O vocalista italiano do Angra, Fabio Lione, parece estar afiado em suas opiniões. Contudo, são pontos de vista que tem dividido bastante o público e os próprios fãs da banda ao qual faz parte.
Em uma entrevista ao podcast Fala Ordinário, Lione mencionou que, no seu entendimento, ele tem mais relação com o álbum “Angels Cry”, do que o baterista Ricardo Confessori. A saber, Ricardo entrou na banda logo depois das gravações do álbum, fez a turnê de divulgação do mesmo, gravou os videoclipes de “Carry On” e “Time” e, inclusive, é creditado como integrante da banda no próprio encarte do CD.
Mas para Lione, Confessori não tem relação alguma com o disco porque não gravou as músicas na Alemanha em setembro de 1993. O baterista contratado em estúdio foi Alex Holzwarth, que alguns anos depois integraria o Rhapsody, banda ao qual Lione foi vocalista. Tudo isso aconteceu por conta do produtor Charlie Bauerfeind não ter aprovado o baterista original Marcos Antunes.
Opinião polêmica sobre o Power Metal e o maior clássico do Angra
Bem, as polêmicas parecem que sempre estão atreladas aos integrantes e ex-integrantes do Angra. E nesta mesma entrevista, Lione soltou mais algumas pérolas. Em determinado momento, o cantor renegou o estilo Power Metal, mencionando inclusive o maior sucesso do próprio Angra, “Carry On”, como se fosse um mero plágio ou variação de uma música do Helloween.
O apresentador Gabriel Oliveira começou o assunto dizendo que não gosta muito quando um gênero passa sempre a ideia de felicidade. Para Oliveira, um disco deve ter diversos direcionamentos e trazer sentimentos diferentes em cada uma das músicas. Neste momento, Lione disse o seguinte:
“Cara, eu vou falar uma coisa e amanhã os fãs vão me odiar. E nesse CD (aponta para o CD ‘Angels Cry’), faixa dois, está o Heloween (canta a melodia do refrão de ‘Eagle Fly Free’) e lá tem a melodia (canta um trecho da melodia de ‘Carry On’). Se você imaginar ‘Carry On’ sem a pausa, está lá.”
Depois ele cantarola o refrão de “Land Of The Free”, do Gamma Ray, não dá pra saber se por engano ou não. E continua:
“Então é isso. São músicas muito boas. Sim, mas estão sempre no mesmo círculo de acordes. Por quê? Porque a galera canta junto nos shows, é fácil, é acessível. Mas cara, eu acho que a banda nem sempre tem que compor pensando que os fãs são retardados, né? Desculpa falar isso.”
Gabriel concorda e continua o assunto dizendo que um álbum não precisa ser necessariamente igual ao outro. Ele questiona se depois de um disco de Power Metal, se o próximo não pode ser de Prog Metal? Lione respondeu o seguinte:
“Você pode ter uma boa música de Power Metal, com refrão foda, solo… mas não precisa ter 11 músicas de Power Metal. Não precisa, quando você faz uma ou duas músicas que são realmente legais, já está bom. Depois podemos arriscar um pouco fazendo algo mais experimental, podemos fazer algo mais romântico. Cara, eu não consigo, eu sinceramente não consigo escutar um CD de Power Metal, do começo ao final, que seja tudo Power Metal.”
Depois deste relato, Lione certamente foi questionado se, para ele, entrar no Angra foi uma escolha difícil. Ele explica que não, já que o Angra apesar de ter essa ligação inegável com o Power Metal, também tem influências de Prog Metal, de música brasileira, música clássica e outras sonoridades. Para ele, não ser uma banda exclusivamente do estilo é o verdadeiro plus da banda.
Use o espaço destinado aos comentários para opinar sobre o que disse o vocalista do Angra, Fabio Lione. Você acha mesmo que “Carry On” e outras faixas presentes em “Angels Cry” são meras variações do Helloween. E quanto ao Power Metal, qual a sua opinião?
Assista a entrevista completa:
