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Resenha: Goaten – “Midnight Conjuring” (2023)

“Midnight Conjuring” é o primeiro full lenght da banda de Heavy Metal gaúcha, Goaten, lançado no dia 22 de novembro de 2023, através do selo Cianeto Discos. Após dois EPs, “The Following” (2020) e “Crimson Moonlight” (2021), e cinco anos de sua formação na região de Vale dos Sinos/RS, o power trio finalmente lança o seu álbum completo.

   

Eu acompanho o trabalho do Goaten desde o seu início e até posso ser considerado suspeito para escrever a crítica sobre “Midnight Conjuring”, afinal de contas, é fato para todos que me conhecem, o quanto os dois primeiros registros fazem a minha cabeça. Ainda assim, eu não poderia deixar de fazê-lo, pois aguardo há muito por esse momento.

GOATEN / Divulgação / Facebook / Instagram

1ª Trinca: “Witche’s Serenade”, “Phantom Chaser” e “Pride Or Dust”

Confesso que nas primeiras audições de “Witche’s Serenade”, eu achei que o refrão soasse um tanto “moderno”. Porém, após ouvir mais vezes, eu assimilei a música e já gosto bastante dela, principalmente da sensacional mudança de dinâmica na primeira parte do solo de guitarra. Assim sendo, excelente abertura do “Midnight Conjuring”.

A canção Heavy/Rock, Phantom Chaser, já estava disponível como single desde 2022, então, eu já reconhecera todo o seu potencial anteriormente ao lançamento do full lenght, Inclusive, ela está entre as minhas favoritas do agora álbum completo, pois nenhuma passagem dessa obra me surpreendeu tanto quanto os seus segundo finais, quando a mesma acelera e se transforma em híbrido de Speed, Thrash e Death Metal. Mas, só a parte instrumental, vamos deixar bem claro.

A atmosfera épica de “Pride or Dust” é, igualmente, um dos pontos altos desse trabalho, sendo ela uma das melhores surpresas desse disco, assim que, aproveito esse momento para elogiar a evolução dos músicos que compõe o line-up. Em primeiro lugar, a evolução vocal de Francis Lima, que faz com que sua voz se encaixa perfeitamente em cada canção. Os arranjos de bateria de Rafael Marco estão mais sofisticados e cada novo registro e, finalmente, os riffs e, principalmente, os solos de Daniel Limas estão em uma crescente de técnica, criatividade e melodia, adjetivos que o acompanham desde o princípio.

   
GOATEN / Divulgação / Metal Archives

2 ª Trinca: “Until I Come Again”, “Bells” e “When Midnight Comes”

“Until I Come Again” coroa o trabalho com mais Hard’&’Heavy, fazendo parecer que esse realmente será o principal seguimento da banda de agora em diante, contudo o que nos interessa nesse momento é comentar a qualidade musical. A quarta faixa do disco tem variações ritmicas que a tornam ainda mais interessante e, não supreendentemente, é recheada por mais um lindo solo de guitarra.

“Bells” já é minha velha conhecida, pois também está presente no segundo EP do Goaten, “Crimson Moonlight”, de 2021. Posso estar enganado, mas me parece que essa canção passou novamente pelo processo de produção para entrar no full lenght. Bom, como eu já disse, não tenho certeza, é só um palpite e, quanto a música em si, confira o que eu disse na resenha do EP que ela também está presente:


“Na minha viagem particular, essa faixa em sua parte instrumental me remete as sonoridades germânicas do Scorpions e Accept, no entanto, como já deixei claro no início da frase, é tão somente visão privada. Antes do curto, mas lindo solo de guitarra, um breakdown deixa tanto a dinâmica e quanto a atmosfera, fantásticas. “

“When Midnight Comes” é um tema que a maioria das pessoas prefere classificar como power ballad, porém para mim, ela é somente uma música mais cadenciada dentro da sonoridade do Goaten, sendo que nela destaco principalmente os arranjos de baixo de Francis e os solos de Daniel.

GOATEN / Divulgação / Facebook

Trinca Final: “Finally Free”, “Metal Blade” e “The Thing at the Camp”

“Finally Free” é mais uma “velha conhecida” minha, pois ela foi o “lado B” do single “Phantom Chaser” e, obviamente, também foi lançada em 2022. Aliás, qualquer uma das duas poderia ser o “lado A” do single, já que ambas são incríveis e para mim fica difícil escolher. Em seguida, Goaten mergulha em uma sonoridade completamente diferente do que fizeram até o presente. Defino “Metal Blade” como uma mescla entre Heavy e Thrash Metal old school, inclusive, a voz de Francis Lima nunca esteve agressiva como nessa canção. Oxalá, Goaten grave mais músicas como essa.

Ao contrário de sua antecessora, “The Thing at the Camp” introduz com dedilhados de guitarra e um ritmo bem mais contido no início, possuindo inclusive uma sútil pitada de Prog, para àqueles que estiverem em plena concentração enquanto a escutam. Devo salientar, mais uma vez, o quanto esses músicos evoluíram em suas performances, assim como no nível de suas composições. Com o lançamento de “Midnight Conjuring”, Goaten provou que está deixando de ser promessa e se tornando realidade.

   

Parabéns pelo primeiro full lenght, Goaten!

Nota 9,2

Integrantes:

  • Francis Lima (vocal e baixo)
  • Daniel Limas (guitarra)
  • Rafah Marco (bateria)
  •    

Faixas:

  • 1.Witche’s Serenade
  • 2.Phantom Chaser
  • 3.Pride or Dust
  • 4.Until I Come Again
  •    
  • 5.Bells
  • 6.When Midnight Comes
  • 7.Finally Free
  • 8.Metal Blade
  • 9.The Thing at the Camp
  •    

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

   

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