Polêmica: banda norueguesa tem shows cancelados por supostas ligações com grupos extremistas

A banda de Black Metal Taake acaba de ter uma turnê pela Austrália cancelada e o motivo são supostas ligações com algumas ideologias nefastas e outras controversas. Há muitos anos, a banda é acusada de possuir letras anti-muçulmanas e possuir simpatia com o nazismo.

Como parte da turnê “Southern Funeral” ao lado da banda Akhlys, o Taake se apresentaria em quatro locais na Austrália no início do mês de fevereiro, porém, o promotor do festival Southern Extremeties publicou uma nota onde justificou o cancelamento do show usando o seguinte termo: “a apresentação foi cancelada por motivos fora de nosso controle”.

Antes do festival anunciar o cancelamento, outros dois bares já haviam anunciado que não receberiam o Taake. Um deles, o Manning Bar da Universidade de Sydney, supostamente, tomou essa decisão por conta da pressão feita pelos alunos.

Por mais que este tipo de incidente não seja algo corriqueiro, o Taake já sofreu com atos parecidos no passado. Há cinco anos atrás, foi realizada uma campanha online para evitar que a banda tocasse pelos Estados Unidos e os motivos eram semelhantes aos atuais, incluindo um episódio onde o vocalista Hoest apareceu no palco em 2007 exibindo uma suástica pintada no peito.

Na época, a banda assumiu a veracidade da imagem porém negou qualquer ligação com o nazismo dizendo que se tratou de um lapso único de julgamento. Segundo Hoest, suas letras não refletem sentimentos racistas de qualquer tipo e chamou as acusões de “simplesmente ridículas”. O empresário da banda afirmou que “eles não gostam desse tipo de coisa” e ainda assegurou que a suástica foi “apenas uma provocação”. Ainda argumentando em favor do Taake, o empresário lembrou que o grupo fez shows em Israel e isto seria completamente ridículo se fossem realmente uma banda nazista.

Apesar de Hoest negar veementemente que tenha qualquer tipo de afinidade com movimentos ligados ao nacionalismo branco, ele se apresentou em 2013 usando uma camisa que continha um símbolo anti-islâmico, além de um colar de cruz de ferro.

Apenas mais uma provocação, Hoest?

Nossa opinião com relação ao Heavy Metal em geral se baseia totalmente na exclusão de regras e dogmas. O estilo é 100% livre de amarras, PORÉM, devemos lembrar que o uso do bom senso sempre deve ser considerado. No caso de racismo contra povos, etinias e nacionalidades, pensamos que tais atos não devem ser aceitos em uma sociedade minimamente racional e quem promove e dissemina estas ideias deve ser punido com o máximo rigor da lei.

Sobre o Taake, em específico, pensamos que são muitos casos registrados e a negativa acaba soando apenas como desculpas esfarrapadas e nada mais. Apesar de não acreditarmos nas alegações dos músicos e empresários sobre inocência, caso a banda pretenda realmente apenas “provocar” ou “chocar” seu público, está na hora de repensar tal estratégia. Não está funcionando!