David Coverdale está completando 72 anos, na data de hoje.
Que tal falarmos, de forma resumida, sobre sua história como artista?
Era 1973, um jovem de 22 anos, da banda The Government, encarou a missão de substituir Ian Gillan, no grupo que vivia seu auge, sendo um dos mais influentes até hoje.
Os fãs de Deep Purple torceram o nariz para o novo line-up, o qual também trazia o vocalista/baixista, Glenn Hughes, substituindo Roger Glover e ajudando nos vocais, contudo, isso mudaria logo.
A cisma com o garoto durou pouco tempo:
Toda a cisma dos fãs terminou após o lançamento de “Burn” em 1974, pois o disco foi um sucesso e iniciou a era que é considerada por muitos como a do segundo line-up clássico do quinteto, Mark III.
No mesmo ano veio o disco “Stormbringer”, todavia não repetiu o êxito de seu antecessor, mas ainda assim foi e é cultuado por amantes do Rock no mundo todo.
O “encrenqueiro” guitarrista Ritchie Blackmore deixa a banda por desavenças (algo comum em sua carreira), tendo como substituto Tommy Bolin.
No ano seguinte, “Come Taste The Band”, um disco que mistura tendências mais Blues, Soul Music e Funk, fechou um ciclo de um dos períodos mais incríveis que uma banda já passou.
Em 1976, houve o anúncio do encerramento das atividades do Deep Purple, que só voltaria em 1984, lançando o clássico “Perfect Strangers”, porém com o retorno da chamada Mark II.
Whitesnake:
O menino Coverdale não se intimidou, não se pendurou em sua passagem pelo Deep Purple.
Em 1977, montou seu projeto solo, lançando dois discos, “White Snake” e “Northwinds”, ano no qual nascia o Whitesnake com “Trouble”.
O novo quinteto ganhou alguns seguidores, mas nada que se comparasse ao Deep Purple.
Bons discos continuaram a sair: Lovehunter (1979), Ready an’ Willing (1980), Come an’ Get It (1981), Saints & Sinners (1982), porém o melhor estava por vir.
“Slide It In” (1984) contou com a produção de Martin Birch, que elevou o Whitesnake a outro patamar, porém, nada ainda tinha sido como o “Burn”.
Em 1987, chega o homônimo com sete canções inéditas e duas regravações.
“Crying In The Rain” e “Here I Go Again”, que foram sucesso junto com as novidades “Is This Love”, “Still Of The Night” e “Gimme All Your Love”.
Em outras palavras, foi um estrondo absoluto, dando a Coverdale o estrelato por mérito próprio.
“Slip of the Tongue” (1989) usou a mesma fórmula do “1987”, contando com Adrian Vandenberg e Steve Vai nas guitarras, regravando “Fool For Your Loving”.
O disco não obteve o mesmo sucesso, porém manteve o Whitesnake nas alturas.
“Coverdale & Page”:
Coverdale se dedicou por um tempo ao seu projeto com o guitarrista do Led Zepellin, “Coverdale & Page”.
Em 1997, o cantor compôs um disco com músicas mais baladas e voltados para o Blues, o que seria seu álbum solo, porém, por pressão do selo, a marca Whitesnake reaparece.
“Restless Heart” agrada os fãs da banda, apesar de ser um disco mais romântico, sua sonoridade faz parte das raízes e influências de Coverdale.
Em 2003, ocorre a volta com o Whitesnake com outro line-up e em 2008, “Good to Be Bad” vem ao mundo, porém, embora tenha bons momentos, não convence.
O mesmo ocorre com “Forevermore” de 2011.
“The Purple”, um equívoco:
Em 2015, vem o grande pecado de David com o lançamento do álbum “The Purple”.
O registro contém regravações de sua era no Deep Purple, contudo ele nunca havia vivido de sua ex-banda.
Usar esse artifício anos depois não funcionou.
Com o anúncio turnê de despedida, “Flesh & Blood” chega em 2019, resgatando as raízes do Whitesnake e, embora não se compare aos seus melhores lançamentos, agradou muitos fãs que esperavam pelo retorno dessa sonoridade.
Quem vê Coverdale com dificuldades até de cantar nos shows atuais, não tem ideia do glorioso caminho percorrido por esse cidadão nascido em Saltburn-By-The-Sea.
O menino envelheceu, mas o seu legado será eterno e não foi ele que usou o Deep Purple, mas foi o Deep Purple que teve orgulho de ter a sua voz em suas canções.
Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz
Cantou muito
Parabéns pelo texto! Encerrando com foi o Deep Purple que teve orgulho de ter Coverdale como vocalista, deu reconhecimento a dois monstros do rock!
Justíssimo reconhecimento a um dos maiores de todos os tempos!!!!
Desde 1985 sempre fui muito fã de David Coverdale inclusive me influenciou como vocalista. Sempre simpático e agradável com os fãs. Infelizmente eu tive oportunidade em 2008 de cantar com a banda dele mas não com ele no palco. Não tive oportunidade de conhecer mas sempre me pareceu um excelente ser humano
Gostaria de corrigir o meu texto dizendo que felizmente eu tive oportunidade de cantar com a banda dele. Foi apenas um erro de texto perdoe