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Sepultura: segundo Iggor Cavalera, a banda não era satanista, mas contra a igreja, “eles são a coisa mais maligna”

O começo da carreira do Sepultura foi muito bem documentado aqui no Brasil. E muitos se questionam sobre a mudança de paradigma que a banda apresentou, principalmente, à partir do álbum “Schizophrenia”. Neste trabalho, a temática deixou de ser satânica para se tornar algo mais pé no chão, direcionado ao pensamento crítico e aos estados da mente.



A grande verdade é que o grupo foi ficando mais técnico com o passar do tempo. Os músicos foram aprendendo a dominar seus instrumentos, a qualidade das gravações também foi melhorando e, dessa forma, os integrantes foram ganhando maturidade. O que era muito legal quando se tem 15 anos, deixa de ser tão legal quando você faz 20 anos, é um processo natural.

Em uma nova entrevista concedida ao podcast White Centipede Noise, o ex-baterista e membro fundador do Sepultura, Iggor Cavalera falou sobre este início do quarteto. Questionado sobre porque as primeiras bandas brasileiras abraçaram a temática e a simbologia satânica nos primórdios, ele disse o seguinte:

“Para nós, a primeira onda de Black Metal que tivemos no Brasil não era realmente sobre adorar Satanás, mas sim sobre atacar a igreja, o que é uma grande diferença. Para nós, era muito mais político. Porque a igreja está controlando tudo na América do Sul, e eles estão envolvidos na política, e como todos sabemos, eles são a coisa mais maligna. Eles entraram e realmente estupraram a terra com a colonização e tudo mais. Então, para nós, ir contra a igreja foi um ato de rebelião.



E para nós também fazia mais sentido atacar isso do que apenas atacar o governo em geral, porque eles são a mesma coisa na nossa visão. Então, quando você teve o Sex Pistols indo contra a rainha, para nós, nossa forma de agressão foi algo como olhar aquilo e pensar, ‘Não, nós vamos destruir a igreja’. Porque eles estão todos conectados. Então eu acho que é aí que meio que fica confuso, já que nunca fomos adoradores de Satanás; essa não era a nossa praia. Claro, eu estudo muito sobre o lado negro das coisas, leio muitos livros, mas nunca fui…

Porque eu acredito que eles são todos criação da mesma coisa — o mal e o bem, e Satanás, na minha opinião, também é uma criação da igreja. Então, para nós, adorar isso, era quase como, ‘Ah, como é que vocês não aceitam Jesus, mas aceitam aquele, que é meio que o oposto dele — eles são o yin-yang.’

Então foi daí que surgiu o movimento. Era sobre essa agressividade. E então, claro, musicalmente, era uma forma extrema de mostrar como queríamos nos rebelar. E então, claro, o Metal, por ser um dos estilos cujas ideias nos agradavam, mas não gostávamos de como o Metal era feito na Europa ou na América, porque era muito polido. E eles falavam sobre dragões e destruição de castelos. E nós pensávamos: ‘Essa não é a nossa realidade’. Então, acho que foi aí que começou.”



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