Com pouquíssimo tempo desde que o guitarrista Jeff Loomis e o baterista Van Willians revelaram que o Nevermore retornará do limbo, os fãs já estão em polvorosa e depositando muitas expectativas para o ano de 2025.
Ambos os músicos publicaram teasers em suas redes sociais. O logo do Nevermore aparece em um dos teasers, mas o que chama a atenção são as frases: “Resurrecting The Dream” e “A New Chapter Rises”.
Relembrando a separação
Para quem não se lembra, a banda se separou em 2011 depois que Loomis e Willians se desentenderam com o vocalista Warrel Dane e com o baixista Jim Sheppard. Ambos resolveram sair da banda e, dessa forma, após a separação, Dane e Sheppard acabaram retornando com o Sanctuary, lançando o álbum “The Year The Sun Died”, em 2014.
Infelizmente, em 2017 durante uma passagem do vocalista pelo Brasil, mais precisamente na cidade de São Paulo, Dane acabou sofrendo um ataque cardíaco e faleceu.
A história do Nevermore é muito interessante e também trágica, já que a banda nasceu após o final nada amigável do Sanctuary. Se voltarmos no tempo, podemos notar como em muitas ocasiões dizemos coisas que refletem exclusivamente nosso momento. Não são verdades e nem pensamentos coerentes, são apenas o reflexo do turbilhão de acontecimentos e emoções aos quais estamos mergulhados.
Em 1995, quando o Nevermore lançou o ótimo “Dreaming Neon Black”, aparentemente, tudo estava bem entre a banda. E notem que eu usei a palavra “aparentemente” não por acaso. Warrel Dane, em entrevista ao site Bravewords, foi questionado se ele tinha algum assunto pendente com o Sanctuary. Ele respondeu:
“Não, na verdade não. Acabei de ver um dos guitarristas em uma festa de Natal. Estamos sendo legais um com o outro agora. Está tudo bem, está tudo melhor. Não queremos mais nos espancar. É uma sensação boa, só saber que há um encerramento nessas hostilidades passadas, mas quanto a tocarmos juntos novamente, isso não vai acontecer.
O problema é que toda vez que me reúno com esse cara, ele sempre diz: ‘sabe, talvez seja hora daquele álbum de reunião’, e eu simplesmente tenho que dizer ‘não’. Não precisamos realmente, e além disso, eu sei como é trabalhar com essas pessoas…”
Confesso ser uma sensação estranha ler estas falas sabendo o que aconteceu depois. Mas o mais impactante, foi quando Warrel é questionado sobre a conclusão do álbum “Dreaming Neon Black”. Ela é muito trágica. Será que não havia um outro final possível na mente de Warrel Dane? Veja a maneira pessimista e desesperançosa que ele respondeu a pergunta:
“Não. Esse final é do jeito que eu sempre queria que fosse. Eu sei que é meio deprimente, sombrio e tudo mais, mas acho que é mais interessante escrever sobre assuntos sombrios. Eles podem ficar muito emocionais e trágicos.
Eu gostaria de dizer que o final deveria ter sido mais edificante, mas por quê? A vida nem sempre é assim. Às vezes, pequenos problemas da vida têm finais trágicos.”