Ricardo Confessori, ex-baterista do Angra, concorda parcialmente com o crítico musical Regis Tadeu, sobre o Angra ser uma “boy band”, definição esta que a grande maioria dos fãs da banda reprova. Confessori explicou o porque durante uma live do canal no RedCast.
Ao falar o sobre espírito rock and roll de André Matos, falecido em junho de 2019, o baterista declarou:
“Muita gente acha que o André era aquele cara certinho, pinta de maestro, com aquelas roupas de babado e tal… Ele era o mais rock and roll de todos. Os caras não eram muito rock and roll, sabe? Às vezes eu vejo o Regis falar: ‘O Angra era uma boy band.’ E não deixa de ter um pouco de razão, não 100%. Quem era rockeiro mesmo, METAL, era o André. Eu era também… Mas não vou ficar falando de mim porque eu sou suspeito, mas o resto da banda eu achava que não era.
Mas eu digo no sentido de boy band, que os caras não gostavam exatamente daquilo que eles estavam fazendo. Eram aqueles músicos que tocavam de tudo. ‘Eu sou foda’, de pegar e falar, ‘Esse trampo é bom’ e tal. Mas o André não. Ele vivia aquilo ali, ele vivia aquela música e só sabia fazer aquilo. Ele era rock and roll, ia para as baladas, bebia… Ia para a balada depois de show, para os barzinhos, nem conhecia os caras… Tudo depois do show. A não ser quando ele tinha que poupar a voz, aí ele ia dormir.”
A definição de Regis Tadeu sobre “boy band”:
“Boy Band é uma banda que é reunida propositalmente por um terceiro, e você sabe muito muito bem que essa pessoa era o Toninho reunindo músicos para formar um projeto, mas isso capitaneado por alguém de fora, toda Boy Band começa desse jeito. E tem uma figura central arregimentando músicos, já existe um conceito próprio, estético e comercial…”, disse o crítico musical ao guitarrista Kiko Loureiro.