Atropina, banda gaúcha de Death Metal, cedeu entrevista ao redator do Mundo Metal, Cristiano Ruiz, falando sobre sua história e sonoridade desde que iniciou sua discografia com o full lenght “Santos de Porcelana” (2001). A fim de saber mais, confira o nosso bate-papo abaixo.
Atualmente, o line-up da banda conta com os seguintes músicos: Alex Alves (guitarra e guitarra), Murillo Rocha (vocal e baixo), Fernando Müller (guitarra), Cleomar Schmitzhaus (2013 baixo) e Jonas Jacobs (bateria).
Questões:
Mundo Metal: faz três anos desde que vocês lançaram o seu quarto full lengtht, “Prego em Carne Podre”. Desde então, quais novidades o quinteto vem preparando desde então?
Atropina:
“Estamos trabalhando num full que deveremos lançar ainda esse ano. Seguirá a mesma sonoridade do Prego com um pouco do tempero de Santos de Porcelana.”
Mundo Metal: considerando que o lançamento de “Prego em Carne Podre” ocorreu ao mesmo tempo que o mundo vivia uma pandemia devastadora, como foi o trabalho de divulgação desse disco, se é que ele pode ocorrer?
Atropina:
“Apesar de todos os problemas devido à Pandemia, tivemos que nos reinventar, tanto na composição e gravação do álbum quanto na distribuição dele. Achávamos que teríamos dificuldades em encontrar selos dispostos a distribuir, mas tivemos a surpresa em conseguir parceiros tanto no Brasil quanto fora e graças ao apoio desses selos conseguimos lançar oficialmente e a distribuição foi muito positiva.”
Mundo Metal: de “Santos de Porcelana” a “Prego em Carne Podre”, quais foram as alterações e os avanços na sonoridade da banda?
Atropina:
“Santos de Porcelana é um álbum mais brutal em relação aos demais, mas a produção era bem precária na época. Os álbuns seguintes puxam mais para o death metal tradicional com influências de black metal, sendo que o Prego conseguimos alcançar a sonoridade que mais nos agrada. Queremos no próximo álbum trazer alguns elementos dos primeiro álbum. Uma característica que não deixaremos de ter são as letras em português.”
Mundo Metal: o quinto full lenght já está em processo de composição? Além disso, haverá alguma mudança de formação em relação ao quarto disco?
Atropina:
“Tivemos a mudança do baterista com a entrada do Jonas.
Estamos com as composições bem adiantadas e estamos bem satisfeitos pela evolução em relação aos demais álbuns.”
Mundo Metal: falem abertamente sobre a temática lírica das canções, assim como sobre as influências musicais dos integrantes.
Atropina:
“Nossas temáticas sempre abordaram o ataque às práticas do cristianismo no controle de massas. Entendemos que estar livre de crenças impostas pela igreja faz as pessoas viverem melhor. No próximo álbum falaremos bastante da morte, que é o fim de ciclo de todos e depois disso simplesmente se deixa de existir.”
Mundo Metal: embora seja uma assunto delicado, é impossível não tratar dele nesse momento. Como os desastres causados pelas chuvas afetaram a cena Metal do RS?
Atropina:
“Os eventos de metal assim como outros foram cancelados.
Fizemos um evento a alguns dias para arrecadar dinheiro para ajudar algumas pessoas.
Infelizmente a cicatriz vai demorar para curar e o impacto na vida das pessoas será por décadas.”
Mundo Metal: enquanto a banda se chamou Legis Edax, foi lançado o full lenght “Hideous Manipulation”. Esse disco foi uma tentativa de fazer o mesmo som do Atropina em inglês?
Atropina:
“Exatamente. Além da sonoridade um pouco diferente optamos pelo inglês. Mas foi um projeto de um único álbum e apos uma pausa voltamos como Atropina.”
Mundo Metal: esse espaço serve para que vocês avaliem a entrevista, assim como para falem sobre algo que não perguntamos. Ou seja, fiquem a vontade e digam o que sentirem que devem.
Atropina (Death Metal) RS:
“Quero agradecer o apoio e a sua luta em prol do underground. O que eu sempre aproveito para falar é que as pessoas apoiem o metal nacional, tem muita banda boa que merece nosso apoio
Forte abraço e longa vida ao metal!”
Mundo Metal:
Muito obrigado pela participação, valeu!
Entrevistado: Atropina (Death Metal)
Entrevistador: Cristiano “Big Head” Ruiz