A Cirrose Hepática ceifa milhares de vidas todos anos, porém, ela é um doença levada menos a sério do que deveria. Particularmente, só para exemplificar, perdi meu pai, além de alguns amigos e conhecidos para essa gravíssima doença.
No entanto, se mencionarmos o meio artístico, mais especificamente, o Rock/Metal, a Cirrose Hepática é um assassina, simplesmente, ignorada. Inegavelmente, a maioria das pessoas no meio enxerga as drogas “proibidas” como vilãs, se esquecendo dos malefícios que o consumo excessio de álcool pode causar.
Cirosse Hepática e suas vítimas no Rock/Metal.
Decerto, não vou sequer tentar me aprofundar em muitos casos de óbitos de artistas em decorrência de Cirrose alcóolica. Contudo, falarei de dois exemplos bem chocantes de dois ícones que abreviaram suas vidas, principalmente, pelo consumo etílico excessivo.
DAVID BYRON, primeiro vocalista do Uriah Heep
David Garrick, posteriormente, David Byron, nasceu na cidade de Epping, na Inglaterra, no dia 29 de janeiro de 1947. Em 1969, Byron entrou no Uriah Heep para deixar sua marca na história daquela banda e do Hard Rock.
Dono de uma voz espetacular e uma interpretação acima do bem e do mal, ele gravou nove discos com o quinteto. Assim sendo, do debut, “Very’Eavy, Very’Umble” (1970), ao derradeiro “High Mighty”, nasceram álbuns clássicos absolutos como, “Look At Yourself”, “Demons & Wizards”, “The Magian’s Birthday” e “Sweet Freedom”, além das maravilhosas canções espalhadas no conteúdo dos demais registros de sua era no Uriah Heep.
Logo após sua saída do Uriah Heep, Byron seguiu gravando discos solos e participando de outros projetos, que embora não tivessem o mesmo brilho, seguiam sendo bons.
Infelizmente, no dia 28 de fevereiro de 1985, com apenas 38 anos, David Byron faleceu na cidade de Berkshire/UK, vítima de complicações em decorrência de uma Cirrose Hepática. A BBC tocou “July Morning” em sua homagem, enquanto o Uriah Heep dedicava “The Wizard” em sua memória nos shows da turnê do álbum “Equator”, que saiu no ano de sua morte.
Jeff Hanneman, o eterno guitarrista do Slayer
Jeffrey John Hanneman, posteriomente, Jeff Hanneman, começou a tocar na banda americana de Thrash Metal, Slayer, no ano anterior ao qual completaria 18 anos. Como resultado, foram doze álbuns nos quais imperou a violência sonora que fez a cabeça de muitos da geração dos anos oitenta e também das seguintes.
Hanneman nasceu no dia 31 de janeiro de 1964 na cidade de Long Beach/CA e, inegavelmente, viveu uma vida “muito louca” dentro da banda a qual foi membro durantes muitos anos. Toda essa loucura gerou um arsenal de clássicos da música pesada e esse legado, felizmente, a Cirrose não conseguiria matar, jamais.
No ano de 2011, logo após ao que parecia uma picada de aranha em seu braço, que o deixou extremamente inchado, Jeff contraiu uma doença chamada Fasciste Necrosante.
Em suma, ele teve que se afastar dos palcos e das atividades do Slayer para sua recuperação e o guitarrista Gary Holt (Exodus) começou a fazer a sua vez, dentro e fora dos palcos.
Durante esse período sem atividades com sua banda, Jeff aumentou consideravelmente o seu consumo de bebidas alcóolicas, que pelo que consta, já não era pouco.
Infelizmente, Jeff Hanneman morreu no dia 2 de maio de 2013, em um hospital no sul da Califórnia, com apenas 49 anos, vítima de complicações hepática causadas pela Cirosse.
A Cirosse Hepática é uma doença que jamais deve ser relativizada
Portanto, não se enganem, as drogas “proibidas” não são as únicas capazes de matar as pessoas que amamos, o alcóol, que pode ser comprado livremente em qualquer esquina, também tem esse mesmo poder, se não for tomada a devida cautela com o seu uso.
Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz
Dedicado ao meu pai, Roberto Rodrigues Ruiz (In Memorian)
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