O guitarrista do Sepultura, Andreas Kisser, não tem poupado os irmãos Cavalera de críticas fortes desde que eles regravaram os álbuns “Bestial Devastation” e “Morbid Visions”, discos estes que ele participou. Andreas alega que as regravações são “irrelevantes” e sem “nenhum valor artístico”.
Entretanto, quando se olha para a banda apenas como business, é necessário lembrar que Andreas e os irmãos Cavalera ainda têm negócios juntos. Inevitavelmente, muitas coisas que envolvem o Sepultura ainda passam pelos irmãos Max e Iggor, os fundadores da banda. Durante uma nova entrevista ao programa “Papo com Clê” do canal Corredor 5, Andreas falou sobre o longo processo pelo qual a banda passou para chegar à estrutura e organização de hoje e sua relação de negócios com Max e Iggor Cavalera:
“Hoje a gente tem uma boa relação com a Roadrunner, inclusive com os irmãos Cavalera também, de business, porque nós temos muitas coisas juntos, caixa de vinil, ou uma música que vai entrar em um filme, então nós temos business juntos ainda.
Apesar não estarmos na mesma banda nem trabalharmos juntos, nós temos uma história. Então tudo passa por isso, por essa organização, de deixar a emoção de lado. Eu não quero saber se o Max está certo ou se eu estou certo, ‘Ah, lembra aquilo que você falou? Que não sei o quê!’ Putz… Isso é irrelevante. ‘Vamos fazer business? Eu não quero falar com você, você não fala comigo…’ Não tenho vontade nenhuma de ter relacionamento, enfim. Mas nós precisamos trabalhar juntos, tem um produto muito valioso que nós fizemos juntos, e eu continuo fazendo junto com meus parceiros agora, o Greyson, o Derrick, enfim, como com Eloy Casagrande e o Jean Dolabella, que também fizeram parte dessa banda.”
