O baterista do Deep Purple, Ian Paice, enquanto cedia entrevista ao canal Noise11.com, para o apresentador Paul Cashmere, falou sobre a técnica de pedal duplo que usa na clássica canção “Fireball”, que saiu no álbum de mesmo nome, em 1971. Ele explicou dessa forma:
“Bem, quando você tem um riff que precisa de um apoio rítmico, você encontra a única solução que realmente funciona. E para mim, foi fazer algo que não conheço, pois não sou muito bom nisso, que é a coisa do bumbo duplo. Mas eu poderia fazer isso. E, para ser honesto, 50 anos depois, isso é tudo que posso fazer com dois bumbos. Meu cérebro não funciona dessa forma. recentemente fiz um vídeo de reação para um jovem baterista realmente ótimo no pedal duplo. E o que eles estão fazendo com isso, quero dizer, não tem problema, porque eu não quero fazer isso, mas eu aprecio o quão difícil é, o que eles fazem agora e como isso mudou. A música, e especialmente a bateria, deve evoluir, deve ir para outro lugar. Mas eu não preciso me envolver com isso, porque não é minha praia. Mas ‘Fireball’ foi – funcionou muito, muito bem. Mas, esse tipo de faixa para mim hoje seria totalmente impossível. Não porque eu não possa fazê-lo, mas pelas mudanças nas técnicas de gravação. Quero dizer, agora estamos naquela era digital onde as coisas têm que ser cortadas em pequenos pedaços, padrões e a liberdade de fazer esses preenchimentos, você não pode fazer isso com o tempo metronômico, você simplesmente não pode fazer isso. Tem que haver um fluxo e refluxo, uma onda dentro dele, e se você não tiver essa liberdade, é quase impossível fazer esses preenchimentos malucos.”

Ian Paice é o único membro remanescente da formação original do Deep Purple, ou seja, ela acompanhou todos os line-ups e mudanças, sem exceção. Conforme já mencionamos anteriormente na resenha que publicamos do álbum “Fireball”, podemos classificar a faixa-título como uma das raízes do que futuramente chamaríamos de Speed Metal. Da mesma forma, “Speed King” e “Highway Star” também se encaixariam nessa definição proto-Speed.
Podemos afirmar, desse modo, que Ian Paice é uma lenda do Hard Rock e um grande influenciador do que veio depois dele. Além disso, quando o Deep Purple encerrou suas atividades em 1976, ele se juntou a David Coverdale no Whitesnake. No entanto, a Mark II do Deep Purple voltou a se reunir em 1984 para o lançamento de “Perfect Strangers”. A Mark II ter rompeu os seus laços em definitivo logo após o lançamento de “The Battle Rages On” (1993). Mas, a banda segue até hoje e Ian Paice permanece com sua batida característica, firme e forte.
Opinião
O mestre Paice mostrou, que embora o considerem um monstro sagrado na bateria, ele é humilde a ponto de reconhecer a superioridade técnica que possuem na atualidade. Vida longa ao mestre Ian Paice.
O cara é sincero em suas palavras, assim como Nick Mcbrain também disse sobre o pedal duplo!!!! As influências dos caras são coisas dos anos 60, 70 ou sei lá…mas antigo ainda, os primórdios bateras daquela época!!!! Não podemos cobrar desses caras a tocarem igual a Aquiles priester, essa é a verdade…já demonstraram e mostraram que o rock de um modo geral evoluiu por causa da técnica deles, essa é a verdade!!!! Valeu