O Megadeth é uma banda que trocou bastante seus integrantes no decorrer do tempo. Foram tantas mudanças que Dave Mustaine ficou conhecido por ser um cara que frequentemente demite músicos.
É claro que esta é uma meia verdade e você poderá entender muito mais à respeito lendo uma matéria feita pelo Mundo Metal em que explicamos cada uma das demissões e trocas no lineup. Para ler, clique AQUI (observação: a matéria foi escrita antes da saída de Kiko Loureiro).
Mas voltando a atualidade, o guitarrista da formação clássica, Marty Friedman, resolveu abrir sua caixa de pandora particular e contar tudo o que ele jamais havia contado sobre seus tempos de Megadeth.
Obviamente, tudo isso tem um motivo. O guitarrista lançou uma autobiografia no final do ano passado intitulada “Dreaming Japanese” e, dessa forma, não havia como deixar determinados temas de fora. Ele inevitavelmente começou a falar à respeito de seu passado no Megadeth e com isso começamos a entender melhor tudo o que aconteceu.
O que sabemos é que a saída de Friedman foi muito controversa. Logo depois do criticado “Risk”, onde o grupo tentou soar como algo totalmente diferente do que se esperava, Dave Mustaine tratou de avisar a imprensa que traria de volta a sonoridade mais pesada.

Um pouco depois disso, Marty Friedman deixou a banda alegando “diferenças musicais”. E é claro que Dave usou isso para insinuar coisas do tipo, “a culpa foi dele e não minha”.
Soava meio desconexo, mas em uma nova entrevista ao programa WRIF da Meltdown, Friedman deu algumas declarações que, certamente, resultarão em muitas cópias vendidas de sua biografia. Ele disse o seguinte:
“Eu perdi o controle perto do fim do meu tempo com o Megadeth, e eu nunca realmente falei sobre isso porque quando eu deixei o Megadeth, eu parei de dar entrevistas sobre o Megadeth. Completamente. E eu fiz disso uma cláusula em qualquer contrato que tivesse a ver com uma aparição ao vivo ou algo assim, é tipo, ‘você não pode mencionar o Megadeth no letreiro ou no anúncio ou na manchete ou qualquer coisa’.
E eu fiz isso por 23 anos. Mas em uma autobiografia isso é uma grande parte da minha história, então agora é hora de falar sobre as coisas que realmente aconteceram em detalhes e com honestidade e com respeito àquele período de tempo. E com respeito às pessoas na banda e às pessoas ao redor da banda, falar sobre nossos empresários e nossa equipe e, claro, os membros da banda e meus relacionamentos com eles.
Não vai me fazer parecer bem, estou lhe dizendo isso agora, quando você ler no meu livro. Eu não deixei a banda nos melhores termos e eu não quero dizer que ‘ferrei a banda’, mas não foi uma coisa muito legal o que eu fiz. Claro, eu não tive absolutamente nenhuma escolha para fazer o que fiz, e você verá o porquê, mas me sinto muito mal sobre a maneira como deixei a banda e a situação em que os deixei, e você pode ver isso no livro, por que acabou dessa forma. E não há desculpas para o que eu fiz, mas não aconteceria de outra forma. As coisas acontecem e foi isso que aconteceu. Então, agora você finalmente lerá da boca do cavalo, por assim dizer.
Eu acho interessante. Definitivamente não é algo que me deixa feliz. Mas, claro, estou muito feliz por ter deixado a banda e ter conseguido fazer coisas que superaram em muito meu tempo na banda, e a banda fez coisas maravilhosas na minha ausência, então acho que todo mundo ganha. Mas naquele período, não foi legal para ninguém, e acho que é isso que torna a leitura interessante. Então, acho que as pessoas vão, pelo menos elas vão ter um encerramento sobre isso; elas vão saber os ‘porquês’ e os ‘quem’ e tudo isso.”
Será que Dave Mustaine realmente tinha razão? Deixe sua opinião no espaço destinado aos comentários.