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Resenha: Behemoth – “Opvs Contra Natvram” (2022)

“Opvs Contra Natvram” é o disco completo de número doze da carreira do Behemoth.



Quatro anos após “I Love You At Your Darkest”, a veterana banda polonesa de Blackened/Death Metal, Behemoth, lança o seu décimo segundo full lenght, “Opvs Contra Natvram”, pelo selo Nuclear Blast.

O vocalista, guitarrista e letrista Adam Michał Darski, mais conhecido como Nergal, acumula durante esses anos uma legião de fãs, assim como uma legião de haters. Ou seja, ele tem aquele tipo de personalidade artística 8 ou 80, ou seja, ou você ama ou odeia. Porém, o que ninguém deveria negar é a sua relevância. Pois, na Polônia, um país predominantemente católico, tocar Metal extremo e fazer parte do mainstream é algo respeitável e para poucos. Nergal, Orion e Inferno são totalmente merecedores de suas conquistas.

BEHEMOTH / Divulgação / Facebook

Vamos então ao “Opvs Contra Natvram”?

A faixa de introdução “Post-God Nirvana” é mais narrada e dá uma ideia do que encontraremos adiante.



“Ó libertino! Tua vontade seja feita / Derramar a escravidão da escravidão vulvica / Moer as paredes / Que velam o sol / Conquistem hoje, meus irmãos, sem medo / Hoc signo fertote lvx / E assim o sol nasceu no oeste / Apenas para a luz ofuscante se cansar no leste / Com paixões subjugando todo discurso em admiração / Adoramos o diabo, saudamos a besta!”

Em seguida, a acelerada e destruidora “Malaria Vvlgata” revela a verdadeira mensagem de boas-vindas do álbum, esmagando mentes vazias e vidas sem sentido. Inferno é o mesmo triturador de peles de bateria que tive a felicidade de presenciar ao vivo em 2015. Nergal exibe a mesma ferocidade de seu vocal, seus riffs e solos avassaladores, enquanto Orion consegue explorar frases melódicas, as encaixando em momentos pouco imagináveis.

Já “The Deathless Sun” intercala mudanças rítmicas que fazem aumentar ainda mais o deleite da audição. Diferente de sua antecessora, essa canção tem teclados e back vocals mais evidentes, agregando diferentes fórmulas ao contexto da obra. Cito, novamente, a indiscutível capacidade técnica dos três instrumentistas, pois isso é explicitamente perceptível. “Ov My Herculean Exile” é ainda mais cadenciada, ao passo que possui uma pitada extra de Black Metal, o que torna todas as faixas distintas até aqui. “Neo-Spartacvs” também faz parte dessa onda Black, mas, sem repetir a fórmula da música anterior. Inferno e Nergal crescem suas performances a cada segundo.



Em “Disinheritance”, a qual resgata discretamente o Blackened/Death, é a vez de Orion mostrar ainda mais o seu valor na introdução, sendo a cereja desse bolo bestial. Na parte final, essa música ainda conta com um trabalho formidável de Inferno e Orion. “Off To War” introduz daquela forma sombria, cheia de suspense, sendo uma abertura ideal para set list.

“Devo agir sozinho? Se sim, vou separar a carne do osso / Devo agir sozinho? Se assim for, serei o arauto do enxame do acerto de contas / Anfitrião dos condenados / Destronar deus malévolo / Ouça os canhões rugirem / Estamos indo para a guerra / Descoroa ele com as rédeas adornadas / Escurecer o ícone / Nós por quem nenhum deus deve chorar / Fora para a guerra / Eu sou um deus, Satanás ou um hemisfério de obsidiana? / Sou o soberano predestinado ou o inverso da santidade? /Considere a grande solidão do homem verdadeiramente libertado / Preparado para arrasar a frágil humanidade mais uma vez.”

Uma das minhas favoritas desse atual registro.



OFF TO WAR!

“Once Upon A Pale Horse” conta com interessantes riffs executados com guitarras mais limpas ou muito menos distorcidas. Por alguns instantes, tenho a impressão de estar diante do saudoso Neil Peart tocando música extrema pelo show de repiques, absurdamente, lindos de Inferno.

BEHEMOTH / Reprodução / Facebook

O Blackened/Death Metal retorna imponente em “Thy Becoming Eternal”. A bateria parece tocar outra música distinta, porém, como mágica, tudo se encaixa com precisão e “divina” beleza, se é que esse adjetivo pode caber em uma análise de um disco do Behemoth.

O encerramento fica por conta da canção “Versvs Christvs”, a qual eu defino como uma mescla equilibrada entre Doom e Black Metal. Aos cinco minutos de duração, o ritmo acelera por um minuto, aproximadamente, mas ela encerra com a mesma pegada inicial.

BEHEMOTH / Divulgação / Facebook

Se “Opvs Contra Natvram” vai cair na graça dos admiradores de Behemoth, é difícil precisar, porém, embora ele contenha absolutamente nada diferente do que já fora apresentado pela banda em suas três décadas de carreira, o mesmo entrega o nível de composições que estamos acostumados a receber do trio polonês. Eu, particularmente, gostei bastante do disco e decepção é uma palavra que soaria como heresia em qualquer análise do full lenght de número doze de Nergal e Cia. Ltda.



Nota 8,9

Integrantes:

  • Nergal (vocal, guitarra)
  • Orion (baixo, vocal, teclado)
  • Inferno (bateria)

Faixas:

  • 1.Post-God Nirvana
  • 2.Malaria Vvlgata
  • 3.The Deathless Sun
  • 4.Ov My Herculean Exile
  • 5.Neo-Spartacvs
  • 6.Disinheritance
  • 7.Off To War
  • 8.Once Upon A Pale Horse
  • 9.Thy Becoming Eternal
  • 10.Versvs Christvs

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

Confira a resenha do álbum “I Love You At Your Darkest” (2018):



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