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Resenha: The Dead Daisies – “Holy Ground” (2021)

“Holy Ground” é o quinto álbum completo da banda de Hard Rock, The Dead Daisies, o primeiro a contar com o lendário Glenn Hughes (Deep Purple, Black Sabbath, Trapeze) no vocal e no baixo. Ele é o sucessor do disco ”Burn It Down”, lançado em 2018.

   

Antes mesmo de ouvir o álbum, quem conhece a carreira de Glenn Hughes sabe que dificilmente algo que não seja excelente vai nascer em um trabalho no qual ele esteja envolvido. Mesmo assim, eu consegui ficar muito, positivamente, surpreso, já que a qualidade superou até minhas melhores expectativas.

O início

Assim que a canção “Holy Ground (Shake the Memory)” abre o disco, temos a equivocada impressão que já sabemos de tudo que encontremos na audição completa do registro. Ela poderia muito bem ser um clássico dos anos 70, uma música do Trapeze, do Deep Purple ou mesmo do trabalho solo de Hughes, porém ela é do The Dead Daisies e saiu em 2021. O vocal de Hughes está fantástico, pois o tempo não foi cruel com as suas cordas vocais, pelo contrário, parece ter as deixado ainda melhores que antes.

Em seguida, temos “Like No Other (Bass Line)”, como o próprio nome sugere, possui um espetacular solo de baixo de Hughes, mostrando todo o seu feeling e improvisação. O guitarrista Doug Aldrich, que já tem o seu talento bem conhecido, manda os seus solos, ao mesmo tempo, técnicos e sentimentais, que elevam o nível das canções ao topo.

Quando ouça os riffs de “Come Alive”, eles logo me convencem que esse full lenght vai melhorar ainda mais cada canção. Logo depois, em “Bustle And Flow”, um devaneio invade a minha mente. Imagine se o Deep Purple reúne a Mark III na atualidade e grava novas canções com uma sonoridade moderna, mas sem perder aquela pegada que tornou esse line-up famoso em 1974 e 1975. Pois é exatamente isso que imagino ao ouvir essa faixa.

   
The Dead Daisies / Reprodução

A música segue magistral

Dando sequência, “My Fate” é bem mais cadenciada, embora sua introdução seja com riffs pesados,. Glenn Hughes usa toda a sua influência em Blues para transbordar toda melodia e sentimento que a sua voz é capaz de produzir. Doug Aldrich, por sua vez, acompanha essa mesma atmosfera em seus solos de guitarra, dessa forma, faz com que o Blues ecoe pelo universo da música, mesmo “My Fate” sendo somente um Hard Rock mais cadenciado.

Os primeiros acordes de “Chosen And Justified” me fazem lembrar o trio norte-americano de Southern Hard Rock, ZZ Top. No entanto, ela ganha outros elementos e essa impressão logo cai para o segundo plano. Além disso, em alguns de seus momentos também pareço escutar Whitesnake com Hughes nos vocais. Aliás, esse disco me deixou um pouco atordoado, confesso.

A canção “Saving Grace” possui riffs intensos e poderosos e a cada nova faixa, Glenn Hughes mostra que está com seus vocais no auge de sua forma. Impressionante como ele não perdeu absolutamente nada de sua capacidade como cantor e interprete.

Logo após, a faixa “Unspoken” faz lembrar a sonoridade do início dos anos 70, época que Hughes ainda fazia parte do Trapeze. Em suma, o que ouvi até agora foi uma mescla homogênea de todos os trabalhos de sua carreira com uma personalidade própria e moderna. É assim que defino The Dead Daisies.

Dead Daisies / Reprodução

A princípio, a canção “30 Days In The Hole” é comandada pela bateria de Deen Castronovo. Ela tem a pegada Hard Rock dos anos 80, inclusive sendo igualmente semelhante ao Whitesnake desse período. Seu refrão é o mais grudento do disco e ele realmente faz a cabeça. Ouvir esse disco e saber que Glenn Hughes está arrebentando com os seus vocais me dão uma satisfação indescritível. Mesmo que já estejamos na penúltima faixa, “Righteous Days”, o seu vocal ainda parece encontrar uma maneira de se reinventar e explorar novas sonoridades, mesmo seu timbre sendo inconfundível.

   

Final

A balada “Far Away” coloca ponto final no quinto full lenght do The Dead Daises, que, inegavelmente, é uma obra de arte do Hard Rock. Nem seria necessário dizer que há muita estrada em 2021, ainda que andar livremente seja uma coisa quase que impossível nos dias atuais, mas, até o dia de hoje, “Holy Ground”, do The Dead Daisies, é o melhor disco de Hard Rock lançado esse ano.

Aprovado e indicado, portanto, aos fãs do gênero do quase Metal.

Nota: 9,2

Integrantes:

  • David Lowy (guitarra)
  • Doug Aldrich (guitarra)
  •    
  • Glenn Hughes (vocal e baixo)
  • Deen Castronovo (bateria)

Faixas:

  • 1.Holy Ground (Shake The Memory)
  • 2.Like No Other (Bassline)
  •    
  • 3.Come Alive
  • 4.Bustle And Flow
  • 5.My Fate
  • 6.Chosen And Justified
  • 7.Saving Grace
  •    
  • 8.Unspoken
  • 9.30 Days In The Hole
  • 10.Righteous Days
  • 11.Far Away
   

   

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