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Resenha: Todd Michael Hall – “Sonic Healing” (2021)

“Sonic Healing” é o primeiro álbum solo do vocalista americano, Todd Michael Hall, lançado no último dia 7 de maio pelo selo Rat Pak Records. Todd é conhecido por ser integrante da banda Riot V desde 2013, tendo gravado os seus dois discos mais recentes, “Unleash The Fire” de 2014 e “Armor Of Light” de 2018. No entanto, quem aposta encontrar nesse trabalho de Todd algo parecido com o que ele faz no Riot V está redondamente enganado. Os elementos musicais e influências são outras.

   

Singles

O disco abre logo com seus dois singles, “Overdrive” e “Let Loose Tonight”. Em primeiro lugar, “Overdrive”, a qual descreve, musicalmente, a perfeição. Com uma sonoridade que mescla Hard Rock, Heavy Metal, anos 70 e oitenta, todos esses ingredientes em perfeita harmonia e equilíbrio, com um refrão que conduz como um regente o ouvinte a acompanha-lo, sendo o Hard’n’Heavy contagiante sua batuta mágica. “Let Loose Tonight” parece continuação de sua antecessora, regendo a inocente audição aos multiversos mais encantadores do imenso universo do Rock’n’Roll. Impressionante o quão sedutora, afinada e recheada é a interpretação impecável de Todd Michael Hall.

Overdrive:

Kurdt Vanderhoof

O guitarrista do Metal Church, Kurdt Vanderhoof, é o principal colaborador de Todd nesse trabalho. Os riffs de “All On The Line” deixam mais do que óbvia a sua importância. Em suas influências, a voz de Michael passeia, ao mesmo tempo, entre a segunda metade da década de 70 e a primeira metade da de 80. “Running After You” consegue demonstrar a melhor explicação do que eu tentei dizer, AOR (Adult Oriented Rock) ou Arena Rock é o que a interpretação de Todd traz a mente de forma mais explícita.

“Love Rain Down”

Há aqueles que torcem o nariz para o AOR, pois o acham comercial demais. Porém eu faço parte do time daqueles que o amam. O pesado riff de “Love Rain Down” introduz uma canção que é puro Hard Rock 70’s, inclusive a produção do disco colabora intensivamente para que tal característica se construa e o resultado não poderia ter sido mais autêntico. Se a minha descrição não é suficiente para compreender isso, certamente, a audição trará compreensão à tona. Uma magnífica linha de baixo é a levada da faixa que intitula o full lenght.

   

“Sonic Healing”

“Sonic Healing” é a prova de que a boa música pode realmente ser a cura para todos os males, desde que permitamos que ela a realize em nosso interior. Os riffs e solos de guitarra nos apresentam Kurdt Vanderhoof como não tivemos a oportunidade de conhecer no Metal Church, porém Michael Hall nos clareou essa possibilidade.

Todd Michael Hall / Divulgação / Facebook

“Like No Other”

Em “Like No Other”, Michael eleva a sua voz a tonalidades mais altas de uma forma que muito me agrada. A exímia qualidade musical está presente em cada segundo da obra e não há uma única faixa que possa ser classificada como “mais ou menos”. Cada canção, sem exceção, pode fazer parte daquelas coletâneas perfeitas que fazíamos nas fitas cassetes que ficavam enroscadas e enrolavam dentro dos tape-decks da vida.

“Somebody’s Fool”

“Somebody’s Fool” faz parte da regra que não permite excludente. Ja que a palavra coletânea foi devidamente mencionada, “Sonic Healing” pode ser definido, indubitavelmente, como um daqueles exemplos de coletânea de “músicas inéditas”.

“To Be Bone”

Já “To Be Bone” possui uma pegada menos AOR e mais Hard Rock 70’s, parecendo uma daquelas faixas que te surpreenderam quando você resolve explorar, pra não dizer “fuçar”, os vinis do seu pai ou do seu tio.

Hard Rock, AOR, Rock’n’Roll, Southern

“Long Lost Rock & Rollers”, em minha mente, mistura Hard Rock, AOR, Rock’n’Roll, Southern (como Blackfoot), ou seja, parece uma miscelânea construída por meus sonhos adolescentes. Como diria meu amigo Stephan Giuliano, isso é uma overdose de “musga” na cachola.

   
Todd Michael Hall / Divulgação / Facebook

“The Other Side”

Partamos então para os dois últimos capítulos dessa linda primeira história musical de Todd Michael Hall. “The Other Side” é, concomitantemente, exageradamente AOR e Rock’n’Roll.

Deu pra entender? Não! Só ouvindo, talvez, dê pra entender, mas não é garantido. Vale a pena tentar? Vale. Aliás, tal conselho serve para o disco como um todo. Se eu reescrevesse essa resenha mil vezes, haveria em cada uma delas coisas diferentes a serem ditas.

“Not With A Sword”

O Hard’n’Heavy retornou pra finalizar esse masterpiece da era contemporânea. “Not With A Sword” trouxe mais peso e intensidade à última canção do registro, não que esse elemento o tenha abandonado em algum instante, mas é inegável que ele esteve mais contundente no início, retornando triunfante no final.

Inexplicável o meu deleite nessa audição. Nunca me surpreendi tanto ao escrever uma resenha como nessa oportunidade. Se o Riot V não quiser ser ofuscado pelo trabalho solo de Todd Michael Hall, terá que caprichar e muito em seu próximo registro, ainda que seu álbum mais recente tenha sido fantástico.

Hard Rock, Heavy Metal, Hard’n’Heavy, Rock’n’Roll, AOR

Aprovadíssimo e muito indicado a você que ama Hard Rock, Heavy Metal, Hard’n’Heavy, Rock’n’Roll, AOR e também a você que talvez não goste muito de tudo isso, mas aprecie uma música envolvente e de qualidade inegável.

   

Nota: 10,0 (pois é, nem eu esperava dar essa nota)

Integrantes:

  • Todd Michael Hall (vocal)
  • Kurdt Vanderhoof (guitarra)

Faixas:

  • 1.Overdrive
  •    
  • 2.Let Loose Tonight
  • 3.All On The Line
  • 4.Running After You
  • 5.Love Rain Down
  • 6.Sonic Healing
  •    
  • 7.Like No Other
  • 8.Somebody’s Fool
  • 9.To Be Bone
  • 10. Long Lost Rock & Rollers
  • 11.The Other Side
  •    
  • 12.Not With A Sword

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

   
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Comentários

  1. O disco de fato está surpreendentemente bom, todo mundo que esperava um som mais rápido como no Riot V vai levar um susto, mas se for apreciador da fase RIOT com Guy Speranza vai ficar extremamente feliz, pois esse disco bebe muito da sonoridade do RIOT 1977/1981 e de suas influências, eu nem vi tanta coisa AOR assim, eu vi mais um disco totalmente inspirado em RIOT de início, Thin Lizzy em algumas partes de guitarra, Led Zeppelin, Michael Schenker Group, UFO e até um pouco de Bad Company.

    • Opa meu amigo, obrigado pelo comentário e, sim, o disco está surpreendente mesmo. Todd é um excelente vocalista e conseguiu gravar um álbum que certamente vai brigar entre os melhores lançamentos de…. HARD…. rs por esse ninguém esperava né!? rs

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