mesmo soando legalzinha, nesta altura da audição faz a temperatura cair um bocado e poderia facilmente ter ficado de fora do tracklist, o mesmo se aplica a “Scary Little Green Men” (com participação do guitarrista Tom Morello). Esta faixa até começa bem, mas de repente ela ganha contornos estranhos e quando a bateria começa a fazer as marcações, você jura que algum rap maluco vai começar a tocar de repente. Para o nosso alívio, não é o que acontece, porém, a canção não engrena de jeito nenhum. “Holy For Tonight” é outra balada (sim, outra!) e, assim como nas três composições anteriores, também não convence. O disco poderia terminar por aqui e garantir uma nota 7 (com um pouco de boa vontade de minha parte, é claro), mas é neste momento que nos damos conta da existência de mais duas músicas (horrorosas, por sinal), ambas com participação do rapper Post Malone e, aí meus amigos, aí fica triste conseguir terminar a audição.

Não vou nem me atrever a analisar nenhuma das duas (“It’s A Raid” e “Take What You Want”), mas é certo que ter mantido ambas na lista oficial de canções do álbum foi um tremendo tiro no pé. A audição que havia começado bem, mas já vinha perdendo a intensidade a partir de sua metade, ganha contornos de pesadelo no final. Finalizar com essas duas músicas tenebrosas faz o ouvinte acabar de ouvir “Ordinary Man” e ficar com a impressão de que o trabalho é um tremendo esculacho. É claro, quando ouvimos por diversas vezes esta impressão acaba sendo desfeita, afinal, a qualidade das cinco primeiras composições e o fato de algumas outras não serem de todo ruins, nos faz reconsiderar a galhofice do Madman ao flertar com o hip hop.

Em suma, “Ordinary Man” nem de longe é a maravilha que os fãs xiitas pintaram, porém, também nem chega perto de ser a porcaria alardeada pelos haters de plantão. É óbvio que as afirmações de Ozzy, que antes do lançamento disse ter finalmente gravado um novo clássico, estão absolutamente incorretas. É mais óbvio ainda que essas misturebas nonsense não combinam com o Heavy Metal e, muito menos, acrescentam nada a musicalidade que já conhecemos. Recomendo apenas para fãs de mente aberta e que tenham paciência de não se deixar levar pelas primeiras audições.

Nota: 6

  • Integrantes:
  • Ozzy Osbourne (vocais)
  • Andrew Watt (guitarra)
  • Duff McKagan (baixo)
  • Chad Smith (bateria)
  • Participações especiais:
  • Slash (guitarra faixas 1 e 4)
  • Tom Morello (guitarra faixa 8)
  • Charlie Puth (teclado faixa 1)
  • Elton John (piano e vocal faixa 4)
  • Post Malone (vocal faixa 10 e 11)
  • Travis Scott (vocal faixa 11)
  • Faixas:
  • 1. Straight To Hell
  • 2. All My Life
  • 3. Goodbye
  • 4. Ordinary Man
  • 5. Under The Graveyard
  • 6. Eat Me
  • 7. Today Is The End
  • 8. Scary Little Green Men
  • 9. Holy For Tonight
  • 10. It’s A Raid
  • 11. Take What Your Want

Redigido por Fabio Reis

Resenha: Deep Purple – “Whoosh!”

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“Whoosh!” é o vigésimo e primeiro álbum da lendária banda de Hard Rock britânica Deep Purple, sucessor de “Infinite” de 2017, além disso, o terceiro a contar com o produtor Bob Ezrin.

Deep Purple foi a minha porta de entrada para o Rock/Metal quando eu tinha apenas 15 anos, porém eu jamais imaginava que eu estaria comentando seu novo lançamento trinta e dois anos depois. Sendo assim, para mim é uma honra estar escrevendo essa resenha, ainda que o Deep Purple não esteja passando por décadas brilhantes quanto foram suas primeiras.

Primeiras análises de “Whoosh!”

Antes que eu comece a falar sbre as faixas do novo disco, tenho que destacar alguns importantes pontos desse trabalho. Para começar, “Whoosh!” foi o disco no qual Don Airey fez a sua melhor participação desde que substituiu o saudoso maestro Jon Lord.

Em segundo, dos álbuns da era Steve Morse, ele é o terceiro que realmente me agrada, já que o debut do guitarrista na banda, “Purpendicular”, é sensacional; “Abandon” é fraco; “Bananas” é o mais fraco da banda em minha opinião; “Rapture Of The Deep” é bom; enquanto “Now What?” e “Infinite” são medianos.

“Whoosh!” buscou resgatar, mesmo que de forma sutil, sonoridades que a banda, comumente, utilizava nos anos 70.

Deep Purple / Divulgação / Facebook / “Whoosh!”

“Throw My Bones”, uma abertura magnífica

O álbum abre com a fantástica “Throw My Bones”, a qual foi single, assim como tema de videoclipe. Surpreendentemente, sem nenhum medo de estar exegerando, incluo essa canção entre minhas favoritas do Deep Purple.

O riff dela remete ao melhor da década de 70, ao passo que Ian Gillan, embora esteja longe de ter o vocal potente que tinha nos primórdios da banda, canta divinamente. Fora isso, “Throw My Bones” tem um refrão muito envolvente e um solo de guitarra que faz jus ao brilhantismo do Sr. Steve Morse.

Outras faixas que buscam o passado

Continuando a análise, “Drop The Weapon” me faz lembrar “Mary Long” do “Who Do We Think We Are”, pois tem algo da pegada característica daquele disco. Em seguida, “We’re All The Same In The Dark”, por sua vez, tem riff e ritmo contagiantes. Nela, Ian Paice se destaca pela sua competência, contudo é claro que isso não é surpresa alguma. Ela não é tão boa quanto à faixa de abertura, mas está no time das melhores do disco.

Logo depois, “Nothing At All” parece uma “brincadeira musical” entre Morse e Airey, intercalando, dessa forma, arranjos que mesclam progressivo e Fuzzion a sonoridade Rock’N’Roll da música. O solo de Morse é mais Blues/Rock, já o de Don Airey, segue a mesma linha dos arranjos desde que a canção inicia até seus segundos finais.

“No Need To Shout” tem a ver com a sonoridade que o Deep Purple vem mantendo em seus últimos lançamentos, porém com uma pegada bastante interessante.

Deep Purple também soa sombrio

Os teclados de Airey dominam as ações em “Step By Step”, que é sombria, mas também é envolvente. Esse elemento mais assustador passou a ser adotado pelo Deep Purple em alguns momentos entre seus lançamentos mais atuais, pois isso funciona muito bem. Melhor exemplo do que mencionei é a canção “Vincent Price” do álbum “Now What?”, aliás, a melhor música daquele disco.

A próxima canção, “What The What”, é um puro e legítimo Rock’N’Roll, destacando o arranjo de piano de Don Airey. Quanto a faixa “The Long Way Around”, ela tem, novamente, uma pegada setenteira, só que ainda mais Hard Rock. Don Airey é, da mesma forma, destaque nessa composição, reforçando o que eu disse sobre ele no segundo parágrafo da resenha.

Parte final

“The Power Of The Moon” mescla a veia Hard Rock/Progressiva com a atmosfera sombria, se destacando pelos lindos solos de Morse e de Airey, este último, se parecendo muito com o saudoso Jon Lord.

“Remission Possible” é um pequeno e bonito tema instrumental, o qual serve de passagem para o segundo single do álbum que vem logo após, “Man Alive”. Essa canção mistura elementos psicodélicos com o peso do Hard Rock. A temática de “Whoosh!” se revela principalmente através de um momento narrado e outro cantado por Gillan. Essa faixa é uma verdadeira viagem pra refletir sobre o que vivemos atualmente.

“Depois de alguns milhares de anos/ Menos do que a menor ingestão de ar imaginável/ Os mais sábios da evolução da humanidade/ Tornaram-se extintos/ Mãe natureza adora vácuo/ E assim, a terra foi limpa/ Como nunca havia sido/… Todas as criaturas grandes e pequenas/ Pastoreiam em solo vermelho-sangue/ E a grama que cresce nas ruas da cidade/ Tem sido uma cidade tranquila/ Até que souberam/ Que aquilo que apareceu na praia/ É um homem vivo”.

A próxima é mais um tema instrumental, “And The Adress”. A fim de abrilhantar o disco, uma regração da primeira faixa do debut da banda. Ou seja, uma homenagem aos primórdios A banda busca, inegavelmente, pelas raízes de sua sonoridade, abrindo mão das modernidades que foram produzidas nos tempos atuais. Ela pode, sim, ainda que poucos concordem, fazer parte do mesmo time que “Wring That Neck” e “’A’ 200”.

Encerramento

O álbum encerra com “Dancing In My Sleep”, que embora seja uma canção com bons ingredientes, acredito que foi desnecessária em um contexto que já estava muito bom. Ainda assim, nada que comprometa o disco como um todo, pois como eu disse, não é ruim.

Terá sido o derradeiro álbum do Deep Purple?

Talvez provavelmente, eu acabei de resenhar o derradeiro disco do Deep Purple. Pois, com os anos que eles têm de estrada e a idade avançada dos membros, qualquer registro de agora em diante pode ser o último da banda.

Estou comprando “Whoosh!” por gosto e não por coleção, como fiz com alguns álbuns passados do Deep Purple. Para se ter uma ideia, “Rapture Of The Deep” de 2005 foi o último álbum que eu havia comprado por gosto e não por simples item de colecionador.

Aprovado e indicado, portanto, para fãs do bom e velho Rock’N’Roll, principalmente, Deep Purple.

Nota 8,5

Integrantes:

  • Ian Gillan (vocal)
  • Don Airey (teclado)
  • Roger Glover (baixo)
  • Ian Paice (bateria)
  • Steve Morse (guitarra)

Faixas:

  • 1. Throw My Bones
  • 2. Drop The Weapon
  • 3. We’re All The Same In The Dark
  • 4. Nothing At All
  • 5. No Need To Shout
  • 6. Step By Step
  • 7. What The What
  • 8. The Long Way Around
  • 9. The Power Of The Moon
  • 10. Remission Possible
  • 11. Man Alive
  • 12. And The Adress
  • 13. Dancing In My Sleep

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

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