Aviso: Antes de começar este artigo, é importante salientar que o conteúdo aqui descrito, bem como as menções aos discos e bandas estão relacionados ao gosto pessoal de cada resenhista.
Dito isso, é hora de embarcar no quadro:
“DEZ DISCOS PARA MORRER ANTES DE ESCUTAR”.
Como fã, é difícil admitir que aquela banda que tanto amamos e que fez parte de nossas vidas em determinado momento de sua carreira deu um passo em falso ou a tradicional “pisada de bola”.
Quem em algum momento da vida, quando as plataformas digitais eram opções inimagináveis, comprou um disco de uma banda predileta, voou pra casa na sede de ouvir o referido disco e quando colocou a bolachinha pra rodar, teve que encarar seu maior pesadelo?
Em alguns casos, as mudanças foram tão bruscas que mesmo sendo aquele fã fervoroso, faltaram argumentos para fazer o papel de “advogado de defesa” perante os amigos que se divertiam ao ver nossa cara de decepção ou aquela vergonha propriamente dita difícil de disfarçar.
No entanto, sabemos que gosto é subjetivo e se um determinado álbum daquela banda que amamos trouxe-nos aquela decepção, é provável que este mesmo registro tenha sido a porta de entrada para alguém que iniciou sua história no Heavy Metal. Então tá valendo.
Quando isso acontece, é certo que as famosas divergências aconteçam, que discussões calorosas tomem conta do ambiente nas famosas rodas de amigos, haja visto que os pontos de vistas estão de lados tão opostos que, no final das contas, é preferível mudar a pauta e falar sobre a vida dos suricatus que vivem no Deserto do Kalahari.
Dito isso, é hora de relembrar alguns discos que me fizeram passar as maiores vergonhas e na ocasião, me fiz a seguinte pergunta: Por que diabos não fui ver o filme do Pelé?
Vem comigo!
10º) Celtic Frost – Cold Lake (1988):
Após dois discos grandiosos, “To Mega Therion” (1985) e “Into The Pandemonium” (1987), o quarteto suíço lançou “Cold Lake”, terceiro, pavoroso e desnecessário disco de sua carreira.
A sonoridade sombria e agressiva dos trabalhos anteriores deu espaço para um Hard/Glam Rock de péssimo gosto.

Contendo 11 faixas divididas em pouco mais de 33 minutos que parecem durar três horas, “Cold Lake” é aquele disco que dá vergonha de mostrar pros amigos, já que a capa e a foto da banda em nada contribuem.
“Cherry Orchards”, single que ganhou um videoclipe tenebroso, é daqueles que a gente nem lembra que existe e quando lembra, prefere esquecer o que viu.
Em síntese: um disco sem sal, sem açúcar, com músicas que te levam do nada a lugar algum.
*É importante frisar: em “Into The Pandemonium”, o grupo já deu pistas de algo muito ruim estava por vir. E veio!
9º) Accept – Eat The Heat (1989)
Lançado em abril de 1986, “Russian Roulette” ficara conhecido por ser o último trabalho de Udo Dirkschneider à frente do Accept. E foi, pelo menos em sua primeira era como frontman da banda.
Visando o mercado americano e de olho no Hard Rock, que estava em alta na terra do Tio Sam, os alemães resolveram entrar de cabeça na “crista da onda”.

O substituto de Udo foi David Reece, que estreava no tenebroso “Eat The Heat”, oitavo disco da banda lançado em maio de 1989.
Contendo 10 faixas distribuídas em pouco mais de 53 minutos de duração, é disparado uma das piores coisas que o grupo gravou.
Pavoroso, sem nenhum atrativo e com uma sonoridade que em nada lembrava a banda que lançou maravilhas como “Restless Wild”, “Balls To The Walls”, “Metal Heart”, etc, o disco ainda trouxe a desnecessária “Generation Clash”, faixa que ganhou videoclipe (nem precisava).
Resumo da ópera: único álbum com David Reece e encerramento das atividades (retornaria anos depois com Udo de volta ao posto de vocalista).
8º) Helloween – Chameleon (1993):
Após “Pink Bubble Go Ape”(1991), os alemães lançaram, dois anos depois, o lastimável “Chameleon”, quinto disco álbum oficial de estúdio e aquele que seria disparado o pior trabalho de sua carreira.
Trazendo música que em nada, absolutamente nada, lembrava a banda da fase áurea dos “Keepers”, por exemplo, o maldito disco conta com 12 faixas distribuídas em aproximadamente 72 minutos de duração (um verdadeiro tormento aos nossos ouvidos).

Massacrado (e com razão) por público e crítica, o disco marcou a saída do vocalista Michael Kiske.
*Felizmente, a banda daria a volta por cima com “Master Of the Rings”, sexto e excelente trabalho de estúdio. O disco marca a estreia de Andi Deris (ex, Pink Cream 69) assumindo os vocais.
7º) The Cult – The Cult:
Após uma sequência de discos excelentes iniciada em “Love” (1985), “Electric” (1987), “Sonic Temple” (1989) e “Ceremony” (1991), os ingleses estavam com a faca e o queijo nas mãos. Imaginava-se que a banda estava no caminho certo e que o próximo álbum de estúdio seria tão bom, ou no mínimo, seguisse a mesma linha de seus antecessores.
Em outubro de 1994, eis que a dupla Ian Astbury e Billy Duffy lança um dos piores discos da década e disparado o pior trabalho do grupo.

Tudo em “The Cult” (o disco) é absurdamente ruim. Desde a capa que combinaria muito mais com alguma banda de Black Metal, passando pelas melodias (pera aí, eu disse melodias?) e a sonoridade totalmente nonsense, fazem deste, um dos discos responsáveis pelo declínio de alguns estilos nos anos 90.
O grupo ainda lançou um single/videoclipe para a bizarra “Coming Down”. Na boa? Nem precisava.
*Se não conhece a banda e pretende conhecer o trabalho dos ingleses, comece pelos primeiros discos e inteligentemente pule isso aqui. Passe longe disso. Ou melhor, não considere esse disco como um registro do The Cult, já que isso aqui jamais deveria representar a banda. Lamentável.
6º) Queensryche – Hear In The New Frontiers (1997):
Após quatro excelentes trabalhos, incluindo o estupendo “Operation Mindcrime”, um dos melhores discos conceituais de todo os tempos, o quinteto de Seattle lançou, em 1997, “Hear In The New Frontier”, sexto trabalho de sua discografia e aquele que pode ser considerado como o primeiro passo errado da banda, embora “Promised Land”, disco anterior de 1994 seja bem meia boca e enfadonho.
A banda deixava de lado aquela sonoridade característica para investir num disco flertando claramente com o “Grunge”, apresentando 14 faixas divididas em 58 minutos de duração.

Traduzindo: Disco mequetrefe, vergonhoso, desnecessário, enfadonho e uma verdadeira piada de mau gosto.
*Infelizmente,. o pesadelo continuou até o medonho “Dedicated To Chaos”, lançado em junho de 2011, o último trabalho com os vocais de Geoff Tate.
5º) Two – Voyeurs (1998):
Após longos anos à frente do Judas Priest, Rob Halford decidiu deixar o posto de vocalista e investir em uma nova banda (podemos chamar isso de instrumento de tortura).
Ao lado dos músicos John 5 (Marilyn Manson, Rob Zombie) e Trent Reznor (Nine Inch Nails), o músico lançou sua nova banda (eu disse, banda?) batizada de Two.

Contendo 12 faixas inéditas divididas em aproximadamente 47 minutos de duração, o disco apresenta uma sonoridade calcada no Metal Industrial, porém de péssimo gosto e sem sombra de dúvidas uma das grandes decepções musicais de todos os tempos.
Chamar esse disco de ruim é praticamente tecer um grande elogio, já que absolutamente nada se salva por aqui e pra ser ruim, ele (o disco) precisaria melhorar muito.
*Felizmente a banda não vingou e anos depois Halford retornaria ao Judas Priest e, dessa vez, fazendo o que sempre fez muito bem, MÚSICA.
Nota: Antes do Two, Halford formou o Fight que gravou um fantástico debut e antes de voltar ao Judas Priest, retornou ao Heavy tradicional com seu projeto denominado HALFORD.
4º) Heavens Gate – Menergy (1999):
Após lançar três discos de excelente qualidade musical, “In Control” (1989), “Livin’ In Hysteria” (1991) e “Hell For Sale” (1992), os alemães editaram o mediano “Planet E” (1996), álbum que trazia uma mudança de sonoridade se comparado aos trabalhos supracitados. No entanto, o pior estava por vir já que, em 1999, “Menergy” chegava às lojas.

Pra resumi-lo: chato, maçante, desnecessário e uma sonoridade que em nada lembrava aquela banda de outrora.
Cheio de introduçõeszinhas que não acrescentam em absolutamente nada, o maldito disco ainda apresenta 23 faixas, distribuídas em aproximadamente 52 minutos de duração (uma verdadeira tortura).
Não sabemos se foi coincidência, mas a banda encerrou as atividades após esse verdadeiro picolé de chuchu (melhor assim).
3º) Paradise Lost – Host (1999):
Após lançarem “Draconian Times”, um dos melhores discos de sua carreira, os britânicos editaram, em julho de 1997, o mediano “One Second”, álbum que trazia uma sonoridade moderna e diferenciada de seu antecessor. Porém, o pior estava por vir e ele aconteceu, em maio de 1999, quando o grupo resolveu lançar o abominável “Host”.

Contendo 13 faixas divididas em aproximadamente 53 minutos de duração, o álbum deu origem a dois singles, “So Much Is Lost” e “Permanent Solution”, ambos pavorosos e totalmente desnecessários já que a banda virou uma espécie de Depeche Mode, só que bem piorado.
“Host” é disparado o seu pior trabalho, bem como um dos piores discos lançados no finalzinho dos anos 90.
Se o amigo tem respeito por sue tímpanos, mantenha distância disso.
2º) Supared – Supared (2003):
Após deixar o Helloween, Michael Kiske resolve seguir outra direção (musicalmente falando), já que segundo ele, Heavy Metal não estava mais em seus planos.
Após dois discos lançados como artista solo, “Instant Clarity” e ” R.T.S”, Kiske aparece à frente do Supared, sua nova banda e seu álbum auto-intitulado de estreia.

O que dizer do disco e banda? Tão necessária quanto retrovisor em avião.
Para desespero dos nossos tímpanos, o álbum apresenta 14 faixas inéditas e totalmente descartáveis.
Felizmente ficou apenas nisso e em um momento de lucidez de Michael Kiske, nada mais fora lançado (graças a Deus).
*Faixas de destaques: Nenhuma!
1º) Morbid Angel – Illud Divinum Insanus (2011):
Impossível acreditar que a banda que lançou maravilhas como “Altar Of Madness”, “Blessed Are The Sick” e “Covenant” seja a mesma que resolveu judiar dos fãs com essa catástrofe chamada “Illud Divinum Insanus”, nono e tenebroso álbum da carreira.

Para o desespero de qualquer ser vivente, somos torturados com 11 faixas, distribuídas em 57 minutos de duração. Ou seja, é praticamente uma hora de vida perdida e ao final a pergunta que não quer calar:
Quem vai me devolver esta hora perdida e como faço pra voltar no tempo e pular a parte onde decidi ouvir essa desgraça?
*Felizmente, a redenção veio, em dezembro de 2017, com o excelente “Kingdoms Disdained”, a verdadeira cura para os danos causados em nossos tímpanos, causados por seu antecessor.
Gosta de algum dos discos citados e discorda do que fora dito sobre eles?
Divergências fazem parte do amor incondicional ao Rock/Metal.
Redigido por: Geovani “Asilo Boa Paz” Vieira
Confiram a parte II, desta vez, escrita pelo redator Cristiano “Testa de Nós Todos” Ruiz:
TopoGigio fez um copy paste, meteu aqui traduzido e quis tirar uma onda que foi ele mesmo que escreveu o artigo. Duvido até que ouça metal.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Obrigado pelos livramentos, pois com certeza , se eu ouvisse, talvez não tivesse a oportunidade de estar comentando, em suma: Poderia ter virado um zumbi, ser cover de Pablo, ter virado a cabeça e me tornado um transanitta, começaria a contar as estrelas até a última do buraco negro, me tornado um vegetariânus e comer só cenoura, ter perdido a fé em nada, poderia, sim! Obrigado Geovanni
Matéria sem graça, quando piora se colocando o Paradise Lost nessa. Sim, Host é um grande álbum, e não tem nada com isso.
Foi o Régis Tadeu que escreveu isso?
Na verdade, ele mesmo encomendou com a gente #SQN kkk
Putz, olha as idéias do cara kkkkkk mostra aí de onde foi o copy/paste espertão…
Em minha opinião, o maior fiasco de todos os citados nessa matéria, é o do QUEENSRYCHE – HEAR IN THE NEW FRONTIERS (1997). Estive nos EUA nessa época e os boatos que rolavam era que Geoff Tate não conseguia mais cantar como antes, em virtude do uso de esteróides. *Não sei se isso é verdade. E por isso, começou a direcionar as composições para algo menos metal, para que pudesse cantar com mais “conforto”. E por isso, esse álbum é extremamente morno e sem vida alguma. Foi exatamente por causa desse direcionamento forçado empreendido por Geoff, a causa dos vários desentendimentos entre os integrantes que chegou as vias de fato, inclusive com Geoff ameaçando esfaquear seus companheiros. E é evidente que isso causou a separação da banda com extensas brigas judiciais para o uso no nome “Queensryche”. Hoje, a banda renasceu das cinzas com o monstro Toddy La Torre, voltando a fazer heavy metal.
Simples assim. Ridículo você chamar o disco The Cult do The Cult de ruim. Seu comentário sobre o disco é sem noção.
O Geovani conhece a discografia e a carreira do The Cult de cabo a rabo, portanto a opinião dele é genuína, fazendo jus ou não ao disco citado
Só de ler que meu camarada Geovani Gigio Vieira foi o autor desta pérola “metalistica”, ao dissecar tão vis obras de “heavy/Hard”, já imaginei o trabalho muito bem feito.
Olha que não tiraria disco algum , tendo em vista que creio fazerem vergonha para os próprios músicos. Um efusivo abraço meu amigo Gigio.
O velho ranzinza de vez em quando acerta mesmo! Nessa, ele está de parabéns
The Cult é um discaço. Do início ao fim. 20X melhor que Love.