Doomocracy, banda grega de Epic Doom Metal, cedeu entrevista ao redator do Mundo Metal, Cristiano Ruiz, falando sobre a sua história, desde que lançou o seu debut “The End Is Written”, em 2014, até seu mais recente lançamento, o excelente “Unorthodox”, em 2022. Além disso, contou detalhes sobre o quarto álbum que está em fase de composição e produção. A fim de saber mais a respeito, confira o nosso bate-papo abaixo.
Desde inicou suas atividades, na cidade de Heraklion, em 2011, Doomocracy conta com o seguinte line-up: Manolis Schizakis (baixo), Minas Vasilakis (bateria), Angelos Tzanis (guitarra), Harry Dokos (guitarra) e Michael Stavrakakis (vocal).
Questões:
Primeiramente, estamos felizes em saber que Doomocracy está preparando o seu quarto full lenght. Desde agora, estamos ansiosos.
Mundo Metal: em 2022, Doomocracy lançou seu terceiro full lenght, “Unorthodox”, ou seja, o melhor álbum de sua discografia, pelo menos em nossa opinião. Como resultado, a mídia e os fãs receberam muito bem o disco. A banda esperava toda essa recepção positiva ou foi uma surpresa?
Doomocracy:
“Muito obrigado por suas palavras gentis e por sua maravilhosa/perfeita análise de ‘Unorthodox’. A resposta da mídia e dos fãs em relação ao álbum foi realmente impressionante, mas não posso dizer que ficamos surpresos. Sabíamos que tínhamos um ótimo álbum com uma linda história conceitual em nossas mãos, mas é claro que ver todos os nossos esforços sendo recompensados assim foi muito satisfatório. Todas essas reações positivas da imprensa e dos fãs nos encheram de energia para tentar superar até mesmo um ótimo álbum como ‘Unorthodox’.”
Mundo Metal: aliás, Doomocracy chegou a executar “Unorthodox” na íntegra. Onde e quando isso aconteceu e como a platéia reagiu?
Doomocracy:
“Sempre achamos que seria ótimo tocar ‘Unorthodox’ na íntegra ao vivo. Então decidimos organizar um show em nossa cidade natal, Heraklion, Creta, Grécia, para recompensar nossa base de fãs local por seu amor e apoio constantes. Como vocês sabem, ‘Unorthodox’ é um álbum conceitual, então foi um desafio para nós tocar todas as músicas do começo ao fim. O resultado foi simplesmente lindo. O público achou nossa apresentação ótima e graciosamente nos recompensou com seus aplausos e gritos. Nós tocamos mais músicas de nossos dois primeiros álbuns depois de “Unorthodox” e a experiência geral foi algo que adoraríamos repetir, se tivéssemos a chance e as circunstâncias certas.”
Mundo Metal: de acordo com uma divulgação recente no perfil do Doomocracy no Facebook, o sucessor do álbum “Unorthodox” está em produção. Como será a sonoridade desse novo full lenght, seguirá a fórmula de álgum dos três discos anteriores ou será diferente?
Doomocracy:
“Estamos mesmo no processo de compor nosso quarto álbum, sucessor de “Unorhtodox”. Ainda não está claro para onde nossa música irá e como o novo álbum soará, mas no Doomocracy sempre gostamos de evoluir de um álbum para outro. Então, espero algo novo e poderoso na qualidade que estabelecemos com nossos três primeiros álbuns, que será a base sobre a qual construiremos nosso novo empreendimento, com novas ideias e novas histórias.”
Mundo Metal: como o quinteto avalia a evolução de sua sonoridade desde que lançou “The End is Written” até os dias atuais?
Doomocracy:
“Como eu disse, nosso objetivo como banda é não permanecer estagnado, mas evoluir de um álbum para o outro. Então, naturalmente, achamos que tanto nosso som quanto nossas composições estão evoluindo e ouso dizer, melhorando à medida que passamos do nosso primeiro lançamento para o que em breve será o nosso quarto. Passamos de tocar Epic/Doom metal em “The End Is Written” para mais influências de Progressive e U.S. Metal em “Visions & Creatures of Imagination”, chegando a “Unorthodox” com ainda mais elementos adicionados como thrash, progressive e até partes de metal sinfônico, combinados com interlúdios e partes de fantasia narrativa. Quem sabe aonde o novo álbum nos levará e como a banda soará, só o tempo dirá.”
Mundo Metal: a banda ja fez ou pretende fazer algum show fora da Europa? E o Brasil, da mesma forma, estaria em seus planos?
Doomocracy:
“Fizemos muitos shows pela Europa, mas nunca fomos para outro continente. Houve uma proposta para tocar nos Estados Unidos da América, há algum tempo, mas essa proposta não era o que estávamos procurando. Adoraríamos tocar no lindo Brasil. Amamos o país e sabemos que os fãs brasileiros são alguns dos fãs mais loucos e entusiasmados do mundo. Então, para responder à sua pergunta, o Brasil está definitivamente em nossos planos de turnê, dada a oportunidade certa. Então, enquanto estamos entrando em contato com promotores para fazer isso acontecer, você pode ajudar recomendando o Doomocracy aos seus promotores locais e ver se eles estão interessados. Nós certamente gostaríamos de tocar lá!”
Mundo Metal: algum dos álbuns anteriores, “The End Is Written” ou “Visions & Creatures of Imagination”, foi igualmente bem recebido como “Unorthodox” ou ele foi realmente o mais bem avaliado até agora?
Doomocracy:
“Nosso primeiro álbum ‘The End Is Written’ foi bem recebido e resenhado, sendo um álbum de estreia, mas a promoção do álbum de nossa gravadora anterior não foi das melhores. Ainda assim, tivemos a oportunidade de nos apresentar em muitos países, como Alemanha, Malta, Chipre e mais. ‘Visions & Creatures of Imagination’ recebeu muitas outras excelentes críticas da imprensa em todo o mundo e nos ajudou a nos apresentar em ainda mais países pela Europa. ‘Unorthodox’ teve as melhores críticas e foi entregue a um público muito maior por meio de nossa nova gravadora No Remorse Records, cuja equipe fez um bom trabalho promovendo o álbum. Então, eu diria que todos os nossos álbuns tiveram uma ótima recepção no lançamento, mas a campanha para cada um deles foi diferente.”
Mundo Metal: ainda sobre “Unorthodox”, desde quando o ouvimos pela primeira vez, mesmo antes de sabermos, ele nos soava conceitual por suas conexões instrumentais. As letras de suas canções, primordialmente, se conectam?
Doomocracy:
“‘Unorthodox’ é de fato um álbum conceitual sobre dias esquecidos e pessoas perdidas. Ele descreve a maneira como o establishment erradica tudo o que é novo, radical e contra suas crenças. Tentamos escrever a história e compor a música de uma forma que nossas músicas se destacassem individualmente, mas também fossem bonitas como um álbum conceitual inteiro. Usamos partes narrativas e interlúdios para dar suporte à história e levamos nossas influências ao limite para apresentar nosso conceito sem realmente pensar em limites musicais. Foi um processo divertido e adoraríamos fazer um álbum conceitual novamente no futuro.”
Mundo Metal: esse espaço serve para que a banda avalie a entrevista, fale sobre algo que não perguntamos, da mesma maneira para que fique a vontade e diga o que sentir que deve dizer:
Doomocracy (Epic Doom Metal):
“Muito obrigado pelo seu grande apoio. Nós amamos o Brasil e sabemos que temos muitos fãs lá. Faremos o nosso melhor para chegar lá o mais rápido possível!”
Mundo Metal:
Estamos esperando desde já por sua visita ao Brasil! Agradecemos pela entrevista.
Entrevistado: Doomocracy
Entrevistador: Cristiano “Big Head” Ruiz