“Something Wicked Marches In” é o debut da banda de Blackened Death Metal, Vltimas.
A princípio, nem em meus momentos mais otimistas, jamais imaginei que ouviria um álbum de Death Metal desse nível em 2019.
Simplesmente, desde a primeira audição não consegui tirar da play list por semanas e o escuto até hoje.
Super Line-UP
Sobretudo, Vltimas é um verdadeiro dream team do Death Metal, formado pelo norte americano David Vincent (ex baixista e vocalista do Morbid Angel), o norueguês Rune “Blasphemer” Eriksen (guitarrista do Aura Noir) e o francês Flo Mounier ( baterista do Cryptopsy), beirou a divina perfeição em seu debut “Something Wicked Marches In”, full-lenght lançado pelo selo Season Of Mist.

David Vincent
As nove canções do disco são recheadas de peso, brutalidade, técnica e riffs mais que perfeitos. Embora se imagine que pela presença de David Vincent, o qual gravou pelo menos três clássicos absolutos com o Morbid Angel – “Altar Of Madness” (1989), “Blessed Are The Sick” (1991) e “Covenant” (1993) – o disco fosse seguir uma receita old school, “Something Wicked Marches In” apresenta um Death Metal absolutamente atual.
“Praevalidus”
Foram lançados quatro singles do álbum, o áudio de “Praevalidus”, os lyric vídeos de “Diabolus Est Sanguis” e “Total Destroy!”, e mais tarde o áudio de “Monolilith”, minha canção favorita. Só essas quatro faixas antecipadas já davam ideia do quão destruidor seria esse lançamento e as previsões se confirmaram absolutamente.
Não há possibilidade de ser apreciador de Death Metal e ignorar esse disco, zero por cento de chances que isso ocorra. Ademais, outro ponto fortíssimo desse trabalho é a produção de estúdio.
Rune “Blasphemer” Eriksen & Flo Mounier
Assim que, todos os instrumentos são absolutamente nítidos, assim como o vocal. A masterização proporcionou o peso na medida certa, dando ao álbum a sonoridade que ele merecia pela alta qualidade de suas composições.
Rune e Flo, os principais compositores e formadores do projeto, acertaram em cheio quando juntaram David Vincent ao time. Acreditem, não poderia ter saído melhor.

“Something Wicked Marches In”
Apenas cinco das nove canções não saíram antecipadamente. A faixa título abre o álbum, “Something Wicked Marches In”. Riffs fatais, variações rítmicas constantes e empolgantes, bateria destruidora, harmonia, melodia e um refrão insano, tudo isso junto em uma música que mereceu abrir e batizar o debut do Vltimas.
“Truth and Consequence”
Entretanto, “Truth and Consequence”, a canção mais acelerada do álbum, é também aquela que possui o melhor arranjo de bateria. Flo Mounier deve ser um híbrido de ser humano com algum tipo de alienígena desconhecido pela ciência, pois não é normal o quão incrível é a sua performance no instrumento (quem é fã do Cryptopsy sabe do que estou falando).
A música “Last Ones Alive Win Nothing” tem uma pegada mais Black/Death Metal, mas se encaixa perfeitamente no contexto com uma pitada ‘sabbática’ nos riffs e bends.
“Everlasting”
“Everlasting” é a melhor entre as canções que não foram eleitas como singles. Pois é possuidora de riff violento, repiques brutais de bateria e uma energia capaz de incendiar até o oceano.
“Marching On”
Enfim, a canção que fecha o álbum, “Marching On”, como o próprio nome já diz, lembra uma marcha em seu andamento. Além disso, ela tem o solo de guitarra mais bonito desse disco, recheado de energia e feeling. O refrão, assim como todos os demais, gruda na mente.
Infelizmente a audição termina e a única solução é ouvir outra vez.

Se em 2019, o Death Metal como um todo não teve tanto destaque como em anos anteriores, o disco de estreia do Vltimas, “Something Wicked Marches In”, já fez com que o Metal da morte estivesse muito bem representado.
Futuro do Vltimas?
Em resumo, esse não foi somente o melhor lançamento do estilo naquele ano, como um dos melhores álbuns de Death Metal que eu já ouvi (não, não estou exagerando).
Espero que a banda repita a dose em seu próximo full-lenght, embora não seja uma tarefa tão fácil, pois a quase perfeição desse debut me deixou muito mal acostumado.
Nota: 9,6
Integrantes:
- Flo Mounier (bateria)
- Rune “Blasphemer” Eriksen (guitarra)
- David Vincent (vocal)
Faixas:
- 1.Something Wicked Marches In
- 2.Praevalidus
- 3.Total Destroy!
- 4.Monolilith
- 5.Truth and Consequence
- 6.Last Ones Alive Win Nothing
- 7.Everlasting
- 8.Diabolus Est Sanguis
- 9.Marching On
Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz
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