TOP 10 do Resenhista: HARD ROCK (por Gigio Vieira)
Esse quadro foi criado para que nossos resenhistas, baseados em suas visões subjetivas, publiquem seus ranks TOP 10 de bandas, subgêneros ou de qualquer outro tema pertinente, argumentando e justificando suas escolhas.
Atenção, novamente, a análise é subjetiva e pessoal, portanto não existe nenhuma tentativa de atingir a verdade absoluta.
O assunto de hoje é Hard Rock:
10) THE CULT – SONIC TEMPLE (1989)

Apesar de conhecer o The Cult através de “Rain”, faixa do álbum “Love” (1984), foi “Electric” (1987) o primeiro álbum da banda que comprei.
Confesso que este foi o disco que me fez gostar dos ingleses, em especial da voz de Ian Astbury e das guitarras de Billy Duffy.
Apesar da perfeição musical de “Electric”, “Sonic Temple” tornou-se meu queridinho já que “Edie, Ciao Baby”, canção power ballad que tocou à exaustão nas rádios e na extinta MTV, é e sempre será minha música predileta do quinteto inglês.
Lançado em abril de 1989, o álbum conta com 14 faixas inéditas, e traz a produção espetacular de Bob Rock, responsável por injetar uma dose extra de Hard Rock na sonoridade do grupo, fazendo com que o “Sonic Temple” atingisse a 10a posição da Billboard 200.
Destaques
Além da referida “Edie, Ciao Baby”, merecem destaques: “Sun King”, “Fire Woman”, “Sweet Soul Sister”, “Soul Asylum” e “Wake Up Time Freedom”.
9) WHITESNAKE – WHITESNAKE (1987)

Escolher um disco do Whitesnake é tão fácil quanto contar quantos grãos há dentro de um pacote de 5 quilos de arroz.
Algumas bandas conseguiram fazer transições brilhantes dos anos 70 pros 80. Até “Restless Heart”, disco “mediano” lançado em 1997, tudo ia muito bem com David “Love Love” Coverdale e sua turma.
A difícil escolha deste trabalho deu-se por seu repertório que com exceção a a música mais “picolé de chuchu” da banda, “Is This Love”.
O álbum presenteia o ouvinte com pérolas como “Still Of the Night”, “Give Me All Your Love”, Here I Go Again”, Looking For Love”, “Children Of The Night” e “You’re Gonna Break My Heart Again”, fazendo com que esqueçamos da insuportável “Is This Love”.
Nunca curti essa música.
*1987 (o disco) atingiu a 2a posição da Billboard 200.
8) AC/DC – BACK IN BLACK (1980)

A grandiosidade musical do AC/DC é algo incontestável e sua discografia fala por si só.
Numa lista de discos excelentes como “High Voltage”, “T.N.T”, “Highway To Hell”, “For Those About to Rock (We Salute You)”, “The Razor’s Edge”, e tantos outros, fica difícil escolher apenas um álbum.
Na verdade, isso soa como covardia (grrrrr).
“Back In Black” marca a estreia do ex Geordie, Brian Johnson, nos vocais e traz um acalento para a banda que havia perdido seu vocalista original, Bon Scott.
Os fãs abraçaram o “novo vocalista” e o sétimo trabalho da banda, o referido “Back In Black”, tornou-se uma verdadeira obra musical desses australianos.
Portanto, faixas como “Hells Bells”, “Shoot To Thrill”, “You Shook Me All Night Long”, “Rock and Roll Ain’t Noise Pollution” e a impactante faixa título garantem a plena satisfação do ouvinte.
Embora estejamos falando de um disco perfeito, onde TODAS as faixas são excelentes.
“Back In Black” atingiu o topo (1a posição) das paradas em países como Austrália, Canadá, França, Reino Unido, além de garantir a 4a posição nas paradas da Billboard 200.
7) NAZARETH – HAIR OF THE DOG (1975)

“Hair Of The Dog” é o sexto álbum na discografia dos escoceses do Nazareth e um dos meus discos prediletos de sua discografia.
Lançado em abril de 1975, o disco segue à risca a qualidade musical de seus antecessores e evidentemente cumpre seu papel.
Segundo Dan McCafferty (vocalista), a faixa título, a qual uma jovem desonesta finalmente encontra seu par, forneceu o título do álbum, cujo refrão diz:
“agora você está mexendo com um filho de um filho da puta!” (um “herdeiro do cão”).
Originalmente, o disco seria batizado como “Son of a Bitch”, porém a gravadora se opôs ao título que segundo eles (na época) era um título não muito cordial para um disco.
Além disso, destaques para “Miss Misery”, “Guilty”, “Changin’ Times”, “Please Don’t Judas Me”, além dos covers para “Beggar’s Day” e “Love Hurts”, originalmente e respectivamente gravadas pelas bandas Crazy Horse e The Everly Brothers.
- A saber, “Hair Of the Dog” atingiu a marca de 2 milhões de cópias vendidas, atingindo a 17a posição da Billboard 200.
6) BOSTON – BOSTON (1976)

No entanto, se você curte Hard Rock e não tem um disco sequer do Boston, então por favor reveja seus conceitos e trate de corrigir esse erro lastimável.
Lançado em agosto de 1976, “Boston”(o disco) é o álbum de estreia desses americanos que ficaram conhecidos pela grudenta “More Than I Feeling”, single que tocou em lugares como planeta Terra, Marte, Plutão, Mercúrio, Lua e outras galáxias as quais não temos conhecimentos, mas é certo que tenha tocado.
Contudo, o que falar de um disco que vendeu 20 milhões de cópias e que despontou nas paradas de países como:
Austrália, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Japão, Nova Zelândia, Suécia, Suíça, Reino Unido e que atingiu a 3a posição no ranking da Billboard 200?
Destaques para a dupla Tom Scholz (guitarras) e Brad Dept (vocais/guitarras-falecido em 2007), os gênios por trás da longa história, porém com poucos discos lançados de uma das melhores bandas de Hard Rock de todos os tempos.
Faixas de destaque: TODAS!
5) SCORPIONS – LOVE AT FIRST STING (1984)

Assim como os britânicos do Whitesnake, inegavelmente, os alemães do Scorpions estão naquela lista de grupos que fizeram bonito nos anos 70, 80 e até “Crazy World”, disco lançado em 1990, a banda simplesmente fez bonito.
Antes de mais nada, meu primeiro contato com eles foi com o excelente “Fly To The Rainbow” (1974), disco que me fez gostar de “música pesada” e o grande responsável por meu gosto exagerado pelo Hard Rock.
Mas por que diabos escolher “Love At First Sting”?
Porque foi ele o primeiro disco físico que comprei e me encantei com as melodias de “Big City Nights”, “Rock You Like A Hurricane”, “Coming Home”, “Big City Nights” e “Still Loving You”, esta última certamente a música mais conhecida e um clássico absoluto dos alemães.
*“Love At First Sting” atingiu a 6a posição da Billboard 200.
4) LED ZEPPELIN IV (1971)

Particularmente, sempre achei o Led Zeppelin uma das maiores bandas de todos os tempos e uma das minhas prediletas.
Assim sendo, escolher apenas “UM” disco em sua discografia é uma das piores torturas, já que gosto de todo o material por eles lançados.
Porém, a escolha para “Led Zeppelin IV” está ligada ao fato de ter sido o primeiro disco do quarteto inglês o qual tive acesso. E o melhor, ganhei de presente de aniversário (na época).
Lançado oficialmente em novembro de 1971, musicalmente, temos um disco perfeito onde todas as músicas são espetaculares, porém por motivos óbvios, a genial e extraordinária “Stairway To Heaven”, canção atemporal, e uma mais belas na história da música mundial, contribui para a grandiosidade deste trabalho (Opinião pessoal).
Em resumo, numa seleta lista de duplas geniais, sem dúvidas estão (ou deveria estar) os nomes de Robert Plant e Jimmy Page, duas grandes e importantes personalidades da história do Rock.
Led Zeppelin IV” atingiu a 1a posição no Canadá, Holanda e Reino Unido, além de atingir a 2a posição na Billboard 200.
*Apenas nos Estados Unidos, o disco vendeu o equivalente a 24 milhões de cópias.
Tais resultados garantiram à banda 24 discos de platina.
3) DEEP PURPLE – PERFECT STRANGERS (1984)

Escolher UM disco na discografia da banda que tem Ian Gillan, um dos meus vocalistas prediletos?
Pois, isso só pode ser brincadeira!
Curtir Hard Rock (ou Classic Rock, como queira) e não conhecer, ou possuir um álbum do Deep Purple, é no mínimo um dos maiores pecados.
O grande problema é decidir entre:
“In Rock” (1970), “Fireball” (1971), “Machine Head”(1972), “Burn” (1974) e “Perfect Strangers” (1984).
Pois bem, vamos a provável explicação, já que nem eu mesmo estou certo da minha escolha… rs
Aliás, lembro de um belo dia, após chegar do trabalho e sintonizar a TV no Canal 11 (TV Gazeta, São Paulo), no extinto “Clip Trip”, programa apresentado por Beto Rivera que ia ao ar de segunda a sexta feira no horário das 18hrs.
Enfim, naquele dia, ouvi/assisti pela primeira o clipe de “Knocking At Your Back Door”, música que me conquistou aos 10 segundos de audição.
Lançado em outubro de 1984, “Perfect Strangers” atingiu a 1a posição no Top 100 da Suíça, 2a posição na Alemanha e Noruega, 3a posição na Suécia.
Além disso, frequentou a 17a posição da Billboard 200.
Sobretudo, em suas contribuições para o Hard/Rock, Ian Gillan (vocal), Ritchie Blackmore (guitarras), Jon Lord (teclados), Roger Glover (baixo) e Ian Paice (bateria) representam, com louvor, o time de grandes monstros da música mundial.
Sem mais!
2) ALICE COOPER – TRASH (1989)

Mais que um músico influente e de sucesso, Vincent Damon Furnier, conhecido mundialmente como Alice Cooper, figura na lista de gênios da música de todos os tempos.
Lançado oficialmente em julho de 1989, “Trash” é um dos discos mais incríveis e geniais na carreira de Tia Alice.
Além de suas 10 excelentes faixas, o registro conta com uma verdadeira constelação de estrelas, abrilhantando e fazendo o papel de “a cereja do bolo” em um trabalho espetacular e na minha humilde opinião.
Um dos melhores dos anos 80.
Entretanto, novamente, mencionarei o “Clip Trip”, pois foi onde vi, em primeiro lugar, o clipe de “Poison”, uma das minhas músicas prediletas da carreira de Mr. Vincent (Alice).
Enfim, na lista de convidados especiais, as presenças de:
Jon Bon Jovi, Richie Sambora, Steve Lukather, Kane Roberts, Kip Winger, Joe Perry, Tom Hamilton, Joey Kramer, Steven Tyler, etc.
- A saber, o disco atingiu númers excelentes nas paradas de sucessos (e vendas) de países como:
Austrália, Austria, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Suécia, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos, onde figurou na 20a posição da Billboard 200.
Faixas de destaques: TODAS!
(CAMPEÃO) DEF LEPPARD – PYROMANIA (1983)
Em conclusão, “Pyromania” é o terceiro trabalho dos ingleses do Def Leppard, lançado em janeiro de 1983.
Sobretudo, confesso que meu primeiro contato musical com a banda foi através dos dois primeiros trabalhos, “On Trhough The Night ” (1980) e “High ‘n Dry” (1981), discos que particularmente não curti ao ouví-los pela primeira vez.
Ao propósito, com o sucesso do single “Love Bites” do arrasa quarteirão “Hysteria”, terceiro álbum que comprei do grupo, comecei a ver/ouvir a banda com outros olhos/ouvidos e foi então quando mergulhei de cabeça em “Pyromania”, pois tornou-se um dos meus discos prediletos de Hard Rock, do Def Leppard, e que colocava a banda como a minha predileta do estilo.
Produzido por Robert Mutt Lange, que havia produzido o excelente “Back In Black” (AC/DC), o disco foi um fenômeno de vendas, atingindo as primeiras posições das paradas da Inglaterra e Estados Unidos, ademais, figurou no 2º lugar da Billboard, à frente de artistas como Michael Jackson.
Apesar das faixas “Rock Rock (Till You Drop”, “Photograph”, “Foolin” e “Rock Ages” se destacarem, inegavelmente, todas são indicáveis.
Portanto, todas são excelentes.
Além disso, o álbum marca a estreia do guitarrista Phil Collen (ex-Girl), substituindo Pete Willis e graças ao seu sucesso comercial, foi garantido um lugar na lista dos 200 Álbuns Definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.
Faixas de destaque: TODAS!
Redigido por: Geovani “Gigio” Vieira
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