Bruce Dickinson possui uma carreira de quase 50 anos na música e na maior parte deste tempo, contribuiu com discos clássicos na trajetória vitoriosa do Iron Maiden. Além disso, o cantor participou do injustamente esquecido Samson e ainda é dono de uma carreira solo interessantíssima.
O músico é um dos nomes mais emblemáticos dentro do Heavy Metal e uma verdadeira referência para músicos jovens. Ele esteve no Musicians Institute no último dia 21 de abril e, antes de subir ao palco para palestrar, Bruce respondeu algumas perguntas. Convidado a dar um conselho aos artistas jovens, veja o que ele respondeu:
“Uma das coisas mais importantes é a autoconfiança. E isso não se ensina. É caráter. E a autoconfiança é muito importante. Toquei com pessoas que eram músicos incríveis, mas estavam condenados para sempre a tocar em seus quartos porque não tinham autoconfiança, porque não saíam por aí, não se expunham e não se apresentavam para que as pessoas os notassem. Quer dizer, é como se você fosse o maior guitarrista do mundo e se sentasse no meio de uma barraca no deserto do Saara, você nunca vai conseguir. Desculpe. O universo não é justo assim, porque você vai ser derrubado, e outros músicos vão tentar te derrubar também, porque todos eles estão tentando passar por cima de você para fazer X, Y, Z. E tente não cair na toca do coelho de um tipo específico de música, mesmo que você ame esse tipo específico de música.
Há uma ironia. Sim, você precisa de autoconfiança, mas se você fizer a apresentação girar em torno de si mesmo, as pessoas vão embora, porque ninguém é tão interessante assim. Ninguém é tão interessante a este ponto. O que você precisa fazer é ter autoconfiança para usar qualquer talento que você tenha para contar uma história, dizer algo, ter algum sentimento interior que você possa expressar que seja real e autêntico, e então as pessoas ouvirão porque isso ressoa com elas. Então, sim, você precisa de autoconfiança, mas não precisamos ouvir tudo sobre você. É como uma partida de tênis. Quer dizer, quando você está se apresentando ao vivo, é como uma partida de tênis emocional, porque você joga tudo para fora e eles jogam de volta e você pensa: ‘Ei, vamos recircular isso’ — bum. E então você joga tudo para fora novamente e vai aquecendo o pote gradualmente. É por isso que os shows são sempre melhores no final do que no começo. (Risos)”
