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Lançamento: Tokyo Blade – “Dark Revolution” (2020)

Gravadora: Dissonance Productions



Retornos de bandas clássicas geralmente geram comoção ente os headbangers e, quando o Tokyo Blade anunciou a sua volta no início de 2018, a expectativa dos mais saudosistas foi lá em cima. Ainda mais por se tratar de uma reunião de formação original, inclusive, com Alan Marsh nos vocais e uma promessa de volta às raízes. Logo, o quinteto original de Salisbury, Inglaterra, tratou de lançar o seu novo álbum, “Unbroken”, e tudo parecia caminhar para uma volta extremamente ovacionada, mas não foi bem assim que as coisas aconteceram. “Unbroken” possuía alguns “deslizes” e acabou não sendo “aquele” álbum que todos esperavam. Devo mencionar que ele tem seus bons momentos e, em especial, uma música que poderia estar tranquilamente no tracklist de qualquer um dos dois primeiros (e clássicos) registros dos caras, trata-se da fantástica “My Kind Of Heaven”. Só que neste exato momento você deve estar pensando o mesmo que muitos fãs pensaram, apenas uma música inesquecível e um punhado de outras que soam apenas “ok” não é lá grande coisa. “Dark Revolution” foi lançado em maio deste ano e chegou com a missão de sanar tais problemas e, mesmo que não consiga ser 100% eficaz em sua proposta, ele consegue fazer o que se propõe em quase todo o tempo.

Primeiro, gostaria de explicar o por que de ter esperado todos esses meses para fazer a análise. Logo que escutei “Dark Revolution”, percebi uma acentuada melhora em relação à “Unbroken”, porém, ainda senti que havia algo que incomodava. Resolvi fazer diversas audições ao longo do tempo para entender o trabalho como um todo e, somente escrever, quando pudesse apresentar uma crítica mais aguçada sobre os pontos que travam o disco. Pois bem, este momento chegou. Vamos ao que interessa!

Basicamente, os problemas mais graves de “Unbroken” são relacionados a quantidade de músicas e o tempo total de audição. 57 minutos, 11 músicas e apenas uma delas sendo realmente empolgante. A audição se torna maçante e desinteressante na medida que as faixas vão avançando e se apresentam ineficazes em cativar o ouvinte. Já em “Dark Revolution”, temos as mesmas 11 faixas e pouco mais de 55 minutos (basicamente o mesmo tempo), porém, temos músicas muito melhores que no registro anterior. Você deve estar se questionando, “sendo assim, então todos os problemas estão resolvidos?”. Calma, jovem padawan, nem tudo são flores. Mesmo com composições melhores, mais energéticas e mais empolgantes, o disco ainda cai em uma armadilha auto imposta. As faixas, apesar de diferentes, não possuem muitas variações rítmicas e acabam se tornando mais do mesmo. É som atrás de som e aquele mesmo ritmo se repetindo, sempre o mesmo andamento de bateria e quase nunca isso varia. Isso atrapalha a audição a ponto do álbum receber uma nota baixa? Não. Mas evita que ele receba uma avaliação mais alta. Creio que tanto em “Unbroken” quanto em “Dark Revolution”, o Tokyo Blade peca pelo excesso e 11 músicas me parece algo deveras excessivo. Além disso, com menos canções evitariam um pouco essas repetições rítmicas, que no começo da audição soa ok, mas quando chegamos ali por volta da nona, décima faixa, já começa a irritar e você quer que o trabalho acabe logo.



Se o Tokyo Blade manter a qualidade de “Dark Revolution”, porém diminuir o número de composições em seu próximo trabalho, nada muito traumático, apenas de 11 para 8, e colocar ao menos 2 faixas com andamento um pouco mais acelerado ou até mesmo uma balada no meio do tracklist, creio que, aí sim, terão resolvido todos os problemas e terei o maior prazer em dar uma nota tão alta quanto eu gostaria.

Os destaques do álbum são as ótimas “Story Of A Nobody” (refrão matador!), “Burning Rain” (bom trabalho de guitarras), “Dark Revolution” (pesada e com uma pegada um pouco diferente de tudo que a banda já fez no passado), “Crack In The Glass” (melhor trabalho de bateria do disco e outro belo refrão), “See You Down In Hell” (a melhor do álbum fácil, um pouco mais veloz que as outras e lembra um pouco a fase clássica) e, por fim, “Voices Of The Damned” (com um belo riff e transições interessantes). Das outras cinco, você pode eliminar três delas aleatoriamente que não vai fazer falta alguma. Não posso deixar de mencionar que o vocalista Alan Marsh está cantando muito bem, diria que até acima do esperado e, caso a banda resolva estes pequenos “deslizes”, certamente, tem totais condições de lançar registros capazes de nos surpreender positivamente. Enquanto isso não acontece, sou obrigado a dar a nota que este álbum merece, gostaria que fosse uma nota muito melhor, mas não tem como fechar os olhos para problemas tão evidentes. Ainda vejo com bons olhos este retorno do Tokyo Blade e acredito que os caras ainda vão honrar o legado desta que é uma das maiores lendas da NWOBHM. Tomara!

Nota: 7,0

Ouça o álbum na íntegra:



  • Integrantes:
  • Steve Pierce (bateria)
  • Andy Boulton (guitarra)
  • Alan Marsh (vocal)
  • John Wiggins (guitarra)
  • Andy Wrighton (baixo)
  • Faixas:
  • 1. Story of a Nobody
  • 2. Burning Rain
  • 3. Dark Revolution
  • 4. The Fastest Gun in Town
  • 5. Truth Is a Hunter
  • 6. Crack in the Glass
  • 7. Perfect Enemy
  • 8. See You Down in Hell
  • 9. The Lights of Soho
  • 10. Not Lay Down and Die
  • 11. Voices of the Damned
  • Redigido por Fabio Reis
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