Metallica e Megadeth, durante muitos anos protagonizaram uma das maiores rivalidades do metal, desde que Dave Mustaine foi demitido da banda. Hoje, talvez, essa “rixa” não é tão latente quanto antes, mas, vez ou outra, uma declaração com um pontinha de sarcasmo aqui e ali acaba rolando.
Durante uma nova entrevista concedida a Michael Christopher do Vanyaland, o ex-guitarrista do Megadeth, Marty Friedman falou sobre essa “rixa”. Segundo Friedman, eles não se importavam tanto com o Metallica quanto a imprensa faz parecer, mas ele não tem tanta certeza quanto a Mustaine:
“Eu não acho que nós [do Megadeth] nos importávamos tanto com o Metallica quanto as pessoas colocam na imprensa. Nós éramos definitivamente nossa própria banda, nossa própria entidade, no que me diz respeito. Nós admirávamos o Metallica pelo ótimo trabalho que eles faziam, e eles estavam tocando um gênero de música semelhante ao que estávamos fazendo. Então, não há dúvida de que estávamos observando cada movimento deles, o que eles estavam fazendo, o que poderíamos aprender com isso, o que poderíamos adaptar à nossa situação a partir do sucesso deles. Quero dizer, nós dois somos bandas de heavy metal, e Mustaine foi o pioneiro nesse estilo de guitarra base de heavy metal. Hetfield foi o pioneiro nesse estilo de guitarra heavy metal. Ambos foram muito, muito importantes na formação do thrash metal.
Acho que poderíamos aprender um com o outro e certamente poderíamos aprender com o grande sucesso do Metallica. E então não havia dúvidas de que assistimos a isso. No entanto, não foi como qualquer tipo de, ‘Olha, nós odiamos o Metallica’ e ‘Queremos vencê-los’. Não houve absolutamente nenhum — não que eu tenha visto — qualquer tipo de pensamento de rivalidade, mas não tenho ideia de quais são os relacionamentos pessoais de Dave com esses caras. Só me lembro dos jornalistas, é uma manchete suculenta, e então eles seguem com isso, e essas coisas continuam até hoje. Mas essa parte provavelmente foi muito fabricada na mídia do nosso lado. Estávamos muito, muito ocupados com nossa própria música, nossas próprias carreiras, para realmente segui-los tanto. No entanto, nós os respeitávamos muito. Eu os respeitava muito. Continuo a respeitá-los, e acho que eles são uma banda incrível e [ainda há] muito a aprender com eles.”