DEZ DISCOS QUE SE DEVERIA MORRER ANTES DE ESCUTAR, Cap, II
Aviso: Antes de começar este artigo, é importante salientar que o conteúdo aqui descrito, bem como as menções aos discos e bandas estão relacionados ao gosto pessoal de cada resenhista.
Dito isso, é hora de embarcar no quadro:
“DEZ DISCOS QUE SE DEVERIA MORRER ANTES DE ESCUTAR”.
Como fã, é difícil admitir que aquela banda que tanto amamos e que fez parte de nossas vidas em determinado momento de sua carreira, deu um passo em falso ou a tradicional “pisada de bola”.
Quem em algum momento da vida, quando as plataformas digitais eram opções inimagináveis, comprou um disco de uma banda predileta, voou pra casa na sede de ouvir o referido disco e quando colocou a bolachinha pra rodar, teve que encarar seu maior pesadelo?
Em alguns casos, as mudanças foram tão bruscas que mesmo sendo aquele fã fervoroso, faltaram argumentos para fazer o papel de “advogado de defesa” perante os amigos que se divertiam ao ver nossa cara de decepção ou aquela vergonha propriamente dita difícil de disfarçar.
No entanto, sabemos que gosto é subjetivo e se um determinado álbum daquela banda que amamos trouxe-nos aquela decepção, é provável que este mesmo registro tenha sido a porta de entrada para alguém que iniciou sua história no Heavy Metal. Então tá valendo.
Quando isso acontece, é certo que as famosas divergências aconteçam, que discussões calorosas tomem conta do ambiente nas famosas rodas de amigos, haja visto que os pontos de vistas estão de lados tão opostos que, no final das contas, é preferível mudar a pauta e falar sobre a vida dos suricatos que vivem no Deserto do Kalahari.
Vem comigo!
10º) Sodom – Obsessed By Cruelty (1986):
Me perdoem os fãs boys de Sodom, mas o verdadeiro início da banda se deu com o EP “Expurse of Sodomy” e o full “Persecution Mania”. Tanto o EP “In The Sign Of Evil” quanto o debut “Obessesed By Cruelty” deveriam ter suas existências esquecidas.
Ambos os registros, “In The Sign Of Evil” (1985) e “Obsessed By Cruelty”, devem ter sido gravados em 1/2 canal, em um gravador de voz, no fundo do quintal da casa de Tom Angelripper.
Muitos vão querer me trucidar por isso, mas é só a realidade que pode ser comprovada ouvindo esse monte de zumbidos.
9º) Kiss – Carnival Of Souls / The Final Sessions (1997)
Cinco anos após lançarem o fantástico “Revenge”, Kiss lançou a pior desgraça de sua carreira, “Carnival Of Souls / The Final Sessions”.
O quarteto nova iorquino teve alguns discos mediados e ruins durante a sua longa carreira, mas esse foi o ápice da porcaria.
Após o sucesso do line up com Eric Singer e Bruce Kulick, o Kiss protelou ao máximo para lançar esse segundo disco com essa formação e quando ele, finalmente, saiu, pudemos entender o porquê da demora.
Era melhor não terem lançado. Não fosse “In The Mirror” ter me chamado a mínima atenção, eu nem lembraria que esse disco, que tenta soar Grunge, faz parte da discografia do Kiss.
8º) Deep Purple – Bananas (2003):
Durante a sua carreira, o gigante Deep Purple teve alguns discos mais fracos, a começar pelos três primeiros (Mark I). Houve outros medianos depois do retorno em 1984. A fase com Steve Morse intercala bons e médios álbuns, porém, “Bananas”, décimo sétimo full lenght, lançado em 2003, pode ser considerado no mínimo desnecessário, um disco sem inspiração alguma.
Não pela qualidade dos músicos, pois essa é indiscutível, mas pelas músicas pouca atrativas. Com exceção de “House Of Pain”, faixa de abertura, que é a melhorzinha, o resto é realmente muito enfadonho.
Talvez por ter sido o primeiro disco sem Jon Lord? Talvez sim, mas, Don Airey, seu substituto, é um excelente tecladista e essa mudança é insuficiente para explicar o baixo nível de atração que o álbum provoca em seus ouvintes.
7º) Manowar – Gods Of War (2007):
Manowar é a renomada banda de Heavy Metal que parece ter mais haters que admiradores. Gostem os haters ou não, “Battle Hymns”, “Into Glory Ride”, “Hail To England” e “Sign Of The Hammer” exalam Heavy. Daí em diante, o quarteto ainda teve bons momentos, porém sem a mesma energia que possuía. Ainda assim, os registros sempre tiveram algum atrativo.
Já o “Gods Of War” (ou seria “Gods Of Sono”?) é uma completa tragédia. Disco sonolento, parado e que nem de longe lembra aquele Heavy agressivo dos anos 80.
COMPLETAMENTE, DESNECESSÁRIO.
6º) Megadeth – Risk (1999):
“Risk” é o oitavo disco do Megadeth. A primeira vez que o ouvi, eu fiquei inconformado. Como uma banda que lançou excelentes registro pôde lançar um lixo musical como esse? Fiquei anos sem acompanhar Megadeth por causa dele e perdi lançamentos bons por isso.
Só voltei a dar a atenção novamente para Dave Mustaine & Cia em 2014.
Ainda bem que eles não lançaram outra atrocidade como essa.
5º) Rage – Wings Of Rage (2020):
Conheci a banda alemã de Power Metal, Rage, no festival Live’N’Louder de 2005. Gostei do show e conheci registros deles da época e conclui que eram realmente muito bons.
Quando saiu “Wings Of Rage”, logo o selecionei para escrever a resenha. Me deparei com um disco fraco e sem inspiração alguma, que não representa nem a sombra do trio que vi ao vivo no Canindé.
Só salva a capa.
LAMENTÁVEL, POIS NÃO TENHO COMO DESOUVIR!
4º) Venom – At War With Satan (1984):
Após os clássicos incontestáveis “Welcome To Hell” (1981) e “Black Metal” (1982), o power trio formando por Cronos, Mantas e Abadon lançou uma das piores coisas que tive o desprazer de ouvir.
O lado A é ocupado pela faixa título com vinte minutos enfadonhos e que não empolgam em nenhum um segundo sequer. O lado B até passaria se não fosse “Aaaaaaaaarrgh”. O nome é esse mesmo e a vontade de vomitar acompanha a sua audição.
Sorte que logo no ano seguinte, o bom “Possessed” trouxe o “Venão da Massa” de volta com um disco tão importante quanto os dois primeiros.
TIVE O PRAZER DE DESTRUIR UM VINIL DO “AT WAR WITH SATAN” EM MINHA ADOLESCÊNCIA. (RS)
3º) Destruction – Born To Perish (2019):
Desde os ótimos “All Hell Breaks Loose” (2000) e “The Antichrist” (2001), a banda vinha soando repetitiva e enjoativa a cada novo registro. Quando foi anunciado que o décimo sexto full, “Born To Perish”, voltaria a contar com dois guitarristas, a expectativa de um resgate do bom momento da sonoridade foi grande, porém, o resultado foi tão enfadonho quanto tudo que estava sendo lançado pelo ainda trio em quase duas décadas.
No ano atual, foi lançado “Diabolical”. Finalmente, um registro condizente com a história desse importante nome do Thrash teutônico
2º) Iron Maiden – Senjutsu (2021):
Coloquei o “Sensutsu”, mas também poderia ter colocado o “The Book Of Souls” (2015). Fazia muito tempo que eu tinha deixado de acompanhar Iron Maiden, mas dentro de mim nunca havia desistido de presenciar um retorno ao Heavy Metal oitentista que os consagrou e que é referência para mim.
Infelizmente, me decepcionei profundamente. Dois álbuns sonolentos, preguiçosos, que mais parecem músicas para acampamento de bicho-grilo.
CHAMAR ESSES DOIS DISCOS DE CHATOS É AINDA ELOGIA-LOS.
1º) Black Sabbath – 13 (2013):
Após anos de hiato, Black Sabbath anunciou um novo full lenght. Coloquei mil expectativas na minha cabeça e quando ele saiu, corri ansioso para garantir logo o meu exemplar.
Quando eu coloquei para ouvir “13”, quanta decepção. Músicas que, segundo dizem, marcaram uma volta as raízes da banda e eu posso até concordar com essa afirmação, porém, elas soam totalmente entediantes. Foi difícil para mim, conseguir escutar o disco inteiro de uma vez, tive que fazer em duas ou três parcelas. Depois ouvi novamente e novamente, mas não me animei de forma alguma. A cada nova audição, ele soava pior.
GOSTA DE ALGUM DOS DISCOS CITADOS E DISCORDA DO QUE FORA DITO SOBRE ELES?
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Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz
Confira a parte I:
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