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Clássicos: Scorpions – “Love At First Sting” (1984). Discos que completam 40 anos

“Love at First Sting” é o nono full lenght da banda alemã de Hard Rock, Scorpions.

   

Após o sucesso estrondoso de “Blackout”, oitavo álbum de estúdio lançado em março de 1982, os alemães do Scorpions retornam às paradas dois anos depois com “Love At First Sting”, novo e 9º álbum de sua longa discografia.

Antes de adentrarmos em suas melodias, é preciso observar que não se tratava apenas de um novo registro da banda, já que “Love At First Sting” trazia consigo a difícil missão de repetir o sucesso obtido em “Blackout”.

Klaus Meine

O disco é o segundo trabalho após os problemas do vocalista Klaus Meine, que já havia mostrado total recuperação de sua voz no álbum anterior. Assim sendo, o quinteto tinha a missão de editar um registro que no mínimo mantivesse os gráficos e as cifras conquistadas mundo afora. Difícil? Não para os Escorpiões alemães.

Gravado entre 1983 e 1984 em Stommeln, Alemanha Ocidental no Dierks Studios, e produzido pelo renomado Dieter Dierks, o disco inicialmente teve suas primeiras sessões gravadas no Polar Studios em Estocolmo (Suécia), trazendo a princípio, Jimmy Bain (baixo) e Bobby Rondinelli (bateria), ambos ex-integrantes do Rainbow.

   

As gravações iniciais com as participações de Bain e Rondinelli aconteceram no verão alemão de 1983, porém as partes gravadas por ambos não foram integradas ao álbum, já que a banda optou por lançar o disco com sua formação dos últimos três lançamentos.

Line-up

Trazendo em seu line up: Rudolf Schenker (guitarras), Klaus Meine (vocais), Matthias Jabs (guitarras), Francis Buchholz (baixo) e Herman Rarebell (bateria), o disco conta com a formação clássica e também a de maior sucesso comercial na história do quinteto.

Divulgação / Love At First Sting / SCORPIONS

Apresentações feitas, é hora de mergulhar nas melodias de mais um arrasa quarteirão dos escorpiões alemães. Vem comigo.

Os riffs cortantes de guitarras dão as boas vindas a “Bad Boy Running Wild”, faixa que abre o disco de forma pomposa. Com sua pegada Hard Rock, riffs e solos magistrais aliados aos vocais afinadíssimos de Klaus Meine, somos envolvidos por seu refrão que por mais que tentemos, é impossível desgrudar de nosso cérebro.

“…Bad boys running wild / If you don’t play along with their games / Bad boys running wild / And you better get out of their way…”

*Em seu divertido videoclipe, cenas da banda em vários países incluindo sua passagem pelo Brasil, e a reação do público por onde se apresentavam.

   


“Rock You Like a Hurricane”

Se as palavras de ordem são riffs, solos e refrão grudento, então demos as boas vindas a “Rock You Like A Hurricane”, uma das músicas mais envolventes do disco. Trazendo a fórmula perfeita de uma composição grandiosa, temos aqui os ingredientes necessários para uma canção candidata a clássico.

Riffs, solos,linhas de contrabaixo, bateria, backing vocals, vocais que beiram a linha da perfeição, e refrão grudento, daqueles que sem permissão invadem sua cabeça e fazem morada em seu cérebro.

“…Here I am/Rock you like a hurricane/Here I am/Rock you like a hurricane…”

“I’m Leaving You”

Sem perder o feeling, “I’m Leaving You” chega com a mesma garra de sua antecessora e também faz bonito. A fórmula? Hardera total, guitarras fazendo bonito, linhas de contrabaixo absurdamente bem colocadas (aqui, Francis Buchholz dá as cartas), bateria certeira, backing vocals como deve ser e Klaus Meine mostrando que se é pra falar de voz, então ele é a pessoa certa para tal.

Divulgação / Scorpions / WWL

“Coming Home”

Quem acompanha o Scorpions, sabe que sua música transita entre o Hard Rock e o Heavy Metal. Certo? Certíssimo! Então é hora de mostrar que essa mistura funciona muito bem através de “Coming Home”, uma das músicas mais incríveis do disco (e também da banda).

Não se deixe enganar por seu início lento, guitarras e vocais amenos, pois esta é daquelas músicas que conseguem surpreender o ouvinte. Traçando um paralelo entre o Hard Rock e o Heavy Metal, há também flertes com o Power Metal que era feito na época.

   

Um trabalho diferenciado do Scorpions

Vale ressaltar que se a intenção do quinteto era mostrar que o novo trabalho em nada deixava a desejar comparado ao seu antecessor, então eles (músicos) estavam certos já que “Coming Home” fecha uma das melhores quadras musicais de todos os tempos. Mas afinal estas misturas deram certo? A resposta vem de outra pergunta. Ao final de “Coming Home”, por acaso você não sentiu vontade de usar a tecla “Repeat”? Particularmente, acredito que seja difícil ficar indiferente às suas melodias que grudam feito chiclete. E o que dizer de sua letra?

“… Ano após ano na estrada / É maravilhoso estar aqui e ver todos vocês / Eu sei que pra mim é como se estivesse / Voltando pra casa / Dia após dia na estrada / Não há lugar longe o bastante / No qual não iríamos / Nós vamos onde quer que vocês queiram / Por rock n’ roll / Subam nas cadeiras / Ergam suas mãos para o alto /S olte um grito / Deixe-me ouvir que vocês estão aí fora / Quanto mais selvagens vocês gritam / Por um pouco mais de rock’n roll / Mais alto iremos…”

Ainda que tenha ganho um “Vídeo Promo”, o single não obteve o devido sucesso. Mas, mesmo assim, a banda a incluiu nos setlists de suas apresentações. Ainda na locomotiva do Hard’n Heavy, “The Same Thrill” segue exatamente os passos de sua antecessora, trazendo inclusive alguns licks de guitarras soando exatamente iguais. Porém, isso não tira seu brilho, mostrando que o grupo sabe como pouco juntar dois ou mais estilos numa única canção. Característica mostrada desde os primeiros trabalhos.

“Big City Nights”

Sabe aquele momento onde chamamos de “o ápice”? Pois é. Ele finalmente acontece em “Big City Nights”, indiscutivelmente um hino na carreira dos alemães. Evidentemente, aqui ela ainda era uma mera canção no meio de um tracklist de um novo disco lançado.

Se em “Rock You Like A Hurricane”, a banda atingiu a perfeição com uma música estupenda, o mesmo serve para “Big City Night”.

Sem maiores detalhes, basta dizer apenas que se tem uma música que representa muito bem o Hard Rock e em especial o Scorpions, sem dúvidas ela se atende por “Big City Nights”.

   

Em seu videoclipe, cenas da banda em um show realizado na Califórnia, além de cenas em outros países que incluem também o Brasil.

*As cenas do show na Califórnia fazem parte da turnê realizada que deu origem ao álbum “World Wide Live”, lançado em 1985.

Algumas músicas após serem ouvidas soam estranhas e indescritíveis. Este é o caso de “As Soon As the Good Times Roll”, faixa que não consigo chegar num veredicto. Descrevê-la como uma canção “fraca” do disco seria injusto, porém descrevê-la como “boa” seria exagero.

Na dúvida e talvez na incerteza, direi que esta é uma faixa sem grandes atrativos, mas que não compromete tudo que a banda apresentou até o momento.

“Crossfire”

Talvez, e inconscientemente, o Scorpions sempre compõe em cada disco uma música que destoa das demais. Ainda assim, estas músicas conseguem soar interessantes. Ainda que não sejam “hits” por exemplo, elas caem no nosso gosto.

   

Este é o caso de “Crossfire”, faixa que traz uma sonoridade diferente de todo o disco, porém sua letra e suas melodias são belíssimas. Destaques para a bateria de Herman Rarebell, soando tal qual uma tambor numa marcha de guerra.

Reprodução / Matthias Jabs / RnR 1985

No momento em que vivemos, “Crossfire”, que em tradução livre significa “Fogo Cruzado”, representa um pouco da imbecilidade do mundo atual, através de sua letra atemporal e reflexiva.

“…Isso parece ser um pesadelo como parece realidade / Os últimos dias do paraíso estão vindo para você e eu / Nós estamos vivendo em um fogo cruzado / E seremos mortos primeiramente / Por que pessoas como nós não podem liderar o mundo?…”

“…Compreenda! Que nós não queremos lutar / Compreenda! Que nós também somos muito jovens para morrer / Compreenda! Ninguém irá sobreviver / Compreenda! Que nós amamos nossas vidas…”

“Still Loving You”, sucesso absoluto.

O disco fecha com “Still Loving You”, indiscutivelmente um dos maiores hinos de todos os tempos, mostrando o lado romântico, melódico e criativo da banda quando o assunto é Power Ballad.

Características que seguiram o grupo nos disco vindouros.

Dona de bela melodia, somos envolvidos pelos belos vocais de Klaus Meine, numa extensão vocal que vai do suave ao agudo, passando por vibratos perfeitos, atingindo tons altos em escalas rítmicas que proporcionam ao ouvinte um dos melhores momentos do disco.

   

Destaque para os trabalhos excepcionais de guitarras, responsáveis por emanarem riffs e solos geniais que aliados aos vocais formam uma combinação perfeita.

Segundo single do álbum

Lançada como o segundo single da banda, “Still Loving You” é daquelas canções que dispensam comentários, já que suas belas harmonias e os números de vendas falam por si.

A música ganhou videoclipe, ao passo que também invadiu as rádios de vários países ocupando posições relevantes nas paradas musicais, despontando inclusive na 10a posição do Top 10 em alguns países europeus, destacando-se principalmente na França, onde o single ultrapassou a marca de um milhão de cópias vendidas.

Schenker & Meine, os compositores

Escrita pela dupla Schenker & Meine, a música que certamente serviu de trilha sonora para os apaixonados foi lançada oficialmente em julho de 1984 e retrata, de acordo com o guitarrista, “a história de um amor desesperado”. Ainda segundo Rudolf:

“É uma história sobre um caso de amor, onde eles reconhecem que podem ter acabado, mas irão tentar de novo”.

Sobre sua letra, Klaus Meine diz que ela foi pensada enquanto caminhava em um dia frio e de muita neve:

   

“Eu tinha, mais ou menos, toda a letra na minha cabeça no final da caminhada” – afirma.

“…Se nós percorrermos novamente / Todo o caminho, desde o início / Eu tentaria mudar / As coisas que acabaram com nosso amor / Sim, feri o seu orgulho e sei / O que você tem sofrido / Você deveria me dar uma chance / Isso não pode ser o fim / Ainda te amo / Ainda te amo / Ainda te amo e preciso do teu amor /Ainda te amo…”

Integrantes:

  • Klaus Meine (vocal)
  • Rudolf Schenker (guitarra, vocal)
  • Matthias Jabs (guitarra, vocal)
  • Francis Buchholz (baixo, vocal)
  • Herman Rarebell (bateria, vocal)
  •    

Faixas:

  • 1.Bad Boys Running Wild
  • 2.Rock You Like a Hurricane
  • 3.I’m Leaving You
  • 4.Coming Home
  •    
  • 5.The Same Thrill
  • 6.Big City Nights
  • 7.As Soon as the Good Times Roll
  • 8.Crossfire
  • 9.Still Loving You
  •    

Redigido por: Geovani “Crisscoula” Vieira

   

Comentários

  1. Sou grande admirador do trabalho dos Scorpions e gosto de vários álbuns que eles lançaram, mas por várias razões pessoais de minha parte, não coloco este Love at First Sting entre os melhores trabalhos lançados pelos alemães e também não o curto muito. Talvez porque eu acho que neste LP de 1984 eles não estavam em um bom momento de inspiração para compor boas músicas, ainda mais depois de lançarem três petardos simplesmente maravilhosos em sequência que atendem pelos nomes de Lovedrive (1979), Animal Magnetism (1980) e Blackout (1982), este último o meu favorito na discografia da banda. É difícil compreender como os cinco conseguiram fazer este álbum depois dessas três pérolas anteriores, até porque LAFS vai por um caminho diferente, musicalmente falando.

    O álbum até que começa muito bem com “Bad Boys Running Wild”, seguida pela conhecidíssima “Rock You Like a Hurricane” e “I’m Leaving You” (que formam juntas uma das melhores trincas iniciais de um disco na história), atinge seu verdadeiro clímax em “Coming Home”, dá uma caidinha em “The Same Thrill” e retoma o nível inicial com “Big City Nights” (outra canção muito conhecida da banda). Mas toda essa empolgação a meu ver baixa de vez nas três restantes: “As Soon as the Good Times Roll” seria também um grande hit se os Scorpions tivessem investido mais nela em seus shows e nas programações de radio-rock, enquanto “Crossfire” é uma joia meio que esquecida no catálogo dos caras, mas que para mim possui uma grande importância por retomar a temática anti-guerra da letra de “China White” (gravada em Blackout) e, ao mesmo tempo, antecipar o estrondoso sucesso que viria com o hino inesquecível “Wind of Change” (gravada em Crazy World, de 1990).

    E o disco chega ao fim com a canção que eu menos gosto (para não dizer que é a que eu mais desprezo ou que é ruim) em todo o repertório do Scorpions. Por mais incrível que possa parecer, nunca gostei de “Still Loving You” e sempre considerei o sucesso que essa balada conquistou na época um erro muito grande que eles cometeram (não acho que eles acertaram nesse caso). Talvez o fato dela ter se destacado bem mais do que as outras músicas presentes neste mesmo disco, conforme eu descobri recentemente, tornou-se o motivo do qual eu me afastei completamente de um álbum que antes eu gostava muito (mesmo não considerando-o como o melhor do veterano grupo alemão), ao contrário de agora, que prefiro outros trabalhos não apenas do Scorpions, mas de qualquer outra banda – a meu ver, muito melhores do que Love at First Sting.

  2. Resenhista não, por favor turma… Apenas expressei a minha opinião, não fiz resenha nenhuma ainda, mas tentarei fazer uma para postar aqui, tá legal?

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