Aproveitando o momento de extensas discussões geradas pela matéria da Globo no Fantástico sobre o NSBM (National Socialist Black Metal), é sempre bom relembrar o quão nefasta é esta ideologia.
Na última segunda feira, 27 de janeiro, o vocalista e baixista do Rush, Geddy Lee, esteve presente no Dia Internacional da Memória do Holocausto, realizado este ano na University Of Charlotte, na Carolina do Norte (EUA). O evento anual este ano marcou o 80º aniversário desde que ocorreram as libertações no campo de extermínio conhecido como Auschwitz-Birkenau.
Geddy Lee é descendente de sobreviventes do holocausto e discursou sobre como a tragédia impactou ele e sua família. Segundo Lee:
“Fui uma das crianças sortudas que viveu em uma casa onde ambos os pais eram sobreviventes do holocausto. Meu pai nunca falou sobre isso, mas minha mãe nunca parou de falar sobre isso. E em todas as oportunidades de nos dar um conto de advertência, isso aconteceu. Então, você sabe que essas histórias valem a pena ser repetidas por tantos motivos diferentes, e eu me considero um oficial de benefício da sabedoria e do sofrimento que eles vivenciaram.”
Geddy Lee é filho de Morris e Mary Weinrib, ambos sobreviventes dos campos de Auschwitz. Por conta disso, ele chegou a explorar essa conexão tão profunda com o holocausto em um de seus livros, “My Effin’ Life”.
Em 2023, em uma entrevista concedida a Lisa Desjardins, da PBS NewsHour, o baixista e vocalista foi questionado sobre sua opinião à respeito das discussões mais recentes envolvendo liberdade de expressão e discursos de ódio. Lee disse:
“As pessoas são inteligentes. As pessoas devem ser capazes de discutir as coisas. A morte da discussão não é boa para a raça humana. Não é bom para melhorar as coisas. É por meio da educação mútua e das discussões sobre coisas que são importantes para se ter uma vida boa, segura e pacífica. Isso não pode acabar. E quando você vê isso começando a acontecer, isso me assusta, realmente me assusta muito. E me lembro do que estava acontecendo na Alemanha antes da Segunda Guerra Mundial. Há sinais de perigo em todo o mundo agora, e isso me preocupa muito.”
