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Opeth: a musicalidade além da simples compreensão humana

O lançamento do álbum “The Last Will and Testament” provou, de uma vez por todas, que a musicalidade do Opeth sempre se mostrou capaz de, ao mesmo tempo, impressionar e incomodar. Desde que iniciou sua discografia com o debut completo “Orchid” até os dias de hoje, a banda liderada pelo vocalista/guitarrista Mikael Åkerfeldt jamais se apegou a fórmulas prontas. A recepção por parte dos amantes de Rock/Metal, no entanto, nunca foi unânime, já que agradou a alguns, desagradando a tantos outros.

   
Mikael Åkerfeldt / Reprodução

Nessa estrada que teve início em 1990, já a princípio, a excentricidade do senhor Åkerfeldt permitiu com que a banda unisse elementros de Death, Black e Prog Metal, além de Prog Rock que sempre esteve presente. Porém, o quinteto sueco sempre pareceu dentro de um jornada em busca de um destino desconhecido por eles mesmos.

A primeira fase do Opeth, “Death Prog”

Em sua primeira fase, durante os álbuns “Orchid” (1995), “Morningrise” (1996), “My Arms, Your Hearse” (1998) assim como “Still Life” (1999), o Death/Prog era a musicalidade do momento. O lançamento do clássico “Blackwater Park” (2001) foi um divisor de água na carreira dos rapazes de Sörskogen, pois, a partir desse ponto, o som do Opeth ficou cada vez menos pesado e os elementos pertecentes ao Prog ganham mais e mais evidência.

A fase “Prog/Death”

Essa segunda fase, Prog/Death, durou entre 2001 e 2008, e nesse hiato saiu o álbum “Ghost Reveries” (2005), indiscutivelmente o seu clássico mais importante e o ponto mais alto da carreira da banda.

O “fim” da era do Metal e dos guturais

Logo após “Watershed” (2008) vir à tona, tudo estava prestes a mudar mais uma vez. Antes do lançamento de “Heritage” (2011), entretanto, haviam canções prontas no estilo de seu antecessor. Mas, Åkerfeldt anunciou que a banda deixaria “de vez” o seu lado mais obscuro e isso, obviamente, igualmente se referia aos seus apreciáveis vocais guturais. Essa terceira fase, Prog Rock, continuou com os discos “Pale Communion” (2014) e “Sorceress” (2016).

   

Embora ainda possamos encaixar “In Cauda Venenum” (2019) dentro da fase Prog Rock do Opeth, já há nele uma sonoridade mais intensa, tanto que, em alguns momentos, sentimos que os antigos guturais de Mikael poderiam encaixar. Ou seja, talvez esse fosse um prenúncio de uma nova mudança que estava por vir.

“The Last Will and Testament”, uma nova era do Opeth

Quando Opeth anunciou o lançamento de “The Last Will and Testament” (2024), o primeiro álbum conceitual de sua carreira, falou-se em uma fusão entre todas as suas fases anteriores. Teríamos, portanto, uma banda que reuniria o Death Prog Metal ao Prog Rock e, em partes, isso realmente aconteceu.

Não foi só isso, pois a musicalidade do Opeth ganhou novos elementos que eram inéditos em suas canções até entao. O Fusion (Jazz Rock), o Blues (que já aparecera algumas vezes, é verdade) e o Soul, através do backing vocals, rechearam ainda mais a diversidade de ingredientes que compõe a receita sonora a qual chamamos de Opeth.

Como resultado, saíram músicas complexas que vão além da simples compreensão humana. Não que isso nunca acontecera antes com o Opeth, é que dessa vez eles viajaram ainda mais profundamente no universo da complexidade. Em suma, temos que confessar que quando resenhamos o álbum “The Last Will and Testament” logo que ele saiu, sua nota final (8,5) acabou sendo injusta, já que novas audições trouxeram maior entendimento de sua profundidade musical.

Congratulations, Mr Åkerfeldt

   
   

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