“Graveworms, Cadavers, Coffins and Bones”, sexto full lenght do duo sueco de Death Metal, Carnal Savagery, chegou hoje, 22/11/2024, antes mesmo que seu antecessor, “Into the Abysmal Void“, completasse um ano de lançamento. Ou seja, Mattias Lilja (vocalista) e Mikael Lindgren (guitarra, baixo e bateria) ofereceram, aos seus seguidores, dois full lenghts dentro do mesmo ano.
Em 2022, isso já acontecera com o lançamento dos álbuns completos “Scent of Death” e “Worm Eaten”, não sendo, portanto, uma novidade em sua dicografia. No entanto, em um ano que tivemos dezenas de grandes lançamentos no subgênero Metal da Morte, não seria um risco lançar dois discos?
A resposta seria sim, se partisse de quaisquer outras bandas, salvo no caso dos suecos do Carnal Savagery. Mas por que, exatamente, esse duo configura uma exceção ao risco de chover no molhado?
Obviamente, porque estamos diante de compositores que sabem exatamente o que querem de sua criação musical desde que formaram a banda no ano de 2017 na cidade de Gotemburgo. A propósito, assim como mencionamos em resenhas anteriores, Death Metal sueco de qualidade deveria ser considerado pleonasmo.
“Into the Abysmal Void” X “Graveworms, Cadavers, Coffins and Bones”
Tentamos evitar comparações entre álbuns de uma banda com estilo tão consagrado como o do Carnal Savagery, mas sendo os dois registros do mesmo ano, as mesmas se tornam inevitáveis. Da mesma forma que “Into the Abysmal Void”, a sonoridade presente no sexto full lenght mescla elementos de Death Metal old school com Death Doom. Entretanto, no atual lançamento, a dosagem de Death Doom está consideravelmente maior que em seu antecessor. Inclusive, no primeiro single, o qual saiu ao mesmo tempo com duas canções, “Carnal Blasphemy” e “Graveworms, Cadavers, Coffins and Bones”, já era possível prever tal caracterísitica.
As letras da canções, do mesmo modo como acontece desde a fundação do Carnal Savagery, são baseadas em temáticas Splatter/Gore. Assim sendo, nada de novo em relação a esse quesito. Há várias influências que parecem nortear as composições do atual duo. As bandas Deicide, Autopsy, Slayer, Dismember, Grave e Entombed são algumas das quais notamos de forma mais explícita e, então, podemos citar sem receios de equívoco.
Afinal de contas, “Graveworms, Cadavers, Coffins and Bones” caiu no temível abismo do “mais do mesmo”?
Embora as onze canções presentes no atual full lenght do Carnal Savagery não signifiquem nenhuma novidade em relação ao seu lançamento anterior, elas preservam, de maneira digna, a proposta e alma de Mattias e Mikael.
Ainda assim, haverá quem os acuse de mais do mesmo. Contudo, esse tipo de crítica não deve ser levada tão a sério. Os dois membros do Carnal Savagery parecem dedicar a íntegra de seu tempo livre a trabalhar em novas composições de Death Metal, sempre tentando adicionar o máximo de qualidade possível para que possam assinar, com orgulho, faixas que vão estar disponível a pessoas, que assim como eles, apreciam verdadeiramente um dos subgêneros mais fantásticos do Heavy Metal.
Destaques:
Além dos dois singles, aos quais já nos referimos anteriormente, “Carnal Blasphemy” e a faixa título, podemos destacar também as músicas: “Nailed to the Cross”, “Death Triumphant”, “Autopsied Alive” e “Decapitated”. Mas é bom deixar claro, que não há uma única faixa ruim dentre as onze de “Graveworms, Cadavers, Coffins and Bones”.
Em suma, Mattias e Mikael, ou melhor, Carnal Savagery, merecem os nossos parabéns, novamente. Oxalá, a sua vontade de compor e produzir jamais diminua e que o desâmino e as dificuldades da cena não consiga desanimá-los nunca.
Grattis, Carnal Savagery, till ännu ett fantastiskt Death Metal-album.
Nota 8,6
Integrantes:
- Mattias Lilja (vocal)
- Mikael Lindgren (guitarra, baixo e bateria)
Faixas:
- 1.Nailed to the Cross
- 2.Carnal Blasphemy
- 3.Gallery of Flesh
- 4.Bind Torture Kill
- 5.Graveworms, Cadavers, Coffins and Bones
- 6.Death Triumphant
- 7.Charred Mass of Flesh
- 8.Autopsied Alive
- 9.Burnt to Death
- 10.Mutilation
- 11.Decapitated
