Na noite do último sábado, 16 de novembro, o vocalista do W.A.S.P, Blackie Lawless, surpreendeu os fãs ao tornar público o seu posicionamento político durante um show no Hammerstein Ballroom no Manhattan Center em Nova York.
O cantor fez um longo discurso antes do encerramento do show “Blind In Texas” opinando sobre liberdade de expressão e o presidente eleito Donald Trump, antes de descer quatro faixas com a inscrição Trump 2024 ao lado de um telão que mostrava a imagem de Trump com o punho cerrado após a tentativa de assassinato em 13 de julho de 2024 durante um comício perto de Butler, PA.
“Faremos algo um pouco diferente esta noite. Estamos na cidade apropriada para fazer isso. Sabe, foi Shakespeare que disse: ‘Alguns nascem para a grandeza. Alguns têm a grandeza imposta a eles’. Foi o historiador grego Heródoto que disse que quando se trata de tragédia e coisas assim, não governamos as circunstâncias, as circunstâncias nos governam.”
Em seguida, Lawless, refletiu sobre sua experiência com a censura em 1985, quando o Parents’ Music Resource Center (PMRC) colocou “Animal (Fuck Like a Beast)” do W.A.S.P em sua lista Filthy Fifteen.
“Agora, quando eu era criança, crescendo do outro lado da baía aqui em Staten Island, eu nunca, eu nunca imaginei que chegaria a minha hora em que eu seria jogado em uma situação sobre a qual eu não teria controle. Agora, fará 40 anos no ano que vem, houve uma situação que aconteceu, e foi chamada de PMRC. E houve audiências, houve audiências feitas em Washington, DC e dois dias depois, Frank Zappa e eu subimos em um palco logo ali na esquina e falamos sobre os males que viriam sobre eles. Porque a censura é uma coisa feia, feia. E não é só na música. Acontece em todas as formas de vida.
Agora, descendo a rua aqui em Lower Manhattan, há uma capela lá embaixo. É chamada de Capela de São Paulo. Agora a conhecemos como a capela do 11 de setembro. Mas antes disso, quando George Washington foi eleito o primeiro presidente dos Estados Unidos, depois que ele foi empossado no prédio federal, ele entrou naquela rua e foi até aquela capela e consagrou os Estados Unidos da América a Deus Todo-Poderoso ali mesmo naquele lugar.
A primeira emenda da nossa constituição garante a liberdade de expressão. Nossos pais fundadores foram gênios o suficiente para saber que se você pode controlar a fala, você pode controlar o pensamento. E esses homens sabiam disso. Esses eram grandes homens. Avançando algumas centenas de anos, quase 250, agora temos uma situação nos últimos seis, oito anos, encontramos a censura novamente mostrando sua cabeça feia, feia. Agora, dessa vez está na Internet, e está afetando cada um de nós.”
Por fim, Blackie Lawless, lembrou do fato de que Donald Trump estava no Madison Square Garden, ao lado de onde o show do WASP estava sendo realizado.
“Hoje à noite, você pode não estar ciente, mas bem ao nosso lado aqui no Garden, há um homem que sofreu tentativa após tentativa, assassinatos em sua vida, e esse homem se levantou por este país. Ele está bem ao lado agora mesmo no Garden.
Agora, tenho duas coisas pelas quais sou mais apaixonado. Uma delas é a liberdade de expressão. E a outra é sobre ser um patriota. Porque estou aqui para lhe dizer, não importa se você é republicano, democrata, independente, você precisa ser um patriota deste país. Estou disposto a morrer por este país. Eu acredito muito nele. E aquele homem da porta ao lado, ele também acredita.”
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