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Indicação: Vulcano – “Eye In Hell” (2020)

Enquanto os mais novos tentam conquistar seu espaço, os mais velhos mostram que possuem muita lenha para queimar e este é o caso dos paulistas do Vulcano, que neste ano de 2020 lançaram seu 11° álbum de estúdio, intitulado “Eyes In Hell”, sendo lançado via Mighty Music no dia 13 de março. Ao lado de lendas como Chakal, Anthares, Attomica e tantas outras bandas históricas do Brasil, o Vulcano está aí para mostrar sua artilharia pesada e afiada desde que retomaram as atividades em meados de 1996, mas só vindo a lançar um disco de inéditas em 2004, que foi o excelente “Tales From The Black Book”.



Zhema (guitarra), Louzada (vocal), Carlos Diaz (baixo), Fajardo (guitarra), e Conrado (bateria) completam o forte time para mais essa nova jornada ao qual iremos conferir de perto a seguir. Ressaltando a quem ainda não possui a familiaridade com as pesquisas musicais, que várias bandas ao redor do mundo todo estão produzindo material de qualidade e muitas dessas bandas são daqui mesmo da nossa preciosa terra. Vamos ao que de fato interessa que é entender sobre o que consta neste novo pergaminho giratório do grande Vulcano. Entrem nessa viagem e se aconcheguem caros amigos do esporte!

Vulcano/Reprodução

Ao me deparar com o set do disco, se eu não conhecesse o Vulcano, pensaria que seria um álbum longo por conter 13 faixas ao todo. Mas, para quem ainda não é acostumado aos moldes com que essa banda trabalha, as músicas são mais curtas alternando entre dois, três, e no máximo quatro minutos de duração. Sem contar que o Vulcano caminha por diversos estilos dentro do Metal, destacando-se o Thrash Metal com uma faceta Black/Death e um punhado de Speed, sempre mantendo aquela sujeirinha boa que eu e muitos outros adeptos apreciamos também.

O manuscrito musical retirado do livro negro abre a contagem com “Bride Of Satan”, pisando fundo e invadindo os alto-falantes com marteladas incessantes e contínuas de Conrado com riffs precisos, diretos, solos que se encaixam formidavelmente e vocais raivosos. A noiva do cramunhão possui um videoclipe que foi produzido e gravado entre abril e agosto de 2019 no O Beco Studios em Curitiba, Paraná. Em seguida temos “Cursed Babylon” com uma intro bem trabalhada no aço derretido das entranhas de um vulcão para nos contar sobre a maldição da cidade de Babilônia. Fechando a trinca inicial aparece “Evil Empire” que se diferencia um pouco das duas faixas anteriores com guitarras agonizantes, provocando uma revoada ao norte do décimo oitavo portão do inferno, registrando tudo o que o império maligno está para propagar. Em certas passagens conseguimos imaginar um AC/DC que caiu no meio da lava e saiu de lá bem mais endiabrado do que historicamente é.



O quarto capítulo do livro atende pelo nome de “Struggling Beside Satan” e revela uma união entre as forças do mal. Lutar ao seu lado nunca será fácil, mas às vezes é preciso, e com o apoio de uma sonoridade mais cavalar e mais extrema, o Vulcano acende as chamas mais ardentes possíveis, provocando o inferno astral de qualquer frequentador de live sertaneja por aí. Considero isso o verdadeiro inferno. Em quinto lugar na escala infernal ligamos o motor S666 (parodiando o famoso motor V8) do calhambeque seguimos pela “Sinister Road”. Estrada esta repleta de riffs contagiantes e trituradores de pescoços de Zhema e Fajardo, somados a uma cozinha mais do que precisa para não gastar combustível à toa e manter a “caranga” na estrada. “Devil Bloody Banquet” fecha a segunda trinca no mesmo ímpeto da canção anterior. E nada como um sangrento banquete para forrar a “rabiga” e continuar o percurso insano.

Indo para a metade das honrarias malevolentes, “Sirens Of Destruction” dá o seu aviso aos ouvintes que estamos apenas no começo da desgraça toda. “Dealer Of My Curse” chega com tudo, revendendo toda a maldição em busca de mais lucro com as almas que vão sendo esmagadas pelo caminho tortuoso e sangrento do inferno apoiados em solos viscerais repletos de rispidez. A revelação dos mistérios do livro aparece em “Mysteries Of The Black Book” com uma intro bem na escola Slayer de apelação ilimitada já descambando para uma sequência terrivelmente boa de pura insanidade sonora. Em meio a tantas faixas de alto escalão, esta aqui foi a que mais se prontificou a se tornar destaque do álbum na opinião do narrador da trama.

Vulcano/Reprodução

Complementando o mistério temos a faixa “Inferno” com um baixo altamente pulsante de Carlos Diaz, evidenciando as borbulhas das lavas incandescentes do submundo, ao qual estamos inseridos desde o início dessa viagem malevolente. “Cybernetic Beast” pode ser considerada a besta maléfica atual computadorizada e coberta de vírus que precisa ser detida o quanto antes durante cada estrofe recitada de forma voraz por Louzada. Guitarras que imitam o que poderíamos tratar como moderno e avançado te jogam direto no clima pútrido e empolgante da canção. “When The Days Falls” é o penúltimo artifício que exalta a queda de cada dia e a chega da noite macabra e sombria. Todo o conjunto da obra merece destaque por saber trabalhar junto a esse mal divertido e bom para os ouvidos sedentos por maldade sonora.

Encerrando a leitura do manuscrito, a canção “Eye In Hell”, que dá nome ao disco, finaliza o manuscrito de forma coesa sem exagerar na dose do conhaque de alcatrão e não te fazendo confundir com freio de caminhão. A lentidão proposital provoca uma ira positiva, deixando a perplexidade, tomando conta da situação até que a última nota é tocada.



O que posso descrever no final deste mais novo trabalho do Vulcano, é que a banda está numa fase incrível e apesar de em alguns poucos momentos parecer regular demais, todo o conteúdo eleva o seu patamar, trazendo um resultado bastante satisfatório e quem realmente gosta do som dos caras deverá curtir este novo full length em sua maioria. Houve algumas boas nuances que vieram a somar e é muito gratificante saber de tudo isso. Zhema e seus asseclas seguem firmes no comando da horda e como o mesmo disse, ainda terão muitos shows e álbuns novos pela frente!

Nota: 8,8

Integrantes:

  • Zhema Rodero (guitarra)
  • Luiz Carlos Louzada (vocal)
  • Carlos Diaz (baixo)
  • Gerson Fajardo (guitarra)
  • Bruno Conrado (bateria)

Faixas:

1. Bride Of Satan
2. Cursed Babylon
3. Evil Empire
4. Struggling Beside Satan
5. Sinister Road
6. Devil Bloody Banquet
7. Sirens Of Destruction
8. Dealer Of My Curse
9. Mysteries Of The Black Book
10. Inferno
11. Cybernetic Beast
12. When The Days Falls
13. Eye In Hell

Redigido por Stephan Giuliano

Aproveite e confira também a resenha do mais novo lançamento do Vulcano, clicando abaixo:

Resenha: Vulcano – Stone Orange (2022)


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Comentários

  1. Som bem cadenciado, influências dos caras paira sobre o som e dinâmica reina nas baquetas em seu ritmo matador!!!! O video é dukralho, recomendo!!!! valeu!!!!

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