Estava tudo certo para que o Exodus lançasse o sucessor de “Persona Non Grata” (2021) ainda em 2025. A banda chegou inclusive a se reunir no estúdio para começar o processo de composição/gravação do novo material, mas algo aconteceu naqueles dias. E mesmo que não saibamos exatamente o que foi, isso culminou na demissão do vocalista Steve “Zetro” Souza.
Com um novo vocalista escolhido, na verdade, um velho conhecido dos fãs (Rob Dukes), o grupo parece que deu uma desacelerada no processo. Em uma nova entrevista ao Laughingmonkeymusic, o guitarrista, líder e principal compositor do grupo, Gary Holt, explicou sobre em qual parte do processo criativo está a banda neste momento.
Questionado sobre quando os fãs poderão ouvir músicas novas do Exodus, Gary respondeu:
“Ano que vem. Íamos tentar lançá-lo neste outono, mas precisávamos de mais tempo para compor. Então, entraremos no estúdio em apenas algumas semanas, mas quando terminarmos o disco, ainda teremos que mixá-lo e entregá-lo em mais duas semanas, e isso é apenas fazer as coisas com pressa.
Estamos apenas trabalhando duro. O álbum estará pronto quando estiver pronto. Não vamos apressá-lo. O último álbum foi fenomenal pra caralho. Então, estou sempre tentando superar o último, e este tem que ser tão bom ou melhor que ‘Persona Non Grata’, que eu classifico como número dois, é meu segundo álbum favorito do Exodus atrás de ‘Bonded By Blood’.”
Gary Holt foi confrontado com o fato do Exodus sempre ter tido personalidades fortes à frente da banda. Desde Paul Baloff, passando por Steve “Zetro” Souza e, finalmente, chegando a Rob Dukes, todos eles são amplamente conhecidos pelo gênio difícil.
Sobre isso, Gary Holt refletiu:
“Isso é apenas parte integrante de ser um frontman, eu acho. Eu acho que a maioria dos frontmens no metal tem personalidades fortes. De todos os meus amigos, caras como Bobby Blitz do Overkill, ele é um frontman total, e tem personalidade forte. Ele é incrível. Ele é um personagem. O resto de nós tem permissão para ser um pouco normal, eu acho. O Exodus sempre foi uma banda de lunáticos de qualquer maneira, especialmente em nossa juventude, quando todos nós cinco éramos comprovadamente loucos.
Mas, sim, é um trabalho difícil ser um frontman. Você não tem uma guitarra para ‘se esconder atrás dela’. Você está ali exposto. Você tem um microfone na mão, talvez um suporte de microfone, talvez metade de um suporte de microfone, mas é só isso que você tem para se esconder. Então é difícil.
Todos os vocalistas do Exodus contribuíram com coisas incríveis, Baloff sendo o padrão ouro e Zetro fez um trabalho incrível com a banda, e Rob também. E as pessoas dizem coisas como, ‘bem, esse disco é tão pesado ou essa era é tão pesada por causa do Rob’. O que posso dizer é que eu escrevo as músicas do jeito que as escrevo independentemente de quem está cantando… Eu não escrevo para o cara que canta, eu nunca escrevi. Essas músicas do último álbum seriam as mesmas se tivessem sido escritas para Paul Baloff, se ele estivesse vivo, e o mesmo vale para as outras que foram escritas para ‘Zetro’ ou escritas para Rob. O mesmo vale para os álbuns de Rob Dukes. Eu apenas escrevo as músicas que estão na minha cabeça naquele momento.”
