Wolf Hoffmann, enquanto cedia entrevista ao portal espanhol Metal Journal, quando perguntado sobre a recente passagem de Peter Baltes como baixista de U.D.O, ele disse assim:
“Prefiro não comentar sobre isso. Não quero entrar nisso. Ele é meu irmão – amo ele até a morte – e tenho certeza de que ele tem suas razões para o que faz”.
Pressionaram Hoffmann sobre a insistência de Udo em continuar tocando músicas do ACCEPT, mesmo depois de anunciar há sete anos que faria uma turnê especial durante a qual as tocaria pela última vez sob o nome DIRKSCHNEIDER antes de fechar essa fase para sempre. Wolf riu e disse:
“Acho isso engraçado. Mas, em geral, eu não comento sobre o que ele faz e peço compreensão. Não quero entrar nisso”.
Em janeiro deste ano, Udo explicou por que as músicas do ACCEPT ainda estão sendo incluídas na setlist da U.D.O., dizendo:
“Eu estava fazendo DIRKSCHNEIDER há quase três anos e tocando apenas músicas do ACCEPT – acho que quase trezentos shows ou sei lá o quê. E isso também não estava planejado. Era para fazer talvez 10, 15 shows especiais, mas então explodiu. E depois desses três anos, eu realmente queria dizer ‘Vamos lá. Eu não quero tocar ACCEPT mais’. Quer dizer, eu já tenho, nesse momento, 16 álbuns com U.D.O., e eu disse ‘Vamos lá. Nós temos o suficiente de nosso próprio show’. Mas então fizemos esse show na Bulgária, e, é claro, o promoter disse ‘É uma noite especial. Talvez você possa tocar algumas músicas do ACCEPT’. E eu disse ‘Ok. Vamos lá. É o único show desse ano. Nós incluímos algumas músicas do ACCEPT na setlist’. E em 2021 tivemos dois shows – no festival Alcatraz, na Bélgica, e em um festival na República Tcheca, mas isso já estava normalmente planejado também para 2020 para o show comemorativo do aniversário de ‘Metal Heart’. E então disseram ‘Ok, queremos fazer esses shows agora’. E então disseram ‘Ok, mas você tem que fazer isso sob o nome DIRKSCHNEIDER’. E então, vamos dizer no final, para nós, não importa qual é o nome – DIRKSCHNEIDER, U.D.O. ou sei lá o quê. E no final, também não importa qual tipo de músicas estamos tocando, exceto as da U.D.O.; para nós, o mais importante era subir ao palco e tocar para as pessoas. E é claro que o público apreciou. Quer dizer, ainda querem ouvir essas músicas. Ok, eu não preciso fazer a noite toda só com músicas do ACCEPT”.
Dirkschneider continuou dizendo que pedidos para que ele continuasse tocando músicas do ACCEPT também vieram de promoters nos Estados Unidos.
“O promoter veio e disse ‘Sim, uma turnê, blá blá blá’. E então disseram ‘Sim, mas ouvimos que o Udo não quer tocar músicas do ACCEPT’, e então a minha gestão disse ‘Sim’. [E o promoter disse] ‘Sim, mas ele não pode fazer a América sem ‘Balls To The Wall’. Não é possível’. Eles realmente estavam pedindo, isso tem que estar no setlist. Então eu disse ‘Ok. Vamos lá’. Eu sei que ‘Balls To The Wall’ é enorme na América – uma música enorme. Então eu disse ‘Sim. Vamos lá. Não importa’. E agora, todas as pessoas vêm e dizem ‘Sim, quando vocês saírem em turnê, talvez possam colocar três ou quatro músicas do ACCEPT’. Claro, sempre pedem por ‘Balls To The Wall’, ‘Metal Heart’, ‘Fast As A Shark’ e, vamos dizer, ‘Restless And Wild’ ou coisas assim. Então vamos ver. Talvez na próxima turnê coloquemos no final como um bis”.
“No final, é sobre dar às pessoas o que elas querem. Alguém também disse ‘Você consegue imaginar DEEP PURPLE sem tocar ‘Smoke On The Water’?’ Eu disse ‘Não realmente’. Então ele disse ‘Ok. Você está na mesma situação. Eles querem ouvir algumas músicas do ACCEPT'”.