Tema do Madrugada Metal de hoje: Clássicos do Slade
Criamos o quadro “Madrugada Metal” para aquelas noites de insônia, para ouvirmos e batermos as cabeças até que o sono venha, porém, isso vocês já estão carecas de saber.
Embora a existência do Slade, infelizmente, ainda seja uma novidade para muitos, esse quarteto gravou seu nome na história, principalmente na Europa e América, durante a década de 70. Já na década de 80, por conta de alguns fatos e canções, o sucesso chegou a outros lugares do mundo, inclusive no Brasil, mas, infelizmente, por um curto período de tempo.
Ainda que o vocalista Noddy Holder seja referência de muitos artistas, sua fama quase se resume aos fãs de Slade. Ainda assim, compensa contar um pequeno pedacinho dessa história aqui no Madrugada Metal. Dessa forma, escolhemos os quatro discos muito importantes na discografia do Slade. Assim sendo, embarque conosco nessa jornada, na sequência:
“Slayed?” (1972):
A fim de passar a mesma mensagem que descrevemos na resenha desse fantástico disco, na época de seu lançamento, a discografia do Slade ja contava com: “Beginnings” (1969) e “Play It Loud” (1970). Porém, o sucesso não batera na porta do Slade até então. Pouco antes de “Slayed?”, chegou o live album “Alive I”, composto metade por covers e canções próprias, contudo ainda faltava aquele disco predominantemente autoral. Enfim, “Slayed?” chegou para emplacar sucessos como: ”Gudbuy T’Jane”, ”Mama Weer All Crazee Now” e o cover de “Move Over” da Janis Joplin. Fora isso, “Slayed?” é um disco no qual não se deve pular faixas nunca.
“Slade in Flame” (1974):
Logo após a sequência “Alive” e “Slayed?”, o sucesso do Slade foi tanto. que resolveram fazer um filme com a banda. Como resultado, nasceu “Slade in Flame”, ou simplesmente “In Flame” para alguns fãs mais exigentes. Só os hits: “How Does It Feel” e “Far Far Away” já fariam o registro valer à pena, entrentanto, ele é bom do primeiro ao último segundo.
““Whatever Happened To Slade” (1977)
Enquanto Slade produzia “Whatever Happened To Slade” alguns fatores aconteciam paralelamente no Reino Unido. Judas Priest definira os padrões do Heavy Metal a partir de seu segundo full lenght, “Sad Wings of Destiny” e, desse modo, a sonoridade das bandas estavam se tornando mais pesada, surfando nessa onda. Aliás, essas eram as sementes da NWOBHM, movimento que surgiria pouco tempo depois.
Resumidamenre, Slade gravou o seu disco mais pesado e sombrio, mas sem deixar de lado a sua própria marca registrada e isso tornou esse álbum irresistível para tanto de Rock quanto de Metal.
“The Amazing Kamikaze Syndrome” (1983)
Na turnê do ““Whatever Happened To Slade” nasceu o “Alive II”, uma sequência do “Alive”, que teve sucesso, mas nem tanto quanto o primeiro. Os discos que vieram depois, “Return To Base”, “We’ll Bring The House Down” e “Till Deaf Do Us Part” tentaram seguir a onda mais pesada que dominava a Grã-Bretanha.
Quando a era Glam da década de 80 começou a surgir, Slade abraçou suas raízes, de um forma ainda mais comercial, e lançou “The Amazing Kamikaze Syndrome”, contendo os hits “My Oh My” e “Run Runaway”. Quase ao mesmo tempo, a banda americana Quiet Riot regravava “Cum Feel The Noize”, um dos maiores hits 70’s do Slade. Todos esses fatores juntos trouxeram Slade ao sucesso mundial pela primeira e, infelizmente, pela última vez.
Curta esses marcantes discos, nessa madrugada quente, em sua playlist, sem moderação alguma, até que o sono venha, se é que ele virá (rs)!
Seleção e redação: Cristiano “Big Head” Ruiz