O vocalista do Testament, Chuck Billy, refletiu sobre o surgimento e a ascensão do grunge nos anos 90, que impactou profundamente o metal fazendo com que muitas bandas da época que tivessem que se reinventar, voltar às raízes ou mesmo “surfar a onda” para não ficar para trás.
Nirvana, Pearl Jam, Alice in Chains, Soudgarden e cia. estavam no topo da cadeia alimentar.
Mas, Chuck Billy discorda da recorrente afirmação de que o grunge “matou o metal” nos anos 90. Para ele, o que aconteceu foi que o grunge fez com que aquela força quase imparável que dominava o cenário o cenário musical até então, perdesse o seu ímpeto. Durante uma nova entrevista, ele declarou:
“Há pessoas que dizem que matou o metal. Não sei se matou o metal. Só acho que algumas bandas, e só posso falar por nós, mas matou nosso momento.
Naquela época, estávamos ganhando exposição no rádio, inclusive tendo metal tocando durante o trânsito, o que foi incrível para nós tanto para ‘Practice’ quanto para ‘Souls of Black’ naquela época.
Havia. Deus, devia haver umas duzentas estações pelo país tocando metal durante o trânsito. Você simplesmente não tinha o programa da meia-noite na rádio universitária. Então o metal estava tendo uma chance. Estava ganhando exposição por um pouco, um metal de estilo ainda mais extremo.”
Foi um período em que cada um tentava o que podia para se manter relevante na cena musical e, para voltar os holofotes, o Testament precisou “voltar às raizes”, explicou Chuck Billy:
“Não nos matou, mas mudou nossa perspectiva ao ver o que estava acontecendo com as outras bandas. O ímpeto desacelerou e tivemos que mudar de marcha para meio que voltar às nossas raízes.
Não era mais sobre escrever uma música que fosse ter exposição no rádio porque estava meio que mudando. E é claro que não tentaríamos ser Soundgarden ou Pearl Jam. Então voltamos para onde começamos.
“Vamos voltar e escrever músicas mais pesadas e agressivas. Voltar para o que conhecemos, o que amamos e apenas continuar com isso. Acho que foi a escolha certa porque falamos com fãs hoje que nos elogiam e dizem muito obrigado por continuarem por aqui e serem Testament. E isso é um grande elogio.”