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Live Review: Tosco, Faces Of Death & Trendkill Inc. – “Thrash disConcert”

As primeira edição do Thrash disConcert aconteceu em São Paulo, capital, no dia 22 de julho.



Em primeiro lugar, é necessário explicar sobre o que se trata essa nomenclatura bacaninha, que por sinal, foi um “trocadalho do carilho”, diria o comediante de plantão.

Thrash disConcert foi um evento organizado por três bandas com a parceria e divulgação de quem entende muito bem do assunto, além do formidável local com o propósito de oferecer a melhor sonoridade possível para um evento de pequeno porte.

Mas, e quanto às bandas? O que tem a dizer sobre elas? Assim, para saber com maiores detalhes, peço que deposite seu traseiro em seu assento.



Thrash disConcert/Red Star Studio/Metal Na Lata/JZ Press

Sobre o show

Decerto, quem acompanhou as divulgações nos fóruns, grupos de Heavy Metal, dentre outras plataformas digitais, sabe bem do que se trata. Mas, para quem passou batido, já adianto que perdeu uma grande oportunidade de tornar o seu fim de semana mais agradável. Vamos aos fatos!

Conforme fora dito acima, o Thrash disConcert reuniu três bandas do underground nacional com o intuito de ampliar o modo de divulgação das mesmas. Assim, o fã de música pesada teria a oportunidade de conhecer outras bandas e, ao ser um dos vinte primeiros a chegar até o local, ganharia CDs das três bandas.

Antes de mais nada, é bom mencionar quem esteve a par de todo o assunto, já que se trata de um grande apoiador, incentivador, divulgador e representante da boa “múzga”, assim sendo nosso grande parceiro também. O evento só pode acontecer graças a JZ Press e ao Metal Na Lata, o que simplesmente por isso, já garante um ótimo festival.

Aliás, o fest aconteceu no aconchegante e muito bem localizado, Red Star Studios – Unidade Pinheiros II, Pinheiros, São Paulo, capital.



Breve descrição do poderoso trio

Representando a capital de São Paulo, o Trendkill Inc. pratica um Heavy/Thrash com linhagens próximas ao Metallica, Anthrax, Judas Priest, entre outras.

Tremulando a bandeira do interior de São Paulo, (mais precisamente entre Pindamonhangaba e Taubaté) temos o Faces Of Death, banda mais antiga, mas que somente quem respira o ar carregado de fumaça de cigarro e madeira marcada com cerveja velha, é quem conhece. São os encarregados de trazer aquela boa e infalível mistura entre Slayer e Sepultura (dos tempos áureos), somados a pitadas de breakdowns, beirando o som mais extremo.

Em terceiro lugar, somente na ordem da divulgação, o Tosco carrega o sangue do litoral de São Paulo, mais precisamente em Santos. Os caras mandam uma sonoridade raivosa de Thrashcore com nuances Crossover de Suicidal Tendencies e S.O.D. E até mesmo Hardcore, além de cantarem em português.

Conhece a Rua Teodoro Sampaio? Então, estaremos juntos relembrando esse rolê de responsa total!



Adentrando ao Red Star Studio!

Através do flyer existia a ideia de quem tocaria primeiro. De fato, estávamos certos! Afinal, quem abriu a caixa de ferramentas nessa noite foram os paulistanos do Trendkill Inc.

Alexandre Fontana e seus asseclas estavam afiando suas armas, enquanto nos bastidores da fama, estávamos eu, o dono do nanquim virtual, e outros amigos do grande esporte sonoro, dos quais serão honrosamente destacados em versos posteriores.

O Red Star Studio, assim como o próprio nome diz, é um espaço para ensaio e gravação, contendo um palco para pequenas e médias apresentações.

Certamente, o que ficou evidente foi a captação e distribuição do som dentro do estúdio. Não existia nada ruim, baixo ou fora de contexto com relação à sonoridade de cada instrumento. Exceto questões quanto ao ato de afinar os encordoamentos e os elementos percussivos. Isso é normal, pois cada banda possui sua afinação própria e sua maneira de tocar seus respectivos instrumentos.



Ato I: Trendkill Inc. abrindo e dilacerando as cortinas do palco!

Primeiramente, é importante mencionar que as mudanças no line up da banda, fizeram com que a mesma pudesse deixar seu som mais sólido. Além disso, a adição de uma segunda guitarra nos trechos em que era apenas uma deu aquela famosa encorpada na sonoridade do quarteto paulistano.

Estávamos apostos até que Alexandre Fontana afinou seu kit e todos estavam prontos para incendiar as cortinas do palco (metaforicamente falando).

Trendkill Inc./Mundo Metal/Stephan Giuliano

Faixa de abertura de show eles já possuem com toda a certeza. Para quem já conferiu o show da banda, sabe bem que o início contou com “Trendkill”. Ela representa bem a ideia de como seria e de fato é a banda, com o intuito de unificar o Heavy e o Thrash em um característico e com identidade própria.

Logo de cara, inegavelmente, foi notada a diferença das guitarras na nova e atual formação. Ademais, muito pelo fato de Ivan Santos ser um guitarrista bastante versátil e técnico, proporcionando aos riffs, mais peso e mais ligação quanto aos demais instrumentos. Início certeiro de show!



Por: Patrícia Biancalana Rodrigues

“Silence Or Death” foi a escolhida para dar seguimento ao barulho bom. O baixo de Sandro Cezzar se sobressaiu bastante, além do ímpeto das bases ganharem mais casca e soarem como um Metallica raivoso.

Assim, como não poderia ser diferente, foi oferecido o espaço para a balada do Justiceiro, “Sharpshooter”. Uma das melhores faixas do EP autointitulado e que ficou mais vibrante na voz de Diego Veras, sendo atualmente guitarrista base e vocal. Além disso, a distorção ficou bastante afiada nessa ocasião.

Por: Patrícia Biancalana Rodrigues

“Corrupted Corrosion” corrói os alto-falantes…

…Com sua roupagem mais pesada e com solos na medida certa. Depois que se ouve com a devida atenção, percebe-se que o conglomerado paulistano gosta bastante de tocar essa canção, que por sua vez, é cheia de variações nos vocais e com diferenciais entre as guitarras de Diego e Ivan. Além dos backing vocals precisos e da camada a mais de peso oferecida pelo baixista Sandro.

Assim sendo, talvez o peso maior tenha deixado a bateria de Alexandre Fontana mais “leve”, até pela levada mais contida em certos momentos.



Logo em seguida, é anunciada a homenagem a todos os headbangers que saem de suas casas para conferirem de perto um show.

“Metal Man”, que já é uma conhecida de quem acompanha a trajetória dos caras, é uma daquelas músicas que possuem uma intro, que de fato chama para agitar. Com os efeitos e harmônicos colocados pelo guitarrista Ivan, a canção ganha uma roupagem meio Black Label Society, ou simplesmente inspiração de Zakk Wylde em seus trabalhos com Ozzy Osbourne. De fato, é muito bom ter essa arma a seu favor, mas se usado em demasia, pode perder o efeito de “surpresa”.

por: Belmilson Santos

Duas surpreendentes estreias

“Fear” e “Down Way To Hell” são as surpresas da noite e funcionam muito bem, com o intuito de apoiar o leque de músicas da banda. Em suma, estão conseguindo aumentar o cardápio de forma gradativa e ordenada.

“Duality” é aquela canção que possui uma intro preparativa para bangear livremente. Porém, sempre é válido citar os breves trechos que trazem características do Death Metal, mas sem jamais soar como tal por completo. Bateria seca e, somada à afinação e captação de som da casa, tornou o alicerce sonoro mais denso e sólido.



Por fim, o Trendkill Inc. anuncia sua última obra sonora da noite: “Shattered In Life”.

Trendkill Inc./Mundo Metal/Stephan Giuliano

Uma vez que possui uma levada mais agitada e com riffs mais cortantes, se encaixa muito bem como o encerramento da apresentação. Refrão forte para cantar junto e se felicitar com mais um show do exército de quatro generais, além de ter um dos melhores solos do EP de mesmo nome.

A evolução é notória e constante.

Ato II: Faces Of Death condenando a turma dos gargantas da internet!

Visto que era uma novidade para mim, dizendo de forma direta, os comentários eram bastante positivos quanto ao som que a banda executa e também dado o fato de que não se trata de uma banda nova.



Banda que une as forças do Slayer e do Sepultura (old) numa tacada só? Como diria Silvio Santos, “eu só acredito vendo”. Nesse caso, assim sendo, ouvindo também.

Sabendo que se tratava de uma novidade para o nobre escrivão, foi observado com atenção o que estava acontecendo no início da apresentação.

“Vamo aê, caralho!”

Só para ilustrar, trata-se do incentivo ao público presente, dado pelo vocalista e também guitarrista, Laurence Miranda.

JZ Press: @jzpressassessoria / Metal Na Lata: @metalnalata

Certamente, era necessário entender sobre o que me fora passado sobre a banda, e esta começou a destilar sua bebida musical com a intro baseada em coros femininos nos moldes de canto gregoriano, com o intuito de emendar essa abertura com a faixa “Priest From Hell”, do debut “From Hell” (2018).



A segunda canção, de acordo com Laurence, é uma “homenagem” ao lixo hospitalar Charles Manson. Portanto, a canção escolhida foi “Usurper Of Souls”, faixa-título do segundo álbum lançado em 2020.

Sendo mais Thrash q a anterior e mais extrema nas outras partes, de tal forma que saiu ganhando a plateia por completo.

Recado aos metaleiros de sofá

Sempre é bom mencionar sobre aqueles que reclamam e não apresentam uma solução sequer para melhoria da chamada cena. Laurence Miranda mandou um recado importante para o dito headbanger que, ficando com o cu na cadeira na frente do pc, não sai de casa e só reclama na internet.

Faces Of Death/Mundo Metal/Stephan Giuliano

Em terceiro lugar na contagem da tracklist (que não foi divulgada), foi apresentada a faixa “New World Order”, do novo CD ao vivo intitulado “A Drink With The Death (Rehearsal Live)”, de 2021.



Assustando um pouco o ouvinte, possui um breakdown inicial (ainda bem que é só inicial), quase dando a ideia de vir algo nos moldes do Metalcore. Como resultado, a canção funciona bem e mantém a banda no prumo certo.

Falta de combustível, vulgo cerveja!

Pertencente ao primeiro álbum, “I Am The Face Of Death” foi anunciada e, então logo caindo nas graças de quem compareceu ao evento. Porém, entre outras palavras…

por: Patrícia Biancalana Rodrigues

Laurence Miranda diz:

“Errei! Tô tremendo!

Volta tudo! É porque eu não bebi. Não tomei cerveja. Se tomasse, não ficava tremendo.”



Comentário nada pertinente: isso lembrou meu antigo professor de matemática, à época na 8ª série, quando em certo dia ele disse: “Preciso tomar uma branquinha de manhã pra não ficar tremendo.”

Voltando ao que mais interessa…

Decerto, era mais uma canção muito boa, com seu som martelante e depois mais cadenciado, para logo adiante entrar na pancadaria de novo. Aliás, não foi preciso mais uma tentativa de execução da mesma. Deu tudo certo!

Com um começo que remete ao Claustrofobia em seu início de carreira, principalmente relacionado ao seu homônimo debut (2000), foi explanado que se tratava de uma “homenagem”, agora aos racistas.



A faixa “Fucking Human Gods” (“From Hell”) apresenta uma ótima variação entre o peso e uso dos pedais duplos, cortesia do baterista Niko Teixeira.

Demos de 94 e 96

As próximas duas são das demos de 94 e 96, das quais tiveram resenha na revista Rock Brigade à época próxima aos seus lançamentos.

por: Patrícia Biancalana Rodrigues

“Human Race” & “Anno Domini”.

“Esse som é pancada!”, como diria o nosso parceiro e grande compatriota, Tüba Risteri, assim sendo, com variações entre riffs e viradas, partes com breakdown, oferecendo uma cadência até inteligente, para que possa voltar livremente para a “porradaria”. Antes de mais nada, é sempre bom ressaltar que o som dos instrumentos estava bastante nítido. Coisa de estúdio profissional mesmo.



Seguindo o que foi anunciado, a segunda música de uma das demos dá seguimento ao bombardeio quase que tornando uma música só. Todavia, vale inserir em texto que essa música também figura no primeiro álbum da banda e também no EP nomeado “Consummatum Est” (2017). Entretanto, a primeira também reaparece no álbum “A Drink With The Death (Rehearsal Live)”.

O monstro… o resto de incêndio chamado João de Deus

Contando com várias “homenagens” aos piores sujeitos possíveis, o falso médium foi o alvo da vez. Com o propósito de colocar a informação às claras, o próprio nome da faixa faz a ligação assertiva quanto ao alvo.

por: Patrícia Biancalana Rodrigues

“Monster Medium” mantém o mesmo ritmo agressivo, com variações tanto instrumentais quanto vocálicas. Tudo isso além de possuir solos excelentes, proferidos pelos guitarrista Luiz Amadeus.

Destaque também para a cozinha formada pelo baixista Sylvio e pelo baterista Niko.



De repente, nos deparamos com o som do sinal da guerra, que segue de maneira crescente… Estamos diante da introdução de abertura para “Killer… In The Name Of God”, faixa pertencente ao segundo álbum. O som é um Thrash/Death potente com mudanças breves de andamento. Resumindo, é mais uma porrada do Faces Of Death na fuça do “popô de amassar sofá”!

Após o término de mais um som devastador de lares ortodoxos, Laurence aproveita o espaço para enviar uma dedicatória póstuma ao guitarrista do Metauro, conhecido como Marcão. Músico que nos deixou recentemente, então.

por: Patrícia Biancalana Rodrigues

Homenagem póstuma ao guitarrista Marcão, do Metauro

“É com imensurável tristeza que comunicamos o falecimento de nosso irmão e guitarrista da banda Metauro, Marco Aurélio Figueira Jesus, o Marcão, vítima de complicações cardíacas. Nossos sinceros sentimentos aos familiares.”



Mensagem retirada da postagem oficial e referente ao enterro do músico.

Nossas condolências a toda a família e aos amigos do Marcão.

Recitando os versos e tocando os riffs “King Of Darkness”, foi uma escolha bastante assertiva para a homenagem, além de ser uma canção feita para o mosh. Entretanto, possui princípios de viradas e breakdowns breves para emendas às partes cadenciadas, sempre regadas a muito peso. Portanto, o som das guitarras e do baixo de Sylvio Miranda estavam tinindo, como diriam alguns diabretes.

O fim da jornada contou com “When Calls The Death”



A conclusão da apresentação contou com o mais novo single, lançado em 2022, possuindo uma aura que percorre o Death e o Thrash Metal.

JZ Press: @jzpressassessoria / Metal Na Lata: @metalnalata

Certamente, a veia pulsante segue em honraria ao Thrash Metal, com variações e momentos mais cadenciados, evidenciando um pouco mais do peso da canção. Em resumo, o destaque vai para os solos ultra distorcidos do guitarrista e também da consistência quanto ao kit de Niko Teixeira.

Ato III: Tosco instaurando o caos e a execução final!

O caso da banda Tosco era de maneira idêntica aos que se apresentaram antes, pois não conhecia o som dos caras. Fiquei sabendo que o quarteto praiano hasteava a bandeira do Crossover, tendo calcado em sua sonoridade o dito Thrashcore.

Era chegado o momento de ver se essa mistura fina prestava, de fato.



“Intro D.A.” + “Mais Uma Vez”

Primeiramente, era preciso se preparar para acompanhar o que estava por vir. E lá estavam os primeiros ruídos da intro para a abertura da primeira valsa da noite, assim sendo, pertencentes ao novo álbum chamado “Agora É A Sua Vez”, de 2023.

JZ Press: @jzpressassessoria / Metal Na Lata: @metalnalata

O riffs inicial é praticamente um riff do Korzus, mais precisamente, “Discipline Of Hate”, clássica faixa do álbum homônimo de 2010! Tem blast beats? Sim! Porém, não se engane! Em resumo, o estilo predominante é o Thrash, e você pode notar também através da guitarra de Ricardo Lima.

Indo para a segunda coronhada nos tímpanos, com toda a certeza teríamos mais protestos em forma de música.

De maneira vagarosa e o com intuito de reforçar a pergunta repetida na letra de “Issaqui Não Tem Jeito”. Os engravatados nunca sabem onde está a grana, mas sempre sabem aonde “podem” pegar.



Dois pilares inúteis que dividiram o país em duas merdas gigantescas

Com o propósito de manter a atenção voltada para o novo full length, “Dois Psicopatas” entra em cena e incendeia a noite agradável. Por certo, é gratificante notar a potência dos vocais de Osvaldo Fernandez, juntamente com as nuances musicais apoiadas pelo presente baixo de Carlos Diaz (Chemical Disaster, ex-Vulcano, entre outros projetos e bandas).

JZ Press: @jzpressassessoria / Metal Na Lata: @metalnalata

Entretanto, em “Dia De Decisão” é dia de decidir colar no pico e curtir uma sonzeira under de primeira! Em síntese, trata-se da faixa de abertura do segundo álbum, “Sem Concessões” (2020).

Com uma introdução visceral, a faixa acaba por encaixar os versos nos momentos menos velozes do som, o que abre caminho para o melhor entendimento do que é “cantarolado” por Osvaldo.

Nesse sentido, você entende o aviso sobre as atrocidades das torcidas organizadas.

Voltando ao crime… Digo, terceiro disco!

“O Brasil É O Crime” retrata bem a situação da nossa sociedade sempre mergulhada em desgraça. De forma cadenciada, ela ataca os espaços reservados para se ter a sonoridade ideal.

JZ Press: @jzpressassessoria / Metal Na Lata: @metalnalata

Os pedais duplos de Paulo Mariz (Sacred Curse, ex-Coração De Herói, entre outros), somados aos acordes sustentados por guitarra e baixo, tornam o refrão mais assíduo e envolvente. Embora, as partes seguintes sejam sustentadas pelos pedais por igual. A ótima captação e o bom entrosamento dos integrantes tornam a experiência muito mais memorável.



“Cenário De Chacina” vem na sequência com o propósito de representar o debut intitulado “Revanche” (2018). Assim sendo, esse álbum recebeu uma remixagem com o lançamento de “Revanche” (2022 Remix).

A chacina foi armada em pleno palco com muita sede de sangue pelos asseclas do litoral. Visto que, percebe-se o avanço da sonoridade mais extrema nos momentos de maior tensão, mostrados pela letra.



Eis que estamos diante de um presente para certa emissora de TV…

Cala a boca, Globo!!!

Primordialmente, é o que se tem a dizer quando é oferecida determinada “honraria” para a fadada emissora.

“Eu não vou no programa do Bial!

Cala a boca, Globo!”



Então, sem mais delongas, um dos grandes hits do Tosco é tocado de maneira contagiante. Assim, já conhecendo melhor a sonoridade da banda, ficou mais fácil entender sua linguagem musical e tudo ficou cada vez mais atrativo.

Apontar erros? Quais? Ainda não os vi. Apenas desligue a TV, cole no show e curta “Cala A Boca Globo”.

JZ Press: @jzpressassessoria / Metal Na Lata: @metalnalata

De repente, foram surgindo os “Mercadores da Morte”, que também estão no mesmo álbum e na remixagem. Por consequência, a sonzeira é muito bem preenchida, sem dar aquele ar de buraco na música por conter apenas uma guitarra. O tipo de som e a habilidade quanto aos solos de Ricardo Lima fazem jus a essa percepção.



Da pizzaria musical, saindo uma homenagem ao falso médium e estuprador João de Deus.

Portanto, “João do Cão” é a próxima tacada já próxima do fim do espetáculo. Assim, seguindo a receita dos sons anteriores, mantém a chama acessa sob a luz escura do contrabaixo de Carlos Diaz.

JZ Press: @jzpressassessoria / Metal Na Lata: @metalnalata

Com toda a certeza, o poder de cura desse figura foi tirado do cu, diria Chico Xavier. Tudo isso em meio à condução pedais, tons e pratos do jeito que o povo gosta, além das linhas pesadas e barulhentas de guitarra.

Um cover para comemorar a apoteose

“United Forces” (S.O.D. cover) foi apresentada ao honorável público e casa muito bem com o tipo de som do Tosco. Afinal, é essa a plumagem dos caras. Todavia, é bom mencionar que o cover está presente no EP chamado “O Brasil É o Crime”, lançado em 2022.



Seria o fim do festival, mas ainda faltava uma atração para lá de especial!

Surpreendentemente, os integrantes do Faces Of Death subiram ao palco para tocarem “Orgasmatron” (Motörhead cover com roupagem do Sepultura), juntamente com o pessoal do Tosco!

Split cover de respeito!

A grande apoteose do evento chegou ao seu final de forma incrível e com aquela sensação de querer que aconteça a próxima edição logo.

JZ Press: @jzpressassessoria / Metal Na Lata: @metalnalata

Em conclusão, todos participaram da dança e festejaram como grandes fãs de Metal e por estarem reunidos em um local amplamente propício para isso.



Pode não ter enchido o lugar, porém o que importa é que quem esteve lá, se divertiu bastante, reencontrou grandes compatriotas do esporte sonoro a qual gostamos, de fato. E fizemos parte do que deveria ser a união em prol do Metal.

Pequena nota do “escriba”

Por vezes, vemos redatores aplicando seus textos como se conhecessem de cabo a rabo tudo o que presenciam. Porém, aqui nunca será o caso. Eu não conhecia as duas bandas e não tenho receio algum em mencionar isso.

Surpreendentemente, me dei super bem ao presenciar ótimas apresentações que valorizam a música de bueiro, o romantizado underground. E quando você está ao lado de grandes figuras, tudo se faz valer à pena.

JZ Press @jzpressassessoria/Metal Na Lata @metalnalata

O Metaleiro tem que acabar!

A crítica vai para todos aqueles que possuem uma garganta e dedos de aço, ao esbravejarem o tempo todo na frente do computador ou celular sobre a falta de apoio à famigerada cena. O underground é exaltado com bastante louvor de longe, pois de perto… Não aparece nem sombra desse pessoal.



Esse é o tal do metaleiro, que leva o título desse parágrafo, pois além de não enxergar seus atos ou a falta deles, somente aponta o dedo e não apresenta qualquer solução para resolver os diversos problemas que o Heavy Metal possui no Brasil.

Só sabem reclamar e isso acabou por virar um esporte radical, pois quem faz isso se sente o maioral e acha que está acima do bem e do mal.

Equivocado é o mínimo que se pode apontar para tal ser imbecil que só atrapalha a tal da cena que o mesmo cita. Eu, por exemplo, não fico chiando por nada e comemoro muito quando posso ir a algum show, seja grande ou pequeno. E olha que eu nunca fui em show grande, até o momento em que redijo essa honrosa resenha.

Comparativo de época

Pensando e visualizando a linha do tempo com relação ao Metal local, vejo esses “reclamões” como os mesmos figuras que cerravam goró na porta da Galeria do Rock, da saudosa Led Slay, da Fofinho, do Madame Satã, e até mesmo do Bar do Wlad e do Skinão, ambos bares extintos que tornavam as noites do meu bairro diferentes e mais atraentes, só para ilustrar.



Uma solução?

Parar de querer botar defeito nas coisas sem sequer saber do que se trata e certamente, ir até o local para conhecer novas bandas e até bandas antigas das quais nunca se teve notícia.

Comemore por quem consegue ir em determinado evento, pois ele está nos representando. É mais um Guerreiro do Metal que está lá prestigiando o fest por aqueles que não puderam ir.

Use a internet para divulgar o seu material físico, caso seja um apreciador e colecionador de CDs, LPs, K7 e etc. Não importa a quantidade, o que importa é você curtir aquilo que possui. Reclamar por reclamar só te torna cada vez mais inútil, ao mesmo tempo em que você acha que está abalando as estruturas.

Headbanger Home Office

Com a finalidade de estragar tudo, esse termo ficou genial para o metaleiro.



Portanto, é mais um apelido para o dito fã de Metal que é acomodado na hora de representar o estilo e ligeiro na hora de tecer críticas sobre o cenário e sobre os eventos também.

A hipocrisia mora na cabeça oca do headbanger home office, então ele começa a soltar frases imundas e completamente sem nexo sobre bandas, músicas e shows.

Antes de tudo, devemos observar com clareza aos atos positivos daqueles que lutam por um cenário melhor, com todos ganhando. Entendendo dessa maneira, podemos dar passos mais seguros para algo melhor adiante.

Desbravando esses tempos caóticos, está o Thrash disConcert. A semente foi plantada e o futuro poderá ser surpreendente.



Basta você descolar o rabo do sofá e ir prestigiar, quando puder, aquela banda que você conhece ou não, pois poderá gostar. E se não gostar, é consequência também.

Para finalizar, o “você” a qual é utilizado na crítica, é relacionado àquele que fala um monte de asneira e ninguém o vê em pico algum.

Considerações finais

De fato, tudo o que envolveu o evento estreante foi de uma competência absurda. Além de servir de exemplo para muitos organizadores, locais e bandas.

O underground merece respeito e merece evoluir, mas não pode ser romantizado a ponto de tratá-lo como algo estático e proibido de atingir o estrelato. Afinal, tudo está conectado e não existe almoço grátis!



Conhecendo o Red Star Studio, pude notar que ali é um dos excelentes ambientes para encontrar os amigos, principalmente aqueles que moram mais afastados, juntamente das bandas que vierem a participar dos fests.

Tudo foi bem organizado e o local é de fácil acesso, te dando a opção de escolher por qual linha de Metrô você deseja descer, linha 4 – amarela (estação Oscar Freire) ou linha 2 – verde (estação Clínicas).

Sinceros agradecimentos

De maneira incrível, tive a honra de ser um dos representantes da imprensa para fazer a cobertura do evento. Não como repórter, entrevistando, coisa e tal. Mas, para acompanhar o fest de perto e poder textualizar o que pude presenciar. Então, graças ao meu irmão Johnny Z (JZ Press, Metal Na Lata), pude colocar os pés nesse ótimo lugar e conhecer duas das três atrações da noite do dia 22/08.

Foi excelente encontrar novamente meu irmão e parceiro de equipe do Mundo Metal, Mr. Geovani Vieira, o verdadeiro dono do nanquim e das prosas virtuais. Também foi maravilhoso rever uma das grandes figuras que acompanha o nosso trabalho desde sempre. Estou falando da Luiza Silva, minha grande irmã e verdadeira fã da boa “múzga”!



Aos meus irmãos Alexandre, Diego e amigos de Trendkill Inc, o pessoal incrível do Faces Of Death e também do Tosco. Só gente braba da boa no rolê!

Muito obrigado a todos e a você que me acompanhou até aqui e gosta do nosso trabalho. É por você e para você, verdadeiro adepto da música pesada, que estamos aqui. E não iremos parar, pois somos chatos demais para isso!

“Forte abraço a todos e até o próximo Thrash disConcert!”

Trendkill Inc. – setlist:

1. Trendkill
2. Silence Of Death
3. Sharpshooter
4. Corrupted Corrosion
5. Metal Man
6. Fear
7. Down Way To Hell
8. Duality
9. Shattered Life

Integrantes:

  • Diego Veras (vocal, guitarra base)
  • Ivan Santos (guitarra solo)
  • Sandro Cezzar (baixo)
  • Alexandre Fontana (bateria)

Faces Of Death – setlist:

1. Priest From Hell
2. Usurper Of Souls
3. New World Order
4. I Am The Face Of Death
5. Fucking Human Gods
6. Human Race
7. Anno Domini
8. Monster Medium
9. Killer… In The Name Of God
10. King Of Darkness
11. When Calls To Death

Integrantes:

  • Laurence Miranda (vocal, guitarra)
  • Sylvio Miranda (baixo)
  • Luiz Amadeus (guitarra)
  • Niko Teixeira (bateria)

Tosco – setlist:

1. Intro D.A. – Mais Uma Vez
2. Issaqui Não Tem Jeito
3. Dois Psicopatas
4. Dia De Decisão
5. O Brasil É O Crime
6. Cenário De Chacina
7. Cala A Boca Globo
8. Mercadores Da Morte
9. João Do Cão
10. United Forces (S.O.D. cover)
11. Orgasmatron (Motörhead cover, com Faces Of Death)

Integrantes:

  • Osvaldo Fernandez (vocal)
  • Ricardo Lima (guitarra)
  • Carlos Diaz (baixo)
  • Paulo Mariz (bateria)

Realização:

  • Endereço: Rua Teodoro Sampaio, 512 – Pinheiros – São Paulo/SP
  • Local: Red Star Studios – Unidade Pinheiros II
  • Apoio, organização e divulgação: Metal Na Lata / JZ Press

Quem é Mundo Metal?

Mundo Metal nasceu em 2013, através de uma reunião de amigos amantes do Rock e Metal, com o objetivo de garimpar, informar e compartilhar todos os bons lançamentos, artistas promissores e tudo de melhor que acontece no mundo da música pesada.

Primeiro veio o grupo, depois a página no FacebookInstagramYoutube e, mais recentemente, nosso site oficial veio a luz. Apesar de todas as dificuldades da vida cotidiana, nunca paramos de crescer.

Sejam muito bem-vindos a nossa casa e desejamos de coração que voltem sempre que quisererem.

Todos os dias publicamos notícias, indicações, resenhas e artigos que interessam aos que são, como nós, amantes do Rock e de todos os subgêneros tradicionais do Heavy Metal.

Além disso, divulgar o underground está entre os nossos preceitos.

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Comentários

  1. Muito obrigado família Mundo Metal! Fico muito feliz e honrado pelos comentários referente a Trendkill Inc, as bandas q participaram da organização do festival! Obrigado Stephan, Gigio e Luiza pela presença!!

  2. Show matador!!!!! 3 bandas de muita competência e calibre, sai com dores no pescoço e com vontade de uma parte 2!!!! Estar ali foi muito phoda e agradeço ao Stephan pela menção em texto e pela ilustre companhia. E tbm ao GiGio pude finalmente conhecer essa pessoa ao vivo e a cores, que coração imenso!!!! E a família Mundo Metal que tenho a alegria de encher o saco kkkkkkkk. Vida longa, que venha o Thrash Disconcert 2

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