“Roots”, o álbum de maior sucessor comercial do Sepultura, recentemente completou 29 anos, no dia 20 de fevereiro. O álbum divisivo até hoje sofre duras críticas por parte dos fãs mais “raiz” que resistem em aceitar qualquer coisa que veio depois do “Arise”. Em defesa de sua criação, o vocalista e guitarrista Max Cavalera disse que alguns fãs não deram ao disco “uma chance real” e declarou em uma de suas entrevistas:
“Eu não acho que eles deram ao disco uma chance real. Para mim, ‘Roots’ é um disco muito pesado… E acho que algumas músicas, como ‘Straighthate’, ‘Spit’, ‘Ambush’ e ‘Endangered Species’ são tão pesadas, rápidas e brutais quanto o que tínhamos feito até ali. Mas aí está, eles colaram um rótulo em nós, que depois ficou na moda.
Talvez por isso, há quem o ligue ao nu-metal. No entanto, eu pessoalmente não acho que ‘Roots’ seja um disco de nu-metal. Na verdade, acho que é o oposto – é mais homem das cavernas na abordagem. É mais simples, sim; tem riffs mais simples, mas também tem percussão muito pesada.”
Ele acrescentou:
“Por si só, na essência, para mim é um disco especial, com certeza. Não vou dizer que é o meu favorito porque é como escolher quem é seu filho favorito; não é certo fazer isso. Não quero escolher entre discos do Sepultura; gosto de todos.
No entanto, para mim, o ‘Roots é como… É uma ideia. Nasceu no momento certo. E era apenas uma ideia louca que eu tinha em mente, gravar com índios brasileiros e levar isso para o metal. Penso que foi muito ambicioso e muito corajoso. Porque não há muita gente que faça isso com a sua carreira; não há muita gente que jogue tudo ao ar e faça um disco com ideias loucas como essa. Muita coisa podia ter corrido mal.”