Enquanto cedia entrevista ao apresentador Bryce Van Patten, do canal Metal Express Radio, Chuck Billy, vocalista do Testament, falou sobre as mudanças do processo de composição desde os primeiros dias da banda. Quando lhe questionaram a respeito de como tudo mudou, ele respondeu dessa forma:
“Ah, era noite e dia. Antes, naquela época, todos nós morávamos no mesmo lugar, todos tínhamos que ir para o mesmo estúdio. Agora é por e-mail que compartilhamos as músicas. Todo mundo tem estúdios em casa para trabalhar em demos. Definitivamente um processo de composição diferente, mas ainda assim Eric é um dos principais escritores. E ainda trouxemos nosso novo baterista, Chris Dovas, ele está aqui há dois anos — ele tinha 24 anos quando entrou na banda; ele tem 26 [agora]. Mas ele é um garoto inteligente, que se formou na Berklee College Of Music. Ele conhece teoria e é ótimo no estúdio com o Pro Tools. Ele realmente gosta de bandas modernas e coisas novas e promissoras e ele tem uma alma velha, então ele conhece a história da música. Mas eu acho que ele trabalhando lado a lado com Eric há tanto tempo, ele realmente levou Eric a ser desafiado. E eu não diria ‘cópia’, mas acho que Chris e o que ele ouve e o estilo que Eric gosta trouxeram uma influência para as novas músicas.”
Em relação a direção musical do novo material, Chuck disse:
“Para mim, as novas músicas soam atuais, soam frescas. Elas estão tocando o que muitas bandas novas estão fazendo, bons nomes estão fazendo. Então, novamente, está elevando o nível. E acho que quando os fãs ouvirem esse disco, especialmente os fãs novos e mais jovens, vão dizer: ‘Uau. Isso é TESTAMENT. Eu conheço o TESTAMENT de 30 e poucos anos atrás e cresci com ele, mas o que é isso?’ Estou animado com isso porque quero ouvir o que as pessoas pensam. Adoraria ver a expressão delas ouvindo pela primeira vez. Isso seria ótimo, porque soa novo, moderno e fresco, mesmo que ainda estejamos sendo desafiados.”
Opinião
Se analisarmos profundamente essa entrevista de Chuck Billy, podemos afirmar que, certamente, o novo álbum do Testament não vai repetir a fórmula dos quatro ou cinco discos anteriores. No entanto, toda mudança é uma faca de dois gumes, já que gostar ou não do resultado final depende dos valores subjetivos de cada ouvinte. Mas, uma coisa é certa, Testament conseguiu perceber que o momento era de ousar. Sendo assim, só nos resta aguarda os primeiros singles e o resultado final da obra. Só assim, teremos certeza se tal ousadia trouxe frutos agradáveis, pelo menos a maior parte dos fãs.