Aviso prévio: queremos deixar claro que os discos e bandas que fazem parte de no nosso quarteto fantástico estão, acima de tudo, relacionados ao gosto pessoal do autor. Ou seja, os registros que aqui selecionamos são, dentro de critérios subjetivos, perfeitos!
Introdução:
Como fãs de música pesada, durante toda as nossas vidas, desde que começamos a ouvir Rock e Metal, há sempre aqueles lançamentos que fazem mais a nossa cabeça. No entanto, nem sempre os nossos discos favoritos são aqueles que mais fizeram sucesso nas carreiras das respectivas bandas.
Muitas vezes, a nossa prefência por tais discos se dá pelo fato muitos deles terem servido de porta de entrada para que conhecessemos a discografia de bandas que, posteriormente, nos tornamos fãs de carteirinha.
Há também aqueles álbuns responsáveis por nos fazer mergulhar em subgêneros musicais, Heavy, Hard, Black, Death, Thrash, Prog, Speed, etc…
Em suma, é hora, mais uma vez, de mergulharmos no nosso novo quadro “Quarteto Fantástico”, onde na visão do autor, os discos apresentados estão acima do bem e do mal, além de isentos de possíveis críticas, dentro das carreiras das referidas bandas.
Sejam bem vindos ao Quarteto Fantástico – Episódio 3
Observação: discordar e/ou argumentar negativamente sobre os trabalhos escolhidos é na verdade perda de tempo, já que nenhum argumento será capaz de mudar ou tirar o méritos destas quatro pérolas musicais, escolhidas por motivos óbvios.
Alice Cooper – “Killer” (1971):
“Killer” é o quarto full lenght da carreira da banda americana de Hard/Shock Rock, Alice Cooper, pois a partir do álbum “Welcome to My Nightmare”, de 1975, os lançamentos passaram a fazer parte da discografia solo de Alice Cooper. Voltando ao álbum em questão, “Killer”, assim como os principais trabalhos da carreira do senhor Vincent Furnier, o qual conhecemos melhor como Alice Cooper, contou com a produção do genial Bob Ezrin.
Embora o single “Under My Wheels” seja o grande hit do disco, não há um único momento abaixo em “Be My Lover”, “Halo of Flies”, “Desperado”, “You Drive My Nervous”, “Yeah, Yeah, Yeah”, “Dead Babies” e “Killer”. Além disso, a qualidade da gravação é excepcional para a época e os músicos são perfeitos em suas performances. O álbum “Billion Dollar Babies” poderia muito bem estar aqui nessa seleção, contudo, “Killer” está um degrau a mais em nossa avaliação.
Resultados Positivos/Ascensão:
“Killer”, na época do lançamento, conquistou disco de platina nos Estados Unidos pela vendagem de um milhão de exemplares. Mas há quem diga que santo de casa não faça milagre.
Veredicto:
“Killer”, certamente, faz parte daqueles únicos dez álbuns que qualquer um levaria para passar o resto dos dias em uma ilha deserta.
Judas Priest – “Sad Wings of Destiny” (1976):
Ao escrevermos sobre as origens do Heavy Metal, jamais podemos deixar de citar o segundo álbum do Judas Priest, “Sad Wings of Destiny”. Ele foi um importante agregador de elementos para o gênero. Black Sabbath, banda que soou Heavy Metal desde que iniciou, e as bandas de Classic Hard Rock Led Zeppelin e Deep Purple foram as principais referências no crescimento do que chamamos Heavy tradicional. Judas Priest, por sua vez, mesclou a influências nesses três nomes ao construir sua sonoridade única.
Nem todas as canções de “Sad Wings of Destiny” tornaram-se clássicas, mas quem tem coragem de criticar alguma entre elas? Assim sendo, “Victim of Changes”, “The Ripper”, “Dreamer Deceiver/Deceiver”. “Tyrant”, “Genocide”, “Epitaph” e “Island of Domination” representam o puro elixir da perfeição quando o assunto é Heavy Metal.
Resultados Positivos/Ascensão:
Ainda que o segundo álbum do Judas Priest não lhe trouxera nenhum resultado financeiro imediato, revelou o potencial do quinteto e esse foi crescendo mais e mais a cada novo lançamento.
Veredicto:
Mesmo que “Sad Wings of Destiny” não seja o debut do Judas Priest, podemos considerá-lo, sem dúvida, como o seu verdadeiro início. Do mesmo modo, ele representou um passo muito importante para o crescimento do gênero.
Megadeth – “Rust in Peace” (1990):
“Rust in Peace” é o quarto full lenght da banda americana de Thrash Metal, Megadeth, além de ser o primeiro a contar com seu line-up clássico, Dave Mustaine (voz e guitarra), Marty Friedman (guitarra), David Ellefson (baixo) e Nick Menza (bateria). A discografia do Megadeth vinha de três bons lançamentos, mas só o segundo álbum, “Peace Sells… but Who’s Buying?”, é que realmente deu certo destaque a banda até esse ponto.
Tão logo veio a luz, “Rust in Peace”, por conta das mudanças em sua sonoridade, mudou a forma com que muitos ouvintes encaravam o Thrash Metal, pois o Megadeth passou a tocá-lo com técnica e elegância, entretanto, sem perder aquela agressividade que fazia parte de seu espírito desde o seu surgimento.
O que podemos dizer que um disco que tem em seu track list: “Holy Wars… The Punishment Due”, “Hangar 18”, “Take No Prisioners”, “Five Magics”, “Poison Was The Cure”, “Lucretia”, “Tornado of Souls”, “Dawn Patrol” e “Rust in Peace… Polaris”.
Resultados Positivos/Ascensão:
Megadeth faturou com o lançamento de “Rust in Peace”, na época de seu lançamento, três discos de outro e dois de platina, somando um total de quase 1 milhão e 500 mil cópias vendidas.
Veredicto:
“Rust in Peace” é para muitos o melhor e mais completo disco de Thrash Metal de todos os tempos e é exatamente dessa forma que também o consideramos.
Death – “The Sound Of Perseverance” (1998):
“The Sound Of Perseverance” é o sétimo e, lamentavelmente, o último full lenght da banda americana de Death Metal, Death. Muitos fãs o consideram o álbum menos relevante da carreira de Chuck Schuldiner e, inegavelmente, eles estão corretos. Ainda assim, trata-se de um registro perfeito do primeiro ao último acorde, da incrível “Scavenger of Human Sorrow” até o providencial cover de “Painkiller”, do Judas Priest.
O câncer ceifou Chuck Schuldiner muito jovem e, decerto, ele ainda teria muito a oferecer para a música e, principalmente, para os estilos mais extremos de Metal, que sempre foram a sua praia.
Veredicto:
“The Sound Of Perseverance” foi a nossa porta de entrada na carreira do Death e, desde então, conhecemos os demais seis álbuns, um a um, e notamos, dessa maneira, que o Death é uma banda com a discografia mais que perfeita. Enfim, qualquer um dos discos lançados pelo Death poderia figurar aqui, mas, pela razão já explicada, o último deles foi o escolhido.
continua…