O Nailbomb, banda encabeçada pelo ex-Sepultura, Max Cavalera, possui apenas um álbum de estúdio, o “Point Blank” lançado em 1994.
Ao falar sobre o “filho único” da banda até o momento, Max Cavalera contou como foi fazer este disco que traz influências do punk rock e, afirmou que “não sente necessidade regravá-lo”, mas que é um disco que “precisa ser tocado ao vivo”. Em entrevista ao Sense Music Media, ele disse:
“Eu amo muito esse disco. Acho que ‘Point Blank’ é de longe um dos meus discos favoritos de todos os tempos. Foi simplesmente uma explosão fazê-lo. Claro que não nos importamos com nada. Só queríamos fazer um disco brutal e irritado, cheio de sons industriais, samplers e riffs. E é uma loucura que o Nailbomb já tenha 30 anos, e nós realmente iremos fazer alguns festivais na Europa no verão. É ótimo. Eu adoro. Acho que é um daqueles discos que seria uma pena não tocar ao vivo porque é muito bom. Não sinto necessidade de regravar o disco do Nailbomb, mas sinto que ele precisa ser tocado ao vivo. As pessoas precisam ouvir o Nailbomb.”
Ao ser indagado sobre a relevância musical e lírica de “Point Blank”, Max afirma que trata-se de um disco que “profético”.
“De uma forma estranha, ‘Point Blank’ foi quase profético. As coisas que estávamos cantando são o que está acontecendo agora no mundo, infelizmente. Você tem coisas como ’24 Hour Bullshit’ com a mídia. Você tem ‘Sick Life’ com o problema das drogas. Você tem ‘Guerrillas’ com a guerra na Ucrânia. Até mesmo o refrão de ‘Guerrillas’ é assustador: ‘Away from home, learn to hate, die for the land, fucking waste.’ Acho que é assim que essas crianças russas devem se sentir agora indo para a Ucrânia.
Sim, é um álbum profético que é realmente mais relevante agora do que quando foi lançado. É uma loucura.”
Recentemente, Max fez uma apresentação como Nailbomb no Marquee Theatre em Tempe, Arizona, em 9 de novembro. A formação para o evento incluiu três guitarristas, Max, Igor Amadeus Cavalera (filho de Max) e Travis Stone.