Neste encarte teremos a presença de “Cross Purposes”, décimo sétimo álbum do Black Sabbath.
“Cross Purposes” marca o retorno de Tony Martin aos vocais do Black Sabbath logo após a saída de Ronnie James Dio. O “The Voice” havia gravado o magistral “Dehumanizer” (1992), porém não suportou a ideia de, com o Black Sabbath abrir para o Ozzy Osbourne que estava para “terminar” a sua carreira, e saiu da banda. Lá estava novamente Tony Iommi para assumir a bronca, assim conforme estava fazendo anteriormente a esse período.
O décimo sétimo álbum de estúdio de um dos precursores do que conhecemos por Heavy Metal foi lançado no dia 31 de janeiro via I.R.S. Records. A produção ficou a cargo de Leif Mases e pelo próprio Black Sabbath. Leif também esteve envolvido com a engenharia e mixagem do álbum. Dois engenheiros assistentes estiveram presentes. São eles: Darren Galer e Dave Somers. Tony Cousins cuidou da masterização. Ninguém contava com a astúcia elevada de Tony Martin, que estava em plena forma cantando como ninguém. Além disso, depois de tanto insistir, Tony Iommi Conseguiu trazer Geezer Butler de volta à banda. O baixista ainda voltaria a trabalhar com Ozzy durante a gravação álbum “Ozzmosis”, de 1995. Mas agora ele estaria de volta para organizar a cozinha do Sabbath, coisa que ele entendia muitíssimo bem.
Em termos de qualidade, logo a partir de “The Eternal Idol”, o Black Sabbath conseguiu recuperar o seu ímpeto e a consequente majestade. E aqui temos um dos vários e grandes ápices da banda. Além disso, o meu nanquim virtual colocará à mesa todas as justificativas para que “Cross Purposes” seja considerado completamente injustiçado. De antemão digo que é injustiçado até dizer chega!
A sombra de “Dehumanizer” chamada “Cross Purposes”
Dizer que “Dehumanizer” é um álbum sensacional é chover no molhado. Afinal de contas, se trata do álbum mais pesado, afiado, cortante como serra elétrica e agressivo que o Black Sabbath lançou. Tudo isso incluindo a voz feroz de Dio, fazendo lembrar quando Ian Gillan emprestou a sua voz para o lançamento de “Born Again”, outro espetáculo dos mestres da música pesada. Vozes raivosas e vocalistas inspiradíssimos ao interpretar cada verso de cada canção dos respectivos full lengths.
A culpa não pertence ao álbum por ele ser fantástico, mas sim por conta de outros fatores que deixaram “Cross Purposes” meio que escondido nas sombras. O mesmo já estava acontecendo com os outros álbuns com a participação de Tony Martin. E não era Martin o problema, mas sim a gravadora I.R.S. Records. Ela não tinha um alcance como a Warner Bros. Records, só para exemplificar. Mesmo assim, o álbum em questão conseguiu obter bons resultados. Confira:
- Alemanha: posição #24 nas paradas alemãs;
- Reino Unido: posição #41 no UK Albums Chart;
- Estados Unidos: posição #122 na Billboard 200;
Seu desempenho foi respeitável, muito até por não contar com ícones do porte de Ozzy e Dio. E o mais interessante disso tudo é a versatilidade de Tony Martin ao interpretar músicas de ambos os vocalistas. Além desse histórico, “Cross Purposes” rendeu uma boa turnê da qual foi lançado o álbum e DVD ao vivo “Cross Purposes Live”, de 1995.

Antes da configuração do 17º álbum e a quase prisão de Iommi
Voltando para o ano de 1992, embora o Black Sabbath tivesse alcançado números bastante expressivos com o maravilhoso álbum de capa azul, os bastidores não eram tão bons assim. Ainda assim, conseguiram se manter juntos por mais tempo do que se esperava. O que ninguém sabia é que algo tinha acontecido na véspera dos shows em Costa Mesa, em 1992. Tony Iommi havia sido preso em Sacramento dois dias antes do primeiro show. O motivo por o não pagamento de pensão alimentícia. Pois é, Tony. Se há algo que ocasiona prisão imediata, é com toda a certeza o fato de não assumir a bronca quanto à dívida de pensão alimentícia.
A ação foi movida por sua ex-esposa Melinda. Tony foi tirado do ônibus da turnê do Sabbath pela polícia, sendo algemado e acorrentado nas pernas, e levado até a prisão de Modesto. O guitarrista passou a noite na cadeia aguardando a chegada do pagamento para a fiança, que era no valor de 75 mil dólares.
Um chamado de socorro
Em resumo, foi a partir daí que o nome Black Sabbath passou a pertencer à esposa de Ozzy, Sharon Osborne, a filha do magnata Don Arden. De acordo com Tony, foi Gloria Butler que informou os seus empresários Ralph Baker e Ernest Chapman, sobre os apuros do guitarrista, e que eles mandaram um advogado até a cadeia com a quantia necessária em uma maleta. Tony foi liberado a tempo de concluir os shows em Costa Mesa. A partir de 1994, o nome Black Sabbath não estaria mais nas mãos do Riffmaster. E diante disso, veio o eterno socorrista da banda – Tony Martin.
Para o lugar do ainda chateado Cozy Powell, que ainda estava inconformado com o tratamento recebido após o acidente, foi chamado o experiente baterista Bobby Rondinelli. Sua experiência se estendia entre Blue Öyster Cult e Rainbow, porém ele estava nessa época trabalhando como músico de estúdio. E lá estavam Iommi, Martin, Rondinelli, Geezer e Nicholls para mais uma aventura musical a qual relembraremos juntos a seguir.

Uma das sequências iniciais mais lindas da história
Início como uma sirene emulada pela guitarra de Tony Iommi. O alerta foi dado e agora não há mais escapatória, acompanhada por Rondinelli. “I Witness” é como pegar seu carro e encarar cada curva como se fosse a última. Sua calota quase raspa na guia, mas vc tem total controle sobre a máquina, enquanto sente o solavanco causado pela gordura do contrabaixo clássico de Geezer. A canção apresenta corpo e intensidade no limite máximo. É uma irmã envolvente de “Neon Knights”, clássica faixa de abertura do “Heaven and Hell” (1980), simplesmente o primeiro álbum com a presença de Ronnie James Dio. Os sons dos pratos mais evidentes. Clássico! Essa é a escuridão que ilumina qualquer ambiente, mas essa é uma luz negra que te abraça e te leva para um mundo de criaturas sedentas por boa “múzga”. Destaque para a versatilidade de Tony Martin e sua interpretação amplamente inspirada.
Uma clara viagem aos anos 80 com interpretação dos anos 90
“Cross of Thorns” é a minha preferida e possui aquela levada meio “Children of the Sea”, outra faixa clássica do álbum “Heaven and Hell”, só que bem mais densa e não menos apurada. Aqui a qualidade se mantém no topo e se você ouviu “I Witness”, tem a obrigatoriedade de ouvir “Cross of Thorns” na sequência, não importando o que aconteça ou se você não terá tempo para ouvir ambas juntas. É regra universal ouvir ambas em sequência. Perceba o final da primeira em ligação com o começo da segunda. Não vou explicar o que ocorre. Ouça e sinta por si só e depois agradeça aos deuses do Metal.
Quem brilha através de suas camadas e efeitos triunfantes é Geoff Nicholls, que oferece seu talento junto aos seus teclados em soma com os riffs e acordes magistrais de Iommi, além da parceria da cozinha magnífica entre Geezer e Rondinelli. Línguas de fogo podem falar palavras negativas das quais vão ressoar nos ouvidos de quem prestar atenção, mas este deve saber que o sangue dos espinhos musicais está em suas mãos. Traduzindo: a chance de finalmente colocar essa canção na prateleira que ela merece é primordial e possui total condição para tal.
O “velho” Black Sabbath e a aura Heavy Metal lado a lado
“Psychophobia” é realmente uma faixa psicótica, pois ela começa de um jeito e daqui a pouco está de outro, e você passa a entender e gostar dela cada vez mais. Cada levada, cada comboio de notas alimenta o senso de adrenalina e causa fortes contrações no cérebro e na alma. Ela carrega o título de faixa mais curta do álbum com seus pouco mais de três minutos. As pessoas podem desejar ter o poder e o controle total sobre tudo, mas por vezes a responsabilidade, o bom senso, a honra e o caráter são jogados na privada sem mais nem menos. E essas mesmas pessoas ainda pagam de humildes. Pobreza de alma de quem não pegou esse disco para ouvir.
“Lágrimas venenosas escorrendo de um rosto paralisado
Satanás se aproxima da descida sobre a raça humana
Pense que você é Deus, você não gostaria de ter o controle
Pense que você é amado, mas não há ninguém lá”
“Virtual Death”. Que baixo da lenda Geezer Butler! E olha que já era excelente antes! Ou melhor dizendo, sempre foi da mais alta qualidade até mesmo nos álbuns menos cortejados do Sabbath. Estenda a mão e pegue para mim o fruto da árvore venenosa. Agora você está diante dos pecados musicais que o mundo lá debaixo permeia e admira. Os mestres do Doom Metal estão diante de ti. O andamento dessa faixa é cruel de tão macabro e denso. Toda a sua estrutura é magnífica e causa rachaduras nas mais resistentes fortalezas que se possa imaginar. Há um momento de falsa calmaria, em que o preenchimento de camadas sonoras contempla a dupla Iommi/Geezer até que a retomada acontece de maneira natural. A parte final com sons agudos e gélidos, se agarrando ao tema da canção, promove uma sensação de gratidão aos horrores musicais magistrais contidos em “Virtual Death”.
A assinatura de Tony Iommi
“Immaculate Deception” é Heavy Metal pra ninguém por defeito. Teclados ao fundo mais presentes. Tudo soa como se fosse um ensaio dentro de casa. A canção caminha conforme manda a tradição do Sabbath, mas que não deixará pedra sobre pedra logo em seguida. Os pedais duplos de Bobby Rondinelli espancam a sua alma e você clama solenemente para que a banda se acalme. Ela obedece ao choro em desespero, porém… Você está preso a ela e a velocidade aumenta de forma esplêndida a ponto de te jogar no mosh. Sim! No mosh e se duvidar vai levar bordoada durante o solo impactante de Tony. Contudo, não é apenas isso que a canção apresenta. Ela possui várias nuances também e que casam extremamente bem com a premissa.
“Algo tocou o espírito interior
Uma vez que havia amor, agora há um vazio
Noites de fantasmas enganosos em minha mente
Estou enfeitiçado, escravo do desejo?É saber que o tempo continua passando
Noite após dia, dia após noite
É conhecer aquela sensação de voltar para casa
Para onde meu espírito está”
“Dying for Love” é uma balada forte e chamativa, que conduz o ouvinte encher a sua taça com a melhor bebida para conferir com a devida atenção. O romance paira no ar, mas calma que dessa vez não estou falando de Death Metal. O amor realmente está no ar por aqui. Tony Martin traz ao púlpito musical a sua aura teatral e interpretativa para recitar cada verso. Rondinelli e Geezer dão seguimento à valsa e encaminham o enredo para ir de encontro a outro espaço. Os solos engrandecem a canção e são acompanhados por um conjunto de bases qualificadas ao extremo. Ao som da glória todos se movem como um só. Você pode ouvir? Elas cantam a sua música. Essa é sua música. Refugiados da libertação marchando e cantando esta canção. Você e eu também estaremos cantando juntos com Tony Martin e seus contribuintes da música de qualidade ímpar.
Quando o teclado vem para somar e tornar ainda melhor
“Back to Eden” é uma viagem para o amálgama chamado “Headless Cross”, de 1989. Ela possui um pouco do formato da incrível faixa “Black Moon”, mas possui sua própria identidade e a sua levada é insanamente marcante. Traz também o tempero da época com Ozzy nos vocais e acrescenta tudo isso dentro de um álbum que já seria espetacular mesmo sem ela. Com ela é ainda superior. A pausa que a canção possui é de uma finesa sem tamanho. “Que chique!” – diria o meu amor. E eu concordaria plenamente. E o mestre dos riffs não é apenas habilidoso na arte de construir as bases das músicas, mas também em elaborar solos memoráveis como os de “Back to Eden”.
“Nós somos os demônios estelares estendendo a mão, sim
Queremos tocar seu mundo
Nós somos os criadores de sonhos, puros e doces, sim
Nós vamos mudar o seu mundo”
“The Man that Rocks the Cradle” é a pura amostra da amizade de longa data da dupla Nicholls e Iommi, que faz escorrer suor masculino dos olhos. Que energia que ela passa e Martin destruindo! A mão que balança o berço também balança alma de quem ouve essa canção. Tony Martin compõe muito bem, assim como Geezer Butler, e canta muito bem também. Somado aos outros combatentes, temos um arsenal de guerra sonora fortíssimo. E quando o verso diz:
“Quando a mão que balança o berço é a mão que segura a faca
E a faca que corta o cabo é a faísca que alimenta a vida”
Reflexão sobre o ciclo
É o entendimento sobre o ciclo da vida. O bem e o mal interligados com cada qual em sua posição de modo a equilibrar o processo entre morte e vida, dor e alegria. É simplesmente um dos grandes singles e que recebeu videoclipe. A mão que embala o berço também produz música de qualidade ampla. Portanto, sabemos muito bem que Tony Iommi e seus companheiros de banda são confiáveis totalmente. Principalmente em se tratando de “Cross Purposes”. E olha que nem sequer foram mencionados os solos dessa de “The Man that Rocks the Cradle”. Não é das mais velozes, mas possui uma levada que te faz sair do chão e vibrar feliz por fazer parte dessa festa regada a muita melodia e melancolia das boas.
Apoteose com o pecado capital e o mal olhado
“Cardinal Sin” é satanicamente magnífica com sua levada carregada e que depois descamba para uma variação entre velocidade e riffs como se o veículo estivesse que fazer curvas fechadas, reduzindo bruscamente marcha à marcha até retomar a reta ao lamber a zebra. Solos harmônicos para ninguém botar defeito e sonoridade contundente. Mas, para onde você vai quando sua consciência assume o controle? Você rasteja até o seu canto e chora? Ou prefere ouvir Black Sabbath?…
“Evil Eye” possui tão somente e simplesmente o DNA do Black Sabbath, comandando tudo e mais um pouco. Ela é mais presente e vibrante, apresentando Tony Iommi em primeiro plano. O homem desempenha um papel extremamente importante ao abrir a canção com tranquilidade. A canção oferece um trecho amplo para o baixo de Geezer se destacar frente aos demais músicos. Em contrapartida, temos Iommi desempenhando o seu papel clássico na hora de criar novos solos para novas músicas. Inclusive, temos Geoff em maior evidência através de mais trabalho exercido dentro de cada faixa.
“Algo sobre o jeito que você olha para mim
Você observa cada movimento, cada palavra, cada fantasia
Não tenho tempo para o amor, há algo em sua mente
Tenho o rosto de um anjo, mas o olhar de um demônio dentro”
Temos a bônus “What’s the Use” com uma estrutura próxima a de “Immaculate Deception”. Quem comanda o início é Bobby Rondinelli que esbanja técnica e empenho quanto à abertura e a ótima levada. Temos nas mãos de Geezer o pulso firme do alicerce, além das mãos precisas de Tony tanto nos riffs velozes quanto nos solos distorcidos e característicos do mestre das seis cordas. E em meio a tudo isso, temos Tony Martin como figura importante nesse cenário esbanjando o seu feeling e a sua magia vocálica. O final da canção é como em um término de apresentação ao vivo.

Objetivos alinhados diante das conclusões gerais
“Cross Purposes” não deveria ser sombra de “Dehumanizer” e de nenhum outro álbum do Sabbath. Esse álbum caminha com suas próprias forças, pois possui uma qualidade descomunal. Ele é completamente injustiçado, pois conseguiria caminhar com as próprias pernas. A quem se diz fã do Black Sabbath, deveria olhar com mais carinho para a fase de Tony Martin e, dependendo do gosto musical com relação ao tipo de voz que lhe cai bem, poderá curtir essa e as outras obras na voz de Sr. Anthony Philip Harford.
Nesse artefato sonoro temos todas as músicas dentro do que podemos chamar de perfeição. O equilíbrio é notório e as canções possuem personalidade própria, com cada uma tendo identidade única. Eu citei “Cross of Thorns” como a minha faixa favorita, mas amanhã pode ser “Evil Eye” e por aí vai. E a sua escolha pode ser outra ou até mais de uma favorita. Eu poderia colocar todas como favoritas, até mesmo a faixa que só aparecia em materiais específicos. Álbuns japoneses, só para ilustrar. Mas de fato, o que importa é que “Cross Purposes” é um álbum excepcional e agora com a remasterização dele, o ganho foi ainda maior. Valeu pela espera.
Quanto ao álbum, se você não compactua com as informações e opiniões sobre “Cross Purposes”, você é uma completa “Immaculate Deception”.
Curiosidades sobre “Cross Purposes”
De acordo com o livro Never Say Die!, Eddie Van Halen estava no estúdio durante a gravação e contribuiu para a composição de “Evil Eye”, embora ele não seja creditado. Houve relatos conflitantes sobre se ele é quem tocou na versão final da música, no entanto. Tony Martin (em 2019) e Tony Iommi (em 2020) esclareceram que Eddie escreveu o primeiro solo, mas Tony Iommi o tocou na versão do álbum.
“Cardinal Sin” foi originalmente chamada de “Sin Cardinal Sin”, mas devido a um erro de impressão, foi nomeada no rótulo como “Cardinal Sin”.
Curiosamente, uma versão quase idêntica da imagem do “anjo em chamas” foi apresentada no single “Send Me an Angel” do Scorpions três anos antes (1991).
De acordo com Geezer Butler, o título provisório para este álbum era “Souled-Out”. O título provisório foi ideia de Tony Martin.
“Cross Purposes” foi gravado no Monnow Valley Studios, em Rockfield, Monmouthshire, País de Gales, Reino Unido. Além disso, foi mixado no The Wood Hall, Bath, Somerset, Inglaterra, Reino Unido. E por fim, masterizado no Metropolis Mastering, Londres.
“When a promise is broken and no one trusts you
And young ones crying with their heads in their hands
When you talk about saving the souls of the faithful
You can’t help thinking you’ve got blood on your hands
From a cross of thorns, cross of thorns”
nota: 10
Integrantes:
- Tony Martin (vocal)
- Tony Iommi (guitarra)
- Geezer Butler (baixo)
- Bobby Rondinelli (bateria)
- Geoff Nicholls (R.I.P. 2017 – teclado)
Faixas:
1. I Witness
2. Cross of Thorns
3. Psychophobia
4. Virtual Death
5. Immaculate Deception
6. Dying for Love
7. Back to Eden
8. The Hand That Rocks the Cradle
9. Cardinal Sin
10. Evil Eye
11. What’s the Use*
Redigido por Stephan Giuliano
Para muitos foi considerada a Era Blaze(ex-Maiden) da banda, essa é a verdade!!!! Gosto dessa fase Martin do Sabbath…grandes clássicos e grandes pitadas do Hard Rock!!!! Tony Martin cantava muito naquela época, valeu!!!!