Quando o nome do Flotsam and Jetsam aparece em pauta, automaticamente temos “Doomsday For The Deceiver” (1986) figurando logo em seguida como se fosse o seu sobrenome. Decerto, é muito mais que isso. Afinal, trata-se do trabalho mais abrangente e relevante da banda norte-americana de Power/Thrash Metal. Entretanto, a fase atual mostra uma banda bastante revigorada e com vontade de seguir em frente.
O último álbum do Flotsam and Jetsam, só para ilustrar, atende por “I Am the Weapon”. Contudo, trata-se do quinto lançamento da banda desde o retorno de Michael Gilbert, que é o único outro membro da atual formação do Flotsam, além do vocalista Eric “AK” Knutson, a ter no clássico estreante da banda, simplesmente “Doomsday For The Deceiver”.
Em nova entrevista com o podcast Disturbing the Priest, Michael Gilbert foi questionado se ele concordaria que “a banda está em uma era de ouro agora”. Ele respondeu:
“Ah, cem por cento. E estamos todos empolgados com isso também, porque ao longo da nossa carreira, todo mundo sempre voltou aos dois primeiros discos, os clássicos. E, pessoalmente, sinto que nossos últimos quatro discos foram os melhores. É isso que somos agora.”
Ele continuou:
“É um pouco frustrante porque tem muita gente que vem até mim e os [outros] caras da banda também, dizendo que nem sabem que temos algo novo. Eles não sabiam. Ninguém sabe o que está acontecendo. Então há muitos fatores para isso, mas geralmente começa com uma gravadora não fazendo algumas coisas. Na era digital, as promoções agora, não são como costumavam ser. E, claro, somos caras mais velhos. Não sabemos como fazer todas as coisas de mídia social, ou sabemos, mas não somos bons nisso… Mas estamos embarcando. Estamos aprendendo muitas coisas e tentando descobrir. Assim como estamos mudando para um nível diferente também, como uma plataforma diferente. A banda está em uma trajetória ascendente, com certeza. Conseguir novos fãs como você, isso é ótimo. Você ouviu as coisas clássicas, mas agora ouviu as coisas mais novas. E parece para mim que você está cavando as coisas mais novas também, ou mais do que as coisas mais antigas, que é… É isso que eu quero ouvir.”
Sobre quanto do novo material entrará no setlist da banda, Gilbert disse:
“Então, isso é uma coisa que todos nós decidimos fazer, porque temos muitos desses festivais e, tipo, estamos fazendo o 70000 Tons Of Metal [cruzeiro] no mês que vem e eles querem que a gente toque todas as coisas clássicas. E nós ficamos tipo, ‘Não. Tempo limite. Temos novos discos lançados. Queremos tocar nossas coisas novas.’ Então o que estamos começando a fazer é obter garantias maiores para os conjuntos clássicos mais antigos, porque queremos arquivar isso na maior parte e mostrar o que estamos fazendo agora, e apenas fazer isso para ocasiões especiais. [Festival] Keep It True [da Alemanha], fizemos lá e foi ótimo. E vamos fazer isso no 70000 Tons — estamos tocando apenas o primeiro e o segundo discos, e eles pediram isso, mas não podemos continuar fazendo isso. Temos que seguir em frente em algum momento, e acho que nosso material é tão forte ou mais forte do que nossas coisas mais antigas. Só quero que as pessoas ouçam. Não sei como divulgá-lo agora.”
Em suma, vale destacar a discografia que complementa a fase atual do Flotsam and Jetsam. São eles:
- “Flotsam and Jetsam”, lançado em 20 de maio de 2016 via AFM Records.
- “The End of Chaos”, lançado em 18 de janeiro de 2019 via AFM Records.
- “Blood In the Water”, lançado em 4 de junho de 2021 via AFM Records.
- “I Am the Weapon” chegou em 13 de setembro de 2024 via AFM Records.
Por fim, já se passaram 38 anos desde que a banda de Phoenix, Arizona, lançou “Doomsday For The Deceiver”. Portanto, lançado no dia 4 de julho de 1986 via Metal Blade Records.
