O cenário no Allianz Parque estava pronto para receber dois ícones dos anos 80, Mötley Crüe e Def Leppard. A noite do dia 7 de março de 2023 foi agradável, apesar do calor.
Para aquecer a festa, a banda de Edu Falaschi tocou bem cedo, às 18h15, horário que me impossibilitou chegar a tempo de assistir, porém os elogios foram muitos e acredito que tenha sido muito bom o set de abertura.
O público compareceu, embora os organizadores do evento esperassem lotação total.
Porém, acredito que se fosse em um final de semana, mais pessoas compareceriam.
Não surpreendentemente, Mötley Crüe abriu com uma trinca de canções clássicas, “Wild Side”, do “Girls, Girls, Girls”; “Shout At The Devil” e “Too Fast For Love”, as quais batizam o segundo e primeiro discos, respectivamente.
“Don’t Go Away Mad (Just Go Away)” foi a primeira das cinco faixas do “Dr. Feelgood” que eles tocaram.
As dançarinas (e também backing) Hannah Sutton e Ariana Rosado, agitaram ainda mais o ânimo dos presentes. Em seguida, “Saints of Los Angeles”, canção que intitula o derradeiro full lenght do quarteto.
“Live Wire”
Posteriormente, veio a quentíssima “Live Wire”, a primeira das composições do Mötley Crüe, e a minha favorita, “Looks That Kill”, levaram a galera a loucura.
A música tema do filme “The Dirt” precedeu o solo do competente John Five, o qual deu vida a um pout-pourri de covers clássicos, alguns deles gravados pela banda.
“Home Sweet Home”
A balada “Home Sweet Home”, presente no disco “Theatre Of Pain”, foi o ponto alto da apresentação.
Duas canções do “Dr. Feelgood”, “Same Ol’ Situation (S.O.S.)” e a faixa-título, ajudaram a manter a alta temperatura.
Além disso, duas “bonecas gigantes” foram colocadas no palco para a execução de “Girls, Girls, Girls” e a dupla feminina Hannah e Ariana foi muito bem, mais uma vez.
Enfim, “Primal Scream” e “Kickstart My Heart” encerraram o set dos americanos.
Pontos Positivos do Mötley Crüe:
- O baixista Nikki Sixx e o baterista Tommy Lee, além de mandarem bem em seus respectivos instrumentos, interagem bastante com os fãs.
Pontos Negativos do Mötley Crüe:
- É de conhecimento geral que Vince Neil nunca foi um vocalista muito técnico, porém, nos tempos atuais, é muito perceptível o seu esforço em tentar alcançar os tons mais altos (ele, simplesmente, não consegue).
- Embora John Five seja bom no que ele faz, Mick Mars faz falta demais na sonoridade do quarteto. Pois, fica faltando alguma coisa e é justamente o seu timbre diferenciado.
- Houve gente na imprensa que criticou o “sexismo” do Mötley Crüe. Só penso que tais pessoas não devem conhecer a história da banda e nem do subgênero Hard Rock.
SET LIST – MÖTLEY CRÜE
- 1.Wild Side
- 2.Shout at the Devil
- 3.Too Fast for Love
- 4.Don’t Go Away Mad (Just Go Away)
- 5.Saints of Los Angeles
- 6.Live Wire
- 7.Looks That Kill
- 8.The Dirt (Est. 1981)
- 9.Solo de guitarra
- 10.Rock and Roll, Part 2 / Smokin’ in the Boys Room / Helter Skelter / Anarchy in the UK / Blitzkrieg Bop
- 11.Home Sweet Home
- (T.N.T. (Terror ‘n Tinseltown))
- 12.Dr. Feelgood
- 13.Same Ol’ Situation (S.O.S.)
- 14.Girls, Girls, Girls
- 15.Primal Scream
- 16.Kickstart My Heart
A noite terminou fantástica com o espetáculo do Def Leppard!
“Take What You Want”, canção que abre o atual full lenght, “Diamond Star Halos”, também foi a abertura do Def Leppard.
Em seguida, a clássica “Let’s Get Rocked”, do “Adrenalize”, já serviu para deixar a plateia bastante empolgada.
Sobretudo, uma trinca devastadora, “Animal”, do “Hysteria”, “Foolin'”, do “Pyromania” e “Armageddon It”, também do “Hysteria”, incendiou de vez a atmosfera do Allianz Parque.
“Love Bites”
Divulgando o atual lançamento, “Kick” foi apresentada e, em seguida, ofuscada pela balada “Love Bites”, um dos maiores, senão o maior, sucesso da carreira do quinteto britânico.
Contudo, a interpretação impecável de Joe Elliot fez minha mente voltar à 1987, quando eu ouvia “Love Bites” nas rádios e curtia demais.
Ao propósito, a década de oitenta invadiu o palco e brincou com as lembranças.
A acústica “When Love & Hate Collide” proporcionou um momento diferenciado na apresentação, no qual o trio de cordas e o vocalistas se aproximaram ainda mais dos seus fãs.
“Rocket”
Igualmente, “Rocket” foi mais uma das várias boas músicas do “Hysteria” que fizeram parte do set list.
“High’N’Dry”
Afinal, duas canções do “High’N’Dry” foram tocadas: e a balada “Bringin’ On the Heartbreak” e a instrumental “Switch 625”, na qual os instrumentistas mostraram o quão talentosos sãos, encerrando com um belo solo de bateria de Rick Allen, que arrancou suspiros da multidão.
Vale lembrar que o mesmo possui apenas um braço.
O que poderia ser melhor que encerrar o show com quatro hits clássicos?
“Hysteria”, “Pour Some Sugar On Me”, “Rock Of Ages” & “Photograph”
“Hysteria” e “Pour Some Sugar On Me” proporcionaram mais um pacote de boas lembranças da década de oitenta. O hino “Rock Of Ages” não poderia faltar em toda essa celebração surreal.
O palco ficou iluminado no encerramento com “Photograph”. No telão, foram exibidas várias fotos de várias fazes de integrantes do Def Leppard e algumas fotos de pessoas presentes na turnê foram o ápice da interação com os fãs.
Pontos Negativos do Def Leppard:
- Nenhum. Eu poderia citar as músicas do atual registro, mas até elas soaram bem ao vivo.
Pontos Positivos do Def Leppard:
- Joe Elliot canta como há mais de quatro décadas. Ele é impressionante. Não há como negar o seu talento.
- O mesmo podemos dizer dos guitarristas Vivian Campbell e Phil Collen. Ambos estão no ápice.
- Rick Allen emociona qualquer um que conheça sua história de superação. Ele se tornou o monstro da baqueta única.
- Rick Savage faz parte da alma do Def Leppard e um exímio baixista.
Def Leppard valeu cada segundo!
SET LIST – DEF LEPPARD
- 1.Take What You Want
- 2.Let’s Get Rocked
- 3.Animal
- 4.Foolin’
- 5.Armageddon It
- 6.Kick
- 7.Love Bites
- 8.Promises
- 9.This Guitar
- 10.When Love and Hate Collide (acústico)
- 11.Rocket
- 12.Bringin’ On the Heartbreak
- 13.Switch 625
- 14.Hysteria
- 15.Pour Some Sugar on Me
- 16.Rock of Ages
- 17.Photograph
Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz
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