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Clássicos: Black Sabbath – “The Eternal Idol” (1987)

“The Eternal Idol” não é tão somente o décimo terceiro full lenght da carreira do Black Sabbath, mas também o primeiro de uma era definitiva antes da reunião do line-up original e o adeus. Era essa, a qual foi interrompida em vez única por “Dehumanizer” (1992) e o curto período de retorno de Ronnie James Dio, que posteriormente retornaria para assumir o formato “Heaven & Hell”, antes que o câncer tragicamente o levasse de nós.

   
TONY MARTIN / TONY IOOMI / REPRODUÇÂO / ACERVO

Apresentando, ao mesmo tempo, “The Eternal Idol” e Tony Martin

Tão logo ocorrera a demissão de Ozzy Osbourne, o posto de vocalista do Black Sabbath experimentou Ronnie James Dio, Ian Gillan, Glenn Hughes, além de alguns cantores que não chegaram a gravar registro algum. Foi então, depois disso, entre 1986 e 1987, que Ray Gillen foi a voz da banda e, nesse hiato, eles gravou “The Eternal Idol”. No entanto, ele não permaneceu no line-up e algum tempo antes que a AIDS o ceifasse, em 1993, formou outra banda, Badlands.

Todos esses detalhes são menos importantes do que dizer que os vocais de Gillen não permaneceram na gravação oficial e é nesse ponto que surge o principal nome da era que mencionamos anteriiormente, Tony Martin. O britânico Anthony Philip Harford, nome de batismo de Tony Martin, chegou a fim de regravar as vozes de “The Eternal Idol” e seguir o caminho do Black Sabbath. Como resultado, Martin se tornou o segundo vocalista mais longevo da história banda, perdendo somente para Ozzy Osbourne.

Apresentações feitas, que tal mergulharmos, em seguida, nas canções do referido disco?

TONY MARTIN / Reprodução / Acervo

Lado A

Assim que os primeiros acordes dedilhados de “The Shinning” começam a soar, Bob Daisley invade a canção com seu fantástico solo de baixo a la Geezer Butler. Salvo os mortos por dentro, é impossível que alguém não se arrepie. Tony Iommi executa mais riffs e solos do seu incrível arsenal e a bateria de Eric Singer (Kiss) coloca ainda mais peso nessa e nas demais canções. Tony Martin, por sua vez, é perfeito em melodia tanto quanto em técnnica, ora fazendo lembrar Dio ora não. Além disso, temos o saudoso Geoff Nicholls, como membro oficial do Black Sabbath, tornando tudo mais belo através de suas teclas.

   

“Levantem-se para a iluminação / Viva muito, viva agora / Levante-se para a iluminação / Não seja cego pelos tolos novamente / pelos tolos mais uma vez.”

Logo depois, já vem a nossa favorita do disco, “Ancient Warrior”, consolidando o Heavy Doom Metal como subgênero do álbum, ao contrário do seu antecessor, “Seventh Star”, o qual pendeu mais para a veia Hard Rock. Mas não pensem que não teve Hard Rock, porque teve. Logo que o riff da maravilhosa “Hard Life to Love” mostra o seu poder, nos lembramos no mesmo instante da série televisiva Armação Ilimitada, a qual tinha em sua banda sonora muito Hard e Heavy Metal. Bom, o solo de Iommi, mais uma vez, não surpreendentemente, nos deixa boquiabertos.

“Glory Ride” vem na sequência ao propósito de fechar o lado A com o selo da perfeição que o novo Black Sabbath tinha a capacidade de fazer, e cumpre seu objetivo primordial com todos os méritos.

TONY IOMMI / TONY MARTIN / Photo: Andreas-Bornmann

Lado B

Coube a ótima canção “Born to Lose” a missão de dar as boas vindas no Lado B, carregando consigo a promessa de igual o Lado B, mesmo que essa meta não seja lá muito fácil de atingir. Na continuação, o teclado de Geoff Nicholls anuncia “Nightmare”, faixa que mescla alguns elementos presentas na era DIO do Black Sabbath com um pouco de “Seventh Star”, disco antecessor que contou com a voz de Glenn Hughes. Ou seja, uma fórmula que não teria possibilidade alguma de dar errado.

O tema instrumental “Scarlet Pimpernel” deixa explícita a genilidade do mestre Iommi, assim como já ocorrera em outros temais instrumentais compostos durante a sua carreira. Entrentanto, “Scarlet Pimpernel” apenas esquenta o clima para “Lost Forever”, que é uma tempestade de Heavy Doom, a qual conduz a desgraça para as pobres almas dos ouvintes, extasiados pelo poder da música pesada.

Encerrando essa obra prima temos a faixa que se refere ao título, “Eternal Idol”, que inclusive já foi tema do nosso quadro Música & Letra. Se anteriormente dissemos que a veia predominante dessa disco é Heavy Doom Metal, aqui temos o mais puro Doom em corpo e alma, tanto na parte instrumental, quanto na temática lírica. Tony Martin protagoniza uma canção que traz consigo todos os elementos que representam um subgênero, ao passo que sua voz é a principal responsável para que o produto de tudo isso seja divino. Resumindo, foi emocionante resenhar “The Eternal Idol”.

   

Nota 9,3

Integrantes:

  • Tony Martin (vocal)
  • Tony Iommi (guitarra)
  • Bob Daisley (baixo)
  • Eric Singer (bateria)
  •    
  • Geoff Nicholls (teclado) (R.I.P. 2017)

Faixas

  • 1.The Shining
  • 2.Ancient Warrior
  • 3.Hard Life to Love
  •    
  • 4.Glory Ride
  • 5.Born to Lose
  • 6.Nightmare
  • 7.Scarlet Pimpernel
  • 8.Lost Forever
  •    
  • 9.Eternal Idol

Redigido por: Cristiano “BIG HEAD” Ruiz

   

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